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Política

As 21 figuras da “entourage” do antigo Presidente Amando Guebuza (ele também incluido) e da gestão da Ematum, que alegadamente constam de uma lista de transferência de subornos por parte da Privinvest para Moçambique, são as mesmas que constam de uma lista que a PGR elaborou em 2016, solicitando o levantamento de sigilo bancário dos visados, para efeitos de investigação.

 

A lista foi publicada na segunda-feira num artigo da Lusa (Agência de Notícias portuguesa), reproduzido na “Carta”. De acordo com a Lusa, a lista foi mostrada durante alguns segundos na última quinta-feira, nas alegações finais do julgamento que decorre em Nova Iorque sobre o caso, pelo procurador Hiral Mehta.

 

A qualidade de crédito deteriorou-se, em 2018, em todos os bancos existentes no mercado nacional. Esta é uma das constatações feitas pela Associação Moçambicana de Bancos (AMB) e pela KPMG Auditores e Consultores, SA, na sua mais recente pesquisa sobre o sector bancário, em Moçambique, referente ao ano de 2018.

 

De acordo com a pesquisa, divulgada na passada terça-feira, em Maputo, a falta de um crédito de qualidade deveu-se, por um lado, à contracção da economia, evidenciada pela redução na taxa de crescimento económico, que saiu de 3,7 por cento, em 2017, para 3,5 por cento, em 2018, e, por outro lado, pelo alto regime de taxas de juro que caracterizou os anos de 2016, 2017 e parte de 2018.

 

É já dia 01 de Dezembro, último 1º domingo do ano de 2019, que os utentes da Estrada Nacional Nº 6, vulgarmente conhecida como EN6, que liga a cidade da Beira (Sofala) ao Posto Fronteiriço de Machipanda (Manica), são chamados a pagar pela circulação na via, com início de cobrança nas três portagens instaladas naquela via.

 

As portagens, que prometem “sufocar” os transportadores semi-colectivos de passageiros e, consequentemente, o bolso do pacato cidadão, irão cobrar por cada travessia valores que rondam entre 90 a 2.870 Mts, facto que deixa todos os utentes de um dos maiores corredores logísticos do país “virados ao avesso”.

 

O actual Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, poderá vir a ser acusado criminalmente pelo Departamento de Justiça americano por alegadamente ter defraudado investidores norte-americanos aquando da troca da dívida soberana da Ematum por “Eurobonds” com garantia do Estado.

 

De acordo com a transcrição de uma das derradeiras sessões do julgamento de Jean Boustani, na semana passada, em Nova Iorque, e citando declarações da procuradora Mehta nas suas alegações finais, “ele (Maleiane) era ministro das Finanças no momento da troca [dos títulos de crédito da EMATUM com garantias do Estado]. Ele viajou com o Sr. [António Carlos] do Rosário para Nova Iorque para se encontrar com os investidores. Ele sabia que Moçambique estava a mentir para o FMI, escondendo os empréstimos Proindicus e EMATUM. E ele escondeu isso do público e dos investidores”, disse Mehta.

 

Julião Cumbane

É mesmo caso para dizer que o “lambebotismo” compensa na chamada “Perola do Índico”. Julião João Cumbane é o novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia, EP.

 

A nomeação de Julião João Cumbane foi decidida esta terça-feira, pelo Conselho de Ministros, isto, na sua 34ª Sessão Ordinária, que não teve, como tem sido habitual, declaração à imprensa. No cargo, o “Prof.”, como é popularmente e carinhosamente tratado, substitui Flávia Zimba, cujo reinado foi verdadeiramente conturbado.

 

O ministro das Finanças, Adriano Maleiane, é um dos três co-conspiradores moçambicanos das dívidas ocultas, identificado na acusação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América. No último dia do julgamento de Jean Boustani em Brooklyn, o procurador Hiral Mehta apresentou o nome de Maleiane, Isaltina Lucas e Armando Ndambi Guebuza como coconspiradores do caso. “Finalmente, temos o Sr. Adriano. 

 

Ele era ministro da Economia e Finanças no momento da troca [dos títulos de crédito da EMATUM com garantias do Estado]. Ele viajou com o Sr. [António Carlos] do Rosário para Nova York com os investidores. E ele sabia que Moçambique estava a mentir para o FMI sobre os empréstimos Proindicus e EMATUM. E ele escondeu isso do público e dos investidores”, disse Mehta nas alegações finais. Os nomes dos três moçambicanos constam da acusação da EMATUM mas seus nomes estão ocultados. Apenas aparece a descrição dos factos por eles praticados.