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Economia e Negócios

sexta-feira, 18 agosto 2023 06:41

Preços continuaram a cair em Julho passado

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Os dados recolhidos em Julho último, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nas Cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai, Maxixe e Cidade de Inhambane, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma deflação (queda de preços) na ordem de 0,34%.

 

Segundo o INE, a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi de maior destaque, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,49 pontos percentuais (pp) negativos. Analisando a variação mensal por produto, a autoridade destacou a queda dos preços do tomate (10,8%), da cebola (7,3%), do coco (5,6%), da couve (4,9%), da alface (8,6%), do amendoim (3,6%) e do repolho (10,6%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,67pp negativos.

 

“No entanto, alguns produtos, com destaque para o milho em grão (13,0%), o peixe seco (4,4%), os veículos automóveis ligeiros em segunda mão (3,36%), o peixe fresco (0,9%), as refeições completas em restaurantes (0,5%), o vinho (4,9%) e as cervejas para o consumo fora de casa (0,9%), contrariaram a tendência de queda de preços, ao contribuírem com cerca de 0,34pp positivos no total da variação mensal”, lê-se no comunicado do INE.

 

De Janeiro a Julho do ano em curso, a autoridade refere que o país registou um aumento de preços na ordem de 2,22%, motivado pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, de transportes e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que tiveram maior aumento de preços ao contribuírem com 0,72pp, 0,38pp e 0,32pp positivos, respectivamente.

 

Em termos homólogos, os dados do mês em análise, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o país registou um aumento de preços na ordem de 5,67%, por influência das divisões de bens e serviços diversos e de educação, que foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem com 17,63% e 14,13%, respectivamente.

 

Analisando a variação mensal pelos centros de recolha, que serviram de referência para a variação de preços do país, o INE notou que, em Julho findo, todos os locais tiveram uma deflação. As cidades de Maxixe e Inhambane destacaram-se com uma queda de 0,75%, seguida da Cidade de Chimoio com 0,67%, de Xai Xai com 0,46%, da Beira e de Tete com 0,40% cada e, por último, as Cidades de Nampula, de Maputo e de Quelimane com 0,25%, cada. (Carta)

quinta-feira, 17 agosto 2023 17:20

HCB e EDM assinam contrato de mútuo financiamento

hcb assi
A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e a Electricidade de Moçambique (EDM) assinaram, na tarde de ontem, 16 de Agosto de 2023, em Lichinga, um contrato de mútuo financiamento que estabelece os termos e condições da disponibilização de um montante de pouco mais de três milhões de dólares americanos ao orçamento do Gabinete do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.

Este montante é correspondente à comparticipação da EDM, em cumprimento do previsto no artigo sétimo, número um, do Diploma Ministerial n.o 18/2019, de 7 de Fevereiro (“Mútuo”), e deve ser reembolsável até ao fecho financeiro do Projecto.

Os custos de desenvolvimento do Projecto suportados pela EDM e pela HCB, empresas mandatadas pelo Governo para desenvolver e implementar o Projecto da Central Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, deverão ser contabilizados como adiantamentos ao capital social das sociedades de objecto específico a serem constituídas para o desenvolvimento do Projecto de Mphanda Nkuwa.

Este acordo foi rubricado pelos PCAs das empresas HCB, Dr. Tomás Rodrigues Matola, e da EDM, Eng. Marcelino Gildo Alberto. A cerimónia contou com a presença do Ministro
dos Recursos Minerais e Energia, Dr. Carlos Zacarias, em representação do Governo de Moçambique e outros membros do corpo de gestão das duas empresas. (Carta)

banco moz min
Os desembolsos de empréstimos externos a Moçambique caíram para 120 milhões de dólares (110 milhões de euros) no primeiro trimestre, menos de metade face ao igual período de 2022, segundo dados do banco central compilados pela Lusa.

De acordo com dados de um relatório estatístico do Banco de Moçambique, relativo ao primeiro trimestre, esta evolução “reflete uma redução na contratação de dívida externa”, globalmente de 55,8%, tendo em conta os desembolsos totais de 271,5 milhões de dólares (248,8 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2022.

O documento, deste mês, explica que os desembolsos de empréstimos externos à Administração Central, para o setor público, caíram 63,2% em termos homólogos, para 12,9 milhões de dólares (11,8 milhões de euros), neste caso “devido à redução registada nos créditos multilaterais para projetos (53,6%), maioritariamente desembolsados pela International Development Agency”, que contraíram 92,8%.

 

No setor privado registou-se “uma redução do endividamento”, em 54,7% face ao primeiro trimestre de 2022, para 107,1 milhões de dólares (98,5 milhões de euros), “determinado, principalmente, pela diminuição da procura de recursos financeiros externos por parte dos GP [Grandes Projetos] em 100%”.

 

“Num contexto em que os empréstimos externos contratados por ‘Outros Setores da Economia’ incrementaram em 9,9%, com ênfase para o ramo de transportes e comunicações e de agroindústria”, explica ainda o relatório do Banco de Moçambique.

 

O documento acrescenta que as responsabilidades e obrigações financeiras com o serviço da dívida externa – que incluem pagamento de capital e juros – “incrementaram em 35,4%” no primeiro trimestre de 2023, somando 230,9 milhões de dólares (212,2 milhões de euros), justificado pelo aumento dos pagamentos do Estado, em 213,2 milhões de dólares (196 milhões de euros), e do setor privado, em 17,7 milhões de dólares (16,3 milhões de euros), o que corresponde a um aumento de 29,7% e mais de 100%, respetivamente.

 

O Estado moçambicano fechou o primeiro trimestre com um ‘stock’ de dívida pública total de quase 14.490 milhões de dólares (13.141 milhões de euros), uma ligeira de redução, de 0,1%, face ao último trimestre de 2022. De acordo com o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de janeiro a março de 2023, do Ministério da Economia e Finanças, o 'stock' da dívida externa mantém “a tendência de estabilização”, tendo até “reduzido em 2%”, para o equivalente a 634.972 milhões de meticais (9.015 milhões de euros).

 

O Governo moçambicano aprovou anteriormente a denominada Estratégia de Gestão da Dívida pública 2023-2026, que orienta as opções de endividamento ao longo dos próximos anos e para “trazer os limites para os indicadores de sustentabilidade da dívida na contração de créditos".

 

Prevê, ao nível de dívida externa, “privilegiar o financiamento na modalidade de donativos” e “na modalidade de créditos altamente concessionais para projetos rentáveis”, enquanto na dívida interna a prioridade passa por “privilegiar a emissão de Obrigações de Tesouro de maturidade longa”.(Lusa)

nacala porto min

A Nacala Logistics iniciou a 12 de Agosto o carregamento de combustíveis do Porto de Nacala, província de Nampula, para o Malawi, tendo transportado em 29 vagões, 1,1 milhão de litros de diesel, num exercício que acontecerá seis vezes por mês, diz a empresa em comunicado.

 

Refere ainda o comunicado que “as notáveis conquistas” da Nacala Logistics abrangem o transporte de fertilizantes, contentores de carga geral, leguminosas para exportação, sal, componentes de sabão, grãos de trigo e outros, “consolidando desta forma o nosso papel como força motriz, impulsionando as economias de Moçambique, Malawi e Zâmbia”.

 

No que considera de “momento marcante”, a Nacala Logistics refere no seu comunicado que o início de transporte de combustíveis (a 12 de Agosto) tem como objectivo melhorar a acessibilidade e a eficiência de custos ~daquela mercadoria no Malawi.

 

O início do transporte de combustíveis materializa-se após a Nacala Logistics ter registado progressos substanciais na qualidade de serviços de transporte ferroviário ligando o porto de Nacala ao Malawi e a Zambia.

 

A Nacala Logístico conquistou progressos substanciais na melhoria da qualidade de seus serviços de transporte ferroviário, ligando o Porto de Nacala ao Malawi e à Zâmbia.


“Numa virada significativa de eventos neste mês de Julho, uma reunião estratégica ocorreu no Porto de Nacala, organizada pelas lideranças da National Oil Company of Malawi (NOCMA), Ministérios de Energia e Transportes do Malawi, pela Petróleos de Moçambique, Nacala Logistics e outros principais interessados”, disse a fonte.

 

Após a formalização de um acordo de transporte ferroviário no início deste ano entre a NOCMA e a NL, em Janeiro de 2023, e uma carta de intenções assinada pelo Ministério de Energia do Malawi no início de agosto de 2023, um compromisso foi estabelecido para iniciar o transporte de um volume inicial de 16 milhões de litros de combustível por mês.

 

É importante referir, diz a Nacala Logistics, que “antes deste desenvolvimento marcante”, a NOCMA dependia de camiões para o transporte de combustível da Beira e Dar es Salaam para o Malawi.

O transporte ferroviário de combustível do Porto de Nacala vai contribuir para a satisfação dos clientes e garantir provisões pontuais de combustível para o Malawi, “especialmente durante um período marcado por desafios de abastecimento caracterizado por enormes filas visíveis em postos de serviço em todo o país”.
“À medida que avançamos, a Nacala Logistics permanece firmemente dedicada à busca da excelência, moldando incansavelmente um futuro em que o transporte de energia seja não apenas eficiente e competitivo, mas também um catalisador inabalável para o progresso”, termina o comunicado.
(Carta)

Burlas celurar fraudes min
O Instituto Nacional de Telecomunicações (INCM) revelou esta terça-feira (15) que recebe por mês 20 mil situações de fraude e burlas reportadas pelos operadores das três empresas de telefonia móvel que operam no país.

 

Aliado a isso, a instituição fez saber que mais de 10 mil dispositivos piratas são activados por semana nas redes dos operadores e mais de 50 por cento de documentos usados no processo de registo são fraudulentos. Entretanto, durante uma socialização com jornalistas, gestores do INCM sublinharam que a instituição está a implementar medidas arrojadas com vista a eliminar os referidos problemas com a implementação de instrumentos legais.

 

Trata-se de medidas emanadas no Regulamento de Controlo de Tráfego de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto nº 38/2023 de 03 de Julho; no Regulamento de Registo de Subscritores de Serviços de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto nº13/2023 de 11 de Abril, bem como no Regulamento de Homologação de Equipamentos de Telecomunicações e Radiocomunicações, aprovado pelo Decreto nº 66/2018 de 08 de Novembro, todos publicados no Boletim da República. (Carta)

zimbabwe policia eleicoes min

A polícia do Zimbabwe disse que deteve 40 membros do principal partido da oposição por bloquear o tráfego e interromper a ordem durante um evento de campanha na última terça-feira, uma semana antes das eleições gerais. Zimbabwe vai às urnas a 23 de Agosto para eleger o presidente e o parlamento no que os analistas consideram ser uma eleição tensa, marcada por uma repressão à oposição e temores de fraude eleitoral.

 

A Coligação de Cidadãos para Mudança (CCC), da oposição, estava em campanha num subúrbio do sudoeste da capital Harare na terça-feira, quando os seus apoiantes foram bloqueados pela polícia, de acordo com a porta-voz do partido, Fadzayi Mahere. A polícia confirmou que prendeu 40 activistas da CCC, alegando que o partido notificou as autoridades que faria uma manifestação, mas depois desviou do local planeado.

 

O grupo "partiu para uma marcha de carros" numa área próxima e parou num semáforo "bloqueando abertamente o tráfego", disse a polícia, acrescentando que os apoiantes da Coligação "começaram a entoar slogans do partido e a cantar".

 

Imagens partilhadas nas redes sociais mostraram dezenas de pessoas vestidas com as cores amarelas da CCC, algumas amontoadas na traseira de um pequeno camião, lotando um cruzamento. A oposição reclama há muito de ter sido injustamente visada pelas autoridades nas vésperas da eleição, com os seus membros presos e dezenas de eventos da Coligação bloqueados.

 

Um relatório da Human Rights Watch divulgado este mês refere que a próxima votação será realizada sob um "processo eleitoral seriamente falhado" que não atende aos padrões globais de liberdade e justiça. Acusou a polícia de "conduta partidária" e de usar "intimidação e violência contra a oposição".

 

O presidente Emmerson Mnangagwa, de 80 anos, que chefia a ZANU-FP, no poder desde a independência em 1980, busca a reeleição nas eleições presidenciais da próxima semana. O seu principal adversário é o líder da CCC, Nelson Chamisa, um advogado e pastor de 45 anos. Olhando para a idade dos dois principais candidatos às presidenciais, pode-se dizer que Chamisa está a concorrer contra o seu pai.

 

Enquanto isso, o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, na qualidade de presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeou o ex-vice-presidente Nevers Mumba como chefe da Missão de Observação Eleitoral (SEOM) do bloco regional no Zimbabwe.

 

Hichilema anunciou na sua página do Facebook que a nomeação do Dr. Mumba demonstra a confiança do povo da Zâmbia, reflectindo a sua vasta experiência em vários cargos de chefia que ocupou no passado. (Africanews)

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