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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

A África do Sul, principal compradora do gás natural extraído dos poços de Pande e Temane (norte de Inhambane), através da Sasol, tende a declarar que  importa  menos o . Como consequência, a receita de exploração e venda da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) caiu em 2020.

 

No ano de 2019, a CMH produziu 179.58 Milhões de Gigajoules (MGJ) tendo vendido à África do Sul (através da Sasol), 155,46 Milhões MGJ. No ano económico de 2020, a CMH produziu 176.19 MGJ, mas a quantidade exportada para a vizinha África do Sul baixou em relação ao ano anterior para 152,35 MGJ.

 

De acordo com o Relatório e Contas da CMH, as quedas de produção – mas principalmente as encomendas para o maior comprador – estão a fazer regredir a rendibilidade da empresa.

 

“Este exercício financeiro [findo a 30 de Junho de 2020] foi caracterizado por baixos volumes de vendas de gás natural e condensado, seguidos por baixos preços de gás natural e condensado que afectaram negativamente as nossas receitas em comparação com o exercício anterior”, relata a Administração da empresa, presidida por Jahir Adamo.

 

Antes de ilustrar as perdas motivadas pelos baixos volumes de vendas, o Conselho de Administração da CMH explica que a redução da comercialização e dos preços foi agravada pela pandemia da Covid-19, tendo o Brent, no mercado internacional, atingido preços negativos no último trimestre do ano.

 

Por consequência, dos referidos eventos, a CMH reportou um total do rendimento integral de 24.7 milhões de USD, o que representou uma redução de cerca de 34 por cento em comparação com os resultados de 38 milhões de USD do exercício de 2019, principalmente devido às baixas encomendas de gás natural e aos baixos volumes de gás condensado, bem como à queda do preço do petróleo no mercado internacional, conforme acima mencionado.

 

Refira-se que, em 2019, as vendas registadas pela CHM baixaram, mas com o preço do Brent em alta, a empresa registou ganhos de 38 milhões de USD, valor que representa um crescimento de 26 por cento comparado aos resultados do exercício de 2018, devido ao aumento dos preços do petróleo no mercado internacional.

 

O Conselho de Administração da CMH diz no informe de 2020 que, durante o exercício, a empresa pagou, a título de impostos e contribuições fiscais, um montante total de 24.8 milhões de USD ao Estado, dos quais 90 por cento representam impostos sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRPC), 9 por cento Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares (IRPS) e 1 por cento referente a contribuições destinadas à segurança social (INSS).

Em termos de dividendos, a CMH diz ter pago aos seus accionistas, em 2020, um montante total de 49.3 milhões de USD.

 

“Um dos principais desafios é a disponibilidade de reservas provadas, para assegurar o fornecimento do gás ao abrigo dos contratos assinados. Precisamos de investir em projectos adicionais de compressão de gás e furos adicionais para recuperar mais gás dos reservatórios de Pande e Temane, a fim de aumentar os volumes de gás a serem fornecidos, por forma a cobrir a quantidade total contratada, resolvendo assim o défice de reservas”, aponta o Conselho de Administração da CMH, no informe de 2020.

 

Em termos de balanço, o activo total da CHM, em 2020, situa-se em 354 milhões de USD, uma redução em relação a 2019, em que o activo foi de 396 milhões de USD. Em 2020, o Capital próprio da empresa caiu para 210.7 milhões USD, saindo de 235 milhões de USD em 2019.

O passivo da empresa situa-se nos 143.4 milhões de USD em 2020, contra os 161 milhões de USD em 2019. A firma de auditoria KPMG não tem opinião contrária em relação a esse relato e acredita que a CMH tem “pernas” para continuar a operar no futuro.

 

A Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SA (CMH) é a parceira moçambicana no consórcio (JO - Joint Operation) do Projecto de Gás Natural de Pande e Temane (PGN). 0nda parceiros da operação conjunta a Sasol Petroleum Temane (SPT), uma entidade Moçambicana subsidiária da Sasol Exploration and Production International (SEPI), com participação de 70 por cento; a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), que é uma subsidiária da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), empresa pública, com participação de 25 por cento; e o International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, com participação de 5 por cento.

A SPT é a Operadora nos campos de Pande e Temane. (Evaristo Chilingue)

terça-feira, 13 julho 2021 03:06

Preços caem pelo terceiro mês consecutivo

Os preços dos diferentes bens e serviços continuaram a cair pelo terceiro mês consecutivo, embora a variação acumulada continue a aumentar.

 

Tomando como referência dados recolhidos em Junho último, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com os do mês anterior, os mesmos indicam que o país registou uma deflação na ordem de 0,52 por cento.

 

A autoridade estatística apontou a alimentação e bebidas não alcoólicas como as divisões que mais contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,57 pontos percentuais (pp) negativos.

 

“Contudo, quanto à variação mensal por produto, importa destacar a queda dos preços do tomate (8,7 por cento), do peixe seco (8,4 por cento), da cebola (11,3 por cento), da alface (23,8 por cento), da couve (13,4 por cento), do coco (8,6 por cento) e do carvão vegetal (1,8 por cento). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,72pp negativos”, observou o INE.

 

Durante o mês de Junho, o INE observou que nem todos os preços de produtos baixaram. São os casos das refeições completas em restaurantes (0,7 por cento), o peixe fresco (1,2 por cento), o arroz em grão (1,3 por cento), as folhas de cacana (46,1 por cento), as folhas de mandioqueira (29,5 por cento), o carapau (0,8 por cento) e as folhas de aboboreira (10,4 por cento), cujos preços subiram em cerca de 0,18pp positivos.

 

Embora nos últimos três meses o nível geral de preços tenda a baixar (a cada mês), dados do INE revelam que, durante o primeiro semestre do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 2,53 por cento, influenciada pela divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas.

 

“Desagregando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do País, nota-se que, em Junho último, todas as cidades registaram uma deflação mensal, com a Cidade da Beira a registar cerca de 0,97 por cento, seguida da Cidade de Nampula com 0,63 por cento e, por fim, a Cidade de Maputo com uma queda de preços na ordem de 0,31 por cento”, observou a fonte.

 

Comparativamente à variação acumulada, a autoridade estatística revela que a Cidade de Maputo teve a maior subida do nível geral de preços com cerca de 2,72 por cento, seguida das Cidades da Beira com 2,54 por cento e de Nampula com 2,14 por cento. (Carta)

segunda-feira, 12 julho 2021 15:26

Alerta máximo em Gauteng e KwaZulo-Natal

A violência, os saques e a intimidação que eclodiram após o encarceramento de Jacob Zuma continuaram em partes de KwaZulu-Natal e Gauteng nesta segunda-feira, enquanto o SANDF (Forças Armadas) estava a preparar-se para ajudar uma polícia sobrecarregada. O presidente Cyril Ramaphosa deve-se dirigir à nação ainda hoje.

 

KwaZulu-Natal e Gauteng estão em alerta máximo com a polícia investigando pelo menos seis mortes relacionadas aos distúrbios e o governo anunciando a implantação do SANDF para reprimir a violência, saques e intimidação que eclodiram após o encarceramento do ex-presidente Jacob Zuma na semana passada.

 

O presidente Cyril Ramaphosa fará um discurso à nação na noite desta segunda-feira sobre a resposta do governo à persistente violência pública em partes do país, de acordo com um comunicado da presidência. O comunicado surge na sequência do anúncio do SANDF de que deu início a processos e procedimentos respondendo a um pedido de assistência recebido da Estrutura Conjunta Nacional de Operações e Inteligência (Natjoints). “A maioria dos sul-africanos não tolera e não deve tolerar a violência, a destruição de propriedades e o risco de vida. As pessoas são instadas a denunciar os criminosos, compartilhando vídeos de atividades criminosas com a polícia ”, lê-se no comunicado

 

As pessoas também devem prestar atenção ao que postam nas redes sociais e estar cientes de que compartilhar notícias falsas ou conteúdo que incite à violência e pilhagem é crime na RAS. Também é crime possuir, receber e usar bens roubados ou interferir na execução de suas funções pela polícia.

 

O porta-voz do SAPS, brigadeiro Mathapelo Peters, disse ao eNCA que o nível de violência que acompanhou o saque generalizado parecia sem precedentes, pois vários policiais foram feridos em tiroteios enquanto respondiam aos saques. O NatJoints disse que 219 pessoas foram presas na manhã de segunda-feira.

 

Jacob Zuma e seus apoiantes há muito sugeriam que qualquer tentativa de prender o ex-presidente poderia desestabilizar o país. O ex-presidente começou sua sentença de 15 meses na prisão de Estcourt na semana passada, depois de ter sido considerado por desacato a uma ordem do Tribunal Constitucional.

 

Embora a violência pareça ter sido desencadeada pela prisão de Zuma e alguns comentaristas a tenham relacionado a seus aliados políticos e empresariais na tentativa de manter suas posições de poder e fugir da responsabilidade, parece ter caído numa ilegalidade desenfreada alimentada por criminosos e residentes desesperados que tentam aproveitar a situação para saquear lojas.

 

Como os manifestantes continuaram a danificar propriedades, incendiando veículos e saqueando propriedades comerciais - com lojas de bebidas sendo os alvos principais durante o bloqueio de Nível 4 - o pedido de rescisão de Zuma questionando sua sentença de 15 meses foi ouvido no Tribunal Constitucional na segunda-feira.

 

Embora a violência pareça ter sido desencadeada pela prisão de Zuma e alguns comentaristas a tenham relacionado a seus aliados políticos e empresariais na tentativa de manter suas posições de poder e fugir da responsabilidade, parece ter caído em uma ilegalidade desenfreada alimentada por criminosos e residentes desesperados que tentavam aproveitar a situação através do saque de lojas.

 

“Os NatJoints intensificaram as implantações em todas as áreas de Gauteng e KwaZulu-Natal afetadas pelos protestos violentos, pois os danos à propriedade e o saque de lojas continuaram durante a noite”, disse a estrutura num comunicado na segunda-feira.

 

“O NatJoints está a receber apoio de inteligência de seu Comitê de Coordenação de Inteligência, que compreende SAPS Crime Intelligence, Defense Intelligence, bem como State Security Intelligence, para permitir que a aplicação da lei se oponha a esses protestos violentos esporádicos.”

 

Num comunicado divulgado ao meio-dia na segunda-feira, a SANDF disse que iniciou seu processo de pré-implantação em linha com um pedido da NatJoints para ajudar as agências de aplicação da lei a reprimir a agitação em KwaZulu-Natal e Gauteng. (Carta)

Moçambique acentuou a deflação (redução de preços) em junho face ao mês anterior, de 0,31% para 0,52% anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

O cabaz que serve de cálculo ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Moçambique caiu pelo terceiro mês consecutivo.

 

A inflação acumulada nos primeiros seis meses de 2021 recuou assim para 2,53%.

 

Tal como no mês anterior, "a divisão de 'alimentação e bebidas não alcoólicas' foi a de maior destaque ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,57 pontos percentuais negativos", de acordo com o boletim do IPC hoje divulgado.

 

Ao nível das principais cidades, a Beira registou em junho uma queda de preços de "cerca de 0,97%", em Maputo o custo do cabaz do IPC recuou 0,31%, enquanto em Nampula houve uma redução de 0,63%, acrescentou o INE.

 

Apesar da redução de preços mensal, a inflação homóloga no país avançou três pontos base de 5,49% (em maio) para 5,52%, 

 

A inflação média a 12 meses em Moçambique está a subir desde abril de 2020 e em junho fixou-se em 4,16% (face a 3,92% em maio)

 

Moçambique terminou 2020 com uma inflação acumulada de 3,52%.

 

Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.(Lusa)

O Indicador do Clima Económico (ICE), expressão da confiança dos empresários do sector real, registou uma diminuição ligeira em Maio, tendo o seu saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal, revelam dados tornados públicos nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

De acordo com um comunicado de imprensa do INE, esta conjuntura desfavorável foi influenciada pelas perspectivas baixas de procura e de emprego, com maior destaque para as perspectivas de emprego que registaram uma diminuição substancial, no período de referência.

 

De acordo com a fonte, a avaliação desfavorável do clima económico deveu-se, sectorialmente, à apreciação negativa dos ramos económicos dos outros serviços não financeiros, de comércio, de alojamento, restauração e similares, bem como o de transportes e armazenagem, que juntos suplantaram os restantes sectores alvos do inquérito que registaram apreciações ligeiramente favoráveis, no mês em referência.

 

“No período em análise, o indicador da perspectiva da procura sofreu uma ligeira quebra, tendo o respectivo saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal, num clima em que o indicador da perspectiva de emprego também diminuiu ligeiramente, após sinais de recuperação observados no mês de Abril”, lê-se na nota.

 

Entretanto, e segundo o INE, o indicador de perspectiva dos preços registou uma estabilização, interrompendo assim a quebra do perfil favorável registado nos meses de Março e Abril, tendo o respectivo saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal.

 

Na pesquisa do INE contribuíram para a previsão em baixa dos preços futuros, no período em análise, a redução do indicador em todos os sectores inquiridos com excepção dos sectores da produção industrial e de construção que viram as suas perspectivas de preço aumentarem substancialmente no mês em análise.

 

Em média, 52% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo no mês de Maio, o que representou uma redução de 2% de empresas em dificuldades face ao mês anterior.

 

Trata-se de uma situação que foi influenciada pela diminuição da proporção de empresas com obstáculos em todos os sectores inquiridos com excepção do sector de transportes que subiu conforme o gráfico, com distinção de empresas de construção, produção industrial, dos outros serviços não financeiros, bem como de alojamento, restauração e similares. (Carta)

Os resultados dos Índices das Actividades Económicas (IAE) do mês de Abril de 2021 registaram uma variação positiva do volume de negócios em 5,5%, das remunerações em 6,2% e do emprego em 3,7%, quando comparados com os do mês anterior, revelou recentemente o INE em IAE.

 

A autoridade estatística detalha que o crescimento do volume de negócios foi influenciado pela variação positiva verificada nos sectores de Outros Serviços não Financeiros, dos Transportes e Armazenagem, bem como da Produção Industrial com 19,2%, 12,7 % e 3,4% respectivamente.

 

Entretanto, o INE diz que os sectores da Electricidade, de Alojamento, Restauração e similares e do Comércio registaram decréscimos de 12,9%, 8,0% e 2,6% na facturação do mês em análise.

 

“O índice do emprego no mês de Abril de 2021 foi resultado da variação positiva dos sectores de Outros Serviços não Financeiros, da Produção Industrial, de Transportes e Armazenagem, bem como do Comércio e com 14,7%, 2,3%, 0,7% e 0,2% respectivamente. O sector de Alojamento, Restauração e similares teve uma queda ténue de 0,5%”, relata o INE.

 

Num outro desenvolvimento, a autoridade estatística explica que a variação do índice de remunerações, no mês de Abril, resulta dos aumentos nos sectores de Alojamento e Restauração e similares, da Produção Industrial, do Comércio com 15,7%, 12,0%, 2,4% respectivamente. No mesmo período, o sector de Transportes e Armazenagem teve uma queda ligeira de 2,2%, tendo o sector de Outros Serviços registado uma variação nula.

 

“Comparando os índices globais do mês de Abril de 2021, com os do período homólogo de 2020, verifica-se um crescimento notável do índice do volume de negócios em 35,0%, um crescimento ligeiro do índice de emprego 1,9%, enquanto o índice das remunerações registou um decréscimo ténue de 0,5%”, conclui a fonte. (Carta)