Com o objectivo de melhorar a experiência de visualização dos conteúdos televisivos, a DStv e GOtv Moçambique lançaram a nova campanha “É Só Subir”.
Trata-se de uma campanha que decorre de 15 de Janeiro à 31 de Março, e, este ano, além de oferecer aos clientes uma actualização dos conteúdos, “estamos a melhorar a experiência de entretenimento dos clientes.”
Neste período, os clientes da DStv e GOtv que pagarem o pacote acima do actual vão receber grátis o pacote a seguir.
Por exemplo, um cliente do pacote DStv Fácil (de 750 MT) paga DStv Família (de 1.190 MT) e recebe de oferta o DStv Grande (de 1.990 MT).
A mesma oferta aplica-se para os clientes da GOtv onde, por exemplo, um cliente do pacote GOtv Lite (de 235 MT) pode pagar o GOtv Essencial (de 460 MT) e receber de oferta o GOtv Plus (de 695 MT).
A campanha é válida para todos os novos clientes, activos e inactivos dos seguintes pacotes da DStv: DStv Base, DStv Fácil, DStv Família, DStv Grande, DStv Grande Mais e DStv Bué e dos seguintes da GOtv: GOtv Lite, GOtv Essencial, GOtv Plus e GOtv Max.
Não perca esta oportunidade imbatível de assistir o melhor entretenimento desde documentários interessantes a programas familiares fantásticos e acção desportiva cheia de adrenalina. Os novos clientes que pagarem o pacote DStv Grande Mais vão receber de oferta o DStv Premium, onde terão acesso à canais como M-Net; mais canais da SuperSport e muito mais. Enquanto os novos clientes do DStv Grande Mais, por outro lado, serão oferecidos o pacote DStv Grande Mais para explorarem uma variedade de canais, incluindo: M-Net Movies 3 e CBS Justice.
“Estamos empenhados em oferecer aos nossos clientes os melhores conteúdos, especialmente nestes tempos economicamente difíceis. A nossa campanha é mais do que uma oferta, é um testemunho da nossa missão de enriquecer a vida com entretenimento de topo. Adere hoje e junta-te à nós para celebrar um novo ano repleto de mais conteúdos para ti e tua família”, afirmou Jónia Presado, Directora de Comunicação, Marketing e Relações Públicas da MultiChoice Moçambique.
Actualiza, hoje, o teu pacote DStv e GOtv seguindo a mecânica da campanha “É Só Subir” e junta-te à família DStv e GOtv para celebrar a oferta de visualização do pacote acima, por nossa conta, na tua casa de entretenimento.
Moçambique é um belo país tropical banhado pelo Oceano Índico ao longo dos seus mais de 2.700 Km de costa: um destino de eleição para turismo e ao mesmo tempo um desafio por ser extremamente susceptível à ocorrência de calamidades naturais como ciclones e inundações.
Na última década, a Movitel não só́ se estabeleceu como um gigante das telecomunicações, mas também demonstrou um compromisso notável com a responsabilidade social, particularmente no contexto de desastres sociais. A resposta da empresa as crises reflecte um profundo sentido de compaixão, resiliência e uma dedicação genuína para aliviar o sofrimento das comunidades afectadas.
Durante os desastres naturais, a comunicação eficaz é muitas vezes uma tábua de salvação para as comunidades afectadas, a Movitel tem estado na vanguarda do fornecimento de serviços de comunicação de emergência rápidos e fiáveis, garantindo que as pessoas possam ligar-se aos seus entes queridos, aos serviços de emergência e ao mundo exterior.
Porque o seu compromisso com o povo moçambicano sempre foi o de estar em todo lugar a todo momento, a Movitel esteve lá, em Março e Abril de 2019, quando os ciclones Idai e Kenneth devastaram, respectivamente, as províncias da Zambézia, Sofala, Manica, Tete, Inhambane e Cabo Delgado, afetando cerca de 2.5 milhões de moçambicanos. A robusta infra-estrutura de telecomunicações da empresa provou ser fundamental para manter a conectividade, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, tendo a empresa restabelecido prontamente a comunicação nas regiões afectadas e disponibilizado, na capital provincial de Sofala, 20 mil unidades de cartões com 20 meticais de crédito, para permitir que os cidadãos que eventualmente perderam os seus telemóveis estivessem contactáveis.
Na mesma senda, a Movitel mostrou-se solidária com a população afectada pelo ciclone, tendo procedido com a doação de mais de 3000 kits de alimentos, totalizando mais de 30 toneladas de bens alimentares demostrando o comprometimento e o compromisso com seus clientes e todo o povo moçambicano.
O ano de 2023 foi, sem sombra de dúvidas, um dos anos mais desafiadores no que diz respeito às intempéries e a resiliência e capacidade do povo moçambicano superar as dificuldades apresentadas pelas difíceis condições climáticas que se fizeram sentir um pouco por todo país durante o ano.
No mês de Fevereiro, a região sul, em particular a província de Maputo, foi assolada por cheias que deixaram sem abrigo cerca de 13 mil famílias, e foi sob o lema “Todos por Boane” que a Movitel doou cerca de 4.5 toneladas de alimentos, incluindo arroz, farinha de milho, óleo, água, açúcar, feijão, produtos de higiene pessoal, roupas diversas com vista a amenizar o sofrimento das famílias afectadas.
Em Março de 2023, o centro do país foi afectado pelo ciclone Freddy com ventos de 148km/h e rajadas até a 213km/h com chuvas intensas, tendo causado danos materiais avultados e desalojado cerca de 234.105 famílias e causado cerca de 173 óbitos nas províncias da Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Niassa.
No meio da devastação, a Movitel, manteve-se firme. A operadora disponibilizou serviços de voz e SMS gratuitos às vítimas do ciclone, permitindo que as pessoas pudessem manter contacto com os seus familiares e amigos, bem como obter informações sobre a situação atual. A Movitel também doou cerca de 8 toneladas em bens e produtos não perecíveis à população afectada pelo ciclone na província da Zambézia.Os bens essenciais doados pela Movitel também foram fundamentais para ajudar as famílias a sobreviver às condições adversas, a atuação da empresa durante o ciclone Freddy é um exemplo de como as telecomunicações podem ser uma ferramenta importante para a comunicação e a recuperação em situações de emergência.
A província nortenha de Cabo Delgado prepara-se para o ano lectivo 2024, com a reabertura de 82 novas escolas, mas vai arrancar com um défice de 496 professores para todos os níveis de ensino. O porta-voz da Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Cabo Delgado, Rachide Sualeh, justificou que o défice de professores se deve ao facto de o Ministério ter atribuído a esta província a meta de contratar 236 docentes contra os 732 necessários.
Muidumbe, Meluco, Nangade, Quissanga, Palma, Mocímboa da Praia e Macomia são os distritos onde as 82 escolas serão reabertas, no entanto, alguns continuam com focos de ataques terroristas.
Em 2023, a província de Cabo Delgado tinha um universo de 9570 professores de todos os níveis. No presente ano, estarão em funcionamento um total de 898 escolas para mais 730 mil alunos. Entretanto, alguns docentes afectos a alguns estabelecimentos de ensino na cidade de Pemba, depois de abandonar os distritos devido à intensificação dos ataques terroristas, dizem estar a ser forçados a regressar às suas escolas.
"Estou aqui na cidade há quase quatro anos, já tenho uma palhota, mas estão a dizer para eu regressar lá no distrito. A minha casa lá está destruída, estou desmoralizado", disse à "Carta", sob anonimato, um docente obrigado a regressar ao distrito de Macomia que, recentemente, foi alvo de três ataques terroristas a menos de 50 quilómetros da sede distrital.
Lembre-se, o ano passado, a narrativa das autoridades em Cabo Delgado foi de que não era obrigatório o regresso dos funcionários e agentes do Estado aos seus distritos de origem. (Carta)
A Direcção dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde (MISAU) recusou o pedido de um grupo de membros da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos de Moçambique (APSUM), solicitando a mudança da equipa negocial, alegadamente, por esta não trazer os resultados esperados. Na sua resposta, o MISAU diz que não reconhece este grupo.
“O Ministério da Saúde julga que não será possível satisfazer a vossa solicitação por não haver legitimidade para a revitalização da mesa negocial”, refere a nota.
A instituição justifica que a equipa negocial não pode ser mudada porque a APSUSM já foi reconhecida juridicamente, sendo que constam os nomes dos membros dos órgãos sociais da associação. Assim sendo, os proponentes da carta não têm competência para convocar uma assembleia-geral e muito menos para tomar decisões em nome do presidente da agremiação.
O pedido para a mudança da equipa negocial foi submetido em carta ao MISAU, por um grupo da Associação dos Profissionais da Saúde, composto por motoristas, auxiliares administrativos, especialistas, entre outros, que ainda não se beneficiaram do enquadramento e que também aguardam a solução de parte dos seus problemas.
Na sequência de uma ″luta pelo poder″ que se instalou no seio da agremiação, parte dos membros da Associação dos Profissionais de Saúde, representados por Horácio Nhoca, escreveram, no passado dia 03 de Dezembro, uma carta exigindo a revitalização imediata da equipa negocial por esta não corresponder às expectativas dos associados. (Marta Afonso)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que, por vezes, os importadores de combustíveis "fazem fila" para obter divisas (com destaque para o dólar), no mercado bancário nacional, a fim de encomendar os produtos petrolíferos para o país.
Num Relatório Anual (2023) sobre Moçambique, publicado esta semana, o FMI explica que tal decorre do facto de o Banco de Moçambique ter deixado de fornecer dólares para importações de combustíveis em Junho de 2023 e pela exiguidade das receitas provenientes de exportação. Ainda assim, a instituição assegura que o mercado normalmente fica equilibrado em menos de duas semanas e não é relatado qualquer desequilíbrio que afecte a taxa de câmbio.
Em contrapartida, a instituição revela que a decisão do Banco Central contribuiu para a manutenção da taxa de câmbio em relação ao dólar norte-americano. “Embora os importadores tenham, por vezes, de fazer fila para obter divisas, uma vez que os fluxos provenientes da actividade de exportação são irregulares, o mercado normalmente fica equilibrado em menos de duas semanas e não é relatado qualquer aumento nos desequilíbrios da taxa de câmbio”, lê-se no Relatório do FMI.
Num outro desenvolvimento, o Relatório do FMI relata que a manutenção da taxa de câmbio pode ser resultado do aumento simultâneo do rácio de reservas obrigatórias sobre depósitos cambiais (para 39,5 por cento) e uma orientação restritiva da política monetária levada a cabo pelo Banco de Moçambique.
O FMI diz ainda: “o aumento na supervisão dos mercados financeiros na sequência da repreensão de um grande banco [Standard Bank Moçambique], em meados de 2021, também pode estar a contribuir para a estabilidade da taxa de câmbio nominal”.
No cômputo geral, o FMI diz que, em 2023, a economia continuou a crescer de forma constante. Assinala que as pressões inflacionistas diminuíram acentuadamente, reflectindo a descida dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Assegura estar em curso uma correcção fiscal na sequência das derrapagens fiscais decorrentes dos desafios de implementação da Tabela Salarial Única adoptada em 2022.
O Relatório do FMI reporta que a situação de segurança no norte de Moçambique melhorou, embora grande número de pessoas deslocadas internamente (670 mil) e repatriadas (570 mil) continue a depender de assistência humanitária. Alerta que “manter a paz e a estabilidade na região depende fundamentalmente da assistência humanitária”. Segundo o FMI, Moçambique enfrenta condições de financiamento interno e externo apertadas devido ao elevado endividamento público. (Evaristo Chilingue)
O reeleito autarca moçambicano de Quelimane, Manuel de Araújo, admitiu ontem concorrer à liderança da Renamo se não vir “respostas” dos candidatos para os problemas do país e que Ossufo Momade, atual presidente, só com “uma metamorfose” pode continuar.
“Se nenhum deles responder, aí eu vou ter que avançar ou vou apoiar outros que respondam a essas perguntas”, afirmou Manuel de Araújo, em entrevista à Lusa, numa altura em que - não tendo sido ainda confirmada a realização de qualquer congresso eletivo na Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) -, três militantes já anunciaram que querem disputar a liderança do maior partido da oposição, num ano em que Moçambique realiza eleições gerais, incluindo para Presidente da República, em outubro.
“Se a Renamo quer manter o epíteto de pai da democracia não basta dizer da boca para fora que é pai da democracia, deve aparecer como pai da democracia. A Renamo está no mar alto, é um momento decisivo para a história da Renamo”, alertou o autarca de Quelimane, capital da Zambézia, membro do Conselho Nacional da Renamo e um dos mais populares militantes do partido.
No cargo desde dezembro de 2011, Manuel de Araújo, 53 anos, viu a Comissão Nacional de Eleições anunciar a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) vencedora das eleições autárquicas de 11 de outubro último em Quelimane, perante a contestação generalizada aos resultados e acusações de “fraude”. Ao fim de 45 dias de manifestações diárias, esse anúncio seria revertido já em novembro pelo Conselho Constitucional, que proclamou Manuel de Araújo vencedor em Quelimane, na sequência da verificação das atas e editais da votação.
Nestas eleições autárquicas, a Renamo passou de oito autarquias, num total de 53, para apenas quatro, após intervenção do Conselho de Constitucional, entre 65 municípios (12 novos). Nas últimas legislativas o partido perdeu ainda mais de 30 deputados e não elegeu qualquer governador provincial.
O partido é liderado por Ossufo Momade desde a morte de Afonso Dhlakama, em maio de 2018, mas o mandato dos órgãos do partido, reforça Manuel de Araújo, expirou em 17 de janeiro: “Estão fora do seu mandato, portanto com menos legitimidade”.
Estranha por isso as declarações, este mês, do porta-voz do partido, José Manteigas, que apontou Ossufo Momade como candidato nas eleições gerais de outubro ao cargo de Presidente da República.
“A Renamo ou vai provar ao mundo que, na verdade é um partido democrático, segue os seus princípios convocando o Conselho Nacional e eventualmente o congresso seguindo métodos democráticos, ou então vai curvar à esquerda e vai para o caminho da antidemocracia, contra os teus próprios princípios”, contestou Araújo.
Mesmo sem congresso eletivo ou reunião da comissão nacional convocadas, três militantes já anunciaram que pretendem concorrer à liderança da Renamo, casos do deputado e ex-candidato à autarquia de Maputo, Venâncio Mondlane, do filho do líder histórico do partido, Elias Dhlakama, e do ex-deputado Juliano Picardo.
“A escolha é nossa. Neste momento, a liderança da Renamo tem que fazer essa escolha. Ou continuamos a ser os pais da democracia ou passamos a ser os padrastos da democracia”, avisou, voltando a pedir a convocação do Conselho Nacional para definir os próximos passos da vida interna do partido.
E o futuro, admite, até pode passar por Ossufo Momade a liderar a Renamo: “Não há dúvidas que a Renamo precisa de uma maior velocidade, a Renamo precisa de sangue novo, a Renamo precisa de uma liderança mais presente, mais pujante. A questão é se o presidente Ossufo Momade, aparecer mais pujante, mais arrojado, mais visível. Ele vai ter que fazer uma metamorfose dele próprio”.
Até lá, Manuel de Araújo insiste que é observador.
“Se eu notar de que não há uma candidatura que responde aos interesses da juventude, que responde aos interesses da intelectualidade, que responde aos interesses das mulheres, que responde aos interesses dos antigos combatentes e dos combatentes da liberdade, nessa altura, eu, como militante do partido, ver-me-ei obrigado e forçado a lançar uma candidatura alternativa”, disse.
Araújo recorda que há pessoas “que lutaram durante 16 anos” e “perderam a sua juventude” ou mesmo morreram para Moçambique conquistar a democracia e que também para os antigos combatentes da Renamo não há respostas ou soluções face às dificuldades do processo de desmobilização.
“Esses são problemas que eu quero ver nesses manifestos [dos candidatos]. Se esses manifestos respondem a isso ou não. Eu não vou votar em pessoas, vou votar em programas. Se o presidente Ossufo Momade responder essas perguntas, eu posso alinhar com ele (…) E se ninguém responder, acho que vamos ter que responder avançando”, concluiu.(Lusa)
As províncias do Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Maputo, Gaza e Inhambane poderão registar chuvas moderadas a fortes e trovoadas, segundo informou ontem (17) o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM).
No seu comunicado, o INAM previa a continuação de ocorrência de chuvas em seis províncias do norte e do sul, em regime moderado a forte (30 a 50 milímetros em 24 horas), localmente fortes (mais de 50 milímetros em 24 horas) acompanhadas de trovoadas e ventos fortes com rajadas.
No Niassa, o INAM previa tempo chuvoso nos distritos de Nipepe, Marrupa e Maua, enquanto em Cabo Delgado podiam ser afectados os distritos de Montepuez, Balama, Meluco, Namuno, Chiure, Ancuabe, Mecufi, Metugi, Quissanga e Cidade de Pemba.
Ainda na zona norte, previa-se chuvas nos distritos de Malema, Ribaué, Lalaua, Mecuburi, Erati, Nacarroa, Memba, Muecate, Nacala e na cidade de Nampula.
Já na região sul, previa-se a continuação de chuvas na província de Maputo, nomeadamente, nos distritos de Matutuine, Namaacha, Boane, Moamba, Magude, Manhiça, Marracuene, bem como nas cidades de Maputo e Matola.
Previa-se também a ocorrência de chuvas nos distritos de Chókwè Bilene, Mandlakazi, Limpopo, Mapai, Mabalane, Chicualacuala, Chigubo, Chibuto, Guija, Chongoene e cidade de Xai-Xai.
Ainda na região sul, previa-se chuvas na província de Inhambane, nos distritos de Zavala, Inharrime, Jangamo, Panda e cidades de Maxixe e Inhambane.
Subida do nível de água dos rios Maputo, Umbelúzi, Incomáti e Save
A Administração Regional de Águas do Sul, Instituto Público (Ara-Sul IP), alertou ontem (17) que, face às previsões divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de ocorrência de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 milímetros em 24 horas) nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, prevê-se a subida de níveis hidrométricos nos cursos principais e seus afluentes, que poderão inundar as zonas agrícolas ribeirinhas e condicionar a travessia de pessoas e bens em algumas vias de acesso.
A ARA-Sul apela aos utentes para a tomada de medidas de precaução ao se fazerem aos rios Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo e Save, bem como na sua travessia, sob o risco de serem arrastados pela força da água. (Carta)
Está instalada uma ″guerra″ entre a população dos postos administrativos de Papai e Hukula no distrito de Namuno, a sul da província de Cabo Delgado, e os chefes daquelas unidades territoriais na sequência da desinformação sobre a cólera. O desentendimento levou os chefes dos postos administrativos a abandonar as suas residências e a refugiarem-se noutros pontos.
As lideranças administrativas e comunitárias são acusadas pela população de serem responsáveis pela propagação de um medicamento que supostamente provoca o vibrião colérico, embora o distrito de Namuno ainda não tenha declarado o surto.
Intervindo na última terça-feira, em Pemba, durante a Primeira Sessão do Conselho de Representação do Estado, a administradora de Namuno, Maria Lázaro, explicou que a situação está a criar alguma desgovernação nos dois postos administrativos, onde os respectivos chefes foram obrigados a abandonar os seus locais de trabalho e respectivas residências, além de encerramento dos serviços públicos.
Ela avançou que os manifestantes chegaram ao extremo de espancar uma enfermeira de um centro de saúde e despi-la, deixando-a completamente nua.
"Estão sem alojamento, saquearam os seus bens (...) Despiram a enfermeira e começaram a bater e passear com ela pela aldeia. Eu não sei que moral tem essa enfermeira para regressar ao posto de trabalho".
Entrevistado pela Rádio Moçambique, emissora pública, em Pemba, o chefe do posto administrativo de Papai, Alberto Mupuele, disse que toda a estrutura administrativa está parada.
"Invadiram todas as nossas instituições, incluindo as nossas casas. A secretaria está demolida. Toda a minha roupa foi vandalizada, queimaram os colchões e levaram painéis e baterias" descreveu o chefe do posto administrativo de Papai, refugiado em Machoca.
Além dos chefes dos postos administrativos, também se retiraram de Papai todos os funcionários e agentes do Estado, bem como os líderes e secretários das aldeias, que se refugiaram em locais seguros.
Reagindo à preocupação, o Secretário do Estado em Cabo Delgado, António Supeia Njanje, recomendou aos administradores a recorrer à Polícia da República de Moçambique para repor a ordem nos distritos onde se registam actos de violência contra as autoridades, afirmando que não se pode tolerar a desgovernação.(Carta)