Ora, feita a devassa dos factos, concluiu-se que, afinal de contas, as fotos exibidas eram de pessoas alheias ao perfil de Shakira e, pior, as vidas largas das tais fotos não passavam de mero exibicionismo. Ou seja, Shakira usou fotos de pessoas que exibiam dinheiro que não lhes pertence nos grupos de WhatsApp como se elas tivessem ganho aquele dinheiro matando pessoas e incendiando casas em Cabo Delgado. Quando os "show offistas" são encontrados não dizem coisa com coisa.
Por exemplo, Shakira divulgou no seu perfil fotos de João Álvaro, um jovem de 23 anos, que trabalha na cidade da Beira, neste momento, exibindo um molho saturado de notas de mil meticais. Confrontado, "Álvaro revelou que o dinheiro não era seu, mas dum amigo que pretendia levantar 20 000 Mts mas que, devido às limitações das ATM, decidiu transferir metade para a sua conta. Quando os dois conseguiram juntar os 20 000 Mts, deixaram-se fotografar" e partilharam num grupo de "lifestyle" (Carta, 14/12/2018).
E agora, isso é bom? Valeu a pena ter exibido dinheiro que não lhe pertence? Valeu a pena ser confundido com bandido? Assim está bom?! Irmãos, não vale a pena exibir "Deus no comando" quando, na verdade, não está no comando. Amanhã Ele pode querer tirar satisfação e não sabermos o que dizer. Não vale a pena aderir a grupos de partilha de informação duvidosos e sem prévio consentimento. Bandidos estão aos montes nessas redes.
Azar não custa, mas pode-se evitar.