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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

As infecções respiratórias estão no topo da lista das doenças que deram mais entrada no sector pediátrico do Hospital Geral José Macamo (HGJM)  localizado na capital moçambicana, nos últimos três meses. Na lista, segundo a médica pediátrica do HGJM, Lúcia da Graça, estão doenças como a malária e infecções gastrointestinais, que totalizam uma média diária de 25 internamentos.

 

“As doenças mais frequentes nos últimos três meses têm sido a malária, as infecções respiratórias e as infecções gastrointestinais”, disse a médica que falava em declarações à AIM, na terça-feira (19).

 

Actualmente, o Hospital Geral José Macamo tem cerca de 20 crianças internadas, sendo que o período de internamento naquela unidade hospitalar, segundo a fonte, é de cerca de três a cinco dias para o caso de infecções respiratórias. Na pediatria, a AIM encontrou Inocência Chamabale que está internada com a sua filha de três meses de vida, desde a última quinta-feira, por conta de complicações respiratórias e tosse.

 

“O que me trouxe aqui é que a criança estava com problemas de respiração e tosse. Não estava a respirar bem”, disse Chamabale que esperava receber alta hospitalar ainda na tarde de terça-feira. A mãe conta que, neste mês, é a segunda vez que busca os serviços pediátricos, sendo que a primeira foi com a outra filha gémea e ficou internada por quase uma semana.

 

Na mesma situação está Laucina Ernesto, mãe de uma menina de dois anos e nove meses, que apresentava problemas de respiração, mas que graças ao quadro de recuperação assinalável, diz que sua alta hospitalar está prevista para quarta-feira.

 

A médica pediátrica do hospital assegurou, no entanto, que apesar de o hospital estar em obras de reabilitação, o sector de pediatria continua com os serviços de atendimento aos pacientes a decorrer com normalidade. (AIM)

 

Apenas 72 gavetas, das 140 existentes para a conservação de corpos, funcionam na Morgue Municipal anexa ao Hospital Central de Maputo (HCM). A inoperância de 68 gavetas propicia actos de corrupção por parte dos funcionários para a cedência de espaço para a conservação de corpos. Nesta quarta-feira (20), a Vereadora de Saúde do Conselho Municipal de Maputo, Alice de Abreu, visitou de surpresa a Morgue do HCM para inteirar-se das reclamações dos utentes e fiscalizar o andamento das obras em curso.

 

“Constatamos que os munícipes contribuem para as cobranças ilícitas, aliciando os trabalhadores da Morgue. Assim sendo, apelamos aos munícipes para que evitem esses actos de corrupção, ligando para os números que fazem a gestão destes serviços”, disse.

 

“Se eu for à morgue do HCM e constatar que não há capacidade para conservação porque todas as câmaras estão cheias, não devo tentar aliciar o funcionário para que coloque o corpo do meu ente querido”.

 

Em relação ao facto de quase metade das gavetas não estarem a funcionar, Alice de Abreu disse que estão em curso obras para aumentar a capacidade de conservação dos corpos, num investimento de oito milhões de Mts, disponibilizados pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

 

De Abreu garantiu que decorrem obras de manutenção das câmaras para que funcionem por mais tempo. Na ocasião, a Vereadora disse que um dos maiores constrangimentos que se regista na Morgue é a falta de reclamação dos corpos, o que também contribui para a fraca capacidade de resposta. Só em 2023, não foram reclamados 3000 corpos e, após trinta dias, foram levados à vala comum. (M.A)

São cerca de 270 casos de conjuntivite hemorrágica notificados no Estabelecimento Penitenciário Provincial de Maputo, segundo dados fornecidos pelo sector da saúde nesta província.

 

De acordo com o Oftalmologista do serviço Provincial de saúde em Maputo, Armindo Chabane, as autoridades sanitárias reforçaram a vigilância naquele estabelecimento prisional. A fonte falava em entrevista à Rádio Moçambique, emissora pública.

 

“Os cerca de 270 casos de conjuntivite hemorrágica diagnosticados naquele estabelecimento prisional fazem parte dos setecentos e setenta registados em toda a província de Maputo”, explicou Chabane. Face ao surto, o oftalmologista apela à população a evitar tratamentos caseiros em casos de infecção e recomenda que se dirija à unidade sanitária mais próxima.

 

Por outro lado, nesta segunda-feira, uma nota recebida na Redacção dá conta do encerramento de uma escola privada na cidade da Beira, por um período de quatro dias, devido à Conjuntivite Hemorrágica. A medida foi tomada como forma de assegurar o controlo domiciliário dos alunos, professores e trabalhadores não-docentes, prevenindo assim uma eventual contaminação.

 

Entretanto, o Ministério da Saúde aconselha que, em caso de contaminação pela Conjuntivite Hemorrágica, o paciente deve permanecer em casa até que se recupere. Lembrar que os primeiros casos de conjuntivite hemorrágica na província de Maputo foram registados no passado dia 13 de Fevereiro. (M.A)

Acaba de dar uma volta de 360º o caso da central de betão, construída numa área residencial, no bairro da Costa do Sol, arredores da Cidade de Maputo. Catorze dias depois de a juíza de direito da 9ª Secção Cível do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo ter dado provimento ao pedido dos moradores de se embargar provisoriamente as actividades daquela indústria, na passada segunda-feira, os queixosos foram comunicados da suspensão da medida, devido à interposição do agravo (recurso) por parte da empresa chinesa.

 

Ao que “Carta” apurou, a suspensão da decisão do Tribunal visa evitar danos financeiros, que a paralisação das actividades daquela unidade de produção de betão pode causar à empresa Africa Great Wall Concrete Manufacture, Limitada. O agravo foi submetido na passada sexta-feira.

 

Dados colhidos pela nossa reportagem indicam que a fábrica deverá operar durante 16 dias, um período correspondente ao total de dias concedidos à empresa para submeter o agravo (oito dias) e ao total de dias concedidos aos moradores para justificarem a sua posição (oito). Após este período, apurou “Carta”, a juíza deverá tomar uma decisão definitiva, antes de enviar o processo para as instâncias superiores.

 

Lembre-se que, na segunda-feira da semana passada, a 9ª Secção Cível do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo julgou procedente a providência cautelar submetida pelos moradores da Costa do Sol a contestar a presença de uma central de betão no meio das suas residências por considerá-la ilegal e inapropriada para uma área residencial.

 

No seu despacho, o Tribunal disse haver motivos bastantes para se decretar uma providência cautelar para suspensão das actividades daquela fábrica, visto que “existe perigo que, antes da acção principal ser proposta, a requerida [empresa] possa causar danos graves e de difícil reparação no direito dos requerentes [moradores]”.

 

Entretanto, na última sexta-feira, a empresa submeteu um agravo, requerendo a anulação do embargo provisório das actividades daquela unidade industrial. O documento, refira-se, deu entrada no Tribunal antes mesmo de este embargar, fisicamente, a central de betão. Aliás, ao que “Carta” apurou, a fábrica esteve operacional de segunda-feira à quarta-feira da semana passada. (Carta)

Um navio mercante denominado “Abdullah”, que navegava da capital moçambicana, Maputo, para Al Hamriyah, nos Emirados Árabes Unidos, transportando 58 mil toneladas de carvão, foi sequestrado terça-feira por piratas.

 

De acordo com a plataforma South African DefenceWeb, citando a Força Naval da União Europeia para a Somália (Operação Atalanta), pelo menos 12 supostos piratas estão confirmados a bordo do graneleiro sequestrado “Abdullah”, agora fundeado a cerca de 600 milhas náuticas a leste da Somália. capital, Mogadíscio.

 

A Operação Atalanta, cuja área de operações (AoO) inclui o oeste do Oceano Índico e o Golfo de Aden, foi o “primeiro actor” a responder ao sequestro do navio.

 

Uma atualização recente “mostra pelo menos 12 supostos piratas confirmados a bordo do navio, embora o alerta inicial do sequestro apontasse para um grupo de 20 pessoas armadas”.

 

“É possível que aqueles a bordo do Abdullah sejam o mesmo grupo responsável pelo sequestro do MV Ruen em dezembro. Existe uma possibilidade realista de que o MV Ruen esteja a ser usado como navio-mãe para conduzir ataques piratas adicionais no Oceano Índico/Mar Arábico”, disse Martin Kelly, Chefe de Consultoria do EOS Risk Group, com sede no Reino Unido.

 

“Também é provável que o dhow utilizado para embarcar no “Abdullah” permaneça no mar”, afirma Kelly. Atalanta não relata nenhuma mudança a bordo do graneleiro de propriedade e bandeira de Bangladesh, com os 23 tripulantes aparentemente seguros e “a acção ainda em andamento”. 

 

“Três campos de supostos grupos piratas foram identificados em diferentes áreas no norte, centro e sul da costa da Somália. A partir destes campos eles apoiam operações de sequestro”, informou a Força Naval da UE. A operação naval do bloco europeu, com sede em Espanha, disse que está a manter contacto com as autoridades do Bangladesh e da Somália e os seus parceiros de segurança marítima na área de operações para coordenar a acção mais eficiente contra os piratas.

 

Vários incidentes de pirataria no Corno de África foram registados este ano. Em Janeiro, a Marinha Indiana frustrou dois sequestros por piratas somalis em poucos dias, resgatando dois navios de pesca com bandeira iraniana. 

 

Também em Janeiro, o governo das Seicheles disse que as suas forças de defesa e a guarda costeira resgataram seis pescadores do Sri Lanka cujo navio tinha sido sequestrado por piratas somalis a cerca de 840 milhas náuticas a sudeste de Mogadíscio.

 

Os sequestros ao largo da Somália levantaram preocupações sobre o ressurgimento da pirataria no Oceano Índico por parte de piratas oportunistas que se aproveitavam das forças navais focadas em derrotar os ataques aos navios por parte dos rebeldes Houthi do Iémen.

 

Os ataques Houthi no Golfo de Aden continuam quase diariamente, com um navio (o MV Rubymar) afundado e dois marinheiros mortos num outro ataque. Vários navios foram atingidos este ano por mísseis Houthi. (AIM)

Mais de 100 famílias vítimas do deslizamento da lixeira de Hulene amotinaram-se uma vez mais, nesta terça-feira, em frente ao edifício do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, para exigir o subsídio de renda, em atraso há seis meses.

 

Trata-se de famílias que ainda não foram contempladas no processo de entrega de casas construídas em zonas de reassentamento e que recebem um subsídio de renda equivalente a 30 Mil a cada três meses.

 

Segundo o Presidente da Comissão das famílias vítimas do desabamento da Lixeira de Hulene, António Massingue, o grupo reuniu-se defronte do edifício do Município de Maputo para exigir informação sobre a data de pagamento dos valores em dívida.

 

“No nosso grupo já existem famílias que estão a ser despejadas das casas de renda porque estão a dever há seis meses. Exigimos que resolvam o nosso problema o mais rápido possível”, explicou.

 

A fonte disse que o Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, Rasaque Manhique, garantiu que o pagamento será feito na próxima semana e anunciou que 65 novas casas serão entregues dentro de dias. O edil prometeu ainda visitar as famílias, no próximo sábado, em Possulane, distrito de Marracuene, província de Maputo.

 

Recorde-se que o incidente na lixeira do Hulene foi provocado pela chuva intensa que caiu durante a madrugada do dia 19 de 02 de 2018, na cidade de Maputo. O lixo acumulado desabou sobre residências e afectou 260 famílias, sendo que grande parte já recebeu as casas construídas em Possulane. (M.A)

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