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A conjuntivite, que eclodiu no princípio do mês de Fevereiro, em Nampula, alastrou-se para mais seis províncias, totalizando sete ao nível do país, segundo informações partilhadas pelo director nacional de saúde pública, Quinhas Fernandes. Sem dar detalhes sobre o número total de pessoas infectadas pela doença, Quinhas Fernandes disse à imprensa, nesta segunda-feira, que o Governo está a envidar esforços, para estancar a conjuntivite.

 

“Os problemas de higiene continuam a ser um dos principais vectores da doença, com especial enfoque para a não lavagem das mãos, razão pela qual a doença está alastrar-se por mais pontos do país”, explicou.

 

Segundo o director nacional de saúde pública, os pacientes com conjuntivite chegam a precisar de sete a 10 dias para se recuperarem da doença, que pode evoluir para uma situação mais grave, caso as pessoas não se cuidem.

 

“Lavar as mãos, principalmente antes de levar a cara ou trocar objectos de uso pessoal, pode ser um dos melhores caminhos para evitar a contaminação da doença”, frisou.

 

Oncocercose uma nova doença que ameaça afectar Moçambique, depois de Tanzânia e Malawi

 

Moçambique está em risco de eclosão de oncocercose, numa altura em que 32 países africanos já registam casos da doença. De acordo com as autoridades da saúde, oncocercose é uma doença provocada por uma picada de mosca negra e que pode levar o paciente à cegueira. Falando esta segunda-feira (11) em Maputo, no âmbito da primeira Reunião do Comité Específico em Oncocercose, o vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, disse que Moçambique precisa estar preparado e com ferramentas, para que não seja surpreendido pelo surto desta doença.

 

“Devemos estar preparados porque neste momento, dos 99 por cento dos casos registados pelo mundo, 32 encontram-se em países africanos e dos 14 milhões que contraíram a doença, 1,2 chegam a desenvolver a cegueira”, disse. (M.A)

O governo do Presidente Filipe Nyusi mantém a estratégia de "gestão de danos" do conflito em Cabo Delgado, procurando ganhar tempo no plano interno e externo e não comprometer as promessas de levantamento da suspensão do principal projecto de gás natural a cargo da Total Energies (Área 1). A aposta do governo aponta para a utilização pelo exército dos novos reforços militares provenientes do recrutamento obrigatório e de equipamentos entretanto encomendados, como drones.

 

O aumento da presença jihadista a sul de Cabo Delgado, para onde vários grupos se deslocaram durante o mês de Janeiro, compromete a circulação para Pemba e volta a colocar pressão sobre a indústria extractiva e sobre a zona norte da província de Nampula.

 

Segundo fontes locais, para além da entrada de estrangeiros recrutados para combater ao lado dos insurgentes em Cabo Delgado, continuam a ingressar nas células armadas dezenas de naturais de Nampula, sobretudo dos distritos de Memba e Erati, que estiveram sob ataque em Setembro de 2022.

 

Os últimos 75 dias foram caracterizados pelo agravamento significativo da insegurança em Cabo Delgado.

 

“África Monitor” reporta ainda que Moçambique poderá atrair mais investidores para Energia Solar. Com efeito, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Maputo deverão liderar os projectos de energia renováveis, sobretudo energia solar, com ligação à rede pública.

 

O governo pretende que 1/5 da matriz energética do país (20%) provenha de fontes renováveis em 2030, de acordo com o Plano Director de Infra-Estruturas Eléctricas 2018-2043. A energia é ainda, juntamente com os custos logísticos e as telecomunicações, um dos factores-chave desincentivadores do IDE no país, devido aos custos mais elevados. (África Monitor)

A milícia tradicional, os Namparamas, do posto administrativo de Katapua, no distrito de Chiúre, matou, na passada sexta-feira (08), três agentes de educação cívica eleitoral e abandonou os corpos na residência do chefe do posto. Os agentes encontraram a morte quando, alegadamente, mostraram dificuldades de responder algumas perguntas feitas na altura de interpelação.

 

Fontes disseram à "Carta" que os três agentes foram interpelados pelas 16h00 na aldeia Nauawane, quando estavam a propagar, através de altifalantes, mensagens sobre a importância do Recenseamento Eleitoral.

 

"Isso aconteceu na sexta-feira pelas 16h00. Eles também falharam porque antes de comunicar o líder da aldeia começaram a convocar encontro. Foi daí que apareceram os Namparamas, afirmando que os agentes não se apresentaram às autoridades”.

 

Os Namparamas começaram a bater no líder do grupo, alegando que não conseguia explicar as perguntas colocadas e o pior veio quando o chefe do posto de Katapua negou ter conhecimento do início da Educação Cívica Eleitoral. Acto contínuo, espancaram os três homens até à morte, usando catanas, paus e pedras.

 

As fontes acrescentaram: “já há medo de trabalhar em Chiúre porque os agentes cívicos e os recenseadores poderão não escalar aquelas aldeias, o que pode levar à fraca participação".

 

"Carta" soube que desde sexta-feira foi destacada uma unidade policial a Katapua, para responder a qualquer eventualidade de agressão, sobretudo a Funcionários e Agentes do Estado. O Administrador de Chiúre, Oliveira Amimo, confirmou a morte dos três agentes de educação cívica, avançando que uma brigada foi constituída para investigar os contornos do crime. (Carta)

 

 

Dez elementos das estruturas locais, nomeadamente, o secretário do bairro e chefes das dez casas na aldeia Sambene, no distrito de Mecúfi, sul da província de Cabo Delgado, viram no passado dia 6 de Março as suas residências destruídas, na sequência da fúria popular motivada pela desinformação sobre a origem da cólera. A situação deixou as famílias daqueles responsáveis ao relento.

 

O incidente acontece pouco tempo depois que três pessoas da mesma família perderem a vida devido à desinformação sobre à cólera. As autoridades equacionam medidas para responsabilizar os promotores da manifestação, ao mesmo tempo que apelam para um trabalho de fundo para estancar a perseguição aos líderes comunitários por conta da desinformação sobre a origem do surto.

 

Recentemente as autoridades anunciaram a detenção de mais de 50 pessoas em conexão com actos de vandalismo devido à desinformação sobre a origem da doença nos distritos de Chiúre, Ancuabe, Montepuez, Balama e Namuno. Neste último distrito, os cabecilhas das manifestações chegaram a violentar uma profissional de saúde no posto administrativo de Papai.

 

O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, tem sido uma das figuras incansáveis na luta contra o fenómeno, mas a situação continua a ganhar contornos alarmantes. A desinformação sobre a origem da cólera na província de Cabo Delgado continua a ganhar contornos preocupantes, em parte porque os meios até aqui usados pelo Estado para colmatar a situação ainda se mostram ineficazes. (Carta)

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) emitiu, este domingo (10), um aviso sobre a possibilidade de ocorrência de chuvas acima de 200 mm/24h com trovoadas e ventos fortes com rajadas até 120 KM/h em alguns distritos das províncias de Inhambane (Funhalouro, Mabote, Homoine, Morrumbene, Massinga, Vilankulo, Inhassoro, Govuro, Panda e cidades de Maxixe e Inhambane) e Sofala (Machanga, Chibabava e Buzi), na sequência de uma perturbação tropical.

 

Conforme explica o INAM, “a perturbação tropical poderá evoluir para o estágio de tempestade tropical moderada, fazendo a aproximação à costa do nosso país pelas províncias de Sofala e Inhambane’’.

 

As projecções mais recentes indicam que o sistema continuará a evoluir e atingir o estágio de tempestade tropical severa, condicionando o estado do tempo com chuvas muito fortes, ventos de 85 Km/h e rajadas até 120 Km/h, nos distritos acima indicados, nas próximas 48 horas. Face à situação acima exposta, o INAM recomenda às pessoas que residem nestes pontos a se precaver e garantir que estejam seguras. (Carta)

O Edil da Cidade de Maputo, Razaque Manhique, reúne-se esta segunda-feira com moradores da Costa do Sol e proprietários da Africa Great Wall Concrete Manufacture, Limitada., empresa que construiu uma central de produção de betão naquele bairro e que está a ser alvo de contestação por ter sido erguido no meio de residências.

 

O encontro, que deverá juntar moradores que contestam a fábrica, donos da fábrica e moradores que estão a favor do empreendimento, ocorre dias depois de Razaque Manhique ter recebido, em separado, os moradores queixosos, donos da empresa e a carta dos moradores apoiantes do projecto.

 

Lembre-se que um grupo de moradores da Costa do Sol contesta a construção daquela central de betão, composta por oito silos, por considerá-la ilegal e inapropriada, alegando que coloca em causa a sua qualidade de vida.

 

Ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo, os referidos moradores exigiram explicações sobre os procedimentos seguidos pela instituição para a emissão do título de DUAT (Direito de Uso e Aproveitamento de Terra) e da licença de construção. Entendem eles que o Conselho Municipal pontapeou as leis, ao licenciar uma indústria daquela natureza sem observar, por exemplo, o Plano de Ordenamento Territorial da Cidade de Maputo, aprovado pela Edilidade, que prevê a separação de zonas urbanizadas das industriais e das urbanizáveis.

 

Por sua vez, a empresa garantiu, tal como no Tribunal, ter cumprido todos os passos exigidos por lei e que não vê problemas pela instalação daquela fábrica de betão. Aliás, mesmo posicionamento foi manifestado por um grupo de moradores daquele bairro que, em carta enviada à edilidade no dia 04 de Março, acusam os seus vizinhos de estarem a “inviabilizar o funcionamento” daquela indústria.

 

O grupo, composto por mais de 70 moradores, defende que os argumentos dos seus vizinhos “têm deturpado significativamente e não só aquilo que é a opinião pública, mas o sentimento e a visão geral de toda a comunidade”, visto que os seus posicionamentos são de “extremo alarmismo para as pessoas e público em geral”.

 

O “cara-a-cara” desta segunda-feira entre os moradores, proprietários da empresa e o Presidente do Município de Maputo visa encontrar uma solução consensual entre as partes litigantes, de modo a pôr fim neste caso, que dura há mais de 12 meses e que foi despoletado pelos moradores em Agosto do ano passado. (Carta)

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