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Sociedade

O Embaixador americano em Maputo, Dean Pittam pronunciou-se ontem, em comunicado, sobre eleição de recurso em Marromeu, realizada passado dia 22 de Novembro. Ele diz-se “seriamente preocupados que as irregularidades reportadas a seguir ao processo de contagem em Marromeu irão ensombrar a corrida eleitoral no seu todo, e recomendamos a aplicação integral dos mecanismos legais existentes para resolver a situação de maneira que assegure confiança no sistema eleitoral do país. Contamos que estas instituições cumpram com as suas responsabilidades”.

Para o embaixador americano, “uma democracia sólida e estável depende dum processo eleitoral que é consistentemente transparente, justo e legítimo”. Ele apela todas as partes envolvidas “a rever com a devida celeridade as regras e procedimentos eleitorais em torno da elegibilidade do candidato, contagem de votos e a resolução de disputas com a perspectiva de implementar reformas que aumentem a transparência e legitimação em torno destes processos chave”. Para ele, adoptar estas medidas vai ser essencial numa altura em que Moçambique se prepara para as eleições nacionais em 2019.(Carta)

quarta-feira, 05 dezembro 2018 03:09

Raparigas são o novo alvo dos “insurgentes”

Além de atacar com armas e decapitar com catanas, os insurgentes de Cabo Delgado também raptam raparigas para fins ainda desconhecidos. Pelo menos três raparigas menores de 20 anos terão sido raptadas, no distrito de Macomia, desde que o drama eclodiu em Outubro do ano passado. Não se sabe para que fins as raparigas são raptadas mas suspeita-se que possam ser transformadas em esposas. O primeiro rapto aconteceu em Outubro, na aldeia Cogolo, no Posto Administrativo de Mucojo, onde três mulheres, das quais duas raparigas, foram capturadas quando iam apanhar mangas não muito longe da aldeia. Na ocasião, a mais velha foi libertada e a duas forçadas a ir com os “insurgentes”.

Outro cenário, aconteceu na manha do dia 25 de Novembro, na aldeia Ilala, posto administrativo de Quiterajo, uma comunidade que dista pelos menos 3 km de Cogolo. Em Ilala, foi raptada uma rapariga de 17 anos, que também estava a apanhar mangas, na companhia de outras amigas, a escassos metros da aldeia. Os atacantes sairam de repente das matas e pegaram-na. 

Em Cogolo, fontes revelaram que, depois do acontecimento, as Forças de Defesa e Segurança tentaram perseguir o grupo, sem sucesso. Cogolo é onde tinha sido erguida uma mesquita por jovens que depois se juntariam ao atacantes nas matas. A mesquita foi incendiada pelas populações. (Carta)

O Vale Moçambique, a gigante brasileira de mineração, é acusada de ter destruído o cemitério de Chipanga, em Moatize, na província de Tete, à revelia das famílias com parentes sepultados no local. Essas famílias (comunidades, para usar o jargão da indústria do desenvolvimento) já reagiram, e agora exigem uma compensação. Mas há um grande impasse. A Vale justifica que a profanação de túmulos à revelia das famílias foi porque elas terão alegado que não gostavam de lembrar os momentos de dor pelas perdas. E alegou também que as pessoas já não se recordavam do local onde seus entes foram sepultados. 

Pela primeira vez, e diferentemente de muitos anos, os exames finais da primeira época de 2018 decorreram sem sobressaltos ou casos graves de fraude académica. O Director Geral do Instituto de Exames, Certificação e Equivalência no MINEDH, Feliciano Mahalambe, disse à “Carta” que, este ano, não houve nenhum exame anulado por alegada fraude como acontecia em anos anteriores.

A República da África do Sul vai desembolsar 5 biliões de Rands para compensação de mineiros da região da África Austral por doenças ocupacionais contraídas durante o seu trabalho nas minas daquele país. O valor destina-se a todos os mineiros que trabalharam entre 1965 e 2008. 

Sem nenhum mandado judicial, o Banco de Moçambique (BM) decidiu despejar as empresas Computec Lda, Emil – Computer Business Centre Lda, Tropic Lda, Syscom Lda e Alina Da Graça Manjate, as quais desenvolvem suas atividades no Prédio Cardoso, em Maputo, há mais de 30 anos. Rodrigo Rocha, jurista que se identificou como responsável do processo pelo BM disse à “Carta” que o banco central está apenas a exigir o que é seu.