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Sociedade

sexta-feira, 23 novembro 2018 03:06

INSS recorre contra a Nadhari Opway

O INSS-Instituto Nacional de Segurança Social interpôs, na quinta-feira, 15 de Novembro, em Maputo, um recurso de apelação ao juiz presidente do Tribunal Administrativo, nos termos do artigo 163 e seguintes da Lei nº7/2014, de 28 de Fevereiro. O INSS confirma a notificação do Acórdão nº54/TACM/18 do Tribunal Administrativo referente ao processo nº56/2018-CA em que foi considerado procedente o pedido da Nadhari Opway para que o INSS observe os termos do contrato promessa, quanto ao sancionamento da mora.

quarta-feira, 21 novembro 2018 22:57

Caça ao bronze no cemitério de Lhanguene

Uma onda de vandalização de campas, protagonizada por indivíduos desconhecidos alegando procurar bronze, está a registar-se há cerca de dois meses no cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo, retirando a paz dos defuntos e provocando preocupação aos familiares bem como as autoridades administrativas do local.

Campas de algumas famílias da “elite” nacional são o principal alvo dos profanadores que têm atuado a calada da noite. Siba-Siba Macuacua, João Paulo (músico), Boaventura C. Langa Cossa, Firmino dos Santos e Teresa dos Santos (campa única), Paulo Jorge de Almeida, Inácio Vicente Amane, Milagre Moiane, Raimundo Taimo, são alguns nomes cujas sepultaras foram vandalizadas nessa alegada busca pelo bronze. Aquina Macuacua, viuva de Siba-Siba, disse sentir-se constrangida com a situação. Acrescentou ainda que nunca soube que a moldura em volta da foto do seu ente querido tivesse algum valor que provocasse a cobiça de quem quer que fosse.

O fenômeno, que preocupa igualmente as autoridades do “Lhanguene”, obrigou a tomada de medidas adicionais de segurança. O administrador do cemitério, Horácio Maluve, disse que, logo que receberam as primeiras queixas, a Polícia foi chamada a vigiar o recinto ao longo da noite.  Maluve afirmou que já foi identificado pelo menos um dos malfeitores e acredita na neutralização dos protagonistas brevemente. A restauração das campas representa custos tanto para os familiares dos defuntos que pagam pela manutenção dos espaços, como também para a própria administração do cemitério que assume a responsabilidade de garantir segurança às sepulturas. Refira-se que bronze é um metal usado no fabrico de joias, medalhas e pode ser adaptado de acordo com as necessidades dos utilizadores. (Marta Afonso)      

Imagina que você quer inscrever sua criancinha na pré-primária da Princesa Cinderella School Primary and High em Maputo. Sabe quanto pagará por ano? 120 mil Meticais. E na Décima Classe? 305 Mil Mts por ano. E sabe quanto custa matricular um aluno na Agha Khan Academy agora aberta na Matola? 120 mil (este é um valor médio do que se cobra para inscrição em todas as classes nesta instituição). O sector privado da educação em Moçambique opera numa selva regulada minimamente.

Agora que a RAS descriminalizou o consumo privado de cannabis para fins terapêuticos, Moçambique pode Frelimo pode promover um debate franco sobre o assunto. Há na nossa classe médica quem estaria interessado em explicar os pros e os cons sobre a matéria. O Governo também poderia aproveitar o embalo para criar uma “task force” com a missão de estudar o assunto. E a opção que poderia ser discutida não é a da legalização da cannabis para uso recreativo, como fez a RAS. Moçambique podia se inspirar um bocado na experiência do Lesotho.

sexta-feira, 21 setembro 2018 17:33

Não há razão para pânico no Viaduto

Em Fevereiro deste ano, uma mensagem alarmista viralizou nas redes sociais: o viaduto da Ponta Vermelha, nomeado em homenagem ao Eng. Alcântara Santos, um ferroviário perecido com Samora Machel em Mbuzini em 1986, estava ruindo. A razão do alarme tinha uma base, movediça: uma chapa metálica de revestimento da junta de dilatação cimeira, ali onde um dos tabuleiros se une à massa de betão incrustada na terra, tinha sido removida. A chapa metálica escondia uma “fissura” no topo da estrutura, um espaçamento de cerca de 10 cm deixado propositadamente aquando da construção da obra (entre 1971 e 1974) para permitir o movimento esperado das peças do tabuleiro (6 peças).

Na semana passada, aquando da “exposé” sobre a selva (ou paraíso) fiscal no sector privado da Educação em Moçambique prometi trazer também os contornos da “mafia” curricular vigente. A revelação carecia ainda de um trabalho de campo, para evitar mencionar escolas em concreto sem dar-lhes a oportunidade soberana do contraditório. Não queria apontar o dedo acusador sem que elas se pronunciassem. Esse trabalho de campo estava a ser feito.