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Sociedade

segunda-feira, 03 dezembro 2018 03:32

Incêndio destrói equipamento da STV

Um incêndio ocorrido na tarde de sexta feira destruiu parte de uma central técnica do maior canal de televisão privado de Moçambique, a STV. O incêndio, cujas causas ainda não foram apuradas, aconteceu à hora do almoço, devorando servidores e equipamentos de recepção de sinais, como por exemplo sinais de transmissão de programas em directo. Jeremias Langa (Administrador para Operações) disse à “Carta” que uma avaliação preliminar colocava o valor do prejuízo nos 900 mil USD mas isso era ainda uma estimativa provisória. Logo após o sinistro, equipas de peritagem criminal e de seguros estiveram a trabalhar mais de 24 horas para apurar as possíveis causas. Só ontem à tarde é que funcionários da casa tiveram acesso ao local e tiveram a primeira noção da dimensão dos estragos. As emissões da STV estão agora a funcionar a meio gás. As transmissões estão a ser feitas com recurso ao carro-estúdio. A reposição do equipamento vai levar semanas. A estação já iniciou demarches nesse sentido. (Carta)

O Parque Nacional da Gorongosa faz parte da lista dos 28 Melhores Lugares para visitar em 2019, de acordo com os Editores e Exploradores da National Geographic Traveler. Com a publicação da sua edição anual Melhores Viagens, a revista National Geographic Traveler revelou os seus 28 destinos e experiências de viagem imperdíveis para 2019. Juntos, os Editores da Traveler e os Exploradores da National Geographic seleccionaram os seus principais lugares para viajar em quatro categorias: Cidades, Natureza, Cultura e Aventura - e o Parque Nacional da Gorongosa foi seleccionado na categoria NATUREZA.

 

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) não reconhece como seu membro, Felisberto José Uthui, advogado do General Alberto Chipande, no caso de demolição de 23 casas no quarteirão 24, do bairro Eduardo Mondlane, na Cidade de Pemba, em Cabo Delgado. A informação consta de uma nota emitida pela OAM, em resposta a uma solicitação da Procuradoria Distrital da Cidade de Pemba, que pretendia apurar se Uthui era uma membro da agremiação. Na resposta, a OAM diz que "o visado não está inscrito como advogado e não é membro da Ordem dos Advogados de Moçambique".

Esta sexta-feira, 30 de Novembro, a grande final da 32ª Edição do Ngoma Moçambique acontece no Pavilhão de Maxaquene, em Maputo, com alguma inovação para a grande festa da música ligeira nacional. São ao todo 60 canções que concorrem para as categorias de Melhor Canção, Canção popular, Melhor Voz e Prémio Revelação. O Ngoma Moçambique vai igualmente atribuir, uma vez mais, o Prémio Carreira, distinção que visa reconhecer as referências da música moçambicana.

Segundo João Cerveja, produtor desta competição musical que há 31 anos é promovida pela RM, na edição deste ano houve maior uso das redes socias como o Facebook e Instagram, melhorando a divulgação dos trabalhos dos artistas e facilitando também votação por parte do público. “No que concerne à premiação, houve uma subida para a categoria de melhor cancão passando para 180.000 Myts contra os anteriores 160.000. O prêmio para a cancão mais votada passaou para 140.000 Mts”, disse.

O Ngoma Moçambique teve inovações, incluindo a formação de artistas e uma viragem nos efeitos do palco para dar outro brilho à festa da música. Foram inscritas mais de 400 canções, das quais 60 foram apuradas para a final. Deste número, 12 tornaram-se finalistas, por terem atingido uma ou mais vezes o primeiro lugar da parada. Para a Canção Mais Votada, vão subir ao palco Isaú Meneses, Texito Langa, Marlene, Leynna Souto, Telmo Letela, Juma Kombola, Liloca, Raquel Akungondo, Lourena Nhate, Tima, Aly Aboobacar e Zacaraia.

 A banda RM, com as vozes de Wazimbo, Pureza Wafino e Kaliza, são os convidados especiais. Cerveja revelou à “Carta” que, para 2019, o Ngoma vai incluir uma transmissão televisiva, sendo, por isso, preciso que os participantes tenham um vídeoclip para se adaptarem ao novo formato, tendo em conta que rádio é voz e televisão é imagem.(Marta Afonso)

 

 

sexta-feira, 30 novembro 2018 03:08

Celso Correia exulta com combate a caça furtiva

O cerco contra a caça furtiva no país está apertando. Esta a mensagem que o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, transmitiu ontem em Maputo na Reunião Anual das Áreas de Conservação. Correia afirmou que, nos últimos nove meses, o nível da caça furtiva decresceu e aponta a Reserva do Niassa como a que apresenta o índice mais alto dessa redução, na ordem dos 73%, como resultado do destacamento de uma unidade especializada das forças especiais para compor o comando conjunto “que inclui fiscais do estado e dos concessionários privados”, afirmou.

Nos últimos quatro anos, 1513 indivíduos foram detidos, indiciados de caça ilegal, e foram apreendidas 497 armas de fogo. Nesse período, foram também destruídos 348 acampamentos de caçadores furtivos em todo o país. Houve a desativação de 41.967 armadilhas e a apreensão de 5992 Kg de marfim. Os números  ilustram o trabalho desencadeado. Correia destacou particularmente a apreensão de um contentor com 3487 kg de marfim e 216 kg de cornos de rinoceronte no Porto de Maputo. O governante realça a formação do pessoal do sector envolvido no combate a caça furtiva. Disse que foram formados 609 fiscais entre líderes de patrulha, agentes de polícia de proteção dos recursos naturais e meio ambiente. (Carta)  

sexta-feira, 30 novembro 2018 03:00

Em Moçambique já houve mais elefantes que pessoas

Foram lançadas, esta quarta-feira, 28 de Novembro, em Maputo, duas obras literárias da autoria de Ricardo Barradas, nomeadamente “Ilha de Moçambique, estórias da sua história” e “Memória dos elefantes de Moçambique”, cuja edição contou com o apoio da Gapi-Sociedade de Investimentos. A primeira obra representa um contributo para as comemorações dos 200 anos de elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade, enquanto a segunda faz alusão à forma como o comércio do marfim foi, para além do comércio do ouro e dos escravizados, um importante motor do desenvolvimento de Moçambique; o massacre de elefantes e respetiva violenta agressão ambiental, ocorrida no nosso País, especialmente nos séculos XVII e XVIII.

Ricardo Barradas contou que começou a escrever a “Memória dos Elefantes” há, sensivelmente, seis anos, quando começou a ter pretensões de ser escritor. “Apercebi-me que em Moçambique antes de se designar Moçambique, existiam milhões de elefantes. Os demógrafos têm capacidade de fazer retroprojeções e estão em acordo que Moçambique, no século XVI, tinha apenas um milhão de habitantes pelo que chegou a haver mais elefantes do que homens”, disse, acrescentando que motivou-lhe a ideia de que realmente o País esteve povoado de elefantes, que ainda por cima, foram alvos de uma carnificina.

Na ocasião, o escritor ofereceu 100 exemplares das suas obras à Gapi, destinadas às instituições de ensino superior: “Se o objectivo é que os jovens leiam estas obras, a Gapi tem condições para fazer a sua distribuição às universidades ao longo do País”, afirmou Ricardo Barradas. Ao proceder à apresentação dos livros, Álvaro Carmo Vaz, professor catedrático da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), considerou que no livro “Ilha de Moçambique, estórias da sua História”, o autor leva-nos a uma viagem fascinante ao longo de onze capítulos, iniciada com uma descrição da Ilha de Moçambique na época em que foi elevada à categoria de cidade.

“No segundo livro, Memória dos Elefantes de Moçambique, é mais breve do que no anterior, uma monografia, onde se percebe que confluem dois amores de Ricardo Barradas: a Ilha de Moçambique e a Natureza, esta corporizada nestes magníficos animais que vemos, horrorizados, à beira da extinção no nosso País, perante o que não sei se é impotência, complacência ou cumplicidade de demasiada gente”, observou Álvaro Carmo Vaz.  Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva da Gapi, António Souto, referiu-se às razões que levaram a instituição que dirige a associar-se a este projecto literário, tendo realçado o facto de o escritor dedicar as suas obras aos jovens.

“As estórias, que Ricardo Barradas partilha, têm o fascínio de nos levar para o tempo em que, atravessando o Índico, donos de pangaios e caravelas iniciaram a globalização desta parte do continente africano, através do controlo da ilha que viria a ser a terra de Mussa Al-Mbique”, indicou António Souto, realçando a forma simples e de fácil leitura como as estórias são apresentadas, o que despertou o interesse da Gapi, na motivação cultural de uma geração que hoje se globaliza, através da web e de smartphones. Enquanto instituição financeira de desenvolvimento, a Gapi, conforme sublinhou, tem vindo a conduzir, há mais de dez anos, programas especificamente focados na juventude e na necessidade de se criar uma nova geração empresarial.

São programas que preparam jovens no âmbito da iniciativa empresarial privada e da descoberta de oportunidades de novos negócios. Importa realçar que Ricardo Barradas nasceu em Maputo, em 1948. Concluiu o curso de Medicina em 1975 e trabalhou nos hospitais centrais das cidades de Nampula, Beira e Maputo, durante 25 anos, primeiro como cirurgião geral e depois como cirurgião plástico. “Ilha de Moçambique, estórias da sua história” e “Memória dos elefantes de Moçambique” são os seus primeiros livros publicados.(Carta)