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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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A rainha Letizia, de Espanha, e o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, manifestaram ontem a intenção reforçar as relações entre os dois países, destacando como prioridade a cooperação bilateral a nível empresarial, disse fonte do Governo moçambicano.

 

“Esta visita vem reforçar as relações de amizade e solidariedade e, sobretudo, abre uma nova página na história da nossa relação, com o desafio que foi levantado para uma cooperação económica na base empresarial”, declarou José Pacheco, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.

 

Aquele Governante falava momentos após um encontro entre a Rainha Letizia e Filipe Nyusi, no Palácio da Ponta Vermelha, em Maputo. De acordo com o chefe da diplomacia moçambicana, a visita da rainha Letizia serviu para a Espanha expressar a sua solidariedade para com o povo moçambicano, na sequência da passagem de dois ciclones no centro e norte de Moçambique.

 

“Foi para nós um gesto muito importante de solidariedade”, acrescentou José Pacheco.

 

No primeiro dia de trabalho na visita a Moçambique, além do encontro com o Presidente moçambicano, a rainha Letizia visitou também o distrito da Manhiça, a cerca de 70 quilómetros do centro da capital moçambicana, onde se inteirou sobre as ações humanitárias espanholas no combate a doenças naquela região e visitou centros de pesquisa locais.

 

Durante a visita, de três dias, a rainha vai visitar também na cidade da Beira, um dos pontos mais afetados pelo ciclone Idai, para prestar solidariedade às vítimas, bem como manter um encontro com a equipa médica espanhola que está a prestar assistência aos afetados no distrito de Dondo, província de Sofala. De acordo com o mais recente ponto de situação, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a passagem do ciclone Kenneth pela província moçambicana de Cabo Delgado, no Norte, causou 38 mortos, 39 feridos e afetou 168.254 pessoas.

 

Quase 35 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e 31.256 hectares de culturas afetadas. Foram ainda destruídas 193 salas de aulas, afetando 21.717 alunos, 14 unidades de saúde e 330 postes de eletricidade. Os cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300. O ciclone Kenneth passou, na semana passada, no norte de Moçambique, causando inundações em várias localidades, depois de em março a zona centro do país ter sido atingida pelo ciclone Idai, que afetou 1,5 milhões de pessoas e provocou 603 mortes. (Lusa)

A petrolífera norte-americana Anadarko anunciou que pretende retomar as negociações para a fusão com a Occidental, admitindo que a oferta pode ser "potencialmente superior", mas formalmente continua a recomendar o acordo com a Chevron. A Anadarko, que lidera o consórcio de um dos maiores investimentos de gás natural em Moçambique, anunciou que "pretende retomar as negociações com a Occidental Petroleum Corporation em resposta à proposta de aquisição divulgada no dia 24 de abril", diz a petrolífera em comunicado.

 

No anúncio ao mercado, a Anadarko explica que está a retomar as negociações "porque o conselho de administração, seguindo as consultas com os assessores financeiros e legais, determinou de forma unânime que a proposta da Occidental pode, razoavelmente, resultar numa 'Proposta Superior' segundo os termos definidos no Acordo de Fusão com a Chevron". A empresa aponta que a proposta da Occidental "reflete um melhoramento significativo no que diz respeito ao valor indicativo, termos e condições, comparado com quaisquer propostas anteriores que a Occidental fez à Anadarko".

 

No comunicado, a Anadarko aponta os valores, e diz que enquanto a Occidental oferece 38 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros) em dinheiro, a Chevron oferece apenas 16,26 mil milhões de dólares, menos de metade, o mesmo acontecendo relativamente à quantidade de ações que trocariam de mãos.

 

A determinação de que a proposta da Occidental é melhor "permite à Anadarko retomar as negociações com a Occidental" cumprindo os termos do acordo com a Chevron e as leis empresariais norte-americanas, mas não é ainda definitiva, razão pela qual o conselho de administração diz, formalmente, que "o Acordo de Fusão com a Chevron continua em vigor e, assim sendo, a administração da Anadarko reafirma a recomendação anterior de, nesta altura, fazer a transação com a Chevron".

 

Não há, argumentam, "garantia de que as negociações com a Occidental vão resultar numa transação que é superior à transação pendente com a Chevron, e os termos da transação com a Occidental podem variar daqueles que estão refletidos na proposta" atual, dizem os administradores.

 

Reagindo a este comunicado da Anadarko, a Chevron emitiu uma comunicação ao mercado na qual se lê apenas: "Acreditamos que o acordo assinado com a Anadarko dá o melhor valor e maior certeza aos acionistas da Anadarko". Na semana passada, a Occidental Petroleum anunciou uma oferta superior à da Chevron para adquirir a petrolífera Anadarko, que está a liderar um dos maiores investimentos de gás natural em Moçambique.

 

A oferta proposta à administração da Anadarko é de 76 dólares (68 euros) por ação, "o que representa um acréscimo de 20%" sobre a proposta feita pela petrolífera Chevron", escreveu a Occidental (que também assume a designação Oxy) em comunicado.

 

A Chevron, uma das maiores petrolíferas do mundo, anunciou no dia 12 de abril ter chegado a acordo para comprar a Anadarko por cerca de 33 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), mas segundo as contas da agência financeira Bloomberg, a proposta da Oxy ascende a 38 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros). No entanto, a Bloomberg nota que a Occidental tem uma estrutura financeira mais reduzida que a Chevron, pelo que "não é imediatamente óbvio como financiaria a gigantesca unidade de gás natural liquefeito da Anadarko que está a ser desenvolvida em Moçambique".

 

A empresa pensa de outra maneira ao fazer a proposta: "A Occidental acredita que a sua proposta é superior financeira e estrategicamente para os acionistas da Anadarko, criando um líder global em energia com escala e diversificação geográfica para impulsionar o crescimento e entregar valor atraente e retorno aos acionistas de ambas as empresas", argumentou então a petrolífera.(Lusa)

 

O grupo The Navigator Company levou a contas uma imparidade de 6,7 milhões de euros e registou uma provisão adicional de 12 milhões de euros no exercício de 2018 devido ao projecto em Moçambique, informou o grupo português.

 

A imparidade diz respeito ao “justo valor” dos activos biológicos implantados na Zambézia e a provisão afigurou-se como necessária devido à situação em que se encontra o projecto florestal para a produção de estilha de madeira de eucalipto para exportação.

 

O documento com os resultados do exercício de 2018 recorda ter a subsidiária Portucel Moçambique e o governo de Moçambique assinado em 9 de Julho de 2018 um memorando de entendimento sobre a reformulação do projecto de investimento, que passaria a desenvolver-se em duas fases.

 

Numa primeira fase seria criada uma base florestal de cerca de 40 000 hectares, para o abastecimento de uma unidade (a construir) de produção de estilha de madeira de eucalipto para exportação, de cerca de um milhão de toneladas por ano, num investimento global estimado de 140 milhões de dólares.

 

Da assinatura do memorando de entendimento resultou a constituição de uma equipa conjunta para assegurar o cumprimento das condições precedentes necessárias para avançar com o investimento, onde se inclui o estabelecimento das infra-estruturas logísticas necessárias à exportação de estilha.

 

“A primeira fase do projecto está assim condicionada à boa resolução das condições precedentes identificadas no memorando de entendimento assinado com o Governo de Moçambique, o que, até à data, não se verificou”, pode ler-se no documento.

 

A Portucel Moçambique é uma empresa de direito moçambicano constituída em 2009 que ainda nesse ano recebeu do Conselho de Ministros de Moçambique, por um período de 50 anos renováveis, o Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) de 173 mil hectares na província da Zambézia e de 183 mil hectares na província de Manica. (Macauhub)

A empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) posicionou equipas técnicas no posto administrativo da Matola-Rio e nos bairros de Jonasse, Chinonanquila, Belo Horizonte, Trevo e Fomento, na cidade da Matola e distrito de Boane, para monitorar a qualidade da água fornecida aos clientes, na sequência dos trabalhos de reparação de uma fuga na tubagem de transporte do precioso líquido.
O posicionamento das equipas de monitoria deve-se ao facto de, no decurso dos trabalhos, ter-se constatado que parte da água que se encontra na rede de distribuição apresentava níveis de turvação elevada, tendo na sequência, a AdeM interrompido o seu fornecimento e procedido à limpeza da tubagem principal e à consequente descarga de toda a água. 

 

Entretanto, e tendo em conta que existem alguns pontos na rede onde não é possível efectuar a descarga na totalidade, parte dos clientes dos bairros acima mencionados (Matola-Rio, Jonasse, Chinonanquila, Belo Horizonte, Trevo e Fomento) poderão receber água com alguma coloração, nas primeiras horas da distribuição.   "Trata-se de água residual da tubagem, porque já foi feita a limpeza de todas as tubagens e os clientes que poderão ser afectados por esta situação, são os que estão ligados à tubagem principal", explicou o director da Área Operacional da Matola, João Francisco, que acrescentou que a limpeza efectuada visava a retirada de impurezas na rede de distribuição. Neste sentido, o director da Área Operacional da Matola, apela aos clientes para que se, porventura, receberem água com coloração, comuniquem à instituição para se reforçar medidas com vista à sua normalização. (FDS)

As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 38 mortos e 39 feridos, o número de vítimas do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado, num total de mais de 168 mil pessoas afetadas. De acordo com o mais recente ponto de situação, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a passagem do ciclone Kenneth pela província moçambicana de Cabo Delgado, no Norte, causou 38 mortos, 39 feridos e afetou 168.254 pessoas.

 

Quase 35 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e 31.256 hectares de culturas afetadas.

 

Foram ainda destruídas 193 salas de aulas, afetando 21.717 alunos, 14 unidades de saúde e 330 postes de eletricidade.

 

Os cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300.

 

O ciclone Kenneth passou, na semana passada, no norte de Moçambique, causando inundações em várias localidades, depois de em março a zona centro do país ter sido atingida pelo ciclone Idai, que afetou 1,5 milhões de pessoas e provocou 603 mortes. (Lusa)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:49

Música / Dia internacional do jazz

O International Jazz Day é um Dia Internacional declarado pela Unesco em 2011 "para destacar o jazz e o seu papel diplomático de unir pessoas de todos os cantos do mundo". É comemorado anualmente a 30 de Abril. A ideia veio do pianista de jazz Herbie Hancock, embaixador da Boa Vontade da UNESCO, e é presidida por Hancock, juntamente com o diretor-geral da UNESCO. Kuche Quintet é liderado pelo saxofonista moçambicano Timóteo Cuche e propõe um concerto de tributo à história do Jazz Africano, passando por nomes como Abdullah Ibrahim, Fela Kuti, Manu Dibango, Hugh Masekela, até aos mais contemporâneos, como Jimmy Dludlu, Ivan Mazuze, Kaya Mlhango e outros grandes nomes do Jazz Africanos.

 

(30 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:47

Exposição / (Re)construcoes

Existe uma trilha aberta, sem fronteiras, a traçar os limites que simultaneamente separam e relacionam o analógico e o digital. Os processos criativos baseiam-se em grande parte em modelos híbridos que oscilam entre o objectivo e o imprevisível. Este cenário urbano cria as condições necessárias para a criação de sequências entrelaçadas de formas e momentos ruínas de acontecimentos anteriores e projecções indecididas do que está ainda por vir. Seis artistas moçambicanos jovens, activos e reactivos, são convidados a sugerir narrativas dentro do contexto urbano local, reflectindo a sua identidade através de expressões visuais, sonoras ou performativas.

 

(30 de Abril, às 18Hrs em Maputo)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:43

Literatura / Poemas

O livro intitulado poemas +258 vol.1, conta com a participação especial de alguns poetas convidados de outros países, pois, estamos cientes da importância dos intercâmbios culturais. Neste primeiro volume, os nossos convidados especiais foram alguns poetas do Brasil, nomeadamente: Adriano Pereira da Silva, Airton Souza, Elza Melo, Ernanda de Almeida, Evaneide Lourenço da Silva, Jezueudo Lourenço da Silva, Marcelo de Oliveira Souza, IWA, Maria da Conceição, Maciel da Silva, Mariza Sorriso, Maroel da Silva Bispo, Paulo Vasconcelos e Sirlãnio Jorge Dias Gomes. No dia do lançamento do livro haverá, para além da venda dos exemplares, venda de alguns produtos personalizados relacionados com o livro. O livro conta com o prefácio do renomado escritor moçambicano Aurélio Furdela, com a capa do renomado artista plástico João Timane e sai pela Entratakes Editora (Portugal).

 

(30 de Abril, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

41 Dias depois do Ciclone IDAI ter devastado a zona centro do país, em particular a cidade da Beira, capital provincial de Sofala, Moçambique voltou a viver outros momentos dramáticos com a passagem, no último dia 25 (quinta-feira), do Ciclone Tropical Kenneth, que destruiu a província de Cabo Delgado, com destaque para o já sofrido distrito de Macomia (tem sido o palco dos ataques protagonizados por um grupo de insurgentes naquela província).

 

Foi em mais uma quinta-feira que a natureza escolheu devastar o nosso país. Depois do Ciclone Tropical IDAI ter “abatido” a zona centro na quinta-feira do dia 15 de Março, o Ciclone Tropical Kenneth também elegeu este dia da semana para “arrasar” a província de Cabo Delgado. Por volta das 16 horas que o ciclone tropical entrou na costa moçambicana, através dos distritos de Mocímboa da Praia e Macomia, norte da província de Cabo Delgado, com ventos estimados de cerca de 140km/h, com rajadas até aos 160km/h, acompanhados de chuvas fortes (mais de 100mm).

 

38 óbitos, 39 feridos, 168.254 pessoas afectadas, 32.034 casas parcialmente e 2.930 totalmente destruídas, é o retrato preliminar (até a manhã desta segunda-feira) dos danos causados pelo Ciclone. Registou-se ainda a destruição de 193 salas de aulas, 14 unidades sanitárias, 330 postes de energia, entre média (117) e baixa (213) tensão e a queda de uma ponte metálica sobre o rio Muagamula (distrito de Muidumbe), que deixou isolados cinco distritos do norte daquela província (Mueda, Muidumbe, Palma, Nangade e Mocímboa da Praia).

 

O já sofrido distrito de Macomia foi o mais afectado com diversas infra-estruturas públicas e privadas destruídas, destacando-se os edifícios do governo distrital, do Comando Distrital da PRM, do hospital distrital, a residência oficial do Administrador do distrito e do balcão do Banco Comercial e de Investimentos.

 

Ainda em Macomia, a comunicação por voz e dados também ficou afectada, porém, foi restabelecida nas operadoras privadas, sendo que a pública Moçambique Telecomunicações ainda não repôs. A ligação rodoviária entre aquela vila-sede e o Posto Administrativo de Mucojo ficou condicionada, devido às chuvas intensas que se fazem sentir.

 

Na Ilha do Ibo, por exemplo, o Ciclone destruiu mais 4.000 casas e deixou aquele local turístico sem corrente eléctrica e comunicação, através das redes de telefonia móvel. Registou-se também a destruição parcial da residência oficial do Administrador do distrito e também dos edifícios da Administração Pública. No sector agrário, as autoridades preveem que o ciclone tenha devastado 31.356 ha, afectando 35.947 produtores e aproximadamente 769 toneladas, das culturas de milho (313,5 toneladas), feijão (454,4) e hortícolas (627). O distrito de Metuge poderá ser o mais afectado, com 8.458 ha perdidos, afectando 12687 famílias.

 

Para realizar os trabalhos de resgate, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) conta no terreno com 230 especialistas humanitários, sete barcos, uma avioneta, quatro helicópteros, sete camiões, sete telefones satélites e três drones. A instituição conta também um total de 40 centros de acomodação, nos distritos de Pemba (11), Metuge (três), Mocímboa da Praia (quatro), Quissanga (quatro), Mecufi (10), Ibo (três), Palma (três) e Macomia (dois) que albergaram 23.760 pessoas (correspondendo a 4.025 famílias), a maioria evacuada antes do ciclone. Era previsto que os centros de Palma e Metuge tivessem sido desactivados, entretanto, ainda não aconteceu.

 

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, visitou os centros de acomodação, tendo ouvido as habituais reclamações sobre as condições de alojamento. As famílias revelaram estar a dormir no chão sem rede mosquiteira. O governante reconheceu a preocupação dos afectados e prometeu transferir as famílias a partir desta segunda-feira.

 

Risco de cheias

 

De acordo com os dados partilhados pela ARA-Norte, neste domingo, os caudais das bacias do Messalo, na região de Meangalewa, do Rovuma, em Congerenge, encontravam-se abaixo do alerta, porém, com a do Messalo tinha tendência a subir. Por seu turno, a bacia do Megaruma, em Megaruma, que já estava acima do alerta (0,51 m.), mas com tendência a baixar.

 

Entretanto, face a queda persistente da precipitação que se verifica na região, a ARA-Norte previa a subida de caudais nas bacias do Messalo, Montepuez, Megaruma e Costeiras, podendo atingir e manter-se acima do alerta nas estações de Meangalewa e Megaruma, podendo inundar os distritos de Macomia e Muidumbe e Mecufe, respectivamente.

 

Na tarde desta segunda-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) confirmou a continuação de ocorrência de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 mm/24h), localmente muito fortes (mais de 50 mm/24h), ventos com rajadas até 50 Km/h e trovoadas severas, em alguns distritos das províncias de Cabo Delgado (Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga, Metuge, Mecufi, Ibo, Nangade, Muidumbe, Meluco, Ancuabe, Pemba e Chiúre)e da província de Nampula (Nacala, Memba, Erati, Nacarroa, Muecate, Namapa, Ilha de Mocambique, Mussoril, Liupo, Mongicual e Monapo). (Abílio Maolela)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:13

Somos 27.9 milhões de habitantes

Vinte meses depois de realizar o IV Recenseamento Geral da População e Habitação, o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou, esta segunda-feira (29), que, até 15 de Agosto de 2017, o país contava com 27.909.798 habitantes, um aumento de 7.232.278 habitantes relativamente a 2007 (20.677.520 habitantes), representando um crescimento de 35%.

 

De acordo com os dados divulgados na manhã desta segunda-feira, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi, deste número, 14.561.352 são do sexo feminino (52%) e 13.416.860 do sexo masculino (48%).

 

As províncias de Nampula e da Zambézia continuam as mais populosas do país, com um conjunto de 39,1% da população nacional. Até 2017, segundo o INE, Nampula contava com 5.758.920 habitantes (20,6%) e Zambézia com 5.164.732(18,5%). A terceira província mais habitada de Moçambique era a de Tete com 2.648.941 habitantes (9,5%), enquanto Maputo Cidade era a menos populosa, com 1.120.867 habitantes (4%).  

 

O censo realizado de 01 a 15 de Agosto de 2017 apurou que a zona rural continua a mais habitada, com 66,6% da população contra 33,4% de população urbana. Entre as cidades, a capital do país e a sua vizinha cidade da Matola são as mais habitadas com 1.080.277 e 1.032.197 habitantes, respectivamente.

 

O INE revela ainda que dos 27.9 milhões de habitantes, 99,5% são moçambicanos, representando um crescimento de 0,5% relativamente a 2007. Relativamente a faixas etárias, o INE revela que 50,1% da população tem idade compreendida entre 15 a 64 anos, enquanto 46,6% tem entre 0 a 14 anos de idade. 3,3% da população tem uma idade igual e/ou superior a 65 anos. A idade média nacional é de 16,6 anos e a esperança de vida saiu dos 50,9 anos para 53,7 anos de idade. A taxa de mortalidade baixou de 13,8%, em 2007, para 11,8%, em 2017.

 

Em relação aos agregados familiares, os dados actualizados do INE referem que o país conta com 6.145.684 famílias, das quais 4.066.657 são chefiadas por homens (66,2%) e 2.079.027 por mulheres (33,8%). Em média cada família conta com 4,4 membros.

 

Durante o período de 2007 a 2017, revela o INE, os casamentos reduziram de 15,1% para 13,8%, enquanto os solteiros aumentaram de 31,1% para 37%. Os divórcios também reduziram, tendo descido de 4,5% para 3,2%, mesma situação que aconteceu com as uniões maritais que reduziram de 43% para 42%, em 2017.

 

Relativamente às crenças religiosas, os dados de 2017 referem que a religião cristã cresceu de 56,1% para 59,8%, o mesmo que aconteceu com a religião muçulmana (saiu de 17,9% para 18,9). 0 número de “ateus” diminuiu de 18,7% para 13,9%.

 

Entretanto, o crescimento de crentes na religião cristã não foi proporcional ao crescimento destes na Igreja Católica que, de 2007 à 2017, desceu de 28,4% para 27,2%. A Igreja Evangélica cresceu de 10,9% para 15,3%. No geral, as igrejas protestantes representam 55% das igrejas cristãs. (Abílio Maolela)