Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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“Europa em Perspectiva” é uma exposição que une quatro fotógrafos moçambicanos de renome internacional, que durante as suas viagens pela Europa captaram, através das suas objectivas, momentos simultaneamente belos e controversos. A exposição estará patente até ao próximo dia 31 do mês corrente, na Fundação Leite Couto, por ocasião do dia da Europa que se celebra a 09 de Maio.

 

Os artistas escolheram para esta colectiva algumas das suas fotografias, não querendo abordar apenas um aspecto técnico ou um género superior a outro. Pretendem utilizar o seu trabalho como instrumento para dar a conhecer, em poucas imagens, algo do que é hoje a Europa no seu todo.

 

Tarefa demasiado difícil, senão impossível, porque os diferentes aspectos referentes à Europa ainda não deixaram impressionar. Muitos textos e filmes de interpretação, de reportagem, de crónica, de história foram feitos.

 

A Europa moderna, produto de muitas mudanças económicas, religiosas, políticas e sociais, é um continente com características únicas, mas simultaneamente produto de diversas nações e culturas.

 

Não seria um diálogo fácil, nem prudente, aquilo que este pequeno número de imagens poderia fazer com o público. “Não podemos, nem pretendemos, contar a história da Europa, nem a vida daqueles que lá nasceram ou que lá habitam”, referem os artistas, sublinhando que a finalidade é dar ao público que visita a exposição uma verdadeira arte.

 

Ao preparar esta exposição torna-se indispensável uma referência à autonomia criadora dos quatro artistas moçambicanos, questionando qual a influência destas diferentes localidades da Europa no seu trabalho.

 

O que os impressionou e os levou a retratar a realidade europeia de forma tão diferente da que recolhe com a sua da câmara o habitual turista em invariáveis excursões com aquilo que é autêntico e relevante para Mauro Pinto, Filipe Branquinho, Sérgio Sentimano e Yassmin Forte.

 

Nesta pequena mostra, eles revelam emoções artísticas profundas e perspectivas críticas de grande emotividade.

 

Reinventa-se a fusão entre a erosão de edifícios arrojadamente modernos conservando um perfil totalmente realista, com a experiência sublime das paisagens cativantes ou com as imagens de um quotidiano legítimo que não necessita de ser clarificado para que seja aceite como tal. (Marta Afonso)    

Não está para breve a decisão em torno do processo aberto contra Samora Machel Jr., em virtude de ter encabeçado a lista da AJUDEM, um movimento cívico, cuja candidatura para as eleições autárquicas do ano passado, na cidade de Maputo, foi chumbada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 

Um mês e algumas semanas depois da passagem do ciclone IDAI, dois mil pescadores que operam a nível do banco de Sofala vão receber embarcações novas e um crédito para aquisição de novos materiais de pesca. A informação foi avançada por Carlos Sendela, Director Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas, em Sofala, em entrevista à Rádio Moçambique (RM), semana finda, na cidade da Beira.

 

Segundo Sendela, a decisão foi tomada após uma reunião com os pescadores artesanais e os responsáveis do projecto “mais peixe sustentável”, liderado pelo Fundo Mundial de Alimentação (FAO), representação de Moçambique.

 

Dados apurados pela Direcção Provincial das Pescas de Sofala estimam que mais de 2.037 embarcações, entre artesanais, semi-industriais e industriais foram destruídas ou arrastadas pela força das águas e da tempestade que se fez sentir entre os dias 14 e 15 de Março.

 

Durante a passagem do ciclone IDAI, 2.067 pescadores artesanais foram directamente afectados, tendo criado um prejuízo avaliado em mil milhões de Mts, para além da destruição de 237 artes de pesca e o mesmo número de motores de pesca. Um total de 15 edifícios pesqueiros como armazéns, oficinas, salas de processamento de produção e escritórios das empresas ficaram destruídos. Foram ainda destruídos 53 tanques de piscicultura artesanal, 41 gaiolas piscícolas e 532,500 alvinos.   

 

O apoio, ora em curso, foi facultado após várias auscultações dos pescadores e outras instituições que trabalham ao longo do banco de Sofala. Carlos Sendela, em representação da direcção máxima do Ministério das Pescas, é quem coordenou os encontros, e o representante da FAO para área das pescas, Simão Lopes, um antigo quadro sénior do MIMAIP.

 

Os prejuízos provocados pelo Ciclone IDAI, no sector das pescas, são avaliados em 5.223.742,25 USD, equivalentes a 333.500.000,00 Mts, a nível do banco de Sofala. (Omardine Omar)

Passam quase duas semanas, após a passagem do ciclone Kenneth, por alguns distritos da província de Cabo Delgado e Nampula. No entanto, na última sexta-feira e nas primeiras horas do sábado, os insurgentes voltaram a semear “terror” em três aldeias do distrito de Macomia, tendo decapitado quatro pessoas, sendo uma delas um professor da vila.

 

Um mar de contradições marcou a sessão de audição aos declarantes, constituídos no âmbito do Processo Querela nº 963/19/A, relativo ao caso de falsificação do passaporte que permitiu Momade Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, fugir do país, em 2015.

 

Apesar de o porta-voz do partido Frelimo, Caifadine Manasse, ter dito há dias que o caso Samito Machel não seria nem ao de leve aflorado no conclave do Comité Central que hoje iniciou na Matola, a realidade, no terreno, tem estado a revelar-se exactamente contrária.

 

O encontro do braço juvenil do partido Frelimo, a Organização da Juventude Moçambicana (OJM), que aconteceu ontem na Catembe, foi marcado por ataques cerrados contra “os camaradas indisciplinados”. A reunião antecedeu o conclave do Comité Central do partido, que hoje inicia na Matola, devendo terminar no próximo domingo.

 

 A defesa da antiga Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, arguida-detida no âmbito do processo nº 94/GCCC/2017-IP, que investiga o desvio de fundos no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) submeteu, junto da Procuradoria da Cidade de Maputo, uma participação criminal contra o ex-juiz de instrução criminal Délio Portugal, agora presidente do Tribunal de Trabalho da província de Maputo.

 

sexta-feira, 03 maio 2019 07:05

João Madureira, El jovem Comandante!

João Madureira para seus colegas de escola e João Louro para os seus colegas da LAM, mais seu co-piloto no cockpit, arrancaram, a dia 26 de Abril, ensurdecedores aplausos dos passageiros que viajavam de Maputo a Nampula num voo TM 150. Ouviram-se também estridentes assobios. Mas tanto os aplausos como as assobiadelas eram de satisfação e, ao mesmo tempo, de alívio.

 

João Madureira teve de enfrentar todas as adversidades climáticas para poder aterrar em segurança no Aeroporto Internacional de Nampula, depois de ter falhado a primeira aproximação. Falhou e subiu nas alturas com toda a força, embrenhando o avião entre as nuvens, num dia que provavelmente não era bom para navegação aérea. Quiçá?!

 

Deu uma volta e antes de tentar a segunda aproximação, João avisou os passageiros: se falharmos a segunda só nos resta regressar à Beira. Onde uma hora antes o aparelho fizera uma escala técnica. Lá tentou o João Madureira naquela tarde de "mau tempo" e com sucesso aterrou em segurança. Uff! Choveram os aplausos, que duraram todo o tempo em que a aeronave fez o “taxi” para ir se imobilizar. Era satisfação enorme! No meio de uma tempestade brutal, o Madureira fez aterrar o avião aterrou em segurança e não foi preciso ir à Beira.

 

A LAM tem motivos para se orgulhar destes seus jovens quadros. Nem só de atrasos e de catering que deixa a desejar vive a LAM. Há boas coisas lá. Aliás, antes de sair de Maputo, João Madureira teve de abortar a descolagem porque uma porta quase abrira. Se não o tivesse feito, talvez acontecesse o pior. (Carta)

sexta-feira, 03 maio 2019 07:00

Calou-se a Rádio Nacedje, de Macomia

Na sequência do ciclone Kenneth que fustigou há dias o distrito de Macomia, em Cabo Delgado, cerca de 80 mil ouvintes estão privados do acesso/direito à informação, em virtude da rádio local, a Rádio Comunitária Nacedje, onde trabalhava o jornalista Amade Abubacar, ter sido danificada. Segundo fontes locais, a rádio já não existe. A infraestrutura foi totalmente danificada depois que uma mangueira caíu sobre ela.

 

Também foram afectados em Macomia pequenos negócios de cópias, internet-café e uma mini-escola de informática. Deste modo, os ouvintes das zonas mais rurais de Macomia estão longe de saber o que se passa a nível local e além-fronteiras. Devido à dimensão dos danos, tudo indica que a reposição da rádio vai levar tempo. O Instituto de Comunicação Social (ICS), proprietária da rádio, deverá mobilizar fundos para voltar a pôr a rádio no ar. (Carta)