Uma equipa integrando altos responsáveis da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do BCI efectuou uma visita ao Lar Mamana Wa Kurula localizado na zona de Boane (Bairro da Massaca), no sábado, 9 de Julho. A comitiva, composta por parte da CGD, nomeadamente o Presidente da Comissão Executica (PCE), Paulo Macedo, e a Administradora Maria João Carioca; e, do BCI, o PCE, Francisco Costa, o PCA Carlos Albuquerque, entre outros responsáveis do Banco, foi recebida com bastante euforia, num ambiente de alegria.
A visita a este orfanato, criado inicialmente como resposta ao impacto de HIV/Sida, serviu para o BCI efectuar a entrega de um donativo constituído por material escolar e prendas para as raparigas ali acolhidas. Esta acção segue-se a outras já realizadas nesta instituição de caridade, como é o caso da oferta recentemente de um lanche, brinquedos e material escolar diverso às crianças que ali são acolhidas.
A responsável do Centro, Brígida Macamo, não poupou elogios: “estamos muito agradecidas, porque no meio de várias realidades, de vários centros, de várias pessoas que precisam, escolheram-nos a nós. A maneira de estar do BCI de fazer com que as crianças estejam felizes e a passar um dia diferente é muito gratificante. Quando comunicámos às crianças que o BCI estava de volta, ficaram entusiasmadas. As nossas palavras são mesmo de gratidão, por tudo o que nos oferecem para a vida das crianças”.
Com uma história de assistência social iniciada em 2010, ano em que o Centro de Acolhimento Lar Mamana wa Kurula começou a funcionar com um grupo de 16 crianças, é notório o crescimento das iniciativas de carácter humanitário levadas a cabo neste centro, e que beneficiam, actualmente, um universo de 40 raparigas, a quem são dispensadas educação e uma formação-pré profissionalizante. As crianças são na sua maioria provenientes de Boane, particularmente de Massaca e Gueguegue.
O Lar Madre Maria Clara de Marracuene, da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, recebeu no domingo (10), uma comitiva do BCI e do BPI, composta pelo CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, o Administrador Pedro Barreto, e os administradores do BCI, Pedro Reis e Luís Aguiar, entre outros quadros do Banco.
No âmbito desta visita, o BCI promoveu a entrega de produtos alimentares e alguns presentes para as crianças e jovens que frequentam a instituição, enquadrado na sua política de Responsabilidade Social, assinalando um compromisso reiterado com o País, com as instituições públicas, privadas, com as organizações humanitárias e da sociedade civil, assim como as diversas comunidades em que o BCI está inserido.
A Directora da Congregação, Rita Veloso da Rocha, disse, por esta ocasião, que o sentimento que brota “é de muita alegria. Estamos muito felizes pela presença do BCI, que nos consolida. Por mais que não trouxessem nada de material, o facto de trazerem alegria é muito satisfatório”. E acrescentou: “o BCI nos tem ajudado muito. Nós nos sentimos filhos do BCI. Porque quando aparecem aqui, as crianças vêm neles um coração dador, um coração que se oferece para ajudar, que se entrega ao serviço dos mais necessitados”. E explicou: “nós, na verdade, fazemos as coisas, mas fazemo-lo porque temos alguém que nos ajuda. Nós simplesmente somos uma ponte”.
Refira-se que o Lar existe desde 2006, responsável por um universo de aproximadamente 300 crianças, com idades compreendidas entre os 2 e 22 anos, oriundas das províncias da Zambézia, Nampula e Niassa, sendo que algumas das quais são órfãs, ou terão sido abandonadas pelos pais.
O BCI juntou, no sábado (9), agentes económicos, em Maputo, no quadro da recepção da comitiva da Caixa Geral de Depósito e do Banco Português de Investimentos (BPI), que se encontra em Moçambique. Destacou-se no encontro a presença do embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, e dos Presidentes das Comissões Executivas (PCE) da CGD e do BPI, Paulo Macedo e João Pedro Oliveira e Costa, respectivamente.
O PCE do BCI, Francisco Costa, recordou, na ocasião, os 25 anos que agora o BCI assinala, sublinhando o crescimento do Banco e a sua contribuição para o crescimento de Moçambique. Referiu, com efeito, a expansão da rede do BCI, a maior do país, que vem promovendo activamente a inclusão financeira das populações, a bancarização dos cidadãos e dos micro e pequenos negócios, e o desenvolvimento dos distritos rurais. Disse ainda que o BCI tem conseguido conquistar a confiança e a preferência das principais Instituições, empresas e famílias moçambicanas, “com quem temos vindo a estabelecer um verdadeiro compromisso de parceria para o desenvolvimento, factos de que muito nos orgulhamos”.
Indicou que em todo o país o BCI está atento e disponível para colaborar no esforço que as entidades governamentais, reguladoras e associações empresariais têm vindo a empreender para dinamizar a actividade das empresas (incluindo PMEs), visando proporcionar oportunidades de negócio ao empresariado local, de modo a promover e consolidar as bases para a existência de um empresariado nacional forte, com a alavanca das imensas potencialidades de que o país dispõe e que sustentam o interesse crescente dos investidores que para aqui dirigem os seus Projectos de Investimento.
Sublinhou que pela sua idiossincrasia, o BCI é um profundo conhecedor dos mercados de Moçambique e de Portugal, constituindo-se como parceiro ideal para assegurar a ponte entre as empresas portuguesas investidoras em Moçambique e as empresas moçambicanas com interesses em Portugal.
A MultiChoice Moçambique conta a partir de 15 de Julho com um novo canal para contar histórias inspiradas no vasto mosaico que é Moçambique, aumentando desta forma o conteúdo nacional na sua já vasta oferta. Chama-se Tua TV (TTV) e estará disponível nas plataformas DStv e GOtv, a partir dos pacotes DStv Base (posição 704) e GOtv Lite (posição 97).
Com o lançamento do novo canal a MultiChoice Moçambique segue a sua aposta de investir em conteúdos nacionais, contribuindo deste modo para o crescimento das indústrias culturais e criativas bem como marcar-se como um actor sempre presente no desenvolvimento de Moçambique.
A TTV é um canal televisivo de conteúdo generalista fundado em 2020 com enfoque para informação, entretenimento, educação e saúde. Inovação, criatividade e ousadia são pilares de que jovem televisão se serve para fidelizar uma audiência que vai ficando cada vez mais apaixonado pela sua grelha de programas rica em notícias e programas de entretenimento.
A entrada da TTV para os pacotes da DStv e da GOtv acontece num contexto que as indústrias culturais e criativas moçambicanas ganharam uma nova forma de fazer televisão, através do Maningue Magic, um canal que traz conteúdos de qualidade compostos maioritariamente por telenovelas, séries de ficção, reality shows, programas musicais, lifestyle e de sociedade produzidos localmente por uma vasta gama de profissionais moçambicanos.
A MultiChoice Moçambique é uma empresa estabelecida em 1995 e é pioneira na televisão digital no país. Num contexto de migração digital aposta na inovação e na diversificação constantemente dos seus produtos e serviços para satisfazer um mercado cada vez mais crescente e exigente.
As suas plataformas DStv e GOtv, que trazem o melhor que há de televisão e do entretenimento, oferecem, para além da TTV, nove (9) canais moçambicanos, designadamente: TVM, TVM Internacional, TV Sucesso, TOP TV, Stv, Media Mais TV, StrongLive, Mega TV e TV Miramar.
Principais programas da TTV:
Duração: 120 minutos
Periodicidade: de segunda a sexta-feira
Horas: 16:00h às 18:00h
Género: Entretenimento
Duração: 120 minutos
Periodicidade: domingo
Horas: 18:00h às 20:00h
Género: Edu-entretenimento
Duração: 60 minutos
Periodicidade: de segunda à sexta-feira
Horas: 10:00h às 11:00h
Género: Lifestyle
Duração: 120 minutos
Periodicidade: sábado
Horas: 9:00h às 11:00h
Género: infantil
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia de África, fixou a produção hidro-energética do 1º semestre em 7.965 GWh, pouco mais de 15% acima da produção verificada no mesmo período em 2021. Trata-se de uma produção hidro-energética alcançada sem ocorrência de acidentes de trabalho e que ultrapassa as expectativas mais optimistas mercê da disponibilidade hídrica e dos equipamentos de produção, conversão e transporte de energia, e do desempenho dos recursos humanos.
“A produção do 1º semestre de 2022, traduz-se em receitas bastante significativas e relevantes para o financiamento dos projectos de reabilitação que estão a decorrer em toda a cadeia de produção. Por outro lado, permitem que Cabora Bassa continue a ser um activo estratégico e valioso na matriz energética nacional e regional, e no desenvolvimento socio-económico de Moçambique através das contribuições que presta para a economia. Temos o dever de gerir e operar a empresa de forma criteriosa, responsável e transparente para que alcance os seus objectivos” referiu Boavida Muhambe, Presidente do Conselho de Administração.
No tocante a modernização do parque electroprodutor, o empreendimento segue com os projectos de reabilitação programados ao nível dos cinco grupos geradores com capacidade instalada de 2075 MW, cujas intervenções poderão levar ao incremento da potência nominal de cada grupo. No domínio dos equipamentos de conversão e transporte, passos subsequentes estão a ser concretizados para que se entre na fase 3 do projecto de reabilitação da Subestação Conversora de Songo, brownfield-3, que não só irá incrementar a vida útil dos equipamentos, como também melhorar os seus indicadores de performance para níveis de padrões internacionais.
Em relação aos recursos hídricos da Albufeira, a 30 de Junho de 2022, a cota situava-se em 324,63 metros acima do nível médio das águas do mar, que corresponde a 93% da sua capacidade útil de armazenamento, permitindo assim, o normal funcionamento do empreendimento e a implementação dos planos de exploração da Central de produção. O alcance destes níveis de armazenamento resulta das medidas criteriosas adoptadas durante a última época chuvosa, em que, diante da ocorrência da tempestade tropical Ana, em Janeiro, e da depressão tropical Dumako, em Fevereiro, não foram efectuadas descargas adicionais, contribuindo para a minimização dos impactos das cheias e inundações no Baixo Zambeze.
No que concerne as acções da HCB na Bolsa de Valores de Moçambique, durante o 1º semestre do ano tiveram um desempenho abaixo do preço da Oferta Pública de Venda realizada no ano de 2019, exceptuando a primeira quinzena do mês de Janeiro, em que se manteve firme na casa dos três meticais por acção. Contudo, as acções continuam apetecíveis no mercado secundário gerando transacções consideráveis, sendo que a 11 de Julho corrente, a empresa procede ao pagamento de dividendos no valor de 3,7 mil milhões de meticais, o que corresponde a 36,4% dos lucros da Empresa. Este montante de dividendo representa um incremento de 26% se comparados aos valores pagos em 2021.
“Os beneficiários do Fundo de Emergência para a Recuperação e Expansão de Negócios (FEREN) estão a cumprir satisfatoriamente com os pagamentos dos créditos que receberam poucas semanas após os ciclones Idai e Kenneth, que em 2019 fustigaram algumas províncias das regiões Centro e Norte. A taxa de reembolso do capital está em cerca de 92%.” – lê-se no mais recente relatório de monitoria à gestão desta facilidade financeira apoiada pelo Governo da Dinamarca em parceria com a Gapi. O desempenho desta facilidade financeira concebida pela Gapi para acudir a pequenos negócios e recuperar postos de trabalho afectados por calamidades está a inspirar a criação de instrumentos para melhorar a resiliência de pequenas empresas.
“É pena que este FEREN tenha sido apenas de um milhão de dólares e, em contraste, é muito triste e revoltante que os cerca de 15 milhões de dólares doados pelo Banco Mundial ao governo para o mesmo fim tenham ficado parados num banco comercial e sem qualquer aplicação” – comentou um empresário da região centro no âmbito de um debate organizado pelo Conselho Empresarial de Sofala.
“Através dos nossos oito escritórios localizados nas áreas afectadas foram prontamente identificados nove mercados periurbanos onde operam quase 10 mil vendedores, bem como um total de cerca de 100 pequenas empresas”. – Explicou Amiro Abdula, director na Gapi, acrescentando que, “no capítulo de financiamento, criámos três linhas, uma de Expansão, outra de Recuperação e uma outra para a Juventude, com taxas de juros que não excediam os 10 por cento. Com os cerca de um milhão de dólares conseguimos servir prontamente alguns mercados periurbanos numa base de donativo e as primeiras 22 empresas num sistema de crédito bonificado.”.
O primeiro dos mercados beneficiados e parcialmente reconstruído em parceria com a Fundação Leite Couto foi o Maquinino na Beira, o que foi descrito na altura pelo então Presidente do Município como “um gesto de grande humanismo e compreensão pelo sofrimento dos afectados e sem meios próprios para recomeçarem as suas vidas”
“Reconhecemos o papel desempenhado pela Gapi, mas lamentamos a exiguidade dos fundos. Fez-se publicidade do FEREN, mas quando nos aproximámos, já não dispunham de mais dinheiro” – lamentou o representante do Conselho Empresarial de Sofala, uma agremiação que vem lamentando a exiguidade ou gestão duvidosa dos fundos prometidos às vítimas dos ciclones: “Depois ouvimos falar de fundos do Banco Mundial e outras organizações internacionais, mas, infelizmente, não beneficiámos deles nem vimos o seu impacto”.
A Direção da Gapi fez recentemente uma reflexão sobre as experiências que desenvolveu com as intervenções feitas em várias situações de emergência, começando pelas devastadoras cheias de 2000 e ao longo dos anos em vários outros ciclones, incluindo o Idai e Kenneth de 2019. “Temos lições destas experiências. Aprendemos que nestas situações é importante saber identificar os empresários e os negócios que, de facto, têm capacidade e condições para serem recuperados e, de seguida, nós próprios, termos capacidade para monitorar a recuperação dessas empresas” – esclareceu Adolfo Muholove, PCE da Gapi.
“Como instituição financeira de desenvolvimento concluímos que podemos ter mais impacto na recuperação de negócios e postos de trabalho afectados por calamidades que, indubitavelmente, vão continuar a ocorrer e, provavelmente, com mais frequência” – acrescentou o PCE da Gapi. - “Estamos por isso a tentar estruturar um instrumento especializado na gestão de fundos para apoiar a resiliência das pequenas empresas face aos crescentes riscos de calamidades naturais e outras situações de emergência”. (Carta)