Riqueza é o estado de satisfação que um indivíduo tem. Muitos ficam satisfeitos e felizes com o estado e quantidades que, para alguns, é pobreza.
Escrevi e publiquei recentemente dois artigos de opinião. Um tinha como título (IN) Dependência: Não se esqueçam de voltar e, o outro, A Demissão do Povo. No primeiro, tentei fazer um chamamento aos libertadores de ontem, por alguns considerados opressores de hoje; conforme pode ler-se num dos parágrafos do artigo: “Os nossos libertadores, os nossos heróis e os nossos referenciais de luta e verticalidade foram se transfigurando ao sabor do vento, e alguns deles viraram, nossos opressores. Nasceram elites negras, que se esqueceram dos ideais da revolução e se preocuparam em vestir a máscara de ovelha em corpo de lobo. Os nossos libertadores, tornaram-se obcecados pelo poder e pela posição de destaque no banquete pós-independência. Recriamos e personificamos a aquilo a que Frantz Fanon designou de “Pele Negra e Máscaras Brancas”, onde pretos oprimem outros pretos e se acham dignos para o fazer em virtude do tempo emprestado na mocidade e juventude para que fossemos hoje o país livre que somos. E Será que realmente somos?”
No segundo, A Demissão do Povo, iniciei aludindo o facto de o povo ter sido demitido. Em diálogo aceso entre eu, a folha e a esferográfica, não sabia se dizia que o povo se demitiu ou se o povo foi demitido.
Disse: “O povo foi demitido do seu papel de fiscalizador. Foi demitido de monitorar, de reclamar, de pedir para ter dignidade mínima. (…) A pobreza generalizou, as assimetrias agudizaram, a corrupção institucionalizou-se, as liberdades reduziram-se, o espaço cívico afunilou-se, e o povo começou a sentir-se estranho na sua própria terra.”
Longe de pretender fazer futurologia, o alcance era lançar uma reflexão em torno do país que estamos a (des) construir, e perspectivar o amanhã que queremos para nós. Revisitei estes dois textos e vi neles alguma actualidade. Encontrei neles o mote para escrever este artigo que baptizei de resignificar Moçambique. Por resignificar entenda-se a necessidade de dar um novo significado ou recuperar a mística que com o tempo fomos perdendo – A mística da moçambicanidade.
Ouvi, recentemente, a mamã Graça Machel, numa das suas aparições públicas – se dirigir ao povo no geral, mas focando mais à juventude como alvo. Um dos pontos que mais chamou atenção foi quando ela disse: “Jovens, não se sentem em cima do legado de Samora (...) Não deixem o legado deste grande homem se perder.” Entendi como um recado, como uma chamada à acção e um convite à reflexão sobre o legado do Primeiro Presidente de Moçambique independente; à preservação e seguimento do legado deste estandarte da nossa moçambicanidade.
Na cerimónia de outorga do Doutoramento Honoris Causa à renomada e consagrada escritora e activista social – Paulina Chiziane, durante a sua alocução disse em viva voz, socorrendo-se do famoso adágio popular - “A boa fruta se conhece pela sua árvore”; a fruta que temos hoje é azeda, é tirana. O que se passa com a árvore então? E quem é a árvore? – indagou.
A árvore somos nós os mais velhos; somos nós que dirigimos o estado, as instituições, as religiões e a sociedade. E se essa geração esta assim, é porque alguma coisa está errada na árvore. - Retorquiu!
Poderia trazer algumas vozes que ecoam de forma audível entre os mais comprometidos com o projecto de dar um rumo ao país. Vozes de valor agregado para o debate da construção de uma nação em que os valores sociais são mais importantes que todos restantes. Severino Ngoenha, Adriano Nuvunga, Óscar Monteiro, Teodoro Waty, Elísio Macamo, Mia Couto, e outros tantos nomes que não trarei por economia de tempo e espaço, são unanimes em afirmar que precisamos repensar Moçambique e dar um significado a luta pela independência e construção do Estado-nação.
Urge pensar um país mais inclusivo, onde as liberdades individuais e colectivas sejam respeitadas. Um país com independência das instituições, dos três poderes e com uma máquina estatal mais capaz, progressista, comprometida e livre de amarras político-partidárias. Um país em que a corrupção, o despesismo e o nepotismo não figurem entre as primeiras palavras do dicionário social e político.
Precisamos criar uma narrativa para o presente e que possa criar bases de um futuro onde a moçambicanidade possa rimar com a integridade. Uma narrativa que se desconstrói a ideia de existência de sucesso sem trabalho, sem mérito e sem sacrifício. Uma narrativa que coloca o cidadão, e a pessoa humana no centro de todo o processo governativo e como elemento primordial para o desenvolvimento do país. Enfim, uma narrativa que o forte não é quem tem mais recursos e mais poder, mas aquele que pensa de forma mais inclusiva, englobante e acima de tudo nutre amor pelo país.
Precisamos igualmente de sedimentar o pluralismo na nossa sociedade; revigorar a unidade nacional e a aceitação do diferente, combatendo o divisionismo e o etnicismo. Uma sociedade em que os vários pensares confluem para a solidificação deste longo, contínuo e complexo processo da moçambicanização da nossa identidade, de edificação de bases fortes para uma governação forte, altruísta e progressista.
No país conhecido comummente como o país de Mondlane e Machel, onde as liberdades vem sendo sistematicamente reprimidas e asfixiadas, a dúvida é uma realidade não assumida e o medo tomou conta de vários sedimentos da sociedade.
Sim, temos medo de reivindicar o direito de sermos nós mesmos. Sentimento este que gera um questionamento sobre o nosso contributo social e humano para o país, e ao mesmo tempo convida-nos a abandonar esta longa noite escura que nos engole; noite esta caracterizada por discursos vazios, demagogias e descrédito sobre o nosso ser como país.
Agora temos dúvidas sobre a nossa gloriosa epopeia e medo de afirmar que Moçambique é dos Moçambicanos. Parafraseando Mia Couto: Há quem tenha medo que o próprio medo acabe. E eu acrescento, que há quem tenha medo de dormir e acordar sem personalidade jurídica.
A herança da violência do homem branco contra o homem preto – o chicote colonial -, não pode nem deve ser replicada pelas instituições de defesa nem pelos famosos esquadrões na sua mais crua forma de reprimir aquilo que julgávamos ter conquistado com a independência – a liberdade, o direito à autodeterminação e a participação no processo de construção de um estado-nação.
É meu entendimento, e talvez não apenas meu, que a bolha social da tolerância estoirou, e, é resultado de um acumular de situações que levaram anos e talvez décadas para se cristalizarem. Com ela (a bolha social), emergem e as ditas formas de ação popular punitiva e apelo a alternativa e a alternância, ainda que se subassuma que seria mais do mesmo. Nesta manifestação silenciosa, mas bastante ruidosa assistimos a segunda vaga da auto-demissão do povo.
Neste exercício de resignificar precisamos buscar as referências e as bases da criação do nosso Estado - O Estado que outrora foi motivo e objecto de orgulho e júbilo. Um estado onde o bem-estar social e o respeito pelas liberdades individuais e colectivas são respeitadas; onde a educação é um instrumento emancipador e não fonte de opressão e destruição, e onde os mais básicos serviços estejam disponíveis para a maioria.
Entre consonâncias e dissonâncias, uma coisa está a ganhar forma - há uma tentativa de busca incessante por um significado para a nossa existência como povo – a busca por um futuro melhor em que todos nos sintamos parte integral e integrante deste projecto chamado desenvolvimento.
No final o sonho de todos é apenas ter um Moçambique para todos.
Por: Hélio Guiliche
Como se sabe, 14 de Fevereiro é o dia consagrado aos namorados. Trata-se de uma data internacional e Moçambique também celebra esta data, através de troca de presentes, entre os namorados, entre casais e entre amigas e amigos, como forma de demonstração de afecto. Por estes dias, as lojas promovem uma série de produtos, desde as roupas diversas, vários utensílios de decoração entre outros. Outros celebram a data em casas de pasto, hotéis e noutros lugares, tornando-a especial!
Vovó Rapaz é um homem dos seus 60 anos, Pai de cinco filhos, sendo duas meninas e três rapazes. Uma das meninas é casada e a outra namora oficialmente. Chamam-no de vovó Rapaz porque ele não aceita que é velho, sempre que o chamam de “KOTA” revolta-se e a pessoa que ousar chama-lo assim fica marcado negativamente.
Vovó Rapaz tem uma amiga, que é estudante universitária, a cursar Direito. Os pais conhecem o Vovó Rapaz por senhor José Ribeiro. Na família, Vovó Rapaz é bem tratado porque é um bom provedor, tanto para os pais como para a amiga universitária, a quem ele paga os estudos numa Universidade privada. A amiga nutre simpatia e respeito por José Ribeiro, pois, sem ele, nada poderia acontecer, em matéria de formação. Os pais, irmãos e a irmã também têm mostrado respeito e gratidão por ele.
Sucede que, no dia 14 de Fevereiro, para mostrar o amor que tem pelos pais da amiga, para o caso, consideramos “namorada”, José Ribeiro decidiu que desta vez fosse um jantar em casa com toda a família. Entretanto, inadvertidamente, o irmão da namorada trouxe ao jantar um amigo pessoal. Este amigo é, nada mais, nada menos que o namorado da filha de Vovó Rapaz. Infelizmente, o jovem não conhecia essa parte do futuro sogro, sendo que o sogro contava que o jantar fosse íntimo, da família e sem amigos, mas não foi assim.
O jantar foi marcado para as 19h00 , tempo suficiente para José Ribeiro jantar e seguir para a sua casa para mais um jantar, como acontece com alguns homens e mulheres que, por vezes, têm que fazer mais de duas refeições para satisfazerem as suas concubinas ou seus homens! Senhor José Ribeiro fez-se presente às 18h45, trata-se de um homem que aprendeu que a pontualidade é uma forma de disciplina, nos tempos do partido único, de orientação socialista.
José Ribeiro foi recebido como merece um provedor. Estavam nos últimos acertos os preparativos do jantar e foi levado à sala de visitas e servido um dos Whisky da sua preferência, claro. Quando eram 18h55, chega o amigo do irmão da namorada, que é o namorado oficial da filha do Vovó Rapaz em casa e, na casa da amiga, tratado como senhor José Ribeiro. Este também foi levado à sala de visitas onde se deparou com o sogro. Ambos ficaram serenos e, durante a apresentação, fingiram e bem, que não se conheciam e foi assim até ao fim do jantar.
Sucede que Vovó Rapaz, como disse, marcou o jantar para as 20h30 em casa e o futuro genro é um dos convidados. Na saída, o genro quis abordar o sogro, mas teve receio da reacção, então, preferiu seguir o seu caminho em direcção à casa deste, pois, a namorada o esperava, até porque, se alguém está em falta não é o namorado da filha ou futuro genro, mas o sogro, pois, o namorado da filha ficou a saber sobre a vida dupla do futuro sogro.
Acontece que, em casa, Vovó Rapaz é um homem muito disciplinado, gosta de ver tudo na melhor organização, um “moralista” de primeira água, vive criticando comportamentos desviantes e quem o conhece, desse lado, dificilmente pode pensar que ele possa ter essa vida dupla. Chegado a casa, a esposa recebeu-o como sempre, com carinho e demonstração de amor pelo marido. Este foi imediatamente para o banho e, à saída, estava de calções, t-shirts e chinelos. A esposa serviu-lhe uma dose de Whisky, curiosamente, da mesma marca que bebeu na outra família.
O genro chega e também é recebido com honras de genro. O Vovó Rapaz, que sabe disfarçar, nem parecia que ambos saiam de um jantar. Ao genro também lhe foi servida uma dose de Whisky que, nervoso, sorveu num trago, o que causou estranheza da namorada. Ele não é assim, bebe com moderação. Contudo, naquele momento, ele estava nervoso e não sabia lidar com a situação. O sogro notou o nervosismo do genro e sorriu para ele e disse: “esteja calmo filho, depois te explico, mas fique à vontade. Faz de conta que nunca me viste fora deste ambiente!
Estas palavras trouxeram algum sossego ao jovem, contudo, para ele, era difícil lidar com a situação, pois prometera à namorada nunca faltar com a verdade. Ambos juraram não ter segredo um do outro, mas a actual situação, em que o sogro o colocara, constrangia o jovem. A questão é: o que farias no lugar dele? Contavas a verdade à namorada como juraram ou consideravas uma excepção!
Adelino Buque
“Não tanto assim. No meu entendimento, o partido é o mesmo apenas no nome. A ideologia está confusa, já esteve mais clara. Na altura, até podia ser errada, como alguns criticam, que era socialista, comunista. Mas estava lá. Hoje mudou. Dois: o que estou a defender não é a subsistência da ideologia, porque ideologia é como chegar. Por exemplo, o socialismo diz que vamos assim e o objectivo é o desenvolvimento do Povo e de todos. O capitalismo diz que vamos assim, mas o objectivo é também o desenvolvimento. A ideologia pode mudar, pode haver diferença de opinião durante o processo, mas ter o foco no crescimento do povo não pode mudar. O Partido que não quer isso nem devia existir. Está a governar o quê? Está a governar um país que não existe. O povo que existe é este. Não vamos importar outro povo. O povo é este e é este que reclama melhores condições de vida”.
In Paulo Zucula, Jornal Canal de Moçambique, nº 869, página 2 de 07 de Fevereiro de 2024
O cidadão Paulo Zucula assume, na entrevista ao Jornal “Canal de Moçambique”, ser militante do partido Frelimo, ao responder a seguinte pergunta do jornalista: “e a sua Frelimo como é que está?” A resposta foi a seguinte: “a Frelimo já mudou de ideologia. E há momentos em que eu próprio, apesar de ser militante da Frelimo, tenho problemas em entender qual é a nossa ideologia hoje. É mais embaçada, é como se eu tivesse óculos que não são da minha graduação. E não consigo ver bem. Não sei se são os meus óculos que estão errados. Nada está claro”, conclui. Ou seja, estamos perante um membro sénior de um partido, que não conhece a ideologia do seu próprio partido e o que é mais grave, na minha opinião, existem muitos Paulos na Frelimo.
A razão do título é a seguinte: todos sabemos que as eleições gerais para o Presidente da República, para a Assembleia da República e das Assembleias Provinciais, estão marcadas para o mês de Outubro, contudo, a Frelimo, partido no poder, cujo Presidente é coincidentemente, o Presidente da República, não tem o candidato para estas eleições, que foram marcadas para o mês de Outubro, ou seja, daqui a oito meses. Isto, no mínimo, é anormal, sobretudo, tratando-se do fim de mandato do Presidente da República e que, por Lei, não se pode candidatar.
Pode-se atribuir a isso vários nomes, pode-se dizer até que a Frelimo possui uma máquina de campanha “demolidora” que a eleição do Presidente da República, candidato da Frelimo, depende da mobilização dos seus membros e não do Presidente em si. Pode-se evocar mil e uma razões, mas essas razões, aos olhos do comum cidadão, não têm qualquer sentido. Pior para os detractores da Frelimo, a não indicação do candidato significa, para estes, que qualquer um, indicado pela Frelimo, ganha as eleições! Será esta a mensagem que se pretende transmitir?
Mas a questão é mais grave quando membros da Frelimo, sobretudo seniores, aparecem amiúde a apresentar-se candidatos ou potenciais candidatos internos para concorrer a candidato à presidência pela Frelimo, cada um evocando suas razões de candidatura. Muitos membros seniores da Frelimo desabafam, através dos Órgãos de Comunicação Social, sobre o actual estágio do partido, como diz Paulo na entrevista: “A Frelimo fez batota” nas autarquias, todos sabemos que existem várias queixas sobre a falta de transparência das eleições Autárquicas.
A questão que se coloca é: teremos de admitir que a Frelimo está, realmente, à deriva? Sim, porque o SLOGAN da Frelimo foi sempre “a vitória organiza-se, a vitória prepara-se”. Desta feita, estará a Frelimo organizando a vitória! Se sim, onde é que está a organizar essa vitória? No silêncio sepulcral! Não pode ser, a Frelimo tem condições de ganhar as eleições, mas deve estruturar-se para o efeito. A Frelimo deve descer às bases para um trabalho mais incisivo e direccionado às eleições Gerais de Outubro, porque, caso não o faça urgentemente, a confusão pós-eleitoral será um dado adquirido. Diz o velho ditado que “a mulher do César não basta ser fiel, é preciso que se pareça” e a Frelimo, um partido libertário, um partido com longa experiência política e de Governação, parece deitar tudo isso abaixo e parece um partido amador.
Hoje, Moçambique é um país onde todos se comunicam e se cruzam, através das redes sociais. Não existe um cidadão do meio rural ou do meio urbano, que não saiba política, os debates, ao contrário do que acontece nos partidos políticos, que não debatem coisa alguma, a sociedade debate sobre sua vida, através das redes sociais e tudo indica que existe uma percepção generalizada sobre o custo de vida alto, não sendo propriamente imputável às políticas governamentais. O povo precisa de ser esclarecido e quem melhor o faria é o candidato da Frelimo e os candidatos do mesmo partido à Assembleia da República e às Assembleias Provinciais, ausentes!
Por aquilo que a Frelimo representa na sociedade moçambicana, são muitas pessoas que acreditam nela por isso os dirigentes do partido devem tomar uma atitude que decepe as piores percepções existentes sobre o partido, a Frelimo deve aparecer e fazer-se ouvir junto das massas, a Frelimo não pode e nem deve parecer que está à deriva!
Adelino Buque
Permito-me escrever a propósito dos artigos recentemente publicados na “Carta” relativos aos problemas internos da Renamo. A polémica actual dentro da Renamo sobre a designação do presidente do partido e candidato às próximas eleições presidenciais foi analisada segundo vários pontos de vista (respeito aos estatutos, democracia interna, regalias financeiras estatais para o dirigente do maior partido da oposição) mas parecem significar também que a Renamo (sem falar da Frelimo) ainda não rompeu com uma herança de partido único: a saber, a unificação numa mesma pessoa da presidência do partido vencedor – foi sempre a Frelimo até hoje – e da presidência do Estado.
No tempo do partido único, era lógico: havia a fusão entre o partido e o Estado a todos os níveis, incluído o topo. Mas, de um ponto de vista democrático, devia ser o contrário; isto é, uma vez eleito, um· presidente deveria ser o/a presidente de todas a moçambicanas e de todos os moçambicanos e não exprimir os interesses de um só partido.
Isto quer dizer que devia ser proibido a um Presidente da República ser também Presidente de um partido, consoante uma verdadeira separação entre o Estado e o partido vencedor, do baixo ao topo.
Isto pode ser conseguido de duas maneiras: que um candidato à presidência da República, que é também presidente de um partido, demite-se da presidência deste partido logo que for eleito (e compromete-se a isso durante a campanha que ele vai fazer isso); quer os partidos designam um candidato às presidenciais que não é o presidente do partido.
Na Renamo, as duas escolhas parecem ser confundidas nos debates atuais. A sua separação talvez pudesse orientar diferentemente o debate. Obviamente, é o mesmo que passa do lado da Frelimo.
*Michel Cahen, Director Emérito do Centro Nacional de Pesquisa Científica/ Universidade de Bordeaux/França