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Redacção

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segunda-feira, 02 setembro 2019 16:35

Ossufo Momade entra na campanha eleitoral

O líder e candidato à presidência da república pelo principal partido de oposição de Moçambique, o ex-movimento rebelde Renamo, Ossufo Momade, regressou de uma viagem ao exterior na manhã desta segunda-feira e imediatamente lançou sua campanha eleitoral, com um desfile de carros pelas ruas de Maputo e da cidade adjacente de Matola.

 

Milhares de membros e apoiantes da Renamo cumprimentaram Momade no Aeroporto Internacional de Maputo e juntaram-se a ele no canto do slogan “A Vitória é Certa!” – um slogan que foi usado pela primeira vez décadas atrás pelo movimento de libertação angola, o MPLA.

 

Durante o lento desfile pelas duas cidades, Momade parou para abordar a multidão e prometer melhores condições de vida, se a Renamo vencer as eleições gerais programadas para 15 de outubro. Entre as promessas, destacam-se o emprego e a habitação para jovens moçambicanos, a educação gratuita até a décima-classe e o combate à corrupção.

 

"Quero trabalhar para o desenvolvimento dos moçambicanos", declarou Momade. “Somente a Renamo melhorará a sua situação. Nós vamos mudar o sistema educacional. Os alunos da quarta-classe devem ser capazes de ler e escrever”. "Queremos que os moçambicanos sejam tratados com dignidade quando vão a um hospital", continuou. “Queremos remédios nos hospitais. Estamos a prometer o bem-estar para todos os moçambicanos”. Perguntado se ele não foi ofuscado pela imagem do seu antecessor, o falecido líder, Afonso Dhlakama, Momade disse: “O presidente Dhlakama era um líder carismático, e eu nunca serei Afonso Dhlakama. Eu continuo os objetivos do meu presidente”. 

 

Momade disse que visitou as três províncias do norte de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, pouco antes do início oficial da campanha eleitoral, e notou que “o público continuou a comparecer aos meus comícios, o que mostra que eles estão com a Renamo”, declarou Momade. (AIM)

Uma greve contra camionistas estrangeiros na Africa do Sul, iniciada ontem, remeteu cerca de 300 camiões, da conhecida companhia nacional “Transportes Lalgy”, aos parques, causando avultados prejuízos, soube “Carta” de fonte próxima da gestão da empresa. A empresa movimenta diariamente cerca de 10.000 toneladas de minérios da África do Sul para o Porto de Maputo, donde são exportados. Paralisou seus camiões desde sábado, com perdas significativas de receitas.

 

Quarenta e uma pessoas detidas e três vítimas mortais é o balanço até ao momento de atos de violência e vandalismo em curso no centro e arredores da cidade de Joanesburgo, disse um porta-voz da polícia sul-africana (SAPS, sigla em inglês).

 

De acordo com o porta-voz policial, a onda de vandalismo e criminalidade eclodiu domingo na parte leste da capital sul-africana, causando três mortos. "As três vítimas mortais faleceram carbonizadas no incêndio em Jeppestown cerca das 5:00 desta manhã e um grupo de criminosos aproveitou-se da situação para assaltar as lojas na área", declarou.

 

"Muitos veículos e lojas foram incendiados", disse Masondo que considerou a situação "tensa", mas como estando "sob controle". O porta-voz policial referiu ainda que os estabelecimentos comerciais são de propriedade de sul-africanos e refutou o alegado envolvimento de cidadãos estrangeiros. Todavia, Mavela Masondo escusou-se a confirmar a nacionalidade das 41 pessoas detidos e o motivo da sua detenção pelas forças policiais.

 

Além de Jeppestown, Malvern e Jules Street, no centro-leste da cidade, há igualmente incidentes de violência, vandalismo e pilhagem a registar em Regents Park e Turffontein, no sul da cidade, e em Tembisa, um bairro a leste de Joanesburgo, segundo a polícia. O centro da cidade de Joanesburgo tem sido alvo sucessivos atos criminosos de violência, pilhagem e vandalismo, cujos motivos são imputados à presença de imigrantes africanos estrangeiros. 

 

Em junho, num discurso de hora e meia no Parlamento sobre o estado da nação, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês), o partido no poder desde 1994, afirmou que o combate à pobreza, desigualdade e desemprego têm sido os principais obstáculos ao progresso [económico] no país, mas ficou aquém da implementação incluindo a resolução da "grande corrupção" no Estado.(Lusa)

segunda-feira, 02 setembro 2019 11:14

Exposição / Cityx – Eu, Maputo

O projecto artístico global «City X», o qual, desde 2011, já foi realizado em nove cidades da Europa e da Ásia Menor, bem como na América do Sul e América Central. O projecto visa criar uma nova imagem de cada cidade em diálogo com a população urbana. A artista Doris Graft convida os cidadãos a fazerem desenhos, por meio dos quais a cidade será mostrada na perspectiva deles. Depois disso, as imagens coleccionadas, organizadas e analisadas por Doris Graf, são transformadas em imagens pictográficas, criadas a partir desses desenhos. Até à aterragem no aeroporto de Maputo, Doris Graf mal podia imaginar que êxito teria o seu primeiro projecto «CityX» numa cidade africana. O incrível no decurso do projecto «CityX – Eu, Maputo» foi a disposição contagiante das pessoas em participar do trabalho. Em menos de duas semanas, Doris Graf pôde recolher acima de 800 desenhos. Este resultado deve-se parcialmete à vontade da população em expressar a sua visão da cidade, e sem dúvida, ao grande apoio organizacional dos parceiros do projecto em Moçambique: o Teatro Avenida e a sua Directora Manuela Soeiro, assim como Átila César, responsável pelas relações públicas no renomado teatro.

 

(03 de Setembro, às 18:30Min no Centro Cultural Moçambique-Alemanhã)

segunda-feira, 02 setembro 2019 11:12

Literatura Dramátrica / Paulicéia Desvairada

Paulicéia Desvairada, obra de Mário de Andrade publicada em 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna em São Paulo, foi um marco da literatura brasileira e traçou os alicerces da estética do Modernismo no país. A antologia de contos do escritor paulista foi a primeira obra realmente de vanguarda do movimento Modernista. Leitura Dramática de Contos Selecionados com actuação de Expedito Araújo.

 

(03 d3 Setembro, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

segunda-feira, 02 setembro 2019 11:08

Cinema / Impunidades Criminosas

”Impunidades Criminosas” de Sol de Carvalho- Moçambique (2013, 75’)

 

Sinopse: Sara mata o marido depois de não conseguir mais suportar as suas traições e violência. Mas o fantasma dele continua a atormentá-la, bem como os responsáveis da "gang" a que ele pertencia. Sara terá que decidir fazer algo pela vida de novo, às vezes é necessário acabar com os fantasmas que nos visitam e atormentam.

 

(02 de Setembro, às 19Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

Arrancou no passado sábado, tal como estava previsto, a campanha eleitoral. Os partidos políticos concorrentes ao pleito de 15 de Outubro que se avizinha apresentaram as linhas orientadoras daqueles que são os programas de governação, caso vençam o escrutínio. Os partidos políticos concorrentes às próximas eleições apresentaram-se ao eleitorado, embora exibido musculatura distinta.

 

O partido Frelimo, na pessoa do seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, actual Presidente da República, beneficiando do facto de estar actualmente no poder, foi quem mais musculatura e robustez exibiram, naquela que foi a cerimónia que marcou a abertura da corrida rumo à Ponta Vermelha, a Assembleia da República e as Assembleias Provinciais.

 

O palco escolhido pelo partido Frelimo e o seu candidato foi o caldeirão do Chiveve, na cidade da Beira, província de Sofala, terreno hostil a ideologia do partido no poder. Com pompa e circunstância, que aliás sempre caracterizou os eventos do partido Frelimo, Filipe Nyusi deu o pontapé de saída a maratona de caça ao voto com um showmicio que foi abrilhantado por afamados cantores da praça.

 

Acompanhado pelo seu staff, maioritariamente composto por funcionários públicos, Filipe Nyusi falou para os membros e simpatizantes do partido no poder, que, praticamente, lotaram àquele complexo desportivo. Roque Silva, Secretario Geral do Partido, foi quem convidou Filipe Nyusi a dirigir-se a moldura humana que se encontrava no interior do caldeirão do Chiveve.

 

Essencialmente, Filipe Nyusi, depois falar das acções desenvolvidas durante o seu primeiro mandato, apontou como uma das principais prioridades para os próximos cinco anos, caso seja eleito, o emprego para juventude. Nyusi, intercalado por aplausos, assegurou que vai despender todas as suas energias para que os jovens estejam envolvidos em acções produtivas.

 

Aliás, o combate a corrupção e o fomento da agricultura foram outros aspectos tidos pelo candidato da Frelimo, como sendo as que merecerão particular atenção nos anos que se avizinham.

 

Ossufo Momade fora dos holofotes

 

O candidato do maior partido da oposição do xadrez político nacional, a Renamo, Ossufo Momade, foi o principal ausente do primeiro dia da campanha eleitoral. Coube à André Magibire, Secretario Geral do partido, lançar, oficialmente, a campanha da Renamo, num evento que teve lugar na cidade da Matola, província de Maputo.

 

Esta é, na verdade, a primeira campanha sem o líder histórico e carismático do partido, Afonso Dhlakama, falecido em Maio de 2018, vítima de doença, na Serra de Gorongosa, província de Sofala, numa altura que negociava a paz efectiva com o Presidente da República.

 

O candidato presidencial da Renamo aterra esta amanhã no Aeroporto Internacional de Mavalane, onde fará, seguidamente, uma “passeata” pelas artérias da capital do país, a cidade de Maputo, naquela que marcará a sua primeira aparição pública na presente campanha eleitoral.

 

Magibire, acompanhado pelo cabeça-de-lista para a Assembleia Provincial de Maputo, António Muchanga, deixou uma garantia: a vitória é certa para Renamo e o seu candidato presidencial, Ossufo Momade, isto porque, desta vez, não haverá espaço para o que chamou de “roubo de votos”.

 

André Magibire avançou que a Renamo veio para salvar o povo das mãos dos indivíduos que, ao arrepio das normas vigentes no país, contrataram empréstimos a favor da EMATUM, PROINDICUS e MAM, que arrastaram o país ao precipício.

 

Combate enérgico à corrupção, saúde e educação de qualidade foram alguns pontos que dominaram o discurso de Magibire.

 

Daviz Simango

 

A campanha eleitoral para aquela que considerada a terceira maior foça política do país arrancou oficialmente, este domingo, no distrito de Gurué, província da Zambézia. Apesar de ter chegado à Zambézia no passado sábado, apenas ontem abriu oficialmente a marcha rumo à porta vermelha.

 

Simango foi recebido pelos membros e simpatizantes do partido, que fizeram questão de lotar o campo do quartel, local que acolheu as cerimónias centrais. Depois de apresentar a sua esposa, Clara Simango, e cabeça-de-lista para as provinciais, Luís Boavida, Daviz Simango apresentou os pilares que irão nortear a sua governação, caso lhe seja confiado os destinos do país. A questão da paz, a democracia e reconciliação nacional, o emprego e as infra-estruturas são aspectos que merecerão particular atenção.      

 

Mário Albino diz que CNE não desembolsou os fundos para campanha

 

Mário Albino, candidato da Acção de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), lançou a campanha na cidade de Nampula, cujo epicentro foi a zona do mercado da Faina. Albino, tido como o outsider do escrutínio, centrou a sua abordagem na falta de desembolso, por parte dos órgãos eleitorais, Comissão Nacional de Eleições, até ao momento, não terem desembolsado os fundos para a campanha eleitoral. Os fundos, de acordo com lei, devem ser disponibilizados 21 dias antes do arranque da campanha eleitoral. 

 

No que respeita as linhas orientadoras do seu programa de governação, as vias de acesso, educação e saúde figuram na lista das prioridades. Este domingo, o partido AMUSI e o seu candidato reservou o dia para capacitar os seus membros em matéria eleitoral, isto enquanto aguarda pelo desembolso dos fundos para iniciar a digressão pelo país adentro. (Carta)

“As bacias do Incomáti e do Limpopo continuam com baixa capacidade de armazenamento de água. Agora só conseguimos satisfazer o sector da agricultura no baixo Incomáti em cerca de 60 por cento”, revelou, semana finda, o Director Geral da Administração Regional de Águas do Sul (ARA-sul), durante a visita à barragem de Corumana.

 

Segundo Banze, o facto deve-se à falta de chuva, que não cai há bastante tempo, na região sul do país. “A nossa esperança é que, quando iniciar a época chuvosa, que começa oficialmente a 01 de Outubro em todo o país, sejamos capazes de reverter o cenário e poder aumentar a nossa capacidade da demanda do rio Incomáti”, explicou a fonte.

 

Acrescentou ainda que as barragens e os rios da região sul, de um modo geral, estão com os escoamentos baixos, o que é característico nesta época. Porém, sublinhou que a zona sul continua a receber escoamentos de fronteiras dos rios partilhados com países vizinhos, nomeadamente o rio Umbeluzi, Incomáti bem como o rio Limpopo.

 

Banze conta que o nível de armazenamento continua a reduzir, como é característico da época nas albufeiras. Neste momento, a barragem dos Pequenos Libombos está com cerca de 29 por cento, que corresponde a cerca de 114 milhões de metros cúbicos, uma quantidade que deve ser gerida até à próxima época chuvosa.

 

Em relação à barragem de Corumana, na Moamba, Banze explicou que a capacidade de armazenamento é de cerca de 34 por cento correspondente a 300 milhões de metros cúbicos para uma barragem cuja capacidade sem as comportas consegue albergar 720 milhões de metros cúbicos, o que demonstra que a capacidade de armazenamento está ligeiramente baixa.

 

O Director da ARA-Sul disse ainda que, neste momento, o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) está em fase de conclusão da estação compacta da água que vai sair de Corumana até à cidade de Maputo. Por sua vez, a montagem das comportas está nos 60 por cento, o que garante a conclusão dos trabalhos até Novembro próximo. (Marta Afonso)

Quatro mulheres perderam a vida nos últimos dois meses na maternidade do Hospital Provincial de Lichinga (HPL), na província do Niassa, durante o período de parto, sendo que duas pereceram na semana passada, entre elas uma docente universitária, de nome Rosalina Moisés, da actual Universidade Rovuma, extensão de Lichinga.

 

De acordo com as fontes, há três anos que se regista esta situação, mas nem a direcção da maior unidade sanitária do Niassa e muito menos a Direcção Provincial da Saúde daquele ponto do país mostram-se preocupados com o “fenómeno”, que leva algumas pessoas a optar por partos caseiros, médicas tradicionais e até nos países vizinhos como Tanzânia e Malawi.

 

Entretanto, inconformada com a situação, a população da cidade de Lichinga saiu à rua, no passado sábado (31 de Agosto), para dizer “basta” às atrocidades que se verificam naquela maternidade. Porém, como tem sido habitual, a Polícia foi chamada para o local das manifestações e, segundo apurámos, “violentou” os manifestantes, atirou gás lacrimogénio, para além de ter recolhido telemóveis, máquinas de filmar e fotográfica e dísticos. Ainda deteve manifestantes (docentes, estudantes e funcionários públicos), instalando-se assim “desordem” naquela capital provincial.

 

No entanto, “Carta” teve acesso a um comunicado supostamente do Ministério da Saúde, emitido no dia 30 de Agosto, visando responder à situação que, desde a noite do dia 27 de Agosto (terça-feira), está a criar polémica naquela província. O referido comunicado afirma que a titular do sector, Nazira Abdula, orientou a Inspecção-Geral da Saúde, a Direcção Nacional da Assistência Médica e um médico legista a deslocarem-se a Lichinga para apurar as reais causas que levaram à morte da gestante, de modo a esclarecer o caso. Entretanto, o documento não convenceu os residentes da maior cidade da província mais extensa do país, que se manifestaram no dia seguinte.

 

Entre as principais razões que levam à morte de parturientes, apontam as fontes, está a corrupção e o clientelismo que se vive naquela unidade sanitária, pois, as gestantes são obrigadas a corromper as parteiras, para que possam beneficiar de um trabalho de parto condigno. (Omardine Omar)

A reparação do cabo submarino de Fibra Óptica, que liga Maputo-Beira, vai iniciar em breve, garantiu, semana finda, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Moçambique Telecom (Tmcel), Mahommad Jusob.

 

A reparação do referido cabo vai garantir a redundância do backbone (espinha dorsal da internet, onde corre o principal tráfego e interliga vários pontos de presença) em Fibra Óptica, melhorando a qualidade de serviços para os clientes nacionais, bem como os serviços de interligação dos países do Interland, com destaque para Malawi e Zimbabwe.

 

Falando à margem da III Conferência Nacional das Telecomunicações, Jusob não precisou a data do início das obras, mas assegurou que os contratos de financiamento do empreendimento já estão a ser fechados e que, após arranque da obra que consiste na amarração de vários pontos do cabo ao longo da costa, vai levar apenas 45 dias.

 

“Neste momento não queria falar sobre quando vai começar, o que lhe garanto é que já temos solução preconizada, estamos a concluir as negociações, os contratos estão praticamente concluídos, só estamos à espera da mobilização do barco que tem de vir para as águas nacionais (…), a previsão são 45 dias a partir da data em que o barco inicia”, afirmou o PCA da Tmcel.

 

Refira-se que a reparação do referido cabo que vai custar 2.5 milhões de USD estará a cargo do consórcio Elitis Internacional, com larga experiência no sector em África e não só. O consórcio foi adjudicado este ano, após ganhar um concurso público internacional lançado em Junho de 2018. (Evaristo Chilingue)