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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Alexandre Marrupi é o “capim curto e que não vai crescer sozinho” no Instituto Nacional de Estatística (INE). Alexandre Marrupi foi a figura escolhida pela directora do INE, Elisa Magaua, para conduzir a direcção de Censos e Inquéritos, em substituição de Arão Mbalate, que juntamente com Rosário Fernandes, então Presidente daquela instituição, vinham crescendo “sozinhos”, algo que, entretanto, desagradou o Presidente da República, Filipe Nyusi.

 

Aquando da inauguração do novo edifício do Ministério da Economia e Finanças, lembre-se, Filipe Nyusi avançou que era necessário “remover o capim comprido que cresce sozinho”, numa clara alusão aos gestores do INE. 

 

O despacho de nomeação, que ostenta o número 97/GP/INE/2019/, é datado de terça-feira, 22 de Outubro corrente. A deliberação, assinada pela respectiva Presidente, avança a nomeação de “Alexandre Marrupi, NUIT 103388848, enquadrado na Carreira de Especialista, classe B, Escalão 2, Grupo Salarial 11, para em comissão de serviço exercer as funções de Director de Censos e Inquéritos”.

 

Na direcção de Censos e Inqueridos, Alexandre Marrupi será coadjuvado por Elísio Sebastião Mazive, enquadrado na Carreira de Técnico Superior N1, classe B, escalão 1, grupo salarial 11, também em comissão de serviço, na passada terça-feira.

 

Elisa Magaua nomeou, igualmente, no dia 22 de Outubro, Cipriano Cláudio, enquadrado na carreira de Especialista, classe C, em comissão de serviço, para exercer as funções de Director de Contas Nacionais e Indicadores Nacionais e Ernesto da Silva Samo, enquadrado na carreira de Técnico Superior de Estatística, classe B, em comissão de serviço, para director-adjunto de Contas Nacionais e Indicadores Nacionais.

 

A presidente do INE nomeou, ainda, Ana Paula Dava, enquadrada na carreira de Especialista, classe C, em comissão de serviço, para exercer as funções de chefe do Departamento Central, Rubem Castigo Comé, Técnico Superior de Estatística N1, classe C, em comissão de serviço, para chefe de Departamento de Preços.   

 

Arão Mbalate é agora assistente de Elisa Magaua

 

A cessação de funções de Arão Mbalate, que ficou conhecido por desmentir, com recurso a fórmulas matemáticas, os controversos números do recenseamento eleitoral na província de Gaza, foi motivo de acaloradas discussões, a vários níveis da sociedade moçambicana e em diversos fóruns, com as redes sociais a serem o epicentro. Alguns emitiram pareceres abonatórios à exoneração e outros foram completamente contrários à decisão de Elisa Magaua. 

 

Mas o facto é que Arão Mbalate vai passar a desempenhar as funções de Assistente de Elisa Magaua para o Pelouro Demográfico. A nomeação é datada de 22 de Outubro, dia em que, igualmente, cessou da função de Director de Censos e Inquéritos.

 

Arão Mbalate, homem da confiança do então Presidente do INE, defendeu, recorde-se, que os dados do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) “extravasavam todas as teorias demográficas” e que só poderiam ser alcançados em 2040, quando a província de Gaza for habitada por 2.2 milhões de pessoas, onde mais de 1 milhão terá mais de 18 anos. (Carta)

Moçambique está a negociar a possibilidade de cooperar com a Rússia na prospecção de diamantes.

 

Para esse fim, o presidente moçambicano Filipe Nyusi encontrou-se na quarta-feira à noite com Sergei Ivanov, presidente da Alrosa, a maior empresa de mineração de diamantes do mundo, na cidade de Sochi, no Mar Negro, onde participa na cimeira Rússia-África. Falando aos repórteres moçambicanos que acompanham Nyusi, Ivanov disse que sugeriu se concentrar, na futura prospecção, em áreas próximas à fronteira com o Zimbábwe, mas Nyusi "nos aconselhou a ir além dessas áreas".

 

 “Nossa equipa viajará para Moçambique ainda este ano e nossos geólogos discutirão com o Ministério de Recursos Minerais possíveis áreas de cooperação”, disse Ivanov. “Temos a certeza de que Moçambique pode se tornar rico em diamantes, e esses diamantes podem ser vendidos e trazer benefícios para a população de Moçambique”.

 

A ocorrência de diamantes na província de Gaza, no sul, já foi confirmada, e o governo está trabalhando para formalizar a adesão de Moçambique ao Processo Kimberley, o que permitiria exportar diamantes. O Esquema de Certificação do Processo Kimberley foi desenvolvido para evitar que “diamantes de conflito” (ou “diamantes de sangue”) entrem em canais de negociação legítimos. 

 

Ivanov prometeu que a Rússia ajudará o pedido de adesão de Moçambique. “A Federação Russa presidirá o processo Kimberley no próximo ano e estaremos prontos para ajudar Moçambique a se tornar membro”, afirmou. A Alrosa é responsável por 27% do mercado mundial de diamantes. A empresa, controlada pelo estado russo, vale cerca de 7 bilhões de USD e emprega 40.000 trabalhadores. (AIM)

A Rússia planeia entregar 4 bilhões de USD em armas para a África em 2019, disse o Director-Geral da Rosoboronexport, Alexander Mikheev, ao Sputnik na quarta-feira. “Este ano planeamos entrega no valor de 4 bilhões de USD para os países africanos. Estou falando de armas aéreas, equipamentos de defesa aérea, transportadores blindados, armas pequenas e sistemas de mísseis antitanques ”, disse Mikheev no fórum Rússia-África, em Sochi.

 

Segundo o chefe do exportador estatal russo de armas, o país está implementando contratos de entrega de equipamentos militares para 20 países africanos, incluindo Uganda, Ruanda, Moçambique e Angola. Outro acordo entre a Rússia e a Nigéria também foi assinado durante o actual fórum Rússia-África, referente à entrega de 12 helicópteros de ataque MI-35. As aeronaves serão usadas para combater a organização terrorista Boko Haram.(Carta)

sexta-feira, 25 outubro 2019 05:49

Isaltina Lucas “ilibada” por Andrew Pearse?

Na passada sexta-feira, pela primeira vez o nome da antiga vice-Ministra da Economia e Finanças, Isaltina Lucas, foi referenciado no julgamento de Jean Boustani em Nova-Iorque. De acord0 como o testemunho de Andrew Pearse, o antigo banqueiro do Credit Suisse, Isaltina não esteve envolvida na “due diligence” que antecedeu a assinatura dos contratos relevantes.

 

Para demonstrar, a “due diligence” no processo de contratação da dívida, disse Pearse, Jean Boustani mencionou que a Privinvest fornecia barcos e produtos únicos. Ele forneceu nomes de docas e zonas navais que supostamente estariam envolvidos no hipotético processo de contratação pública (na Holanda, Italia e Espanha). Isto visava justificar ao CS a razão pela qual o governo Moçambique contratou o mesmo fornecedor de serviços para a EMATUM e Proindicus.  De acordo com Pearse, Isaltina Lucas não estava envolvida no processo de “due diligence” da EMATUM.

 

Num outro momento do testemunho, depois de detalhar aspectos desconhecidos das negociações que levaram à contratação do financiamento, Andrew Pearse disse que Isaltina Lucas contactou Shurgan Sing, Jean Boustani e António Carlos Rosário a dizer que tinha problemas porque o contrato reflectia que o Governo moçambicano estava a emitir titulos de credito soberanos (soverign bonds). Isaltina Lucas não sabia nada sobre o assunto dos títulos da Ematum, repisou ele. (Carta)

A Concessionária dos Terminais de Contentores e de Carga Geral no Porto da Beira, Cornelder de Moçambique, em parceria com o Ministério da Saúde (MISAU), está a massificar a educação sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama e do colo do útero, com o objectivo de reduzir a incidência da doença no seio da população.


A iniciativa, denominada “Porto Rosa: Juntos somos mais fortes na luta contra o cancro da mama” e que está inserida no âmbito do programa anual “Porto Saudável”, vai beneficiar mais de 700 colaboradores e é coordenada por um médico especialista em cancro de mama e de colo de útero.


De acordo com Elsa Muzambue, directora de Recursos Humanos da Cornelder de Moçambique, o que se pretende com esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, é de para além de possibilitar que os colaboradores e clientes da empresa tenham acesso à informação sobre o cancro da mama e do colo do útero, os mesmos possam gratuitamente participar de sessões de rastreio destas doenças, tendo a oportunidade de diagnosticar precocemente qualquer anomalia.


Na primeira fase do rastreio do cancro da mama e do colo do útero, realizada no dia 23 de Outubro, nas instalações da Cornelder de Moçambique, por uma equipe médica do MISAU, foram rastreadas 31 mulheres e prevê-se que na segunda fase, no dia 29 de Outubro, mais mulheres possam aderir à campanha.


“Apesar de estar a ser difundida muita informação sobre esta doença, nem todas as pessoas têm o cuidado de se inteirar mais sobre os métodos de prevenção ou de diagnóstico, o que contribui para as altas taxas de incidência. Por isso, esta iniciativa constitui uma oportunidade para os nossos colaboradores se informarem melhor, esclarecerem as suas dúvidas para poderem replicar nas suas comunidades”, explicou a directora de Recursos Humanos da Cornelder de Moçambique.


Por seu turno, o médico especialista, Leonildo Soares, considerou que, para além de se apostar na massificação da educação, é também importante e urgente sensibilizar a população no sentido de aderir ao rastreio do cancro.


“As pessoas pouco sabem sobre o cancro da mama e do colo do útero. A população deve saber o que é a doença para poder preveni-la ou diagnosticá-la precocemente. Isso só é possível através da sensibilização e da adesão ao rastreio”, disse o médico, que se mostrou preocupado com o número de casos desta doença na região Centro do País.(FDS)

A Associação Centro de Direitos Humanos (ACDH) defende a necessidade dos órgãos de justiça, concretamente o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), levar a cabo uma investigação tendo em vista a responsabilização dos indivíduos encontrados, horas antes da votação, com boletins de voto no passado dia 15 de Outubro.

 

No passado dia 15 de Outubro prestes a findar, os moçambicanos foram às urnas para escolher o Presidente da República, os deputados da Assembleia da República e os membros das Assembleias Provinciais.

 

A responsabilização, anotou a ACDH, mais do que abarcar os autores materiais deve, igualmente, abarcar os morais. “Apesar de alguns desses ilícitos eleitorais terem sido levados a julgamento e seus autores responsabilizados, a ACDH encoraja os órgãos da administração da justiça, concretamente, o SERNIC e o Ministério Público, a encetarem uma investigação séria e isenta, sobretudo, aos casos dos cidadãos que foram encontrados com boletins antes da hora da votação, para que a responsabilização destes delitos não se cinja apenas aos autores imediatos, mas também aos autores mediatos e morais”, atirou a ACDH.

 

A ACDH observou as VI Eleições Gerais, tendo, na sequência, destacado quatro observadores eleitorais, que trabalharam nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Tete, Zambézia e Cidade de Maputo. De forma concreta, a associação verificou o tratamento dos ilícitos ocorridos durante o processo eleitoral.

 

A associação constatou que, apesar de todos os tribunais de distrito nos locais onde realizou observação terem funcionado em turnos para o atendimento de ilícitos eleitorais, o número de processos julgados foi bastante reduzido, comparativamente ao número de ilícitos denunciados, havendo tribunais que não julgaram nenhum processo.

 

Os processos julgados durante a campanha resumiram-se, sobretudo, à situação de destruição de material de campanha. Importa realçar que, no período em referência, foram registadas situações de impedimento de reunião eleitoral, divulgação de sondagens e violação das normas éticas da campanha, cujos autores foram devidamente identificados, mas o MP optou por não levar os autores a julgamento.

 

No concernente ao dia da votação, a ACDH constatou diversas situações de cidadãos na posse de boletins de voto, sobretudo nas Províncias de Nampula e Zambézia, situações de perturbação das assembleias de voto e discrepância entre o número de eleitores e votos na urna, o que indicia a prática do crime de fraude no apuramento de votos.

 

A ACDH é uma associação que visa contribuir na promoção da cultura de respeito, protecção e promoção dos direitos humanos através das actividades de apoio ao ensino, investigação, documentação e assistência técnica às faculdades e escolas de direito, organizações da sociedade civil e entidades públicas e privadas no domínio científico dos direitos humanos. (Carta)

O El Clásico, como é conhecido o embate entre Barcelona e Real Madrid, referente à 10.ª jornada da La Liga, que deveria ter lugar no dia 26 de Outubro em Camp Nou e que foi adiado, devido aos contínuos protestos catalães que surgiram por causa de longas penas de prisão proferidas a políticos pró-independentistas, terá lugar no dia 18 de Dezembro, segundo decisão do Comité de Competição da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). Resta, entretanto, saber se a Liga, que propunha 04 e 07 de Dezembro como datas alternativas, irá recorrer desta decisão do Comitê.

 

Apesar do adiamento deste jogo, a acção do futebol não pára na DStv e GOtv. As principais atracções da La Liga, nesta jornada, serão as partidas envolvendo Granada, Real Sociedad, Atlético de Madrid e Sevilha as quais deverão deliciar os telespectadores da DStv e GOtv em qualidade 100 por cento digital.

 

O Granada, actualmente, em terceiro lugar na classificação (dois pontos atrás do Barcelona e apenas um ponto atrás do Real Madrid), poderá chegar ao topo da tabela caso vença o Real Betis na tarde de domingo.

 

Já a Real Sociedad, o Atlético de Madri e o Sevilha, por outro lado, poderiam se juntar ao Barcelona com 19 pontos se vencerem seus respectivos jogos contra o Celta de Vigo, o Athletic Bilbao e o Getafe no sábado.

 

Na Serie A, a principal atracção vem do Estádio Olímpico, na noite de domingo, quando a Roma receber o AC Milan. Este é um encontro entre de duas equipas que procuram garantir a qualificação para a Liga dos Campeões.

 

 

Na Premier League, o destaque vai para Anfield, onde o Liverpool recebe o Tottenham Hotspur no domingo à noite. Os Reds estão num início de forma incrível e estarão ansiosos para receber os Spurs frente de seus fiéis fãs no inferno de Anfield.

 

Enquanto isso, os Spurs têm tido uma campanha difícil até agora na Premier League, com derrotas pouco habituais sendo a mais marcante, frente ao Bayern de Munique por 7-2 para a Liga dos Campeões da UEFA e uma subsequente derrota por 3 a 0 para Brighton e Hove Albion.

 

Na última temporada, as escolhas de Jurgen Klopp dominaram o Tottenham na última temporada, tendo registado vitórias em Wembley e Anfield, bem antes de também se impor na final da Liga dos Campeões frente ao mesmo adversário. Qual será o preço de uma possível quarta vitória consecutiva dos Reds?

As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), companhia estatal, transportaram mais quase 17.500 passageiros (mais 6,6%) de janeiro a setembro deste ano do que no período homólogo de 2018, anunciou hoje a empresa em comunicado.

 

Cerca de 415.700 passageiros "foram transportados nos voos da LAM, representando um crescimento em 6,6% em relação ao período homólogo de 2018, em que foram transportados 398.208 passageiros".

 

A LAM voa para todas as províncias do país que tem uma extensão de cerca de 2.000 quilómetros e liga Moçambique a capitais vizinhas como Joanesburgo (África do Sul), Dar-Es-Salaam (Tanzânia) e Nairobi (Quénia).

 

A companhia anunciou também melhorias ao nível da pontualidade com 83% dos voos no mesmo período a respeitarem os horários, uma melhoria de 11% em relação ao período homólogo de 2018.

 

A par destes indicadores, "a companhia está em fase avançada para a introdução de mais um Boeing 737-700 e dois Bombardier Q400 para consolidar a sua frota". Com a finalização deste processo, a LAM passará a contar com três aeronaves do tipo Boeing 737-700 mais duas do tipo Bombardier Q400", conclui.

 

João Carlos Pó Jorge, diretor-geral da LAM, disse recentemente à Lusa, à margem de um evento em Lisboa, que a companhia vai investir até 120 milhões de dólares (109 milhões de euros) em novos aviões e intensificar a presença nas rotas africanas, querendo ligar África do Sul a Lisboa.

 

A companhia volta ainda a voar para a Europa, via Lisboa, a partir de março de 2020, em cooperação com a companhia aérea privada portuguesa Hi Fly. (Carta)

A Inspectora de Investigação e Instrução Criminal, do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), ao nível da cidade de Maputo, Rainha Joaquim Gamboa, convocou a imprensa, nesta quarta-feira, para apresentar 543.793 Kg de diversos tipos de drogas apreendidas entre os meses de Julho de 2018 e Outubro de 2019, na capital do país.

 

De acordo com Rainha Gamboa, em conexão com as drogas apreendidas, estão detidos 319 indivíduos de diferentes nacionalidades, sendo, entre eles, 286 nacionais e 33 estrangeiros. Na sequência, foram instaurados 223 processos, sendo que 120 já foram concluídos pelo sector e remetidos à Procuradoria.

 

Dos quilogramas de drogas apresentados e incinerados, nesta quarta-feira, encontram-se a cocaína (23,349 Kg), heroína (67,888 Kg), N-Ácido Acentilantranilico (54,194 Kg), Efedrina (4,800 Kg), Metanfetamina (800 Gramas), catinona/Mira (153,7 Kg) e mais 223,85 Kg da última droga, cujos traficantes estão ainda a monte. Por seu turno, os agentes da polícia dizem ter apreendido neste período 15,212 Kg da droga mais consumida no país, a cannabis sativa, vulgo “suruma”.

 

Segundo Gamboa, só no presente ano, foram detidos no Aeroporto Internacional de Maputo, 11 cidadãos estrangeiros que estavam em trânsito e, na investigação conduzida pela sua corporação, percebeu-se que maior parte dos detidos são consumidores e outros são mesmo traficantes, que usam o país como corredor para alguns países da África, Europa e Ásia.

 

Na lista dos estrangeiros detidos por tráfico de cocaína estão dois cidadãos tanzanianos, um guineense, uma brasileira, um venezuelano e um angolano. Já por posse e tráfico de heroína, o SERNIC refere que deteve três cidadãos malawianos, dois americanos, dois nigerianos, um namibiano, um canadense e um tanzaniano. Relativamente a estes tipos de drogas, estão detidos também cinco moçambicanos por tráfico de cocaína e um por heroína.

 

Na mesma senda, no que concerne às detenções por N-Ácido Acentilantranilico, também o SERNIC diz ter detido 15 cidadãos de diferentes nacionalidades, sendo três tanzanianos, três portugueses, dois nigerianos, um ganês, um guineense, um moçambicano, um malawiano, um zimbabueano, um costa-marfinense e um queniano.

 

Refira-se que a droga incinerada é, exclusivamente, referente à cidade de Maputo, numa altura em que o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) informou que a heroína é o segundo produto mais exportado do país, com cerca de 687 milhões de USD, ficando no território nacional pouco mais de 100 milhões de USD como lucros e pagamentos de intervenientes a todos os níveis.

 

De acordo com algumas pesquisas, Moçambique tornou-se um dos principais corredores do narcotráfico a nível mundial, conforme revelou um estudo publicado, este ano, em Maputo, pela organização Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GITOC). A situação de Moçambique vem preocupando também várias organizações internacionais como é o caso do escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) a criar uma frente, em Moçambique. (Carta)

quinta-feira, 24 outubro 2019 07:07

Desmaios afectam 20 alunas das escolas de Palma

Começaram pela Escola Primária Boa Viagem, mas, mais tarde, alastraram-se para as Escolas Secundária de Palma e Primária 16 de Junho, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado. Os desmaios, que ainda não têm explicação a nível local, já afectaram pelo menos 20 alunas das três escolas. As vítimas, segundo apurou “Carta”, já não vão à escola devido à situação.

 

As fontes contam que, nas duas últimas semanas, a situação dos desmaios, nas escolas de Palma, tende a crescer diariamente, facto que já preocupa os pais e encarregados de educação, membros da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO), naquele ponto do país, e as direcções das escolas que, sem sucesso, vão procurando soluções do fenómeno.

 

Há dias, garantem as fontes, juntaram-se cerca de 25 membros da AMETRAMO, em Palma, a direcção da Escola Secundária local com objectivo de discutir o assunto, porém, quatro horas depois, as partes saíram sem solução.

 

Como nos outros pontos do país, onde ocorreu este tipo de situação, fontes revelam ainda que, quando os desmaios acontecem, as escolas ficam agitadas e, durante dois ou três dias consecutivos, os alunos não assistem às aulas devido ao medo.

 

Fonte do Hospital de Palma confirmou à “Carta” que o Banco de Socorros daquela unidade sanitária tem registado, de forma frequente, entrada de alunas, vítimas de desmaios. As vítimas, prossegue a fonte, também apresentam convulsões, o que torna difícil explicar o que poderá estar por detrás do fenómeno. (Carta)