Depois de Junho e Julho passados verificar-se uma redução do custo de vida, com a queda do nível geral de preços no país, em Agosto, o cenário mudou. Em Setembro passado, o custo de vida permaneceu alto, devido ao contínuo aumento de preços.
Dados recolhidos nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), ao longo do mês passado, indicam que o país registou, face ao mês de Agosto, uma inflação na ordem de 0,10 por cento contra 2,01 por cento registado em igual período de 2018.
Em Índice de Preços no Consumidor (IPC), o INE explica que, em Setembro findo, as divisões de restaurantes, hotéis, cafés e similares e de alimentação e bebidas não alcoólicas foram as de maior destaque, ao contribuírem respectivamente no total da inflação mensal com aproximadamente 0,08 e 0,03 pontos percentuais (pp) positivos.
Da análise da variação mensal por produto, a autoridade estatística destaca a subida de preços do peixe seco (2,6 por cento), das refeições completas em restaurantes (0,6 por cento), do amendoim (7,3 por cento), do vinho (3,4 por cento), do carapau (1,2 por cento), da capulana (1,1 por cento) e do feijão manteiga em grão seco (2,1 por cento), que contribuíram no total da inflação mensal com cerca de 0,24pp positivos.
“Entretanto, alguns produtos, com destaque para o tomate (6,8 por cento), a gasolina (0,6 por cento), a cebola (4,3 por cento), o coco (4,1 por cento), o gasóleo (1,1 por cento), a cerveja (0,4 por cento) e a alface (3,8 por cento) contrariaram a tendência de subida de preços, ao contribuírem com cerca de 0,22pp negativos”, observou a fonte.
Ainda de acordo com dados do INE, de Janeiro a Setembro de 2019, o país registou uma subida de preços na ordem de 1,28 por cento. A divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a responsável pela tendência geral de subida de preços ao contribuir com aproximadamente 0,34pp positivos.
Desagregando a variação mensal pelos três centros de recolha que servem de referência para a inflação do país, o IPC do INE concluiu que a Cidade de Nampula teve no período em análise uma variação mensal mais elevada (0,30 por cento), seguida da Cidade de Maputo (0,11 por cento) e da Cidade da Beira (-0,25 por cento). (Evaristo Chilingue)
O crescimento, na África Subsaariana, permaneceu lento em 2019, dificultado pela incerteza persistente na economia global e pelo ritmo lento das reformas internas, de acordo com a 20ª edição do Africa’s Pulse, uma actualização económica semestral do Banco Mundial para a região.
Lançado ontem (09), o estudo revela que o crescimento geral na África Subsaariana deverá aumentar de 2,6 por cento em 2019, em comparação com os 2,5 por cento em 2018, o que é 0,2 pontos percentuais inferiores à previsão de Abril.
Citado por um comunicado da instituição, o Estudo constatou que a recuperação na Nigéria, África do Sul e Angola (as três maiores economias da região) manteve-se fraca e está a pesar nas perspectivas da região. A análise apurou ainda que, na Nigéria, o crescimento do sector não-petrolífero tem sido lento, enquanto em Angola o sector petrolífero se manteve fraco e, na África do Sul, o baixo sentimento para o investimento está a pesar sobre a actividade económica.
De acordo com a nota, a análise perspectiva que, excluindo a Nigéria, África do Sul e Angola, o crescimento no resto do subcontinente deverá manter-se robusto, embora mais lento nalguns países.
“Prevê-se que o crescimento médio entre os países sem utilização intensiva de recursos diminua, reflectindo os efeitos dos ciclones tropicais em Moçambique e no Zimbabwe, a incerteza política no Sudão, o enfraquecimento das exportações agrícolas no Quénia e a consolidação fiscal no Senegal”, acrescenta o estudo citado pela nota.
O Africa’s Pulse revela ainda que, nos países da Comunidade Económica e Monetária da África Central, com utilização intensiva de recursos, a actividade deverá expandir-se a um ritmo modesto, apoiada pelo aumento da produção petrolífera.
“Prevê-se que o crescimento entre os exportadores de metais seja moderado, uma vez que a produção mineira está a abrandar e os preços dos metais estão a descer”, refere o comunicado, enviado por aquela instituição de Bretton Woods.
Citado pela nota de imprensa, o Economista-Chefe do Banco Mundial para África, Albert Zeufack, afirma que as economias africanas não estão imunes ao que está a acontecer no resto do mundo e isto reflecte-se nas moderadas taxas de crescimento em toda a região.
“Ao mesmo tempo, a evidência liga claramente a má governação ao fraco desempenho do crescimento, pelo que ter instituições eficientes e transparentes deve estar na lista de prioridades dos decisores políticos e dos cidadãos africanos”, aponta Albert.
A 20ª edição do Africa’s Pulse inclui secções especiais sobre aceleração da redução da pobreza e a promoção do empoderamento das mulheres.
No documento que temos vindo a citar, o vice-presidente do Banco Mundial para África, Hafez Ghanem, defende empoderamento das mulheres por ser o caminho certo para impulsionar o crescimento. Acrescenta que os decisores políticos africanos enfrentam uma importante escolha: manter tudo como está ou dar passos deliberados para uma economia mais inclusiva.
“Após vários anos de crescimento mais lento do que o esperado, é ainda mais claro que fechar a lacuna de oportunidades para os pobres e para as mulheres é o melhor caminho a seguir”, apela Ghanem citado pelo comunicado. (Carta)
Cinco pessoas ficaram feridas e uma viatura protocolar do Administrador de Gondola foi reduzida a cinzas, resultado de um ataque de homens armados na localidade de Amatongas, distrito de Gondola, província de Manica. O caso deu-se na tarde de terça-feira (8 de Outubro) na região de Pinangonga, quando o Administrador daquele distrito fazia campanha a favor da Frelimo no local.
Enquanto decorria o comício, os atacantes deslocaram-se a residência do líder comunitário e espancaram-no gravemente. Informado sobre o ocorrido, o Administrador enviou a viatura para socorrê-lo.
“Estão a utilizar a religião para fins não religiosos. Estes actos não têm nada a ver com a religião”. Assim reagiu o Sheikh Aminuddim Muhammad, Presidente do Conselho Islâmico de Moçambique, às mensagens alegadamente escritas por muçulmanos, em que intimam a todos que professam o islamismo a votar na Renamo e no seu candidato presidencial, Ossufo Momade.
A obrigatoriedade de votar em Ossufo Momade, dizem as mensagens, assenta no facto do candidato da Renamo ser o único muçulmano na corrida eleitoral e que pode melhor defender os interesses da comunidade de Islâmica.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, no passado dia 29 de Setembro, na linha fronteiriça de Mucoco, no distrito de Molumbo, província da Zambézia, um cidadão de 25 anos, de nacionalidade moçambicana, identificado por E. Pedro, na posse de uma pasta, contendo oito ossadas humanas.
A informação consta do comunicado semanal do Comando Geral da PRM, enviado à nossa Redacção, esta quarta-feira, e que relata os resultados operativos levados a cabo pela corporação de 28 de Setembro a 04 de Outubro últimos.
A 23ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, na semana finda, no bairro Chiango, arredores da Cidade de Maputo, três indivíduos que terão supostamente violado, repetidamente, duas menores de 13 anos de idade.
De acordo com Leonel Muchina, Porta-Voz da PRM, na cidade de Maputo, os três indivíduos têm idades compreendidas entre 16 e 21 anos que, em conexão com outros cinco, ora foragidos, violaram por várias vezes duas menores de 13 anos de idade na zona de Chiango, na capital do país.
A Renamo, o maior partido da oposição no xadrez político nacional, juntou-se, esta quarta-feira, à onda de repúdio ao assassinato de Anastácio Matavel, Delegado do Fórum das Organizações Não-Governamentais, em Gaza (FONGA-Gaza), ocorrido segunda-feira última, na cidade de Xai-Xai, província de Gaza.
Mais do que condenar e repudiar o acto macabro, veio, na pessoa do seu respectivo Secretário-Geral, André Magibire, exigir, e com efeitos imediatos, a demissão do Ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, que é também membro da Comissão Política do Partido Frelimo.
O Conselho Municipal da Cidade de Maputo entregou, nesta quarta-feira, 1.000 títulos de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra, vulgo DUAT, dos 2.000 programados, aos munícipes do Distrito Municipal da KaTembe, no quadro da implementação do Plano de Desenvolvimento Municipal 2019-2023, cujo objectivo é melhorar a gestão do solo urbano, o ambiente e a qualidade de vida dos moradores da capital do país.
A cerimónia, que teve lugar no bairro Chali e que foi presidida pelo Edil de Maputo, Eneas Comiche, ficou manchada pela troca de dados, sobretudo, nomes de titulares dos DUAT’s, o que fez com que o Município reduzisse para metade o número de títulos a entregar ontem.
O Ministério da Defesa de Moçambique anunciou hoje que abateu, na noite de segunda para terça-feira, um "número considerável" de membros dos grupos armados que têm destruído aldeias e assassinado residentes na província de Cabo Delgado, Norte do país.
As Forças de Defesa e Segurança realizaram "um golpe de artilharia contra malfeitores na região de Mbau, entre os rios Messalo e Muera, no distrito de Mocímboa da Praia", refere o Ministério em comunicado.
Válvula é um espectáculo para adolescentes, jovens e adultos que parte da história do Graffiti. Nesta performance inclassificável onde teremos meio palestra, meio concerto de hip-hop, o desenhador António Jorge Gonçalves guia-nos com palavras e desenhos pelos riscos que caçadores-recolectores fizeram nas rochas há 30.000 anos, pelas anotações desenhadas dos romanos nas paredes das casas em Pompéia e pelos murais mexicanos de há 100 anos atrás.
(12 de Outubro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)