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As autoridades de saúde instalaram um posto de controlo sanitário na província da Zambézia, especificamente na fronteira de Melosa, no distrito de Milange, em resposta aos casos suspeitos do vírus Mpox (varíola de macacos), na vizinha República do Malawi.

 

A informação foi prestada por Cláudia Ponda, directora dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Milange. Na ocasião, ela destacou a importância do posto, considerando a extensão da fronteira, totalmente sem nenhuma vedação.

 

No posto, encontra-se uma equipa de sanidade internacional e técnicos de medicina preventiva que asseguram que todas as pessoas que cruzam a fronteira sejam rastreadas, incluindo a lavagem das mãos e a divulgação de medidas de prevenção.

 

Em paralelo, o Instituto Nacional de Saúde (INS) anunciou em Maputo que já dispõe de um laboratório com capacidade para realizar 500 testes diários de Mpox. De acordo com o director do laboratório do INS, Nédio Mabunda, sete amostras já foram testadas e todas resultaram negativas para Mpox. No entanto, todas acusaram varicela e uma amostra testou positivo para sarampo.

 

O cenário epidemiológico em África é preocupante, segundo dados do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC). A Mpox já causou mais de 600 mortes e infectou 3.600 pessoas em menos de oito meses, com vários casos suspeitos ainda sob investigação. (Carta)

 

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A polícia moçambicana deteve três pessoas quando tentavam vender pontas de marfim na província de Maputo, sul de Moçambique, país onde a caça furtiva é uma grave ameaça à vida selvagem, disse hoje fonte oficial.

 

Os três homens, com idades entre 29 e 51 anos, foram detidos em flagrante na tarde de quarta-feira, no distrito de Marracuene, disse à Lusa Samussone Mahumane, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na província de Maputo.

 

A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação.

 

“Tivemos informações, através das nossas fontes, de que havia homens com chifres de rinoceronte à venda, mas chegados constatamos que se tratava de pontas de marfim”, disse o porta-voz, acrescentando que se desconhece ainda a proveniência.

 

Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Moçambique tem cerca de dez mil elefantes. (Lusa)

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O Tribunal Judicial de Inhambane condenou, a penas de 12 a 24 meses de prisão, quatro dos cinco agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) que torturaram um casal em Homoíne, no mês de Junho último. No entanto, a execução das penas fica suspensa por um período de cinco anos, durante o qual os réus deverão se abster de cometer novos crimes.

 

Entre os agentes condenados, estão Hugo Artur Paulo, que recebeu a pena de 12 meses de prisão e cinco meses de multa, e Lucrécia Fernando Savaguane, condenada a 13 meses de prisão e cinco meses de multa.

 

Além desses, Nelson Emídio foi condenado a 18 meses de prisão e cinco meses de multa e uma indemnização de 40 mil meticais. Por último, o tribunal condenou Moniz Hilário Mafuiane, ex-chefe das Operações de Homoíne, a 24 meses de prisão e seis meses de multa.

 

O quinto agente foi absolvido por falta de provas. Recorde-se que os cinco agentes foram presos depois que apareceram num vídeo de sete minutos torturando uma cidadã acusada de vender bens roubados pelo marido. No mesmo vídeo, a mulher é brutalmente torturada, chegando a ser pisoteada no abdômen e na cabeça, como forma de obter a confissão sobre o crime. (M.A.)

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Um casal de jovens está desde o dia 25 de Agosto, nas celas do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula, acusado de tentativa de venda dos seus próprios dois filhos e de outro menor supostamente raptado no distrito de Rapale. Trata-se de mais um crime de tráfico humano, abortado graças à intervenção das autoridades, após uma denúncia popular.

 

Segundo a porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Enina Tsinine, as três crianças estariam à venda no valor de 3 milhões de meticais. "Estamos aqui perante dois casos criminais, sendo que o primeiro é de sequestro que combina com tráfico de seres humanos. Recebemos informação a partir do dia 20 no bairro de Natikir de existência de um grupo que se dedicava ao sequestro e venda dos seres humanos em referência aos menores. Numa das investigações que nós fizemos foi possível identificar uma das indiciadas", disse.

 

Tsinine acrescentou que as autoridades têm conhecimento de que, do grupo das três crianças, uma criança foi sequestrada no posto administrativo de Chalaua, distrito de Moma, onde o casal residia.

 

Por sua vez, a indiciada confessa o seu envolvimento e justificou que foi induzida pelo seu esposo para acabarem a pobreza do casal. "Meu marido chegou à casa e disse para mim: minha mulher a gente está a sofrer demais, podemos procurar um patrão para vendermos as crianças".

 

Explicou que, para materializar o sequestro, a criança foi aliciada com oferta de um pão. "Encontramos uma criança e oferecemos pão. Depois levamos para cidade. Ela dormia na minha casa, mas depois resolvemos ir deixá-la na casa do meu irmão", confessou.

 

O marido também assume o crime, explicando que tudo foi devido à situação de pobreza da família. "Estou detido por estar a vender crianças, eu sentei com a minha mulher e me deu essa proposta e ficamos presos por conta disso". (Carta)

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O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR), desmantelou uma clínica que funcionava clandestinamente na residência de um funcionário do Hospital Provincial de Inhambane. Durante a operação, foi recuperada uma quantidade significativa de medicamentos do Serviço Nacional de Saúde e material médico-cirúrgico.

 

Durante o desmantelamento da clínica, as autoridades detiveram o funcionário, de 53 anos de idade e que era um agente de serviço. Falando à imprensa, ele afirmou que a clínica prestava assistência à família e vizinhos desde Outubro do ano passado, tratando doenças como malária e doenças de transmissão sexual (DTS's).

 

Em relação aos medicamentos do Serviço Nacional de Saúde, o funcionário explicou que uma parte era oferecida pelo hospital, enquanto a outra comprava com colegas. Segundo o porta-voz do SERNIC em Inhambane, Alceres Cuamba, com a detenção do funcionário, foram recuperadas quantidades significativas de medicamentos do Serviço Nacional de Saúde. Entretanto, depois da detenção, o funcionário tentou negociar com agentes do SERNIC para ocultar informações.

 

Cuamba acrescentou que por se tratar de medicamentos do Serviço Nacional de Saúde, não restam dúvidas de que, nos próximos dias, haverá mais detenções em conexão com esta prática ilícita.

 

Recorde-se que, na semana passada, o SERNIC deteve na mesma província um agente de saúde suspeito de envolvimento no roubo de sete computadores e outros materiais pertencentes ao Hospital Provincial de Inhambane. Nos últimos tempos, a maior unidade sanitária da província de Inhambane tem sido alvo frequente de roubos, resultando na subtração de diversos bens e medicamentos. (M.A)

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A polícia moçambicana deteve 10 pessoas, entre as quais um suposto membro das forças armadas, suspeitas de matarem três mototaxistas em Tete, no centro de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte da corporação.

 

"Três motorizadas que teriam sido subtraídas a estas vítimas já foram identificadas pelos respetivos familiares", disse Feliciano da Câmara, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM)

 

O grupo detido no último fim-de-semana, pertencente a duas quadrilhas, é acusado de assaltar e assassinar três mototaxistas entre os dias 13 e 23 deste mês naquela província. Os suspeitos faziam-se passar por clientes, referiu Feliciano da Câmara.

 

Alguns dos detidos são reincidentes e um alega ser membro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, avançou a polícia, referindo que decorrem investigações para auferir a veracidade da informação. "Ele diz que não trabalhava nesta província e que estava de férias. Estamos a trabalhar em coordenação com outras forças para confrontar [a informação]", acrescentou o porta-voz.

 

De acordo com a PRM, pelo menos quatro moto-taxistas foram assassinados este ano, em Tete, num total de 27 homicídios registados naquela província. Na região centro de Moçambique tem-se registado nos últimos meses vários casos de homicídio e agressão a moto-taxistas, com o objetivo de lhes roubar as motos. Em abril, o Tribunal Judicial de Manica, também no centro de Moçambique, condenou um homem a 30 anos de prisão pelo homicídio de dois mototaxistas em 2022. (Lusa)

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