A polícia moçambicana deteve 10 pessoas, entre as quais um suposto membro das forças armadas, suspeitas de matarem três mototaxistas em Tete, no centro de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte da corporação.
"Três motorizadas que teriam sido subtraídas a estas vítimas já foram identificadas pelos respetivos familiares", disse Feliciano da Câmara, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM)
O grupo detido no último fim-de-semana, pertencente a duas quadrilhas, é acusado de assaltar e assassinar três mototaxistas entre os dias 13 e 23 deste mês naquela província. Os suspeitos faziam-se passar por clientes, referiu Feliciano da Câmara.
Alguns dos detidos são reincidentes e um alega ser membro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, avançou a polícia, referindo que decorrem investigações para auferir a veracidade da informação. "Ele diz que não trabalhava nesta província e que estava de férias. Estamos a trabalhar em coordenação com outras forças para confrontar [a informação]", acrescentou o porta-voz.
De acordo com a PRM, pelo menos quatro moto-taxistas foram assassinados este ano, em Tete, num total de 27 homicídios registados naquela província. Na região centro de Moçambique tem-se registado nos últimos meses vários casos de homicídio e agressão a moto-taxistas, com o objetivo de lhes roubar as motos. Em abril, o Tribunal Judicial de Manica, também no centro de Moçambique, condenou um homem a 30 anos de prisão pelo homicídio de dois mototaxistas em 2022. (Lusa)