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A Hollard Moçambique, através das suas duas licenças de seguros – a Hollard Seguros para o ramo Não Vida e a Hollard Vida para o ramo Vida – apresentou sólidos resultados financeiros no exercício de 2024, reforçando a sua posição no mercado e a contínua expansão do negócio, apesar dos desafios no ambiente económico.

 

O grupo registou um lucro líquido total de 337,4 milhões de Meticais, com a Hollard Seguros a contribuir com 284,7 milhões de Meticais, e a Hollard Vida com 52,7 milhões de Meticais. Este desempenho foi impulsionado por uma gestão eficiente e operações bem estruturadas. Em 2024, as restrições macro-económicas afectaram os rendimentos de investimento devido à redução das taxas de juro e ao aumento das reservas obrigatórias impostas pelo Comité de Política Monetária do Banco Central.

 

A empresa explica que o efeito das decisões do Banco Central foi particularmente evidente na Hollard Vida, em que a baixa capacidade de concessão de crédito influenciou o desempenho dos produtos ligados a empréstimos bancários. Adicionalmente, as reservas para sinistros impactaram os resultados técnicos, como parte de uma gestão de risco prudente e em conformidade com os requisitos regulamentares.

 

A Hollard Seguros alcançou Prémios Brutos Emitidos no valor de 4,17 mil milhões de Meticais, enquanto a Hollard Vida registou 599,2 milhões de Meticais, o que representou um aumento de 17% em relação ao ano anterior para ambas as entidades. Da mesma forma, o grupo demonstrou uma sólida saúde financeira, com rácios de solvência de 309% para a Hollard Seguros e 356% para a Hollard Vida, ambos acima dos requisitos regulamentares.

 

O Rácio Combinado para ambas as entidades se situou entre 92% e 94%, reflectindo uma forte disciplina de subscrição e eficiência operacional. No que respeita aos resultados de subscrição de seguros do período, a Hollard Seguros reportou 133,7 milhões de MZN e a Hollard Vida 21,5 milhões de MZN, totalizando 155,2 milhões de MZN. Estes valores demonstram a capacidade do grupo de gerar rentabilidade sustentável através de práticas sólidas de negócio.

 

Segundo o CEO da Hollard Moçambique, Henri Mittermayer, os resultados sólidos alcançados em 2024 destacam a resiliência, eficiência operacional e o compromisso inabalável da companhia em fornecer soluções de seguro de qualidade aos clientes, num contexto de crescente complexidade no mercado moçambicano, marcado por eventos climáticos e sócio-económicos frequentes e severos.

 

Apesar da redução dos lucros líquidos em comparação com o ano anterior, Mittermayer diz que a Hollard Vida mantém-se financeiramente sólida, conforme demonstrado pelo seu forte rácio de solvência e crescimento sustentado dos prémios, pelo que a empresa continua a dar prioridade à eficiência operacional e à gestão prudente de risco, garantindo sustentabilidade a longo prazo e criação de valor para os seus stakeholders.

 

“O nosso desempenho evidencia a nossa resiliência e capacidade de adaptação num mercado dinâmico. Embora os retornos de investimento tenham sofrido pressão, o nosso forte crescimento dos prémios e a sólida posição de solvência reflectem a confiança que os nossos clientes depositam em nós”, defende o CEO da Hollard Moçambique. Futuramente, o gestor garante que a empresa continuará focada em entregar valor aos stakeholders e assegurar um crescimento sustentável no mercado segurador moçambicano.

 

A Hollard Moçambique é uma das três principais seguradoras de Moçambique, oferecendo seguros não-vida, vida e produtos de investimento. A empresa está comprometida com a criação de valor sustentável, proporcionando soluções que asseguram um futuro melhor para pessoas e empresas. Liderando a inovação no sector dos seguros, a Hollard Moçambique possui uma rede nacional de agências estrategicamente localizadas em Maputo, Nacala, Tete e Beira. Promove parcerias estratégicas e uma abordagem de benefício mútuo, gerando vantagens para clientes, parceiros e comunidades.

 

A sua actuação cria valor partilhado em áreas como a inclusão financeira, o desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas e a Agricultura, destacando-se o Hollard-Agri como um dos seus produtos principais. Com acesso à rede internacional do Grupo Hollard, a empresa opera de forma independente, beneficiando ao mesmo tempo do suporte e experiência do grupo.

 

Fundada em 2001, a Hollard Moçambique alcançou um rápido crescimento, diversificando as operações em 2008 com seguros de vida. Actualmente, conta com 97 colaboradores e um historial sólido de crescimento. Integrando um dos maiores grupos seguradores privados em África, a Hollard Moçambique beneficia do apoio estratégico da Tokio Marine, reforçando a sua posição no mercado. (Carta)

quinta-feira, 20 fevereiro 2025 08:10

Elevado custo de vida preocupa jovens de Nampula

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Jovens residentes na cidade de Nampula pedem ao governo a redução dos preços dos produtos de primeira necessidade como forma de minimizar o sofrimento da população, uma vez que os actuais não são compatíveis com o bolso do cidadão. Grande parte da camada juvenil associa o custo de vida à falta de emprego que assola muitos jovens.

 

"Estamos a enfrentar várias dificuldades por conta do elevado custo de vida, desde os preços até o acesso ao emprego", disse Jana Amisse, que exige ao governo oportunidades de emprego para os jovens, independentemente de possuir ou não uma formação profissional.

 

Cláudio Rafael, técnico informático que desenvolve as suas actividades no mercado Novo na cidade de Nampula, alerta que o governo deve trabalhar com vista a ultrapassar a questão do desemprego, sob pena de ressurgimento de mais ondas de protesto contra o elevado custo de vida.

 

"O nosso governo deve trabalhar para dar oportunidades aos jovens desempregados. Mesmo aqueles com alguma formação também não têm emprego ou alguma actividade de renda", disse Cláudio Rafael.

 

Outra entrevistada, Lara Lopes, diz que o custo de vida em Nampula é sufocante, daí que muitos olham para as manifestações populares como um grito de socorro.

 

"As coisas estão complicadas, passamos por momentos conturbados nos últimos meses por conta das manifestações e, como consequência, o custo de vida subiu. Espero que se concretize a promessa do Chefe de Estado sobre a redução dos preços, caso contrário, as manifestações populares vão continuar", disse Lara Lopez.

 

Por seu turno, José Fausto pede ao governo para trabalhar com os agentes económicos para a redução do preço de arroz, óleo, farinha de milho, entre outros produtos de primeira necessidade. "Ficaria feliz se o governo tentasse responder ao clamor do povo, sobretudo dos jovens". Refira-se que o governo afirmou na última sessão do Conselho de Ministros que o custo de vida só poderá baixar caso terminem as manifestações. (Carta)

 

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A Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) diz ter sido afectada pela tensão pós-eleitoral caracterizada por manifestações violentas nos últimos três meses de 2024. “Registamos prejuízos por parte dos nossos parceiros, nomeadamente, mediadores e agentes que nos apoiam na distribuição dos nossos produtos. De forma directa nós fomos afectados no que diz respeito ao volume de receitas”, afirmou o Presidente do Conselho de Administração da EMOSE, Janfar Abdulai.

 

O PCA, que falava à margem da 39ª reunião de gestores e quadros da empresa, havida há dias, não conseguiu precisar em que medida os lucros foram afectados. “Entretanto, é importante explicar que a actividade seguradora tem o seu pico nos últimos três meses por conta das renovações e contratação de outros seguros e, se formos a perceber, as manifestações pós-eleitorais decorreram no último trimestre do ano passado. Por fim, há prejuízos, mas por questões operacionais e não estruturais da própria empresa”, afirmou o PCA da EMOSE.

 

Ainda assim, disse Abdulai, a empresa pagou em 2024 43 milhões de Meticais em dividendos aos cofres do Estado, valor que resultou das receitas registadas durante o referido ano económico. “Para nós, este valor representa um ganho enorme porque mostra aquilo que é o papel da EMOSE como uma entidade detida pelo Estado, que investe para ter retorno”, sublinhou o gestor.

 

Quanto ao seguro agrícola a ser implementado na província central da Zambézia numa fase piloto, o serviço apresenta um imbróglio, tendo apontado a falta de financiamento para o desenvolvimento da agricultura. “A agricultura tem reportado a falta de recursos para poderem contratar os seguros, e nós estamos a estudar o melhor modelo para que esse seguro não seja muito caro e, acima de tudo, consciencializar o agricultor da importância desse seguro”, afirmou Abdulai.

 

O seguro agrícola consiste no contrato entre o produtor e a seguradora, em que o produtor paga um prémio e a seguradora garante uma indemnização em caso de perdas na produção, e o valor do seguro na EMOSE varia de 3% a 15% do custo de produção da lavoura. O seguro agrícola visa essencialmente que os prejuízos financeiros do produtor sejam minimizados em caso de chuvas torrenciais, inundações, períodos de seca, incêndio, entre outros.

 

Nos últimos dois anos, a EMOSE desdobra-se na digitalização dos seus produtos com vista a dinamizar ainda mais os serviços da empresa. Segundo o PCA da EMOSE, o processo já está quase a ser concluído e espera que até ao fim deste ano a actividade termine. (Evaristo Chilingue)

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Depois dos tumultos verificados esta terça-feira, na cidade de Chókwè, província de Gaza, contra o custo de vida, hoje, o caos atingiu as vilas de Homoíne, na província de Inhambane, e da Praia do Bilene, na província de Gaza, ambas no sul do país.

Informações colhidas pela “Carta” indicam que, na vila municipal de Homoíne, os populares incendiaram uma viatura de caixa aberta, pertencente ao Director da Escola Secundária de Homoíne, e invadiram a sede distrital do partido Frelimo, onde retiraram o mastro no qual os membros do partido no poder içam a bandeira daquela formação política. Escalaram ainda o edifício do Conselho Municipal de Homoíne, mas nada foi destruído.

Fontes da “Carta” baseadas em Homoíne contam que os tumultos desta quarta-feira foram motivados por três problemas: o custo de vida; a cobrança do dinheiro do guarda na Escola Secundária de Homoíne; e a obrigatoriedade de os alunos adquirirem uniformes escolares na própria instituição ao preço de 1.500,00 Meticais.

Segundo as fontes, um grupo de pessoas deslocou-se àquele estabelecimento de ensino para exigir a devolução do dinheiro do guarda e da compra dos uniformes, adquiridos por alguns pais e encarregados de educação. Não tendo sido satisfeita a exigência, decidiu incendiar a viatura do Director da Escola.

Tal como noutros pontos do país, o custo de vida foi também usado como a razão para o caos. Aliás, as fontes contam que a vila municipal de Homoíne está com o comércio encerrado há três dias por ordem dos manifestantes, que exigem a redução dos preços dos produtos de primeira necessidade.

As fontes narram que, na segunda-feira, os manifestantes convocaram uma reunião com os comerciantes, mas estes não se fizeram ao local por ordens do Governo distrital. O encontro teria lugar na terça-feira, porém, com dois membros do Município e alguns comerciantes.

Do encontro, garantem as fontes, foi acordado que os comerciantes podiam abrir os seus estabelecimentos comerciais para vender os produtos em stock, mas estavam proibidos de descarregar novos produtos, sem antes haver acordos em relação aos preços. A exigência não foi acatada pelos comerciantes, que decidiram continuar com as lojas encerradas, facto que exacerbou os ânimos dos manifestantes.

“Carta” tentou entrar em contacto com Jovial Setina, Presidente do Conselho Municipal de Homoíne, mas sem sucesso. Fontes garantem que a Edil de Homoíne encontra-se em parte incerta, depois de ter abandonado o gabinete de trabalho logo após a invasão do Edifício do Município.

Quem também não quis prestar quaisquer explicações ao nosso jornal em torno do caso é a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível do Comando Provincial de Inhambane, Nércia Bata. A Superintendente da Polícia disse que estava reunida e que ia retornar a ligação, mas não mais aconteceu, mesmo perante a nossa insistência.

Na Praia do Bilene houve passeata…

Já na vila da Praia do Bilene, no distrito de Bilene, província de Gaza, houve uma “passeata” de grupo de jovens, gritando o nome de Venâncio Mondlane, o ex-candidato presidencial responsável pela convocação das manifestações populares testemunhadas no país, entre Outubro e Janeiro passados.

O Edil daquela vila municipal, Mufundisse Chilengue, disse à “Carta” que os manifestantes não destruíram nada, além de terem realizado uma “passeata” pela vila, exigindo redução de preços nos produtos de primeira necessidade. A fonte garante que, depois da “passeata”, o grupo, composto por dezenas de jovens, recolheu às suas residências.

Já o porta-voz da Polícia, em Gaza, disse ao nosso jornal que a corporação ainda estava a trabalhar no terreno, com vista a esclarecer o caso e que ia prestar esclarecimentos esta quinta-feira.

Refira-se que ontem, manifestantes vandalizaram a sede da Frelimo, no distrito de Chókwè, província de Gaza, e incendiaram infra-estruturas do FIPAG, no mesmo distrito. Já na província de Maputo, concretamente no distrito de Marracuene, populares impediram a Polícia de Trânsito de controlar a velocidade instantânea de viaturas, na Estrada Nacional Nº 1, alegando corrupção por parte dos agentes da lei e ordem. (Carta)

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O Governo, reunido na terceira Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, aprovou, no dia 04 de Fevereiro corrente, a venda de 91% de acções do Estado na empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), por 130 milhões de USD, e autorizou as empresas Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) a adquirirem a participação do Estado na LAM.O Governo, reunido na terceira Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, aprovou, no dia 04 de Fevereiro corrente, a venda de 91% de acções do Estado na empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), por 130 milhões de USD, e autorizou as empresas Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) a adquirirem a participação do Estado na LAM.

Contudo, o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, não esclareceu se as empresas indicadas tinham ou não tomado a decisão final de investimento na companhia aérea. Quase três semanas depois e durante a quinta Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Impissa explicou que a HCB, CFM e EMOSE ainda estão a avaliar para decidir a compra.

“As empresas indicadas para pensar no assunto já estão a fazer o trabalho para decidir. Trata-se de três empresas públicas que poderão discutir qual é a repartição de participação na empresa e creio que, a breve trecho, ou as empresas ou o Governo poderá informar qual terá sido a saída. Contudo, como dissemos, é uma acção que vai acontecer dentro dos 100 dias de governação, incluindo outras medidas relacionadas à empresa”, explicou o porta-voz do Governo.

Apesar dessas explicações, muitas críticas continuam a ser levantadas pelos analistas. O destaque vai para o facto de o negócio transferir os problemas da companhia aérea tecnicamente falida para as outras empresas públicas financeiramente estáveis. Para os analistas, a transferência de problemas da LAM para as outras empresas pode afectar novos investimentos nos seus sectores de actuação, bem como reduzir a sua contribuição (em dividendos) para os cofres do Estado.
Como solução viável, o Centro de Integridade Pública (CIP) defende que, mais do que uma simples injecção de capital, a LAM necessita de uma profunda reestruturação administrativa, acompanhada de melhorias nos processos de transparência e responsabilização dos gestores.

Para que a reestruturação do sector seja eficaz, a organização da sociedade civil diz ser fundamental adoptar medidas que reduzam a interferência política e governamental na gestão da empresa. Defende também a formação de uma parceria público-privada, com a entrada de um investidor estratégico forte, como uma medida para mitigar os riscos associados à influência política e governamental e promover uma gestão mais eficiente e sustentável.

As críticas sobre o negócio estendem-se também ao concurso lançado pela LAM, há semanas, para a aquisição de aeronaves (em número não especificado), que estabeleceu uma semana para a apresentação de propostas para um concurso de tamanha envergadura.

Actualmente, a rede de voos da LAM abarca 12 destinos no mercado doméstico. Na região, voa para Joanesburgo, Dar Es-Salaam e Cape Town, preparando-se para breve a expansão para mais destinos. Diariamente, a LAM realiza mais de 27 voos, operados através da sua frota composta por dois (2) Bombardier CRJ900, um (1) Q400, assim como 1 Embraer 145 operado pela sua subsidiária MEX– Moçambique Expresso. (Evaristo Chilingue)

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O relatório de 2024 da multinacional CARMA, especialista em Media Intelligence, revela que o Chief Executive Officer (CEO) do Acess Bank, Marco Abalroado, foi o líder que maior visibilidade teve na mídia nacional. A análise da CARMA concluiu que Marco Abalroado foi o CEO com o maior volume de artigos e apresentou a quinta melhor favorabilidade (70,7) no ranking notoriedade sustentada em iniciativas no âmbito da Responsabilidade Social. Contudo, foi Agostinho Langa Júnior, CEO dos Caminhos de Ferro de Moçambique, o líder com o índice de favorabilidade mais elevado (73,8) nos media.

 

“CEO Media Report Moçambique 2024”, elaborado com base em informação publicada entre 01 de Janeiro e 30 de Setembro de 2024, tem em conta o número de notícias publicadas e respectiva favorabilidade, bem como a análise de reputação dos principais CEOs / PCAs / PCEs / Directores Executivos de Empresas nos meios de comunicação social em Moçambique.

 

De acordo com o Managing Director da CARMA CPLP, Filipe Manuel Pereira, “este relatório testemunha a forma como os quadros executivos das maiores empresas e marcas moçambicanas se destacaram num ano particularmente desafiante. Ao recorrer a alguns dos elementos da Análise Reputacional da CARMA, este relatório apresenta indicadores estratégicos relevantes, para que as organizações operem num ambiente concorrencial, em que, cada vez mais, se tornam necessárias ferramentas e metodologias para a gestão adequada do risco e da comunicação de crise”.

 

Outros resultados deste Relatório de Análise Qualitativa de Media:

 

  • Francisco Costa, CEO do BCI, é o segundo da tabela em volume de artigos e apresenta a segunda melhor favorabilidade, liderando a favorabilidade entre os CEO do sector financeiro.
  • Osório Lucas, CEO da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, é o terceiro em volume de artigos e ocupa a nona posição no ranking de favorabilidade.
  • Tomás Matola, PCA da Hidroeléctrica Cahora Bassa, ocupa o quarto lugar em volume de artigos e a décima posição no índice de favorabilidade.
  • Manuel Soares, CEO da Moza Banco, figura na quinta posição em volume de artigos e na quarta posição no índice de favorabilidade.
  • Bernardo Aparício, CEO do Standard Bank, surge na sexta posição, tanto em termos de volume de artigos, como em favorabilidade.
  • Amélia Muendane, PCA dos Aeroportos de Moçambique, a primeira das duas entradas femininas no ranking em 2024, é a oitava em volume de artigos, ocupando a mesma posição no que respeita à favorabilidade.
  • Pedro Carvalho, CEO do Absa Bank, ocupa o nono lugar do ranking em volume de artigos e o sétimo lugar no índice de favorabilidade.
  • Por fim, Rui Maximino do Millennium Bim e Ludovina Bernardo da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos partilham a décima posição do ranking com o mesmo volume de artigos. Já no que respeita à favorabilidade, Rui Maximino ocupa o terceiro lugar no ranking, enquanto Ludovina Bernardo, a segunda presença feminina em 2024, ficou-se pelo décimo lugar.

 

A análise efectuada pela multinacional de Media Intelligence, com presença em Moçambique desde 2015, tem em consideração os principais meios de comunicação de imprensa e online nacionais no período compreendido entre 01 Janeiro e 30 Setembro de 2024, recorrendo a análises e indicadores criados pela CARMA, nomeadamente, o Sistema de Classificação de Favorabilidade da CARMA (Favourability Rating). Para além disso, a CARMA incluiu na sua análise uma breve abordagem aos vectores de reputação mais presentes na comunicação de cada executivo e a forma como cada um se expressa perante os stakeholders.

 

A CARMA presta serviços de monitorização e análise de informação em todas as fontes nacionais e internacionais, seja imprensa, audiovisuais (TV & rádio), online ou redes sociais. Actuando nas áreas da gestão de informação noticiosa, análise de media tradicionais e redes sociais, gestão da reputação, gestão de risco e gestão de crise, a CARMA é reconhecida internacionalmente como empresa líder na área de Media Intelligence com projectos, anualmente premiados nos AMEC Awards. (Carta)

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Membros da Força Local da aldeia Licangano, situada a cerca de 10 quilómetros da sede do distrito de Macomia, na região central de Cabo Delgado, efectuaram vários disparos no domingo (16), durante a perseguição a um grupo de indivíduos que supostamente pretendia roubar painéis solares numa residência. Os disparos causaram pânico e forçaram a população a fugir para as matas devido à falta de informação sobre as razões da ocorrência.

 

Fontes informaram à "Carta" que a situação obrigou a evacuação de todos os residentes, que nos últimos dias receberam informações dando conta de novos ataques nas aldeias de Litandacua, Chai e Litamanda, no distrito de Macomia, além da circulação de outro grupo de terroristas no distrito de Meluco.

 

"As pessoas ficaram assustadas e fugiram das suas casas porque a intensidade dos tiros foi grande e não havia informações sobre o que estava a acontecer", disse Manuel Nkunda, residente local, insistindo que a população pensou tratar-se de uma invasão terrorista.

 

Através de um professor local, que pediu para não ser identificado, "Carta" soube que os disparos em Licangano ocorreram devido à perseguição de indivíduos que supostamente tentavam roubar painéis solares.

 

"Houve disparos porque alguns jovens queriam roubar painéis solares. Eram três malfeitores", disse, revelando que um deles foi capturado.

 

O docente explicou que os membros da Força Local estavam em patrulha nocturna e aperceberam-se da presença de ladrões numa casa, onde tentavam subtrair alguns bens, incluindo os painéis solares. Presume-se que esta pode ter sido uma das razões que levou a população a ser apanhada de surpresa pelos intensos disparos da Força Local. (Carta)

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Pelo menos três pessoas morreram e duas sofreram ferimentos ligeiros devido ao deslizamento de terras numa mina de turmalinas no distrito de Barué, província de Manica, no centro de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte oficial.

 

“Confirmamos sim que houve um deslizamento de terra numa mina de turmalina, no posto administrativo de Nhampassa, distrito de Barué. Cinco garimpeiros ilegais ficaram soterrados por dois dias e hoje conseguimos resgatar dois e infelizmente três perderam a vida”, disse Manuel Silva, diretor dos Serviços Provinciais dos Recursos Minerais e Energia em Manica.

 

Segundo o responsável, o incidente ocorreu no sábado, por volta das 19:00 (menos duas horas em Lisboa), quando os garimpeiros escavavam as minas, invadidas na quinta-feira por populares em contestação a um alegado incumprimento da responsabilidade social pela mineradora Sominha, que explora o recurso.

 

O resgate dos mineiros ilegais ocorreu dois dias depois do desabamento devido à falta de meios, afirmou Manuel Silva, acrescentando que a humidade dos solos, face à época chuvosa, precipitou o acidente.

 

“Não conseguimos tirar os garimpeiros de lá a tempo por falta de meios, não tínhamos tubos para introduzir e facilitar a entrada de oxigénio. Só hoje, por meio de uma pá escavadora, é que conseguimos escavar e tirá-los de lá”, explicou.

 

Este é o segundo caso de mortes em deslizamento de terra numa mina em Manica, em pouco mais de um mês. Em janeiro, pelo menos quatro garimpeiros ilegais morreram na sequência do deslizamento de terras numa mina de ouro no distrito de Gondola.

 

A província de Manica é rica em minérios, principalmente ouro, sobretudo nos distritos de Macossa, Manica, Barué, Sussundenga, além de Gondola. (Lusa)

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Cerca de 40% do crédito concedido pelos bancos BNI e Ecobank estava em incumprimento no final de 2024, mas a maioria das instituições bancárias moçambicanas mantinha igualmente rácios acima dos 5% recomendados pelo banco central.

 

No relatório sobre os Indicadores Prudenciais e Económico-Financeiros, do Banco de Moçambique, o estatal BNI – que integra a lista do banco central de instituições com menos de mil clientes – fechou o quarto trimestre com um rácio de crédito em incumprimento (NPL, na sigla em inglês) de 37,42%, contra 41,09% no trimestre anterior, mas que já foi de 52,4% no primeiro trimestre de 2024.

 

Entre os bancos comerciais da listagem do banco central surge igualmente o Ecobank, com um rácio de NPL de 42,66%, contra 43,78% no trimestre anterior (33,88% no primeiro trimestre), o Moza Banco, com um rácio de 34,24% (23,69% no terceiro trimestre), e o Access Bank, com um rácio de 21,04% (17,92% no terceiro trimestre).

 

Da lista divulgada pelo banco central, com base em dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras, apenas o United Bank for Africa (UBA), First National Bank (FNB), Standard Bank, First Capital Bank (FCB) e Absa apresentam um rácio de NPL inferior ao recomendado (5%), respetivamente de 1,08%, 2,06%, 3,86%, 4,39% e 4,66%.

 

Já o Millennium BIM, um dos maiores do país e liderado pelo português BCP, viu o rácio de crédito em incumprimento no último trimestre do ano manter-se nos 5,27%, como no anterior, enquanto o do BCI, liderado pela Caixa Geral de Depósitos, subiu para 10,97%.

 

Dados do banco central indicam que funcionam atualmente em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras. (Lusa)

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A primeira audiência no Congresso sobre o futuro da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) desde que o presidente Donald Trump congelou abruptamente a assistência estrangeira no mês passado trouxe mais más notícias para a África, incluindo para Moçambique.

 

Enquanto republicanos e democratas discutiam se a desintegração da agência de US$ 40 biliões por ano por Elon Musk era tardia ou imprudente, o Comité de Relações Exteriores da Câmara também ofereceu “insights” sobre os países e programas que perderam o favor no Capitólio.

 

A testemunha republicana Max Primorac, ex-assistente interino do administrador do Bureau de Assistência Humanitária da USAID no primeiro governo Trump e autor do projecto de governação do conservador Heritage Foundation, Projecto 2025, destacou Moçambique e a África do Sul como dois países onde os EUA não deveriam estar.

 

“A ajuda externa não é um programa de bem-estar internacional. A USAID não é uma ONG internacional. Ela deve alinhar-se aos interesses e valores americanos”, disse Primorac que também criticou a disputada eleição do presidente Daniel Chapo em Moçambique.

 

“O Congresso também deve fazer a sua parte. Porque é que a África do Sul pró-Hamas, o país de ponta de Pequim na África, deveria receber biliões de dólares em ajuda de nós? Em vez disso, deveríamos apoiar os nossos amigos.”

 

Os comentários foram feitos depois que o presidente Trump suspendeu, em 7 de Fevereiro, a ajuda bilateral à África do Sul devido à legislação que permite a expropriação de terras de fazendeiros brancos em circunstâncias limitadas.

 

Por seu turno, a testemunha dos democratas, o ex-chefe da USAID Andrew Natsios, não mediu palavras quando questionado sobre as acusações de Trump e o seu representante no governo, Elon Musk, de que a USAID era uma agência fundamentalmente corrupta.

 

Conservador que foi administrador do presidente George W. Bush, Natsios disse que eliminou dezenas de programas com os quais os republicanos não concordavam durante o seu mandato, sem destruir a agência, como Musk e Trump estão a fazer agora.

 

“A assistência humanitária e a saúde devem ser feitas com base apenas na necessidade, não na política”, disse ao The Africa Report.  “O restante do orçamento deve ser alocado com base em interesses estratégicos.”

 

Ele chamou de “erro” abandonar países que não seguem a linha dos EUA. “A visibilidade da USAID torna mais fácil para diplomatas americanos lidarem com esses países”, disse Natsios.

 

“A instituição americana mais influente na maioria desses países não é o Departamento de Defesa ou o Departamento de Estado. É a USAID.” 

 

Ao abandonar países como Moçambique e África do Sul, disse ele, os EUA estariam cedendo terreno aos seus rivais. “Onde quer que haja recursos naturais, os russos e os chineses estão a fazer esses acordos”, disse. “Nós deveríamos estar lá”. Ele também defendeu os programas de turismo no Egipto ressaltando que o sector é responsável por mais de 10% dos empregos naquele país.

 

Líderes africanos também se opuseram aos programas climáticos que restringem o desenvolvimento de combustíveis fósseis. Natsios disse que concordava que mudanças eram necessárias lá também.

 

“Acho que deveríamos mudar da tecnologia verde para a adaptação climática, porque vai ficar mais quente, e esses países não conseguem lidar com isso a menos que criemos sementes que possam suportar temperaturas mais altas. O suprimento de água e os sistemas fluviais estão em apuros por causa das mudanças climáticas”, disse.

 

“A USAID não terá nenhum efeito real nas emissões de gases com efeito de estufa”, disse Natsios ao The Africa Report, “mas elas podem afectar a capacidade do país de absorver as temperaturas mais altas”.

 

"Isso não salva vidas"

 

O presidente Brian Mast, da Flórida, abriu o debate de 13 de Fevereiro denunciando vários exemplos do que ele considerou gastos desnecessários, incluindo programas de apoio económico no Norte da África.

 

“US$ 22 milhões para aumentar o turismo na Tunísia e no Egipto, isso não é salvar vidas”, disse Mast. “US$ 520 milhões para pagar consultores para ensinar as pessoas em África sobre as mudanças climáticas – isso não é medicina”.

 

Pressionado sobre o assunto durante um intervalo na audiência, Mast disse que concordava que a ajuda deveria ser ditada por considerações políticas.

 

“Se essas são políticas de diplomacia, certo, há uma transação para essa diplomacia, certo? Eles precisam de algo. Queremos ajudar com essa mão levantada, mas há algo que precisamos do país ou região também”, disse Mast ao The Africa Report.

 

Vencedores e perdedores

 

Alguns governos africanos sem dúvida ficarão satisfeitos com as mudanças na USAID. Mast abriu a audiência referindo-se a uma conversa recente com o embaixador do Uganda nos EUA, Robie Kakonge, que criticou o apoio da USAID às iniciativas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero (LGBT) depois que o país aprovou a sua lei anti-homossexualidade . 

 

Durante um debate no mês passado no Instituto da Paz dos EUA, ele disse que Kakonge “se levantou e disse que esses programas não estavam a fazer nada para melhorar as relações entre nossas nações”. (The Africa Report)

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