“África do Sul, um país situado no Sul de África, com uma área territorial de 1.219.912 km2, uma população de 57.780.00 pessoas, é banhado pelos Oceanos Atlântico e Índico, com uma extensão do litoral de 2.780 km. Os sul-africanos têm 11 línguas oficiais, cultura diversificada. De 1948 a 1994 teve um regime segregacionista, entre brancos, pretos, mestiços e indianos. O que é o Apartheid afinal? O Apartheid foi um regime político que se pautou na segregação racial e que esteve em voga na África do Sul de 1948 a 1994. Esse sistema foi sustentado por um partido político de extrema-direita, o Partido Nacional. Os direitos da população negra sul-africana foram gradativamente retirados para fomentar privilégios da minoria branca da população. Nesta reflexão, pretendo fazê-lo sem tabus. Não entendam isso como racismo, que não é".
AB
“O governo da África do Sul é formado por um sistema de Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sendo que o presidente do país, chefe do poder Executivo, é eleito de maneira indirecta, por um sistema que depende do Legislativo. Os representantes políticos do Legislativo são escolhidos pela população, por meio da votação em partidos. A duração de um governo nacional na África do Sul é de cinco anos, e a Assembleia Nacional é composta por 400 representantes. O actual presidente do país é Cyril Ramaphosa
A cultura da África do Sul é muito diversificada e marcada pelos diferentes povos que formaram o país. O território possui 11 línguas oficiais e diversas práticas religiosas. O principal ritmo musical praticado e ouvido pelos sul-africanos é o kwaito, sendo que a música tradicional africana é muito valorizada. Já o prato principal é chamado de braai, uma carne grelhada, muito parecida com o churrasco brasileiro. No Desporto, além do futebol, a África do Sul possui grande tradição no rugby, no críquete e no hóquei em campo”.
In Google
Pessoalmente, considero um ganho enorme para a boa Governação da África do Sul e o Partido DA. Contudo, esta aliança pode ser penalizadora para o ANC nos próximos pleitos eleitorais, não porque o DA seja um Partido que não advoga o desenvolvimento da África do Sul, antes pelo contrário, pelas suas origens, o próprio ANC diabolizou a emergência deste Partido que, hoje, parece certo que com ele formará uma coligação para governar.
Dentro do próprio ANC pode não haver clareza sobre o que advoga o DA para a África do Sul, a sua política externa, sobretudo a relação com as organizações como a União Africana e a própria SADC, sendo que a atitude da direcção do ANC seja aliança por exclusão que propriamente por ideologia e ou estratégia de ganhos repartidos. Neste caso, arrisco-me a dizer que o ANC sairá a perder a médio e longo prazo.
No texto acima, extraído do Google, pode se ler que a África do Sul tem 11 línguas oficiais, com uma cultura diversificada. Isso, para um país com mais de 58 milhões de habitantes, pode ser um suicídio político. Não creio que os dirigentes do ANC não saibam, mas reina neles um sentimento de orgulho. Não podem ensaiar uma aproximação com o MK porque é liderado por Jacob Zuma, com EFF embora não atingisse a maioria que precisa, mas poderia encontrar um partido que, em termos ideológicos, seria mais compreendido que o DA, pelo povo sul-africano.
O Apartheid foi uma realidade na África do Sul, desde o ano de 1948 até 1994. As leis colocavam pessoas em função da sua cor da pele, eram brancos, pretos, mestiços e indianos, e isto ainda está na cabeça de algumas pessoas e o ANC, coligado com o DA, partido considerado de brancos, com alguns pretos, não cairá bem na maioria da população. O perigo é, efectivamente, o ANC passar para a oposição a favor do MK, que ainda representa esperança do povo sul-africano e porque não o EFF, o que seria mais perigoso, devido ao extremismo que advogam. Veja a seguir sobre o estabelecimento do Apartheid na África do Sul.
"Na década de 1940, uma série de transformações estavam em curso na África do Sul. A industrialização e o desenvolvimento económico do país aumentaram as taxas da presença da população negra nos grandes centros. A discriminação racial afectou a acomodação do fluxo de trabalhadores negros, e isso aumentou as tensões entre negros e brancos.
A população branca, principalmente de origem holandesa (então chamada de africânder), reagiu ao aumento da presença dos negros nas cidades e às pressões por melhorias políticas. Esse grupo minoritário e defensor das medidas de segregação foi liderado por Daniel François Malan, pastor filiado ao Partido Nacional.
Nas eleições gerais de 1948, Daniel François Malan iniciou uma campanha pelo Apartheid, isto é, uma extensão das medidas segregacionistas na África do Sul. A defesa do aumento das medidas de segregação racial ecoou entre os eleitores sul-africanos (só os brancos votavam), e isso fez com que o Partido Nacional conquistasse o maior número de assentos no Parlamento. Começava, então, o Apartheid"
In estabelecimento do Apartheid na África do Sul
Por isso, arrisco-me a pensar que a população negra pode considerar a aliança do ANC com o DA um retrocesso nos ganhos do período pós-Apartheid, uma traição a Nelson Mandela, que ficou 27 anos preso pelo Apartheid e cuja libertação simboliza e simbolizou o fim do regime segregacionista. Mas o problema é dos sul-africanos. Aqui também temos os nossos próprios problemas que não são poucos. Esta reflexão pode ser entendida por alguns como tendo um cunho racista, mas nada disso, estou aqui a reflectir sobre os possíveis impactos que podem advir dessa aliança que parece certa na vizinha África do Sul. Sem insultos, aceito debate aberto!
Adelino Buque