“Se me quiseres conhecer: Noémia de Sousa por Calane da Silva”. A sessão será dinamizada pelo reconhecido poeta, escritor e jornalista Calane da Silva, na Biblioteca do Camões - Centro Cultural Português. Durante este encontro, Calane da Silva propõe uma apresentação do livro que se encontra a preparar sobre a escritora Noémia de Sousa, a (re) leitura de algumas obras da autora e uma troca de impressões com o público presente.
O Camões – Centro Cultural Português em Maputo promove mensalmente no espaço da Biblioteca, a iniciativa Escritor do Mês, que visa promover a leitura, sobretudo junto dos mais jovens, e contribuir para um melhor conhecimento e divulgação de escritores e obras em língua portuguesa. A obra e a biografia do autor escolhido são revisitadas e analisadas. Todos os meses tem sido escolhido um escritor consagrado e, em parceria com instituições de ensino superior, associações e grupos de teatro, é realizada uma selecção de textos do autor e apresentada publicamente uma sessão que permite também explorar a possibilidade de dizer o texto literário. Escrita e oralidade estão, assim, também em foco nestas sessões.
Notas Biográficas: Noémia de Sousa nasceu em 1926 na Catembe e faleceu em Cascais (Portugal) em 2002. O pai de Noémia era originário de uma família luso-afro-goesa da Ilha de Moçambique e a mãe era natural de Bela Vista, filha de um chefe ronga, Belenguana. É autora de uma densa obra poética que representa a resistência da mulher africana e a luta do povo pela sua liberdade. O talento para escrita começou a ser praticado fazendo jornais de parede com os irmãos e, muito cedo, Noémia foi convidada a colaborar para o jornal da Mocidade Portuguesa.
Noémia de Sousa sempre privilegiou a publicação dos seus poemas na imprensa, por achar que isso teria mais impacto nos jovens. Só muito tarde é que cedeu ao convite de publicar o seu único livro, Sangue Negro (2001), que reúne 46 poemas, escritos entre 1948 e 1951. Esse foi um período muito intenso no qual Noémia conviveu por perto com outras figuras tutelares das artes e letras de Moçambique: Ruy Guerra, Ricardo Rangel, João Mendes, José Craveirinha, Virgílio de Lemos, entre muitas outras. Foi assim que os textos apareceram na imprensa moçambicana (O Brado Africano, Itinerário, Msaho), angolana (Mensagem) e, mais tarde, portuguesa (Notícia de Bloqueio, Moçambique 58, Vértice). Após ter criado o movimento Negritude com José Craveirinha, em 1951 Noémia fugiu para Portugal para escapar à PIDE. Em Lisboa, cruzou-se com “geração da utopia”, que procurava promover a independência dos países africanos.
Noémia trabalhou lado a lado com os nacionalistas africanos da atualidade: Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Marcelino dos Santos, Lúcio Lara, Agostinho Neto, Francisco José Tenreiro. Tendo sido perseguidos em Lisboa, muitos desses jovens fugiram para França.
Noémia ficou a viver em Paris, trabalhando na Embaixada de Marrocos até 1973, altura em que voltou para Portugal para trabalhar na agência Reuters. “Enquanto voz da Negritude, a voz de Noémia não é uma exaltação narcisista gratuita do ser negro, mas é do ser negro enquanto objeto da sujeição económica, cultural ou racial” (Francisco Noa). É uma poesia que “acaba por integrar elementos ideológicos que lhe permitiram funcionar simultaneamente como Manifesto estético e Manifesto político” (Fátima Mendonça). Pela sua influência nas gerações de poetas que se seguiram, Noémia de Sousa é considerada como a “Mãe dos poetas moçambicanos”.
(08 de Julho, às 18Hrs no Centro Cultural Português)
Com o recente levantamento das restrições no fornecimento de água potável à província e cidade de Maputo, mais de 14 mil clientes da empresa Águas da Região de Maputo, (AdeM), dos bairros Jonasse, Campoane, Mapulene, Chiango, Laulane e Maxaquene B, passaram a beneficiar do fornecimento do precioso líquido sem interrupções.
Este incremento no número de consumidores, resulta do acordo alcançado entre o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi e o Rei Mswati III, do Reino de eSwatini, que permitiu à empresa AdeM produzir, a partir da sua Estação de Tratamento de Água de Umbeluzi (ETA), localizada em Boane, província de Maputo, 209.875 metros cúbicos de água, por dia, isto é, um acréscimo na ordem de 13 por cento em relação à anterior distribuição.
José Barata, director de projectos da AdeM, disse que devido à localização física dos bairros beneficiários de melhorias no abastecimento de água, os Centros de Distribuição (CD) da Matola Rio, que fornecem os bairros de Juba, uma parte de Campoane, e Jonasse, que outrora sofreram restrições, já registam melhorias significativas no fornecimento.
Ainda em relação ao levantamento das restrições, o director de projectos, referiu que o CD de Laulane, que actualmente está a beneficiar de uma linha de reforço no transporte de água, cuja execução está em 75 por cento, vai permitir melhorias substanciais na distribuição da água, com um caudal maior, para a zona da Sommerschield, no centro da cidade de Maputo.
“Nós tínhamos cerca de 14 mil clientes que recebiam água com restrições. Estes já estão a receber água sem interrupções. As obras em execução vão permitir aumentar a cobertura e o número de clientes. Neste momento, já existem condições para fazer novas ligações e ultrapassar a cifra actual de 250 mil clientes da AdeM”, afirmou o director de projectos.
Por outro lado, o bairro Maxaquene B, que tinham sido igualmente afectado pelas restrições, passa a beneficiar de um sistema de bombagem, que se encontra na fase de ensaio, devendo trazer melhorias significativas no fornecimento do precioso líquido àquele bairro. “As infraestruturas estão lá. Só precisamos de água. No local onde temos infraestruturas o feedback é positivo”, explicou.
Questionado sobre as perdas que a AdeM registrou durante o período das restrições, conjugadas com as vandalizações à sua rede de distribuição, José Barata disse que para se evitar fugas e prática de vandalizações, a empresa está a adoptar novas estratégias, mas por causa da ausência de uma legislação específica para este tipo de comportamento, a alternativa passa por comunicar mais com as comunidades, líderes comunitários e fiscais da rede, o que vai permitir identificar algumas situações de baypass.
“Estamos a trabalhar com a comunidade. Temos também em manga a construção de fontes de água para pessoas que não dispõem de recursos para pagarem as suas facturas”, frisou.
Importa referir que para além do distrito urbano da Katembe, o CD de Intaka que é abastecido por meio de furos está a servir de reforço ao norte de Maputo, mais concretamente a zona que compreende o bairro George Dimitrov até o bairro do Jardim, a chamada área operacional de Chamanculo. Todos os pequenos sistemas de fornecimento de água de Ndlavela foram, recentemente, reactivados.(FDS)
O Standard Bank lançou, na quarta-feira, 3 de Julho, na Escola Secundária de Boquisso, autarquia da Matola, na província de Maputo, um projecto de plantio de mais de 3.000 árvores, nas cidades de Maputo, Matola e Beira, através do qual pretende contribuir para a consciencialização das comunidades sobre a importância da preservação do meio ambiente.
Trata-se de um projecto cujo lançamento coincide com a celebração do Dia Mundial Sem Saco Plástico e que prevê o plantio de árvores de diferentes espécies (com destaque para acácias, palmeiras, casuarinas e fruteiras) nalgumas rodovias, universidades e escolas primárias e secundárias das três urbes.
O lançamento da iniciativa numa escola, conforme explicou o presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, visa incutir nos alunos hábitos ambientalmente saudáveis e responsáveis, e, por via disso, torná-los disseminadores no seio das suas famílias e comunidades.
“Hoje plantamos mas é preciso regar e cuidar destas árvores como cuidam dos vossos livros, cadernos e carteiras. Cuidem destas (e de outras) árvores para que vos dêem a sombra e os frutos. Queremos continuar a dar esta alegria para que estudem e sejam bons homens amanhã. Para enfrentar o mundo amanhã é preciso estudar, ser bom aluno, mas num ambiente saudável, como o que estamos a preparar agora”, apelou Tomaz Salomão.
Para fazer jus à necessidade de mudança do comportamento por parte do homem, Chuma Nwokocha, administrador delegado do Standard Bank, referiu-se aos dois ciclones (Idai e Kenneth) que assolaram recentemente o País, como parte dos efeitos nocivos da acção humana sobre a natureza.
“Estamos a testemunhar no País, no continente e no mundo, ciclones, vagas de calor e outros eventos climáticos severos que devem merecer a nossa atenção. Há necessidade de aprendermos a cuidar do meio ambiente, por isso escolhemos uma escola (para fazer o lançamento do projecto) como forma de ensinar os nossos alunos como cuidar do meio ambiente”, sublinhou o administrador delegado.
Com o plantio de árvores, acrescentou Chuma Nwokocha, o banco acredita que “cada um de nós pode contribuir no combate à desertificação e às alterações climáticas que conduzem aos desastres naturais, na protecção da camada de ozono e, por via disso, na redução do aquecimento global”.
Na ocasião, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane, que dirigiu a cerimónia de lançamento, considerou que esta iniciativa vai contribuir para a mudança de comportamento das comunidades, tendo, por isso, apelado ao envolvimento de todos (pais, encarregados de educação, alunos, entre outros) para que sejam atingidos os objectivos definidos aquando da sua concepção.
“Mais do que lançar este projecto de plantio de árvores, estamos aqui para alertarmos sobre os riscos do mau uso do espaço em que vivemos: o planeta Terra. O aquecimento global, as alterações do ciclo natural dos animais e plantas, a falta de água, a poluição do ar e da água, entre outras situações, são uma clara reacção da natureza em resposta ao nosso comportamento negativo”, disse a governante.
A propósito, Conceita Sortane louvou o facto de o Standard Bank ter os alunos como público-alvo deste projecto pois, na sua opinião, “é a partir da escola e da mais tenra idade que se pode influenciar na mudança de comportamento”.
Cientes do seu papel na preservação do meio ambiente, os alunos, por seu turno, comprometeram-se a cuidar das árvores plantadas no recinto da sua escola, assim como a influenciar as pessoas que lhes rodeiam a pautarem por um comportamento positivo.
“Estamos conscientes de que, com o plantio destas árvores na nossa escola, teremos um ambiente mais saudável, colorido, e passaremos a dispor de sombras e frutas, assim como temos consciência de que é da nossa responsabilidade cuidar das mesmas para o seu crescimento”, assegurou Cláudia Manhique, que falou em representação dos alunos da Escola Secundária de Boquisso. (FDS)
Dados do Boletim Informativo do Mercado do Trabalho, publicados, esta quarta-feira, revelam que, no primeiro trimestre deste ano, o emprego reduziu em 25,7 por cento, comparativamente ao IV trimestre de 2018. A redução, fundamenta o documento, deveu-se às variações negativas verificadas nas admissões directas, na ordem de 39,7 por cento, ao saírem de 71.885 verificadas de Outubro a Dezembro de 2018 para 43.351, registadas nos primeiros três meses de 2019.
Segundo dados do Boletim Informativo do Mercado do Trabalho do primeiro trimestre de 2019, partilhados durante a abertura do XXX Conselho Coordenador do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), o último neste quinquénio, as províncias de Gaza, Manica e Nampula são as que mais se destacaram na redução de emprego, com 61,2 por cento, 60,8 por cento e 55,2 por cento, respectivamente.
Fazendo uma análise dos empregos registados por região, verifica-se um equilíbrio, com a zona norte a contribuir com 33,4 por cento, centro com 33,3 por cento e sul com 33,3 por cento, contra os 4,6 por cento, 34,2 por cento e 31,2 por cento, registados no período anterior, respectivamente. Em cada região, destacaram-se as províncias de Nampula com 15.854, Zambézia com 11.520 e Maputo Cidade com 14.786 do total de empregos registados.
As estatísticas mostram ainda que o auto-emprego subiu de 3.743 para 7.606 em relação ao trimestre anterior, representando um aumento de 103,2 por cento, com destaque para as províncias da Zambézia com 37,7 por cento, Maputo Cidade 18,8 por cento e Cabo Delgado 17,1 por cento.
De acordo com os dados colhidos no período em análise, o comércio a grosso e a retalho contribuiu com 18,7 por cento, o que representa uma redução de 8,8 por cento em relação ao quarto trimestre de 2018, por influência das províncias de Maputo e Gaza com 2 por cento e 0,2 por cento, respectivamente.
O sector agrícola contribuiu com 13,5 por cento, o que representa uma redução de 51 por cento, comparando com os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2018, por conta das reduções significativas registadas, em Nampula (73,6 por cento) e província de Maputo (69,1 por cento).
Por outro lado, o sector de construção contribuiu com 10,2 por cento dos empregos registados, o que representa um crescimento em 3,2 por cento em relação ao trimestre anterior, influenciado por Nampula com 34,4 por cento. (Marta Afonso)
Num extenso “affidavit” submetido ao United States District Court (Eastern District of New York) no passado dia 17 de Junho, a defesa de Jean Boustani, a firma nova-iorquina Willkie Farr and Gallagher LLP, diz que a acusação americana contra o seu constituinte (mais os restantes seis visados, entre eles os moçambicanos Manuel Chang, Teófilo Nhangumele e António Carlos do Rosário) não faz sentido porque os crimes, mesmo que provados, não aconteceram em território americano.
No seu argumento de defesa, os advogados de Boustani chegam a referir que gestores moçambicanos deturparam informação relevante para conseguir vender as Eurobonds da Ematum a investidores americanos e disso Boustani não teve conhecimento prévio, não devendo, por isso, ser imputado por nada que envolva os tais investidores americanos.
A decisão final de investimento do consórcio liderado pelos grupos italiano ENI e americano ExxonMobil para a exploração de gás natural em Moçambique poderá ser tomada ainda este ano, disse quarta-feira em Lisboa o Presidente Filipe Nyusi.
Este consórcio está envolvido na exploração de gás natural do bloco Área 4 da bacia do Rovuma, sendo que o liderado pelo grupo americano Anadarko Petroleum Corp, do bloco Área 1, anunciou a sua decisão final de investimento em Junho passado em Maputo.
O Presidente, que participava no Fórum de Negócios Moçambique-Portugal realizado na capital portuguesa, aproveitou a ocasião para convidar as empresas portuguesas a participarem nas oportunidades de negócio que vão existir no seu país.
Filipe Nyusi e o primeiro-ministro português António Costa sentaram-se lado-a-lado no Fórum, que se centrou no reforço da cooperação económica, tendo o presidente moçambicano terminado a sua intervenção garantindo a vontade do governo a que preside em facilitar a realização de negócios. (Carta)
A Associação de Apoio e Assistência Jurídica às Comunidades (AAAJC), uma organização da sociedade civil, baseada na cidade de Tete, província com o mesmo nome, denuncia a exploração ilegal, pelos cidadãos chineses, de 7.673 hectares de diversas espécies florestais, entre elas, a “nkula”, em Chitima, distrito de Cahora Bassa, naquela província do centro do país, sob olhar impávido das autoridades.
Na denúncia, feita esta terça-feira (02 de Julho), através do seu Boletim Oficial, a AAAJC afirma que nunca antes havia sido referenciada a existência de madeira preciosa de espécie “nkula”, naquele ponto do país, porém, há dias, um colossal investimento chinês instalou um grande acampamento, no qual concentra a espécie “nkula”, em toros.
No documento, a AAAJC diz estar indignada pelo facto de os chineses estarem a explorar aquela espécie, livremente, naquela região, numa altura em que o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) interditou a sua exploração. A fonte sublinha que a madeira é transportada em camiões contentorizados para o Porto da Beira, província de Sofala.
De acordo com a organização, “o modus operandi” usado pelos furtivos é o mesmo. Ou seja, os camponeses cortam a espécie, através de equipamentos fornecidos pelos chineses e estes apenas se responsabilizam pelo transporte dos toros até ao acampamento, antes de serem encaminhados para o Porto da Beira.
Conforme consta do Boletim da AAAJC, a situação agrava-se pelo facto de ser uma área ainda não mapeada pelas autoridades que tutelam o sector, pois, não era vista com potencialidades para ser uma floresta e muito menos com aquela espécie que, à luz da legislação nacional, é protegida.
Aliás, a AAAJC destaca que as espécies mais predominantes naquele distrito são o Mopane e Chanfuta, que servem de fontes de energia e de construção a nível do distrito e não só. Refere ainda que existem, em Chitima, operadores florestais de licenças simples a explorarem as espécies Cavulancie, Chissua e Calonda, porém, estes fazem os seus trabalhos a 4 Km da vila-sede de Chitima.
De acordo com a referida Associação, a barragem de Cahora Bassa está rodeada de extensas áreas de floresta de Mopane, mas não havia ainda registos da valiosa espécie “nkula”, que está a ser explorada ilegalmente por chineses.
Salientar que, há sensivelmente um mês, uma equipa da “Carta” e representantes do Fórum Nacional de Florestas (FNF) estiveram, em Tete, onde, em audiência com o Governador daquela província, Paulo Auade, este disse que, desde 2015, não via a espécie “nkula” a ser transportada porque esta já não existia na província, um ponto corroborado pelo Director Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Manuel Victor Gole. (Omardine Omar)
Os governos português e moçambicano assinaram hoje 13 acordos, com destaque para a prorrogação de uma linha de crédito de 400 milhões de euros até 2020, protocolos na saúde e apoio a regiões moçambicanas afetadas por ciclones.
A assinatura destes acordos foi feita no final da IV Cimeira Luso Moçambicana, no Palácio Foz, em Lisboa, sob a presidência do chefe de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, e do primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
A exploração do gás natural, a ser extraído na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, nos próximos três a cinco anos, tem deixado o Governo e sociedade moçambicana em geral com muita esperança de ver o país a desenvolver, com a arrecadação de receitas que provirão da comercialização do recurso.
Entretanto, o Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, no Ministério dos Recursos Minerais e Energias, Moisés Paulino, diz ser preciso gerir expectativas, lembrando que a extracção dos recursos requer investimentos avultados que exigirão, primeiro, retorno por parte das petrolíferas.
Face a esse pressuposto, Paulino, que falava, esta quarta-feira, em Maputo, durante o segundo Seminário de Gás Brasil-Moçambique, advertiu o Governo e sector privado para aproveitar as oportunidades a serem criadas pelos mega-projectos para fazer crescer a economia nacional.
“Temos de gerir expectativas, informando a comunidade, em geral, que a parte que nos diz respeito é aproveitar as facilidades, os impostos que as empresas vão gerar e fazer crescer a nossa economia”, disse Paulino.
Contudo, para que, efectivamente, o país cresça com as receitas dos mega-projectos, o Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis defendeu a necessidade de se diversificar a economia.
Com vista à diversificação da economia, a fonte sugere o aprimoramento das infra-estruturas, investimento do capital humano e criação de pequenas e médias empresas que, findo o gás natural, ficarão a dar continuidade ao crescimento económico do país. (Evaristo Chilingue)
Um grupo de guerrilheiros, supostamente da Renamo, estacionado na base regional sul, localizada na província de Inhambane, contesta a liderança máxima daquela formação política. O porta-voz do grupo, João Machava, afirma não estarem a gostar da forma como Ossufo Momade está a conduzir a liderança do partido e pedem a sua demissão.
“Não estamos a gostar do trabalho do presidente, então queremos que Ossufo Momade se demita do partido”, explicou.