Com o recente levantamento das restrições no fornecimento de água potável à província e cidade de Maputo, mais de 14 mil clientes da empresa Águas da Região de Maputo, (AdeM), dos bairros Jonasse, Campoane, Mapulene, Chiango, Laulane e Maxaquene B, passaram a beneficiar do fornecimento do precioso líquido sem interrupções.
Este incremento no número de consumidores, resulta do acordo alcançado entre o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi e o Rei Mswati III, do Reino de eSwatini, que permitiu à empresa AdeM produzir, a partir da sua Estação de Tratamento de Água de Umbeluzi (ETA), localizada em Boane, província de Maputo, 209.875 metros cúbicos de água, por dia, isto é, um acréscimo na ordem de 13 por cento em relação à anterior distribuição.
José Barata, director de projectos da AdeM, disse que devido à localização física dos bairros beneficiários de melhorias no abastecimento de água, os Centros de Distribuição (CD) da Matola Rio, que fornecem os bairros de Juba, uma parte de Campoane, e Jonasse, que outrora sofreram restrições, já registam melhorias significativas no fornecimento.
Ainda em relação ao levantamento das restrições, o director de projectos, referiu que o CD de Laulane, que actualmente está a beneficiar de uma linha de reforço no transporte de água, cuja execução está em 75 por cento, vai permitir melhorias substanciais na distribuição da água, com um caudal maior, para a zona da Sommerschield, no centro da cidade de Maputo.
“Nós tínhamos cerca de 14 mil clientes que recebiam água com restrições. Estes já estão a receber água sem interrupções. As obras em execução vão permitir aumentar a cobertura e o número de clientes. Neste momento, já existem condições para fazer novas ligações e ultrapassar a cifra actual de 250 mil clientes da AdeM”, afirmou o director de projectos.
Por outro lado, o bairro Maxaquene B, que tinham sido igualmente afectado pelas restrições, passa a beneficiar de um sistema de bombagem, que se encontra na fase de ensaio, devendo trazer melhorias significativas no fornecimento do precioso líquido àquele bairro. “As infraestruturas estão lá. Só precisamos de água. No local onde temos infraestruturas o feedback é positivo”, explicou.
Questionado sobre as perdas que a AdeM registrou durante o período das restrições, conjugadas com as vandalizações à sua rede de distribuição, José Barata disse que para se evitar fugas e prática de vandalizações, a empresa está a adoptar novas estratégias, mas por causa da ausência de uma legislação específica para este tipo de comportamento, a alternativa passa por comunicar mais com as comunidades, líderes comunitários e fiscais da rede, o que vai permitir identificar algumas situações de baypass.
“Estamos a trabalhar com a comunidade. Temos também em manga a construção de fontes de água para pessoas que não dispõem de recursos para pagarem as suas facturas”, frisou.
Importa referir que para além do distrito urbano da Katembe, o CD de Intaka que é abastecido por meio de furos está a servir de reforço ao norte de Maputo, mais concretamente a zona que compreende o bairro George Dimitrov até o bairro do Jardim, a chamada área operacional de Chamanculo. Todos os pequenos sistemas de fornecimento de água de Ndlavela foram, recentemente, reactivados.(FDS)