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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

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Decorre esta quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2024, na 9ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, o julgamento da providência cautelar visando o embargo provisório das obras de construção da Central de Betão, localizada em ambiente residencial no bairro da Costa do Sol, arredores da Cidade de Maputo.

 

Trata-se de um empreendimento industrial que está a ser alvo de contestação há um ano por parte dos moradores daquele bairro, que consideram a obra ilegal e inapropriada para uma área residencial. As obras, sublinhe-se, até foram alvo de um embargo judicial pela Procuradoria da República da Cidade de Maputo, em Setembro de 2023, porém, o embargo seria levantado, na totalidade, pelo Ministério Público em Dezembro, alegadamente, por se ter provado “a prevenção e mitigação de potenciais impactos significativos sobre o meio ambiente”.

 

A audiência do processo n.º 55/23-D inicia pelas 10h00 e resulta de uma providência cautelar submetida pelos moradores do bairro da Costa do Sol, a 30 de Novembro do ano passado, depois de perder a batalha junto do Ministério Público e do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

 

Na providência cautelar, os moradores sublinham que a instalação de uma central de betão em uma área residencial tem implicações ambientais, com destaque para degradação das estradas e tubagem de água, devido à movimentação excessiva de camiões, assim como a descarga de poluentes nas valas de drenagem das águas pluviais. Sustentam ainda que o regulamento sobre o processo de avaliação do impacto ambiental obriga que a produção de betão deve localizar-se em parques industriais ou a uma distância mínima de 6 Km das áreas habitacionais.

 

No entanto, em resposta à notificação do Tribunal, a Africa Great Wall Concrete Manufacture, Limitada, firma que está a erguer a infra-estrutura, defende que os moradores da Costa do Sol não provaram com factos reais, certos e concretos os danos a serem causados pela central de betão, “não sendo suficiente para o decretamento de uma providência cautelar”. Disse ainda ter todos os documentos necessários para dar continuidade com as obras, nomeadamente, o embargo extrajudicial lavrado pelo Ministério Público, o DUAT e as licenças de construção e ambiental.

 

Refira-se, entretanto, que a empresa chinesa começou a obter documentos necessários para sua operação sete meses depois de ter iniciado as obras, facto que leva os moradores a acreditarem que o caso está a ser alvo de manipulação. A empreitada, que apresenta construções definitivas de grande porte, incluindo um edifício para escritórios, laboratório e oito silos destinados à central de betão, arrancou em Janeiro de 2023, mas a licença ambiental só foi emitida em Agosto (sete meses depois), sendo que o DUAT e a licença de construção foram lavrados em Dezembro (11 meses depois).

 

Aliás, tal como “Carta” avançou em primeira mão, a parcela sobre a qual recai a licença ambiental, emitida pela Ministra da Terra e Ambiente, não coincide com a parcela em que foram emitidos o DUAT e a licença de construção. Também há imprecisões na identificação da empresa requerente.

 

De acordo com a Licença Ambiental, emitida pela Ministra da Terra e Ambiente, no dia 04 de Agosto de 2023, a central de betão será erguida na parcela 660D, pertencente à Africa Great Wall Concrete Manufacture, Limitada. Porém, o DUAT, emitido no dia 18 de Dezembro de 2023, e a Licença de Construção, emitida no dia 27 de Dezembro de 2023, ambos pelo Engenheiro Silva Magaia, então Vereador de Ordenamento Territorial, Ambiente e Construção, recaem sobre a parcela 660A, mas com titulares diferentes.

 

O DUAT foi emitido em nome da Africa Great Wall Concrete Manufacture, Limitada., mas a licença de construção foi emitida em nome da China Construction Sausum Mozambique Co. Limitada. Já a ordem de embargo da obra, emitida pela Procuradoria da República da Cidade de Maputo, vem em nome da China State Construction. No entanto, as referidas empresas são todas representadas pela mesma pessoa: Mungone Manguele.

 

À “Carta”, Silva Magaia disse ter percorrido todos os passos para emitir a licença de construção, pelo que, havendo provas de que a obra foi licenciada para uma área inapropriada, esta será reavaliada, porém, defende que os moradores não podem parar de buscar justiça e que devem fazê-lo com base nos instrumentos legais que regem as edificações na capital do país. (Carta)

  • Herbert Wigwe, CFR faleceu ao lado da esposa e do filho num acidente de helicóptero

 

O Access Bank Mozambique anuncia com profunda tristeza o falecimento do Director Executivo do Grupo. O Dr. Herbert Wigwe perdeu a vida num trágico acidente de helicóptero, ocorrido na última sexta-feira, 9 de Fevereiro, nos Estados Unidos da América. O cofundador do Access Bank Plc faleceu ao lado da esposa e do filho.

 

O Access Bank lamenta a perda de Herbert, de Doreen e de Chizi, e estende as suas profundas e sinceras condolências à família e entes queridos.  O Banco entende que o Dr. Herbert Wigwe foi uma força motriz e uma personalidade muito forte que trouxe a sua paixão, energia e experiência notáveis para a transformação do franchise do Access desde que se juntou ao Banco, em 2002.

 

O Presidente do Access Holdings, Abubakar Jimoh, considera a morte de Herbert Wigwe “uma das maiores perdas para o grupo e para a sociedade, no geral”. “Possuía um intelecto prodigioso, qualidades pessoais admiráveis e uma vasta experiência empresarial, que contribuiu para a família Access e pela qual temos uma dívida de gratidão”, disse o mesmo responsável. “Estamos confiantes que o Grupo Access continuará a desenvolver o legado de crescimento e excelência operacional do Dr. Wigwe", acrescentou Abubakar Jimoh. 

 

Herbert Wigwe foi fundamental para o crescimento do Access Bank que cofundou com o seu amigo e parceiro de negócios Aigboje Aig-Imoukhuede.

 

Assumiu o cargo de CEO do Grupo Access Bank em 2014, concentrando-se na expansão do Banco na Nigéria e em África antes de assumir a direcção do Access Holdings em 2022. Sob a sua liderança, o Access Bank conduziu a sua estratégia africana para se tornar o maior banco de retalho da África Subsariana por base de clientes.

 

Herbert Wigwe foi membro do Conselho de Administração do Access Bank UK, bem como do Conselho de Administração da Nigerian Business Coalition Against AIDS e trabalhou, igualmente, com iniciativas de erradicação da malária em África.

 

Além da sua contribuição nas causas sociais e para o sector bancário, Herbert Wigwe foi reconhecido internacionalmente, sendo duas vezes vencedor do prémio de Banqueiro Africano do Ano. A sua paixão pela educação também o levou a fundar recentemente a Universidade Wigwe, uma instituição destinada a fornecer educação de classe mundial e a cultivar a próxima geração de líderes africanos.

 

O Accces Bank garante usar o legado deixado pelo Director Executivo do Grupo Access para inspirar e guiar continuamente o sector financeiro e a comunidade global.  

Na tarde de ontem, 12 de Fevereiro de 2024, após três dias de busca incansável pelo activista político Jota Pachoneia, detido em circunstâncias que desafiam a lei, a Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos (RMDDH), representada pelo seu núcleo provincial, liderado por Gamito Carlos, em coordenação com o Conselho da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), finalmente encontrou o activista na Primeira Esquadra da Cidade de Nampula. Este reencontro ocorreu após três dias em que Jota Pachoneia esteve sem comida nem água ou um cobertor para se proteger.

 

“Só fui saber do motivo da minha detenção depois de muita tortura psicológica. A Polícia sequestrou-me. Quando fui detido não tive nenhum mandado de busca e captura, a Polícia levou-me para as redondezas do Aeroporto de Nampula. Fiquei três noites sem comer e sem beber, meus direitos foram violados. Nem a minha família nem meus companheiros sabiam onde eu estava”, disse Jota Pachoneia. 

 

Jota Pachoneia foi detido no dia 09 de Fevereiro de 2024, quando saiu da sua residência, localizada no bairro de Namutequeliua, onde vive com sua família. Dirigia-se ao seu trabalho habitual como taxista, quando foi abordado por uma cliente, aparentemente comum, que solicitou seus serviços até ao Aeroporto de Nampula. A senhora era uma agente camuflada da Polícia da República de Moçambique (PRM), pronta para armar uma armadilha. 

 

Ao chegar no Aeroporto, Joaquim Pachoneia foi interpelado por outros agentes da PRM à paisana, que o conduziram à Sexta Esquadra da cidade, onde foi privado de comunicação. Seu telemóvel foi apreendido após uma única ligação feita para um amigo mecânico, Amade Armando, solicitando que viesse buscar sua viatura, a mesma que transportou a agente que foi usada como isca.          

 

A ONG da área dos Direitos Humanos CDD nota que “a privação da liberdade é uma intervenção séria na vida de uma pessoa e a autoridade para deter sem mandado deve, portanto, ser usada de maneira legal e não para intimidar, assustar ou punir pessoa. Sendo por isso que, nos termos do número 1 do artigo 59 da Constituição da República de Moçambique (CRM), na República de Moçambique todos têm direito à segurança e ninguém pode ser preso e submetido a julgamento, senão nos termos da lei”.

 

Por outro lado, refere, o artigo 9 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) dispõe que ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado; e o número 1 do Artigo 9 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) estabelece que todo o indivíduo tem direito à liberdade e à segurança pessoal. Ninguém poderá ser submetido a detenção ou prisão arbitrárias. Ninguém poderá ser privado da sua liberdade, excepto pelos motivos fixados por lei e de acordo com os procedimentos nela estabelecidos. 

 

O CDD estabelece que a detenção de Pachoneia foi arbitrária, pois ela não observou o artigo 300 do Código do Processo Penal (sobre prisão fora deflagrante delito), nem o número 1 do artigo 62 da Constituição da República de Moçambique, que garante o direito à defesa de todos os cidadãos. “O Estado garante aos arguidos o direito de defesa e o direito à assistência jurídica e patrocínio judiciário, o que foi negado a Pachoneia durante os três dias em que esteve detido, uma vez que sua localização permaneceu oculta”. A libertação de Jota Pachoneia foi concedida após a constatação da violação desses direitos e ocorreu mediante a emissão de Termo de Identidade e Residência (TIR) pela Procuradoria da Cidade(CDD/adaptado)

Teve lugar na sexta-feira (9), no Centro Cultural Português, cidade da Beira, província de Sofala, o lançamento da obra intitulada “Para uma Gestão de Pessoas Humanizada”, do consultor em gestão do capital humano, Vicente Sitoe, que conta com o apoio do BCI. Ao longo deste livro, que foi igualmente lançado, em Dezembro de 2023, no Auditório do BCI-Sede, o autor sublinha a importância e a pertinência de compreender as pessoas, as suas necessidades, desejos, potencialidades, alinhados com objectivos e metas das organizações.

 

A apresentação do livro foi assegurada pelos académicos Carmen Jacqueline Salato Coimbra, Roda Nhavoto, e pelo profissional de Recursos Humanos, Diogo Muquito, numa ocasião em que o representante do BCI, Armando Muchanga, contextualizou a intervenção do Banco, particularizando o apoio ao livro, no âmbito da sua responsabilidade social, como uma aposta do BCI: um contributo para a difusão do conhecimento, e para despertar o interesse pela leitura.

 

À margem da cerimónia, Vicente Sitoe mostrou-se bastante entusiasmado com a boa recepção do livro, em Maputo, mas sobretudo na Beira, onde jovens universitários estiveram em número considerável e puderam brindá-lo com a leitura de textos do autor. “Estou a trabalhar para inserir o livro no meio académico, onde poderá ser uma referência obrigatória para os estudantes” – disse o autor e ainda indicou que tem a expectativa de replicar a sua publicação noutros pontos do país.

 

Refira-se que Vicente Sitoe é um profissional com vasta experiência de trabalho em temas de gestão e estratégicas de Recursos Humanos. Ao longo do seu percurso profissional, tem implementado projectos estratégicos para empresas que actuam em diferentes sectores de actividades e para entidades públicas.

A Avenida Julius Nyerere ganhou mais vida. Luz, cor e alegria compõem a narrativa visual onde o passado e o presente cruzam-se e proporcionam a quem quer que passe pelo Balcão Premier do Absa a uma paragem para a contemplação. Esta quinta-feira (08), o Absa Bank Moçambique apresentou “Ecos à Penumbra”, da artista moçambicana Maria Chale.

 

A exposição que faz parte do programa Ready For Art, lançado nos finais de 2023 e que pretende impulsionar o crescimento e desenvolvimento de artistas através de um conjunto de acções que promovem o desenvolvimento interpessoal, financeiro e empresarial de todos os participantes.

 

Maria Chale é a primeira dos 16 artistas seleccionados no universo de 30 jovens formados pelo Banco em várias matérias com intuíto de agregar valor à sua arte.

 

“No início, quando inauguramos as montras no Balcão Premier apresentamos apenas exposições e o nosso objectivo era dar visibilidade aos artistas. Com o tempo, começamos a perceber que podíamos ir mais longe e apostar também na capacitação destes artistas para conseguirem monetizar os seus trabalhos e, é daí que surge o Ready For Art. Hoje testemunhamos o dar voz a este programa com a inauguração da exposição da Maria Chale, a quem agradecemos por acreditar e confiar-nos a sua arte, destacou a Directora de Marketing e Relações Corporativas, Tânia Oliveira.

 

Sobre a curadoria de Mateus Sithole, em “Ecos à Penumbra”, Maria Chale traz uma reflexão sobre a trajectória de símbolos culturais, tradições e padrões que moldam identidades como se transportam e transformam os símbolos culturais, tradições e padrões que delineiam uma identidade, num incessante movimento de evolução. Uma jornada que explora a relação complexa entre a expressão individual e as relações do mundo exterior, destacando as adaptações que o tradicional sofre ao longo do tempo pelas tendências contemporâneas.

 

“Sinto-me lisonjeada por ser a primeira artista a abrir as portas deste projecto do Absa.  Desde a formação até a criação das obras que conduziram ao lançamento desta exposição, foi tudo muito interessante. Esta é uma grande oportunidade de me expor de uma forma diferente, a vitrine esta virada para a rua, e todo mundo tem acesso às minhas obras. É uma boa forma de me expor como artista e mostrar o meu trabalho para um público ilimitado.”, declarou a jovem artista Maria Chale.

 

Durante três meses, os amantes da arte podem contemplar os “Ecos à Penumbra”, uma narrativa visual onde Maria Chale, desafia o público a contemplar as nuances da cultura, suas raízes profundas e suas metamorfoses, proporcionando uma jornada de autoconhecimento e apreciação.

 

Maria Chale é uma jovem artista visual natural de Maputo, formada em Arquitectura e Planeamento Físico na Universidade Eduardo Mondlane. Estreou-se em exposições no ano 2018, quando participou de uma exposição colectiva.

 

Especializada no médium de grafite e aquarela, realçados por cores vibrantes e toques subtis de folha de ouro, as suas obras reflectem a multidisciplinaridade da artista, com peças que retratam e resinificam realidades espaciais, históricas e sociais, e apropriando narrativas.

 

Ainda inserido no Ready For Art, o Absa Bank Moçambique pretende fazer o lançamento, em Março, de mais duas exposições de dois artistas, na Beira e em Nampula, respectivamente.

A acção futebolística contínua, esta semana, na DStv e GOtv.  Uma vez mais, os telespectadores serão brindados com o ‘melhor futebol’ dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões Europeus, com jogos agendados para hoje, 13, e amanhã, 14 de Fevereiro.

 

Hoje, o primeiro jogo será disputado entre RB Leipzig e Real Madrid. Os anfitriões, alemães, vão tentar uma vitória surpreendente na primeira mão contra o clube que tradicionalmente domina o torneio.

 

"O sorteio é sempre um acontecimento feliz, nunca deve ser normal. Quando o Leipzig aparece, é sempre um momento especial", disse o Director Desportivo Rouven Schroder. "Apanhámos um dos principais favoritos, o Real Madrid.

 

"Mas estamos ansiosos por isso. A equipa está entusiasmada porque qualificar à fase seguinte é um objectivo ambicioso”, explicou Schroder. A equipa favorita é o Real Madrid. Mas a “vitória por 3:2 no jogo em casa, no ano passado, mostrou que os podemos derrotar”.

 

Na mesma noite, o Copenhaga vai receber o campeão da competição, o Manchester City, no Estádio Parken. Os Citizens são naturalmente os grandes favoritos, mas o treinador Pep Guardiola está ciente das dificuldades que eventualmente os ingleses vão encarrar na Dinamarca.

 

Na quarta-feira, o Lázio vai receber Bayern de Munique no Estádio Olímpico da capital italiana – com os bávaros tendo tido sucesso nas partidas anteriores no território italiano.

 

Por fim, o Paris Saint-Germain espera vencer o desafio contra o Real Sociedad: "É uma grande equipa, com muito bons resultados, bons jogadores e um bom treinador. É uma grande equipa, com muito bons resultados, bons jogadores e um bom treinador.

 

A DStv e a GOtv são as únicas e verdadeiras casas do futebol em Moçambique, oferecendo um leque e uma profundidade de acção que nenhum outro concorrente pode igualar. É literalmente - ‘futebol imbatível’. Na DStv, os telespectadores encontram uma variedade de opções de idiomas em português ou inglês, com os melhores comentadores e imagens em HD.

 

Detalhes da transmissão dos jogos da Liga dos Campeões Europeus

 

Terça-feira, 13 de Fevereiro

 

22:00h: FC Copenhagen v Manchester City – SuperSport Premier League e SuperSport Máximo 1 (só na DStv)

 

22:00: RB Leipzig v Real Madrid – SuperSport Variety 1 e SuperSport Máximo 2 (na DStv) e SuperSport Premier League Channel (na GOtv)

 

Quarta-feira, 14 de Fevereiro

 

22:00: Paris Saint-Germain v Real Sociedad – SuperSport Variety 1 e SuperSport Máximo 1 (só na DStv)

 

22:00: Lazio v Bayern Munich – SuperSport Premier League e SuperSport Máximo 2 (na DStv) e SuperSport Premier League Channel (na GOtv)

A Petromoc acaba de desmentir que esteve sem combustíveis nos dias 10 e 11 de Fevereiro, tal como alegou ontem a Fly Modern Ark (FMA), através do seu habitual porta voz, Sérgio Matos. A FMA foi escolhida pelo governo para recuperar a LAM, a companhia aviadora de bandeira.

 

Esse processo está a decorrer com muitos percalços. No domingo, a maioria dos voos domésticos e regionais sofreram atrasos consideráveis por falta de combustível, o Jet. Ontem, Matos atirou as culpas para um dos seus fornecedores, a estatal Petromoc.

 

E esta acaba de reagir. Eis os excertos relevantes de um comunicado recebido há momentos na nossa redação: “A Petromoc foi mencionada em entrevista transmitida pelo canal televisivo STV como tendo registado ‘falta de combustíveis para aviação’, o que teria provocado atrasos nos voos da LAM - Linhas Aéreas de Moçambique.

 

Sobre estas matérias a PETROMOC informa aos seus estimados clientes e ao público em geral o seguinte: 1. A Petromoc não comenta em público matérias ligadas ao relacionamento comercial com os seus clientes, sendo estas tratadas em foro próprio com os mesmos, pelo que declina qualquer responsabilidade pela alegada confirmação da existência e valor da divida; 2.

 

A Petromoc não registou nos dias 10 e 1 1 de Fevereiro qualquer falta de combustível na Aero-instalação de Mavalane ou em qualquer outra Aero-instalação por si operada no país. A Petromoc tem em vigor contratos de fornecimento de combustível com vários clientes nacionais e estrangeiros e cumpre rigorosamente com as obrigações emanadas dos mesmos, sendo que situações de incumprimento de ambas as partes são tratadas nos termos e condições definidos nos contratos”. (Carta)

Foi retomada no fim da tarde desta segunda-feira (12), com recurso à escolta militar, a circulação na EN380, depois de um grupo de cerca de 20 homens armados ter montado, no último domingo, barricadas naquela rodovia que liga o centro ao norte da província de Cabo Delgado e vice-versa, impedindo a circulação normal de viaturas, motorizadas e peões. A EN380 tem sido alvo das incursões dos terroristas que operam na província de Cabo Delgado. 

 

Fontes disseram à "Carta" que os indivíduos chegaram a cobrar avultadas somas em dinheiro a pelo menos cinco condutores, alguns dos quais, de transporte de passageiros, que faziam o trajecto Silva Macua/Macomia.

 

"Quase não se passava pelo troço neste domingo. Isso começou por volta das 10h00 e os carros que passaram pouco depois de montarem barricadas tiveram que pagar entre 50 e 100 mil meticais", começou por explicar um motorista que usa com frequência aquele troço. 

 

Devido à situação, muitas viaturas foram obrigadas a recuar, tendo algumas formado longas filas no cruzamento de Silva Macua em Ancuabe e na vila de Macomia. Em Macomia, estavam igualmente na fila as viaturas vindas da escolta militar da localidade Oasse em Mocímboa da Praia. (Carta)

A Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Carmelita Namashulua, reiterou esta segunda-feira (12) que a Escola Comunitária da Ponta do Ouro só poderá ser reaberta depois de satisfeitas as condições exigidas. O sector da educação continua a exigir que o proprietário da escola tenha licença para continuar a operar neste ramo, mas, para tal, são necessárias várias remodelações naquele estabelecimento de ensino.

 

A posição da ministra da Educação e Desenvolvimento Humano foi expressa esta segunda-feira, no seu gabinete de trabalho, durante o encontro com os membros do Conselho da Escola Comunitária Graça Machel, localizada na localidade de Ponta do Ouro, no distrito de Matutuine, na província de Maputo.

 

O encontro surge no âmbito de um pedido formulado por aquele grupo, com objectivo de apresentar as suas preocupações em relação ao encerramento da escola e as possíveis soluções dos problemas constatados pelas equipas de inspecção do sector da educação, uma vez que os alunos estão neste momento a estudar em condições deploráveis.

 

Depois do encontro que decorreu à porta fechada, "Carta" soube que o sector da educação mantém a sua decisão, segundo a qual o proprietário da escola deve ter licença para continuar a operar neste ramo, mas para que a mesma seja passada, a infra-estrutura deve primeiro passar por várias remodelações.

 

“A Ministra da Educação continua a exigir que melhoremos o laboratório, o campo, a biblioteca, entre outros aspectos e isto envolve altos custos. Outro aspecto apontado pela ministra, que também bloqueia a autorização para a reabertura da escola, é o facto de terem sido partilhadas com os órgãos de comunicação e nas redes sociais informações sobre o encerramento”, disse uma fonte que falou em anonimato.

 

Segundo o proprietário da escola, Elias Sibia, neste momento, não há condições para apetrechar a escola, em cumprimento das orientações da Ministra. 

 

“As coisas estão cada vez mais difíceis. Agora não tenho dinheiro, mas começo a pensar em usar aquelas instalações para outros fins. Deus sabe o quanto tentei [...] Neste momento, os alunos que estavam na Escola Comunitária estão a ser entulhados nas salas de aula da Escola Primária da Ponta do Ouro. Antes deste encontro do Conselho de Escola com a Ministra da Educação, eu tinha esperança de receber boas notícias, mas depois do relatório que recebi, já não me sinto muito bem”, explicou Sibia.

 

Refira-se que a Escola Comunitária Graça Machel foi encerrada no passado dia 24 de Janeiro, poucos dias antes da abertura do ano lectivo 2024, alegadamente, por falta de alvará, cobrança das mensalidades, deficiente ou quase nenhum apetrechamento de alguns compartimentos, entre outros aspectos. (M.Afonso)

terça-feira, 13 fevereiro 2024 02:10

Há sabotagem na LAM, denuncia a FMA

A Fly Modern Ark (FMA), firma sul-africana que reestrutura a empresa pública Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) denuncia esquemas que estão a sabotar a companhia aérea. Segundo o Director de Projectos da FMA, Sérgio Matos, essa sabotagem é que resulta nas falhas de operações da companhia (neste caso, atraso e cancelamento de voos) um fenómeno que, na verdade, não é novo.

 

Numa conferência de imprensa que visava explicar os contornos dos atrasos e cancelamentos de alguns voos havidos no último fim-de-semana, Matos começou por desmentir informações veiculadas por alguma imprensa local, dando conta de que os últimos casos se deveram ao não pagamento de dívida às empresas fornecedoras de combustível para aviões, com destaque para a Petróleos de Moçambique (PETROMOC) e Puma Energy, no montante de pouco mais de 600 milhões de Meticais.

 

Segundo o gestor, o atraso dos voos e o cancelamento de um deveram-se à falta de combustível por parte dos fornecedores, com destaque para a PETROMOC. A fonte detalhou que a PETROMOC não forneceu combustível porque, na hora requisitada, o fornecedor não dispunha do produto. Entretanto, reconheceu haver uma dívida no montante de 70 milhões de Meticais à PETROMOC, um valor muito abaixo dos 600 milhões de Meticais propalados pela imprensa. 

 

“Hoje [segunda-feira] estamos aqui para confirmar que ontem [domingo], algumas rotas tiveram sim problemas de abastecimento, mas tal não resultou da dívida da LAM, senão da demora no abastecimento de combustível por parte da PETROMOC e da Puma Energy. Entretanto, quando o stock destes foi reposto, as aeronaves foram mesmo ontem abastecidas. Ora, não é a primeira vez que isto acontece”, explicou Matos.

 

Depois desta explicação, o gestor deu a entender que todas essas "inverdades" foram facultadas por funcionários da LAM, cujo objectivo é sabotar o trabalho da FMA. Denunciou que há funcionários da companhia que estão a esvaziar os cofres da empresa através de vários esquemas, o que concorre para as falhas nas operações da empresa. Destacou, por exemplo, desvios de verbas para fora das contas da LAM. 

 

“Há duas semanas iniciamos as operações para desvendar os esquemas e concluímos haver desvios de dinheiro. A empresa vende, mas não se está a ter todo o dinheiro. Só no mês de Dezembro, registamos um défice de 3.2 milhões de USD. A operação consistiu em recolher os Pontos de Venda (POS) utilizados nas lojas da LAM, sendo que alguns chefes das lojas dizem não conhecer a quem pertencem os dispositivos. Além disso, descobrimos esquemas de recolha de dinheiro vivo pelas empresas de segurança”, disse Matos.

 

A FMA descobriu igualmente que há abastecimentos feitos às aeronaves acima da capacidade. Exemplificou que há aeronaves com capacidade para 80 mil litros, mas as mesmas são abastecidas em 95 mil litros, o que representa um excesso de 15 mil litros, cujo destino não é conhecido. O gestor mencionou também que a FMA descobriu que há funcionários da LAM que compraram casas com o dinheiro da empresa, mas sem as devidas explicações. Matos disse ainda existir uma conta da LAM no Malawi, de pouco mais de um milhão de USD, mas que a empresa não pode movimentar.

 

Por fim, o Director de Projectos da FMA disse que todos esses esquemas desvendados não agradam os funcionários implicados que, em contrapartida, fazem de tudo para sabotar o trabalho da FMA. A firma sul-africana reestrutura a LAM desde o dia 18 de Abril de 2023. A reestruturação visa tirar a empresa dos escombros, melhorando a sua eficiência. (Evaristo Chilingue)

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