Juro! Eu gostaria de saber qual é a sensação de receber de presente um Ferrari, um Rolls Royce, um Range Rover, um Maserati, por exemplo. Juro que eu dava tudo para ter ideia dessa sensação. Meninas! Ndambi ofereceu à sua companheira um "Bi-Emi-Dabliu" modelo "Eksi-seis" que custa nem-vale-a-pena-falar-disso. Aposto que agora chamei a vossa atenção... agora vocês também estão curiosas em saber como é que uma mulher se sente quando recebe esse feitio de presentes. Mas, feliz ou infelizmente, são daquelas sensações impares que só os presenteados podem descrever. Garanto, desde já, que não é a mesma sensação de receber um crédito de 20 da Tê-Eme-Cel.
Na verdade, a minha curiosidade não é a simples sensação de receber um carrão de presente, mas - sim - a de saber que o carrão está sendo ofertado por um vivente que eu próprio sei que não tem rendimentos que justifiquem tal ostentação. Quer dizer, qual é o sentimento de receber um presente que custa uma dinheirama de um amigo que eu próprio sei que o gajo respira, come e caga à custa da sorte de ser filho de um presidente de um país pobre? Assim do nada um gajo acorda e começa a doar máquinas que custam cerca de 20 milhões de Changs cada aos seus amigos. Um gajo que eu sei que não é nem Baloteli, nem Neymar, nem Floyd e nem ganhou nenhum "jackpot". Nada contra os que aceitaram, talvez eu fosse receber também, mas eu apenas quero ter uma ideia do que vem na alma nesse momento.
Diz-se "obrigado" a esse tipo de ofertas? E quando se chega à casa o que se diz aos pais? "Pai, vem cá ver este 'Bi-Emi-Dabliu' que Ndambi me ofereceu hoje. Ele também disse que vai me oferecer um Rolls Royce amanhã". E o cota todo contente: "hiii, awena, filha, esse Ndambi é um bom menino... saiu ao pai!".
Só estou a tentar entender as coisas. Talvez a minha pobrice me impede de ter uma mente mais aberta. Gostaria de ser amigo de Ndambi para poder sentir aquilo que os amigos dele sentiram ao receberem um presente caro de um gajo improdutivo.
Tia Biatriz, podia ajudar nisso. Chamar esses bradas para nos contarem, na primeira pessoa, o arrepio que sentiram.
- Co'licença!