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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

Está neste momento, 15 horas, a começar o exame de segunda época de Física, da Décima Classe. “Carta” obteve a prova esta manhã. Um repórter do jornal deslocou-se à Escola Secundária Estrela Vermelha, em Maputo. Dezenas de alunos tinham tido acesso aos exames. Alunas vestiram-se de saias maxi, para esconder as coxas borradas de tintas com as respostas. Comprámos uma das cábulas à venda.

 

Estamos à espera de receber a prova de Matemática, da Décima Classe, que vai ser realizada amanhã. Esta situação é gravíssima.

 

A Ministra Conceita Sortane (Educação e Desenvolvimento Humano) e sua equipa tem feito um esforço enorme para evitar a fraude, mas há um forte lobby empresarial bem conectado no Ministério disposto a desacreditar as reformas, nomeadamente a troca do fornecedor para um mais fiável. Estas fugas de exames devem ser cabalmente investigadas pelo SERNIC. É preciso que a gang de prevaricadores, inimigos da Educação, seja identificada e responsabilizada. (Carta)

 

PS: Tanto gostaríamos que o exame não fosse este. Que este fosse um exame falso, que a fuga de ontem não se tenha repetido hoje.

As forças de segurança turcas apreenderam no domingo 34 quilos de cornos de rinoceronte, encontrados numa operação de combate ao contrabando no Aeroporto Atatürk, informaram as autoridades locais no sábado. Os chifres foram encontrados em bagagens pertencentes a um passageiro vietnamita que viajava de Moçambique para o aeroporto de Ho Chi Minh, no Vietnam, através da Turkish Airlines.

Ontem, o exame de Física da 12ª Classe foi cancelado na cidade de Maputo momentos antes da sua realização em 33 escolas públicas e privadas da capital, por fortes indícios de que a prova já estaria em circulação nas redes sociais. Ao princípio da noite, “Carta” soube de fonte segura que a anulação não abrange os distritos municipais da Catembe e Inhaca. Novo exame será realizado na próxima quinta-feira, 13 de Dezembro, abrangendo 4042 alunos e 137 elementos de júri.

terça-feira, 11 dezembro 2018 03:49

Fornecimento de água volta à normalidade em Maputo

Um corte no fornecimento de energia elétrica a estação de tratamento de água do Umbeluzi agravou a restrição no abastecimento deste líquido nas Cidades de Maputo, Matola e Vila de Boane, durante o fim-de-semana. O porta-voz da Empresa Águas da Região de Maputo, Afonso Mahumane, disse à “Carta” que o corte ocorreu por volta das 13 horas de sexta-feira tendo sido restabelecido à meio da noite do mesmo dia. “Ficamos praticamente meio-dia sem energia. 

Foram precisas mais quase 12 horas para a reposição gradual do sistema de produção de água”, afirmou Mahumana. Os efeitos da situação ainda se vão fazer sentir, mas o sistema já foi reposto. Durante o corte, 87 mil metros cúbicos não foram produzidos, afetando os cerca de 250 mil clientes da empresa. A restrição registada afetou o quotidiano dos cidadãos que tiveram que procurar alternativas em busca do precioso líquido.

A nossa fonte disse que a empresa não tem ainda um horizonte sobre quando, em definitivo, as restrições no fornecimento de água serão ultrapassadas. Afonso Mahumane recorda que o fornecimento de água às populações das Cidades de Maputo, Matola e Vila de Boane vem observando restrições desde o ano passado devido à escassez de chuva, o que diminuiu drasticamente o o caudal do Rio Umbeluzi.(Carta)

A promoção de emprego não é um desafio reservado exclusivamente ao Governo. A dinâmica socioeconómica, influenciada pelas políticas governamentais, abrem espaço para que o sector privado e parceiros de cooperação proporcionem mais empregos, trazendo renda e o acesso ao trabalho rentável, que é a face mais visível da distribuição da riqueza no País.

A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, desafia as lideranças sindicais a apostarem na negociação colectiva nas empresas, como forma de solucionar pacificamente os conflitos laborais e de promover um bom ambiente de trabalho.Vitória Diogo fez este apelo na quarta-feira, 5 de Dezembro, na cidade da Matola, província de Maputo, na cerimónia de abertura do VII Congresso da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM-Central Sindical), que, dentre outros pontos, avalia o trabalho sindical realizado nos últimos seis anos e a situação sócio-laboral do País, eleger novos órgãos deliberativos, aprovar o Plano Estratégico da agremiação para os próximos cinco anos, bem como proceder à revisão dos seus Estatutos, com vista a adequá-los à necessidade do seu fortalecimento constante.

Na ocasião, a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social explicou que, diferentemente do que acontecia no passado, hoje, o prestígio dos sindicatos é alcançado através da sua capacidade de diálogo, de assumir compromisso, de cooperação e colaboração com os seus parceiros sociais, nomeadamente o Governo e os empregadores. Ou seja, “o prestígio já não se mede e nem se ganha pelo grau de confrontação e da capacidade de mobilização de trabalhadores para a greve musculada”, referiu a ministra, para quem os acordos de curto, médio e longo prazos sustentáveis são as únicas vias para alcançar o trabalho digno, que é a associação de vários factores, tais como a produtividade, competitividade, meio ambiente, ecologia, saúde e segurança no trabalho. É neste sentido que o Governo, através do MITESS, tem incentivado o recurso ao diálogo social bilateral e à resolução extrajudicial como meios de harmonização do capital e do trabalho, o que tem concorrido para a redução da conflitualidade nas empresas.

Como resultado, acrescentou Vitória Diogo, “27.926 pedidos de resolução extrajudicial de conflitos laborais foram formulados, tendo sido mediados 26.325 casos, dos quais 21.968 (84%) foram resolvidos com sucesso, o que permitiu aos trabalhadores recuperar os direitos que haviam temporariamente perdido, bem como a reintegração nos seus postos de trabalho, devidamente indemnizados e sem terem pago quaisquer custas judiciais, honorários ou advogados”. Por seu turno, o presidente da OTM-CS, Samuel Matsinhe, explicou que o congresso foi antecedido por conferências provinciais, durante as quais foram levantadas diversas questões que preocupam os trabalhadores moçambicanos. 

“A precarização laboral, o recurso abusivo ao despedimento colectivo e a trabalhadores subcontratados através de agências de emprego, a falta de diálogo social, o impedimento à livre filiação e exercício da actividade sindical, a não canalização da quota sindical retida na fonte, a redução do papel regulador do Estado como garante da legalidade laboral, a inoperância da Inspecção-Geral do Trabalho e a não implantação dos Tribunais de Trabalho são algumas das preocupações apresentadas nas conferências provinciais, que, para além de fazerem o balanço da organização àquele nível, têm o papel de preparar a realização do congresso”, asseverou Samuel Matsinhe. (Carta)