Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:53

Alberto Simango Júnior apadrinha falsidades no futebol

A FIFA veda o recurso aos tribunais comuns por parte de clubes das federações filiadas ao organismo, salvo em algumas excepções como disputas laborais ou crimes públicos. Portanto, compete às federações impor sanções aos clubes que violem as regras do jogo. Ademais, também compete às federações assegurar que qualquer recurso deve também ser encaminhado a um tribunal de arbitragem e não aos tribunais de direito comum. A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) tem um conselho de justiça para julgar assuntos desta natureza. O regulamento disciplinar da FMF, no seu artigo número 2, específica o que considera de infracções e qualifica-as “em muito graves, graves e leves.”

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:46

Um “burlão” irlandês em Maputo

De forma arrogante e ameaçando até, John Justin McKenna, de nacionalidade Irlandesa, recusou-se a falar sobre a acusação contra si de maus-tratos e irregularidades na relação de trabalho com os seus colaboradores moçambicanos no ramo da construção civil. Recentemente, deu entrada no Serviço Nacional de Migração uma denúncia feita por ex-trabalhadores que começam por questionar a legalidade da sua presença como empregador em Moçambique. John McKenna é portador  de passaporte irlandês nº PV8572033 e do DIRE (Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros) nº 10IE00066366Q, tendo constituído em 2014 a empresa  KEN CONSTRUÇÕES com o nº de registo fiscal 128869972 e inscrita no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) sob o nº9002475-00.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:07

Samir Patel: o raptor da Beira

Na quarta-feira passada, a Beira dormiu aliviada. Samir Patel tinha sido preso, depois de apontado como mentor do rapto da filha do maulana Zayn, da Ponta Gea. A menina foi devolvida ao convívio familiar no passado domingo, 9 de Dezembro. Tinha estado no cativeiro 8 dias inteiros, num lugar não revelado pela Polícia. Eventualmente, os raptores terão desistido de cobrar um resgate quando se aperceberam que Zayn não possuía o dinheiro que eles imaginavam. Não se conhecem detalhes sobre como a menina escapou do cativeiro.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:01

MINEDH no encalço dos mentores do vazamento dos exames

A guerra comercial que se verifica no Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), envolvendo empresários e lobistas da instituição, poderá ser desmascarada nos próximos dias, revelou uma fonte à “Carta”. Com efeito, o MINEDH está a encetar diligências em coordenação com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). 

Mesmo sem avançar as causas da morte do antigo Ministro angolano, Adão Gaspar Ferreira do Nascimento, na quarta feira após uma queda no Hotel Glória, a Embaixada de Angola em Moçambique emitiu um comunicado confirmando a ocorrência. No comunicado, a Embaixada diz que Nascimento perdeu a vida pelas 21 horas, no quarto 512 do Glória Hotel. Ontem, vários órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros (incluindo angolanas) noticiaram que uma pessoa tinha sido detida em conexão com o caso, para averiguações. Trata-se de uma mulher que alegadamente estava na companhia do finado.

 

Ela já terá recusado o seu envolvimento, dizendo que viu o corpo sem vida do companheiro assim que saiu da casa de banho. O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) está a envidar diligências para esclarecer o caso, que dependerá de uma autópsia ao corpo do finado. Na tarde de ontem uma versão preliminar indicava que o ex-governante teria escorregado num corredor do Hotel Glória, tendo tido uma queda violenta, facto que o levou a ser conduzido para um hospital em Maputo, onde viria a perder a vida.(Carta)

No passado dia 11, terça-feira, o Professor Doutor Albertino Damasceno (Faculdade de Medicina da UEM) devia ter prestado provas para sua passagem a catedrático. A cerimónia estava marcada para a Sala dos Grandes Atos da UEM, como sempre. O conhecido médico levou meses a fio se preparando para as provas. Mas na manhã do dia 10, Segunda-feira por volta das 11 horas, um correio eletrónico cai como uma bomba na rede da comunidade científica da UEM ligada à medicina.

 

“Por motivos de força maior, a Direção Científica da UEM, comunica o ADIAMENTO de Provas Públicas do Prof. Doutor Albertino António Moura Damasceno que deveriam ter lugar na manhã (11.12.18), pelas 08:00h, na Sala dos Atos Grandes da Reitoria”. Em círculos da comunidade médica, o adiamento causou repulsa. Em privado, conhecidos professores da Faculdade de Medicina se indignaram. Um dia depois, uma referência nacional na área de cirurgia não se conteve e escreveu as seguintes linhas:

 

“Este adiamento de provas de Professor Catedrático do Doutor Albertino na véspera, como se de uma mera reunião da Reitoria se tratasse, ou do Conselho Consultivo de um Ministério, ou até de um Conselho Científico de uma Faculdade é um ultraje, não ao Doutor Albertino, mas à própria Universidade. Maior ultraje é ver que ninguém se pergunta, ninguém explica, tão grande é a confiança que recebemos a comunicação por intermédio de uma secretária com as palavras frias de ‘por motivos imprevistos...’. Esta atitude não é de uma Universidade, nem de uma Reitoria, muito menos de um Conselho Científico. Esta é uma atitude de desprezo pela comunidade universitária, mas ainda bem, porque esta atitude é de desonestidade intelectual, falta de profissionalismo, falta de transparência, desumana, caótica”.

 

Na noite de ontem, “Carta de Moçambique” ouviu ontem uma fonte da direção da UEM, sob anonimato. A fonte disse que o adiamento foi decidido dentro das normas, e só aconteceu porque não estavam criadas as condições para que as provas fossem prestadas. Disse que o “dossier” do candidato foi submetido apenas na quarta-feira anterior e o júri detetou alguns problemas que deviam ser sanados. Um deles tinha de ver com o facto de que um dos membros do júri ser Professor Associado. A outra era que Damasceno estava a candidatar-se para uma vaga numa cátedra distinta da sua área de docência. Ele é cardiologista mas a candidatura era para Catedrático em Clínica Geral. Albertino Damasceno não quis comentar. (Carta)