A sessão de lançamento prevê uma conversa com o autor, moderada pelos escritores António Cabrita e Lucílio Manjate e conta com a participação de Giselle Genna na leitura de textos, e Muzila na música. Álvaro Fausto Taruma está associado à geração impulsionada pelos movimentos literários Kuphaluxa e pela Revista Literatas e que desponta no mercado editorial a partir de 2014. Com uma escrita marcadamente intimista, publicou “Para Uma Cartografia da Noite”, em 2016, que foi considerado segundo a Revista Caliban o melhor primeiro livro de poesia de um autor moçambicano. Neste mesmo ano foi ainda finalista (menção honrosa) do prémio 10 de Novembro, com o livro inédito “A Migração das Árvores”. É formado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Pedagógica em Maputo, atualmente exercendo docência ao mesmo tempo que se ocupa como Criativo de Publicidade, entre outras atividades de empreendedorismo social.
(12 de Dezembro, às 18 horas no Centro Cultural Português)
Está neste momento, 15 horas, a começar o exame de segunda época de Física, da Décima Classe. “Carta” obteve a prova esta manhã. Um repórter do jornal deslocou-se à Escola Secundária Estrela Vermelha, em Maputo. Dezenas de alunos tinham tido acesso aos exames. Alunas vestiram-se de saias maxi, para esconder as coxas borradas de tintas com as respostas. Comprámos uma das cábulas à venda.
Estamos à espera de receber a prova de Matemática, da Décima Classe, que vai ser realizada amanhã. Esta situação é gravíssima.
A Ministra Conceita Sortane (Educação e Desenvolvimento Humano) e sua equipa tem feito um esforço enorme para evitar a fraude, mas há um forte lobby empresarial bem conectado no Ministério disposto a desacreditar as reformas, nomeadamente a troca do fornecedor para um mais fiável. Estas fugas de exames devem ser cabalmente investigadas pelo SERNIC. É preciso que a gang de prevaricadores, inimigos da Educação, seja identificada e responsabilizada. (Carta)
PS: Tanto gostaríamos que o exame não fosse este. Que este fosse um exame falso, que a fuga de ontem não se tenha repetido hoje.
Em vez de liberalizar, como está a fazer Angola, o Banco de Moçambique (BM) transferiu ontem o monopólio do serviço interbancário de uma empresa portuguesa, a BizFirst, para uma americana, a Euronet Wordwilde Inc. O contrato foi assinado num ambiente pesado, sem pompa e com pouca circunstância. O BM delegou uma Directora (e não um administrador ligado ao pelouro) para assinar pelo banco, no caso Luísa Navela, do Gabinete de Assessoria Jurídica.
As forças de segurança turcas apreenderam no domingo 34 quilos de cornos de rinoceronte, encontrados numa operação de combate ao contrabando no Aeroporto Atatürk, informaram as autoridades locais no sábado. Os chifres foram encontrados em bagagens pertencentes a um passageiro vietnamita que viajava de Moçambique para o aeroporto de Ho Chi Minh, no Vietnam, através da Turkish Airlines.
Ontem, o exame de Física da 12ª Classe foi cancelado na cidade de Maputo momentos antes da sua realização em 33 escolas públicas e privadas da capital, por fortes indícios de que a prova já estaria em circulação nas redes sociais. Ao princípio da noite, “Carta” soube de fonte segura que a anulação não abrange os distritos municipais da Catembe e Inhaca. Novo exame será realizado na próxima quinta-feira, 13 de Dezembro, abrangendo 4042 alunos e 137 elementos de júri.
A avaria momentânea na tarde de ontem, na Beira, da segunda aeronave da Ethiopian Airlines Mozambique (EMA) começa a levantar dúvidas sobre o grau da sua preparação para iniciar operações em Moçambique. A avaria de ontem foi confirmada à “Carta” por Redi Yusuf, o CEO da EMA. Ele disse que a aeronave, um Bombardier Q 400, ficou paralisada por cerca de 3 horas na placa do Aeroporto Internacional da Beira. “Queríamos assegurar que está tudo bem em termos de segurança”, disse Redi. Ele estava visivelmente transtornado e não quis detalhar as causas da avaria, mas acrescentou que se tratava de algo semelhante ao que aconteceu em Tete: a danificação de uma válvula do sistema hidráulico.
Ontem, na Beira, os passageiros da EMA estavam agastados. Não esperavam que a subsidiária de uma gigante africana da aviação, a Ethiopian Airlines, entrasse em Moçambique com o pé esquerdo. Muitos utentes haviam respirado de alívio. Mas agora começam a torcer o nariz. A avaria da Beira foi resolvida em poucas horas. Não teve a mesma dimensão que aquela que se verificou na segunda aeronave da EMA em Tete, também um Bombardier. Em Tete, a reparação da aeronave foi conseguida no fim do dia seguinte, na quarta-feira da semana passada. Porquê? Porque a peça relevante, um switch electrónico, componente do sistema hidráulico, teve de ser trazida da Etiópia. Chegou a Maputo num voo ET e foi levada à Tete pela Solenta, que opera a FastJet.
A avaria de Tete foi, para alguns especialistas do sector, reveladora do nível de “improvisação” da EMA nas suas operações em Moçambique, não por causa da avaria em si mas pelo tipo de resposta que a companhia deu. De acordo com testemunhos colhidos pela “Carta”, os passageiros estiveram durante horas à fio no aeroporto de Chingodzi à espera de serem acomodados num hotel; a EMA não tinha um autocarro para transportá-los nem sequer acordos prévios com hotéis da cidade para acomodarem seus passageiros em casos similares; para o hotel de recurso, encontrado à última hora, os passageiros viajaram num autocarro da LAM; no aeroporto de Chingodzi, quando a avaria se deu viram-se o comandante e a tripulação a carregarem malas.
Estes factos confirmam aquilo que “Carta” apurou de fontes fidedignas. Que a EMA começou a operar em Moçambique sem uma estrutura condizente com os requisitos exigidos pelos MozCars, o conjunto de regras para licenciamento de operador de linha área de acordo com a legislação nacional, inspirada nas normas da ICAO. A EMA, disse uma fonte, ainda não tem em Moçambique diretores para Manutenção, Operações, Segurança e Qualidade. O improviso que se verificou em Tete decorre dessas lacunas.
Na semana passada, a avaria de Tete causou um profundo mal-estar nos círculos mais restritos do Ministério da Defesa Nacional. No voo, que seguiria depois para Nampula, estavam 7 altas patentes do Comando do Exército, que viajavam para a capital nortenha de Moçambique. Os generais iam participar nos preparativos da cerimónia de encerramento do Décimo Curso de Oficiais na Academia Samora Machel, que seria presidida pelo PR. Os generais acabaram sendo transportados num Antonov das Forças Armadas. Os passageiros que pernoitaram em Tete fizeram-no porque a EMA terá recusado uma oferta da LAM de transportá-los no mesmo dia para Maputo.
A colaboração entre as duas empresas é tida como não sendo das melhores. A EMA parece estar a rejeitar colaborar com a LAM naquelas áreas onde ela tem alternativas, como no “handling” fora de Maputo, nomeadamente em Tete e em Quelimane, onde trabalha com a Moz Jet. "O handling" em Maputo é feito pela MHS (uma parceria entre a LAM, os Aeroportos e a Rogers Aviation). Para resolver a avaria de Tete, a EMA teve de mandar vir um óleo com a classificação de “dangerous good”, o qual poderia ter sido adquirido localmente. “Carta” espera uma entrevista com o CEO da EMA prometida para os próximos dias.
Uma das questões colocadas por escrito é por que é que a EMA não tem um hangar próprio em Maputo, para usar nas suas operações de manutenção. Uma fonte disse-nos que a EMA tenciona usar os hangares da LAM mas as duas ainda não chegaram a acordo porque, alegadamente, a LAM está a exigir prova de que os aviões estão segurados em nome da EMA. O nível de improviso da EMA está a levantar suspeitas sobre a sua estratégia: deixar cair a FastJet e ficar preparada para agarrar o enorme mercado que aí vem depois de Final Investment Decision dos projetos do gás do Rovuma. E também a aparente noção de que eles vieram para cá prestar um favor a Moçambique. (M.M.)
Um corte no fornecimento de energia elétrica a estação de tratamento de água do Umbeluzi agravou a restrição no abastecimento deste líquido nas Cidades de Maputo, Matola e Vila de Boane, durante o fim-de-semana. O porta-voz da Empresa Águas da Região de Maputo, Afonso Mahumane, disse à “Carta” que o corte ocorreu por volta das 13 horas de sexta-feira tendo sido restabelecido à meio da noite do mesmo dia. “Ficamos praticamente meio-dia sem energia.
Foram precisas mais quase 12 horas para a reposição gradual do sistema de produção de água”, afirmou Mahumana. Os efeitos da situação ainda se vão fazer sentir, mas o sistema já foi reposto. Durante o corte, 87 mil metros cúbicos não foram produzidos, afetando os cerca de 250 mil clientes da empresa. A restrição registada afetou o quotidiano dos cidadãos que tiveram que procurar alternativas em busca do precioso líquido.
A nossa fonte disse que a empresa não tem ainda um horizonte sobre quando, em definitivo, as restrições no fornecimento de água serão ultrapassadas. Afonso Mahumane recorda que o fornecimento de água às populações das Cidades de Maputo, Matola e Vila de Boane vem observando restrições desde o ano passado devido à escassez de chuva, o que diminuiu drasticamente o o caudal do Rio Umbeluzi.(Carta)
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(11 de Dezembro, às 18:30 min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Venha passar o dia no orfanato Calor Fraterno, onde iremos juntos montar Hortas Solidárias. Ajude-nos a recolher garrafas plásticas e latas de alumínio para a montagem das hortas orgânicas. Para fazer parte deste evento inscreva-se na Moz Mbilo. A horta orgânica consiste no cultivo de hortaliças, temperos e ervas medicinais sem o uso de agrotóxicos e de maneira ecologicamente correta. Ou seja, é uma maneira de plantar e cuidar das hortaliças com técnicas que não poluem a terra e a água, não contaminam as plantas, nem os plantadores e consumidores. São usados adubos orgânicos e não há uso de produtos químicos. Podemos dizer que é uma maneira de cultivar imitando a natureza, mas com o uso de tecnologias modernas. A horta além de ser uma fonte alimentar é um importante local de relaxamento que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo, sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades de vendê-los, ajudando na renda da família.
(11 de Dezembro, em Maputo)
A UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) vai encerrar a exposição “Frente. Verso. Inverso - Arte Contemporânea dos Países de Língua Portuguesa nas Coleções em Portugal”. Com curadoria de Adelaide Ginga (MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea), a mostra reúne 60 obras pertencentes a 54 artistas plásticos contemporâneos dos países da nossa língua comum (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor) em coleções existentes em Portugal. A exposição poderá, ainda, ser visitada de 2.ª a 6.ª feira.
(11 de Dezembro, às 18:30 min em Portugal)