O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2019 entre 4 a 4, 7 % e a inflação irá rondar nos 6%. De acordo com o fundo, estes indicadores resultam de “esforços sustentados de criação de uma paz duradoura, de um relaxamento gradual das condições monetárias, da regularização dos pagamentos internos em atraso junto de fornecedores e do maior investimento direto estrangeiro, em particular nos megaprojetos de gás natural liquefeito”.
Há um braço de ferro instalado entre alguns membros da RENAMO e Raul Novinte, o presidente eleito do Conselho Autarquico da cidade portuária de Nacala, na província de Nampula. Em causa está a reivindicação de tomada de posições de chefia, com destaque para o posto de vereador, por parte de alguns membros que consideram que o novo edil deve por "obrigação" colocar no seu governo, independente da competência muito menos respeito a hierarquia, pessoas directamente ligadas ao partido. Num áudio que circula nas redes sociais, Feliciano Linha, membro da RENAMO e docente na Escola Serviços Missionários de Caridade para África (SEMICA), instituição que tem como o seu fundador e director Raul Novinte (edil eleito de Nacala-Porto), faz duras críticas ao cabeça-de-lista vencedor, pelo facto deste tencionar criar um “governo inclusivo”.
Sete jovens foram ontem detidos por populares nas proximidades da aldeia de Squaia, na localidade de Litingina, no distrito de Nangade em Cabo Delgado. Squaia sofreu um violento ataque de alegados “extremistas islâmicos” na passada quinta-feira à noite. Dezenas de jovens armados maioritariamente com facas e catanas irromperam aldeia dentro depois das 22 horas. Os residentes já se tinham recolhido aos aposentos. Os atacantes chegaram ao local e desataram a bater cada porta. Quem ousasse abrir era logo abatido. Esfaqueado. Relatos colhidos por “Carta” apontam para 12 mortes e dezenas de feridos. Mas quem não abrisse a porta via sua barraca incendiada imediatamente.
O economista moçambicano que o FMI ofereceu ao Governo para dirigir o banco central, Rogério Zandamela, é tido como um “one man show”. Raramente reúne os Conselhos de Administração (CA) do banco. O grosso das suas decisões são tomadas individualmente e faz também um “uso abusivo” do seu voto de qualidade enquanto governador. Esta é a súmula de uma caracterização da atuação de Zandamela, partilhada à “Carta”. O nome de Zandamela esteve no centro do debate público na semana passada por causa da sua gestão errática do apagão do sistema financeiro nacional. Uma contestação contra a atuação do governador ganhou corpo. Quatro destacadas organizações da sociedade civil local exigiram a sua demissão.
Decorre uma oficina sobre fotografia intitulada “Da Criação à Execução”, dinamizada pelo fotógrafo português Rodrigo Bettencourt da Câmara que está em Maputo por ocasião da sua exposição individual "Espaços", patente na Galeria até dia 14 de dezembro. A oficina “Da Criação à Execução” tem um limite de 10 participantes (os quais submeteram as suas candidaturas de 1 a 15 de novembro) e é gratuita.
Elis é um filme de drama brasileiro, uma obra biográfica sobre a cantora Elis Regina. Foi adaptado e dirigido por Hugo Prata. O filme entrou em cartaz nos cinemas brasileiros em 24 de Novembro de 2016.O filme retrata a vida intensa da consagrada cantora Elis Regina, desde quando começou a carreira, aos 18 anos, saindo de Porto Alegre e se mudando para o Rio de Janeiro, até o auge de seu sucesso, que romperam as fronteiras do Brasil, a concedendo uma imponente carreira internacional. A sua grandiosa e meteórica ascensão na música, assim como o peso da fama, atribuídos a uma vida pessoal conturbada, a perseguiram até sua fatídica morte, ocorrida em São Paulo, em 19 de Janeiro de 1982, em decorrência de uma overdose de cocaína e bebida alcoólica.
A Renamo nega ter ameaçado jornalistas na cobertura do processo eleitoral no Conselho Autárquico da Vila de Marromeu desta quarta-feira, em Sofala. O porta-voz da Renamo, José Manteigas, abordado telefonicamente pela “Carta de Moçambique”, disse estranhar tais alegações pois “os jornalistas são nossos parceiros”. Entretanto no terreno, jornalistas queixaram-se de receber ameaças feitas pela Renamo, alegadamente porque favoreceram a Frelimo na cobertura das eleições de 10 de Outubro passado.
Os centros de saúde dos CFM e do Xipamanine, na cidade de Maputo, emitem cartões de saúde a vendedores de comida sem a devida realização dos exames exigidos para a aquisição deste documento pondo, em risco a saúde dos consumidores. Valores diferentes são cobrados para o efeito nos hospitais, bastando apenas a apresentação de uma fotografia e Bilhete de Identidade do interessado. Não se realiza nenhum tipo de exames. Em conversa com mais de 10 vendedoras de comidas em viaturas na baixa da cidade de Maputo, soubemos que os mesmos obtiveram cartões sem qualquer exame. Noémia Cuna, uma vendedora de refeições no Mercado do Povo, reitera a importância da realização destes exames para o despiste de doenças contagiosas
Afinal não é apenas o mercenário americano Erick Prince, que já fechou parcerias com a Tunamar e com a ENH, que tem interesses no lucrativo negócio da proteção da industria extrativa. Moçambique corre o risco de vir a tornar-se no palco de uma segunda guerra fria. O empresário conhecido como "chef" de Vladimir Putin por seu trabalho de “catering” no Kremlin e que ajudou a Rússia a tomar parte da Ucrânia, a fazer a guerra na Síria e se intrometer nas eleições dos EUA, está com os apetites apontados a África, trazendo um exército de mercenários e “spin doctors” para ganhar dinheiro no sector da segurança.
O Presidente Filipe Nyusi tem tudo para se fazer reeleger em 2019 mas ainda vai enfrentar alguns resquícios de oposição interna, escreve a divisão de “inteligência” (Economist Intelligence Unit) da conceituada revista britânica “The Economist”. Na sua mais recente análise da situação politica e económica de Moçambique, a revista refere que “a estabilidade política será frágil” entre 2018 e 2023. A análise destaca as duas reformas que a Renamo está a exigir como condições prévias para a sua ala militar lançar armas numa base permanente: a descentralização e a integração dos seus combatentes nas forças de segurança. E refere que houve “um surpreendente grau de consenso (entre o Governo e a Renamo), embora num nível superficial. O que exatamente as reformas significam na prática será determinado mais tarde, mas um plano de integração e descentralização foi suficiente para permitir eleições municipais em outubro de 2018”.