Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

Redacção

ENIENIENI (4).jpg

A Eni anuncia hoje a publicação do seu relatório voluntário de sustentabilidade “Eni for 2023 - A Just Transition”, que traça o progresso feito no último ano, destacando o compromisso da empresa em promover uma transição energética justa, visando a neutralidade de carbono até 2050.

 

“No contexto global caracterizado por dinâmicas complexas e em evolução, somos chamados a encontrar respostas para os desafios sociopolíticos, climáticos e energéticos emergentes e a dar o nosso apoio, com uma abordagem centrada na segurança, na inovação e na sustentabilidade”, afirma Claudio Descalzi, Chief Executive Officer da Eni.

 

“A energia continua a ser uma junção crucial, uma vez que proporciona inerentemente uma sensação de segurança e oportunidades de desenvolvimento. - A transição energética é irreversível e temos de assegurar a sua realização sem sacrificar o sistema de produção e a sustentabilidade social”.

 

O ano de 2023 foi um ano significativo para a Eni, pois celebrou o seu 70º aniversário. A Eni fez da descarbonização uma parte ainda mais integral da sua estratégia empresarial, com um plano de transformação industrial destinado a oferecer produtos e serviços progressivamente descarbonizados com vista a alcançar a neutralidade de carbono até 2050, com objectivos intermédios claros já em 2025.

 

Adicionalmente, através de grandes investimentos direccionados a investigação e desenvolvimento, a Eni já reduziu as emissões líquidas de âmbito 1 e 2 no sector Upstream em 40% e as emissões globais em 30% em comparação com 2018.

Atenção especial é dada à redução das emissões de metano (reduzidas em mais de 20% até 2023 para os negócios Upstream), o que também é evidenciado pelo reconhecimento da “Gold Standard” no âmbito do programa Oil & Gas Methane Partnership 2.0 promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) e pela adesão a numerosas iniciativas internacionais, incluindo o fundo Global Flaring and Methane Reduction do Banco Mundial.

 

A empresa também estabeleceu colaborações estratégicas com parceiros internacionais, como a Sonatrach na Argélia, a EGAS no Egipto e a ADNOC nos Emirados Árabes Unidos, para apoiar os seus parceiros na resposta aos desafios da transição energética.

 

Em linha com o acordo alcançado na COP28, a Eni concorda que a transição energética ocorra de forma equitativa, ordenada, justa e pragmática. Esta perspectiva inclui tanto os investimentos para reduzir as emissões relacionadas com a produção de Petróleo e Gás, bem como a expansão do portfólio de gás, um vector de transição no percurso da transição energética (a aquisição da Neptune Energy, o arranque da produção do projeto Congo LNG), incluindo a expansão do sector das energias renováveis com os 3 GW de capacidade instalada da Plenitude, o nascimento da Enilive e a expansão da capacidade de biorefinaria para uma mobilidade mais sustentável ou projectos de Captura e Armazenamento de Carbono, particularmente na Itália e no Reino Unido.

 

O investimento também continua, para acelerar o desenvolvimento industrial da fusão por confinamento magnético que permitirá a produção segura e praticamente ilimitada de grandes quantidades de energia com emissões zero.

 

A transição justa continua no centro da estratégia da Eni e é concretizada através de vários projectos destinados a gerir os impactos sociais de transformação, maximizando as oportunidades de desenvolvimento local e trabalhando em parceria com as comunidades envolvidas, respeitando os direitos humanos e protegendo a saúde e o ambiente.

 

Projectos como a conversão da refinaria de Livorno para uma biorefinaria, o Centro de Excelência da Oyo para as Energias Renováveis e Eficiência Energética no Congo, ou as parcerias com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) para melhorar a segurança e a saúde ocupacional dos agricultores nas cadeias de abastecimento de matérias-primas agrícolas e com a IRENA para promover o desenvolvimento de competências para a transição, testemunham o compromisso da empresa com uma transição justa e inclusiva, em parceria com os países onde a Eni opera.(Carta)

Em mais uma batalha judicial, o deputado Venâncio Mondlane acaba de conquistar um lugar entre os delegados ao VII Congresso da Renamo, que se realiza hoje e amanhã, na vila de Alto-Molócuè, província da Zambézia.

 

Esta terça-feira, 14 de Maio de 2024, o Tribunal Judicial daquele distrito da Zambézia julgou procedente uma Providência Cautelar Não Especificada, submetida por Venâncio Mondlane, e ordenou o maior partido da oposição a aceitar a entrada do político na reunião do principal órgão daquela formação política.

 

O Tribunal de Alto-Molócuè alega ter tomado esta decisão pelo facto de Venâncio Mondlane, enquanto membro da “perdiz”, ter direito de “eleger e ser eleito aos órgãos do Partido”, à luz do nº 2, do artigo 12, dos Estatutos da Renamo. E porque o evento decorre nos dias 15 e 16 do mês corrente, entende o juiz Agostinho Jorge, “não há outra providência para acautelar o direito do Requerente [Venâncio Mondlane] e o prejuízo derivado da Providência não excede o dano que com ela se quer evitar”.

 

O Tribunal diz ter tomado esta posição com base nos documentos submetidos pelo advogado do político, o causídico Elvino Dias, nomeadamente, o cartão de membro, o Regulamento de Eleição dos Congressistas, os Estatutos da Renamo, a cópia de uma reclamação de Venâncio Mondlane ao nível da Conferência Provincial, cópia de um artigo da “Carta de Moçambique” e as imagens da Conferência Distrital.

 

Refira-se que a nova providência cautelar de Venâncio Mondlane surge na sequência da sua exclusão do VII Congresso, alegadamente ordenada oralmente pelo Presidente da Mesa da Conferência Provincial da Cidade de Maputo, Samuel Manjate, depois de o político ser eleito, por aclamação, delegado ao Congresso, durante a referida reunião, realizada na última sexta-feira.

 

Na sua providência cautelar, Venâncio Mondlane sublinha ter submetido uma reclamação ao Gabinete de Preparação do Congresso que, no entanto, ainda não foi respondida. A missiva foi submetida na sexta-feira. Refere ainda que nunca foi instaurado um processo disciplinar contra si, em reação às alegacões que o apontam como indisciplinado e que não está alinhado com as linhas orientadoras do partido.

 

Referir que, até ao início da tarde de hoje, a Renamo negava-se a receber a notificação do Tribunal Judicial do Distrito de Alto-Molócuè, facto que impedia Venâncio Mondlane de ter acesso à tenda onde decorre o VII Congresso da Renamo.

 

Nas diversas entrevistas concedidas aos órgãos de comunicação social, José Manteigas, porta-voz do partido, jurava de pés juntos que Venâncio Mondlane não ia participar do evento por não ter sido eleito e muito menos convidado. Dizia ainda não estar preocupado com o que acontecia ao redor da tenda, pois, sua mente estava focada no evento. Sublinhar que o evento conta com 700 delegados e 300 convidados.

 

Lembre-se que Venâncio Mondlane é um dos candidatos à presidência da Renamo, sendo o único que ainda não recebeu o “OK” do Gabinete de Preparação do VII Congresso para concorrer à liderança do maior partido da oposição. A votação deverá decorrer, em princípio, amanhã. (Carta)

Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, Confirma Presença

 

Mateus Magala, Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, está confirmado para a Conferência BFSI 2024, trazendo expectativas elevadas após uma influente participação na edição anterior. Reconhecido pela sua abordagem proactiva e visionária, Magala abordará as conquistas recentes e delineará os planos futuros para impulsionar a digitalização e a inclusão financeira em Moçambique.

 

A conferência, que se destaca como um dos principais eventos no calendário financeiro, servirá de palco para o Ministro expor como as políticas do seu ministério estão alinhadas com os esforços nacionais para melhorar a infraestrutura crítica que suporta a operacionalização e expansão dos serviços financeiros. Magala também discutirá como essas políticas estão a contribuir para alcançar uma inclusão financeira mais ampla, que é vista como um vetor para o crescimento económico e a estabilidade em Moçambique.

 

O Ministério dos Transportes e Comunicações desempenha um papel crucial na criação e manutenção de infraestruturas essenciais para a operacionalização e expansão dos serviços financeiros digitais. Focando na melhoria da conectividade e acessibilidade digital, especialmente em regiões menos desenvolvidas, o ministério tem promovido a expansão das redes de telecomunicações e o fortalecimento da infraestrutura tecnológica. Estas açcões são fundamentais para facilitar transações financeiras digitais seguras, permitindo que mais cidadãos acedam a serviços financeiros modernos como a banca online e pagamentos móveis. Além disso, o ministério trabalha em colaboração com reguladores, instituições financeiras e parceiros tecnológicos para assegurar que as infraestruturas estejam em conformidade com as normas de segurança cibernética, criando um ambiente seguro para a adopção dos serviços digitais.

 

Através destas iniciativas, o Ministério dos Transportes e Comunicações contribui directamente para os objectivos de inclusão financeira e desenvolvimento económico do país, garantindo que os benefícios da digitalização financeira sejam amplamente distribuídos por toda a população moçambicana.

 

A conferência BFSI 2024 promete ser um marco importante na agenda de desenvolvimento financeiro de Moçambique, abrindo novas portas para a colaboração entre os sectores público e privado. Através dessas interacções, espera-se promover um ecossistema financeiro que não só abrace a inovação mas também garanta uma inclusão mais ampla e eficaz.

 

Este evento será crucial para destacar os esforços contínuos do país na criação de uma infraestrutura que apoie a digitalização financeira e para discutir as estratégias que podem acelerar o processo de inclusão financeira. A participação activa e as discussões geradas podem conduzir a novas parcerias e iniciativas que beneficiarão toda a sociedade moçambicana.

 As receitas correntes do Estado cresceram 12,2% no primeiro trimestre em Moçambique, em termos homólogos, para 73 mil milhões de meticais (1.060 milhões de euros), impulsionadas pelo aumento na arrecadação de impostos, segundo dados oficiais.

 

De acordo com o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de janeiro a março, do Ministério da Economia e Finanças e ao qual a Lusa teve ontem acesso, trata-se de uma realização equivalente a 19,3% da previsão para todo o ano de 2024, cujas receitas estão estimadas pelo Governo em 377.974 milhões de meticais (5.487 milhões de euros).

 

Do total de receitas arrecadadas pelo Estado no primeiro trimestre, 90% dizem respeito a impostos cobrados, no valor de 65.922 milhões de meticais (957,4 milhões de euros), que aumentaram 13,7% em termos homólogos, mas com uma taxa de execução, face ao previsto para todo o ano, de 18,9%.

 

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de importações e operações internas rendeu ao Estado, no primeiro trimestre, 28.282 milhões de meticais (410,7 milhões de euros), mais 14,7% face ao mesmo período de 2023.

 

Contudo, o relatório recorda que o valor do IVA bruto cobrado até final de março foi de 21.571 milhões de meticais (313 milhões de euros), tendo sido deduzido quase 3.564 milhões de meticais (51,7 milhões de euros) em reembolsos daquele imposto.

 

Já o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, pago pelas empresas, foi o que mais cresceu, 31,8%, para 15.609 milhões de meticais (1.308 milhões de euros).

 

O produto interno bruto (PIB) de Moçambique cresceu 5,01% em 2023, contra 4,16% em 2022, com a previsão governamental de 5,5% em 2024.(Lusa)

Daniel Francisco Chapo, o candidato da Frelimo às eleições presidenciais de outubro manteve, na segunda-feira, um encontro com representantes de confissões religiosas da Cidade de Maputo. Chapo foi agradecer as organizações religiosas pelas “orações|” à Frelimo" e “pedir bênção” para o desafio eleitoral que se aproxima. As diversas confissões religiosas saudaram Daniel Francisco Chapo, a quem apelidaram de candidato de todos. Pediram a Deus que abençoe Chapo e ofereceram-lhe uma Bíblia Electrónica, aconselhando-o a usá-la durante todo seu percurso.

 

As igrejas manifestaram disponibilidade para cooperar com o governo. Destacaram a necessidade de colaboração na assistência social aos idosos. E condenaram veementemente os linchamentos por acusações de feitiçaria. Usando da palavra, o Primeiro Secretário do Comité da Cidade de Maputo, António Niquice, disse que era uma honra receber o candidato. Referiu que Daniel Francisco Chapo solicitou o encontro com os religiosos para agradecer pelas orações e felicitações que tem estado a receber por este grupo relevante, bem como pedir conselhos para seguir a sua missão. 

 

Por seu turno, o Chefe da Brigada Central de Assistência e Apoio à Cidade de Maputo e Membro da Comissão Política, Francisco Mucanheia, saudou a disponibilidade dos religiosos que tempestivamente aceitaram o encontro com o candidato. Informou que a escolha da Frelimo em Daniel Chapo baseou-se na sua longa experiência na governação e militância partidária. Seu trabalho nas comunidades deixou marcas indeléveis, segundo disse. 

 

Referiu ainda que "o partido Frelimo tem plena certeza que Deus escolheu o melhor líder para os moçambicanos. Um § íntegro e trabalhador".Disse estar feliz pela presença dos líderes religiosos, "o que mostra a força de Deus para que o futuro presidente Daniel Chapo possa dirigir o País com foco no salto positivo da economia e da sociedade sem nenhum tipo de discriminação. Este é o candidato ideal e o melhor presidente que Moçambique precisa neste contexto", concluiu. 

 

Daniel Chapo agradeceu aos religiosos pela presença e disse que, apesar da agenda, era oportuno se reunir com eles. Explicou a escolha de Quelimane para apresentação do candidato, que baseou-se no facto de o partido eleitoral ter feito a apresentação dos cabeças de lista das últimas eleições autárquicas em Nampula e ter aberto a última campanha eleitoral na Cidade da Beira em Sofala. 

 

Recordou ainda que, durante a sua apresentação em Quelimane, o Presidente Filipe Nyusi anunciou que ele já estava solto para voar, isto é, começar a trabalhar e ter encontros com diversos segmentos da sociedade. 

 

Neste âmbito decidiu em coordenação com o Comité da Cidade de Maputo, reunir com os religiosos para agradecer e pedir conselhos, pois tanto ele como o partido estão cientes do papel da igreja na construção do país bem como das orações feitas durante os três dias em que decorreu a sessão do Comité Central que o elegeu. Explicou que não foi possível seguir a tradição de apresentação do candidato depois da eleição, devido a agenda presidencial do Chefe de Estado. (Carta)

Os terroristas protagonizaram nos últimos dias mais dois ataques em duas comunidades do distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado. Trata-se de Nanduli, atacada esta terça-feira (14), por um grupo de seis terroristas que, além de queimar palhotas, forçou o deslocamento de várias famílias à sede distrito de Ancuabe.

 

Fontes disseram que os terroristas não conseguiram executar integralmente o seu plano, devido à resposta das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas. As mesmas fontes acrescentaram que as Forças do Ruanda também foram accionadas e desde a tarde desta terça-feira estavam a garantir segurança à sede distrital.

 

No último sábado, a aldeia Missufini também foi alvo de um ataque terrorista, em que foi morto um membro da força local e queimadas cerca de 20 palhotas da população. Nesta comunidade, os terroristas não causaram muitos danos porque na mesma altura estava de passagem uma unidade das forças armadas em direcção à cidade de Pemba que, de imediato, interveio, obrigando os atacantes a recuar.

 

Parte das famílias de Missufini foram obrigadas a refugiar-se para as aldeias Impiri, Ntutupue, Silva Macua e cidade de Pemba. Refira-se que este ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico através dos seus meios de propaganda.

 

Por seu turno, o Secretário Permanente do distrito de Ancuabe, Saide Amade, escalou no último fim-de-semana a aldeia Missufini e solidarizou-se com as vítimas, oferecendo tendas de abrigo e produtos alimentares com vista a minimizar o sofrimento. (Carta)

Em balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado referente ao primeiro trimestre de 2024, o Governo diz ter adquirido e distribuído apenas 1.399.240 livros escolares para o ensino primário por área geográfica, o que corresponde apenas a uma execução de seis por cento, faltando 94 por cento dos manuais por distribuir. O mesmo documento não faz uma análise comparativa com igual período do ano passado.

 

A meta anual era a aquisição e distribuição de 22 491 500 livros, logo no primeiro trimestre para permitir que os alunos tenham material para facilitar o processo de aprendizagem, tendo em conta que os alunos da 1ª e 2ª classes usam o manual como livro-caderno.

 

Do universo dos livros adquiridos e distribuídos, o informe mostra que a maior parte foi para a província de Nampula (185.940), seguida de Sofala (182.245), Tete (168.140), Inhambane (160.650), Maputo (150.980), Manica (149.950), Gaza (140805), Cidade de Maputo (79.280) e, por último, a província de Cabo Delgado (36.750).

 

Entretanto, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) assume que não conseguiu cumprir com a meta. “Foram distribuídos mais de 1 milhão de livros. O livro ainda está em processo de distribuição, uma vez que este está a chegar ao país em partes. Também há dificuldades de acesso a alguns distritos devido às chuvas que têm caído insistentemente”, justifica o MINED.

 

Dos manuais adquiridos e distribuídos, o Governo diz que usou 593.000,00 mts do orçamento interno e 1.345.055,00 mts do apoio externo.

 

No documento, o executivo relata também como meta para o presente ano a construção de 77 salas de aula para o ensino primário, sendo que até esta altura nenhuma foi construída. Por outro lado, das 22 escolas secundárias por construir, sendo quatro para o primeiro trimestre, apenas foram construídas três.

 

“Foram construídas três escolas com um total de 26 salas de aula, beneficiando mais de 2600 alunos do Ensino Secundário, uma execução de 75 por cento”.

 

Em relação ao número de carteiras para o ensino primário, o Executivo planificou para o presente ano 11.300, das quais 3300 para o primeiro trimestre, tendo já adquirido 7.346, o que corresponde a uma execução anual de 65 por cento. (M.A)

JoaodeAbreu.jpg

A Autoridade de Aviação Civil de Moçambique (IACM) lançou esta terça-feira (14), em Maputo, o projecto do plano director do sistema de aviação civil de Moçambique, para o período 2025-2037. De entre vários objectivos, o plano visa preparar o país para atacar as oportunidades para o sector aéreo no âmbito do Projecto de conectividade na África Austral, financiado pelo Banco Mundial, no valor de 380 milhões de USD.

 

O Governo de Moçambique e o Banco Mundial concordaram em 2021 no financiamento da preparação do Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral para o desenvolvimento dos corredores da Beira e de Nacala e contribuindo para o aumento dos benefícios económicos para a redução da pobreza. O objectivo central de desenvolvimento do projecto de Comércio e Conectividade da África Austral é reduzir os custos de comércio e de transporte, bem como aumentar o investimento privado ao longo dos corredores, beneficiando o Malawi e Moçambique.

 

Neste contexto, segundo o Presidente do Conselho de Administração do IACM, João de Abreu, o sistema de aviação civil constitui uma peça fundamental ao reforço da competitividade dos corredores comerciais e logísticos, tanto no apoio ao fluxo de passageiros de negócios, como na canalização de algumas cadeias de importação e exportação de produtos de elevado valor, que complementam o fluxo terrestre de mercadorias nos nós de produção.

 

De Abreu explicou igualmente que o desenvolvimento de um plano director é uma das premissas mandatárias da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e, sendo Moçambique membro desta organização, este documento de planificação estratégica de longo prazo torna-se fulcral para que o país esteja com os níveis desejáveis de implementação efectiva das premissas de desenvolvimento do sector de aviação civil.

 

Para o PCA do IACM, o plano director, orçado em 1.2 milhão de USD (...), deverá trazer algumas inovações ao nosso sistema, como é o caso da revisão total da actual política de transporte aéreo que se encontra desenquadrada da realidade, uma vez que a mesma é datada de 2011.

 

“O projecto do plano director vai desenvolver uma estratégia para a reforma faseada do sector da aviação civil que conduza à implementação de políticas, leis e regulamentos sólidos em matéria de aviação civil, bem como programas, metodologias, processos e projectos para garantir capacitação, segurança/facilitação, a eficiência e a regularidade do transporte aéreo, em total conformidade com as Normas e Práticas Recomendadas da ICAO”, acrescentou De Abreu.

 

O gestor explicou ainda que o plano director do sistema de aviação civil é fundamental para garantir que o Estado Moçambicano esteja pronto para revitalizar e reorganizar o seu sector de aviação civil, principalmente na recuperação pós-pandemia. Por isso que é fundamental que o nosso Estado desenvolva o plano director para fornecer ao nosso Governo uma perspectiva concisa e clara para o desenvolvimento da área de transporte aéreo em Moçambique nos próximos 15 anos.

 

A empresa Ideaconsult International é a entidade que foi seleccionada para desenvolver o plano director de aviação civil de Moçambique. Criada em 2006 na Tunísia, é uma empresa de consultoria especializada em estudos em engenharia de transportes, estratégia, ordenamento do território, estudos ambientais, económicos, institucionais e sociais, assistência técnica e gestão de projectos.

 

A consultora externa vai desenvolver o plano director de aviação civil de Moçambique em parceria com a Engenharia, Ambiente e Planeamento, Lda., uma empresa sediada em Moçambique, que resulta da agregação da experiência e competência de um conjunto de técnicos Consultores em Engenharia, Ambiente, Arquitectura, Economia e Gestão. (Evaristo Chilingue)

Presidente-NyusiCASP.jpg

O Governo de Moçambique e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique CTA realizam a XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP), nos dias 15, 16 e 17 de Maio corrente, na Cidade de Maputo. A cerimónia de abertura do evento será orientada hoje pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, acompanhado por parte considerável dos membros do seu Governo.

 

Subordinada ao tema: “Investimentos e Negócios em Ambiente das Medidas de Aceleração Económica: Desafios e Oportunidades”, o Governo e os líderes empresariais vão reflectir sobre os progressos e desafios do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE) e debater sobre como melhorar as condições no Ambiente de Negócios e tornar o país mais competitivo. 

 

Informações partilhadas pela CTA indicam que nesta CASP são esperados mais de quatro mil participantes presenciais e 20 mil virtuais pelo mundo inteiro, dentre eles empresários e investidores nacionais e estrangeiros, instituições financeiras, parceiros de cooperação, instituições multilaterais e membros do Governo. Estão confirmados mais de 40 oradores nacionais e estrangeiros e delegações de mais de 12 países, como Maurícias, África do Sul, Angola, Brasil, Portugal, Holanda, França, Itália, Zimbabwe, entre outros.

 

Na componente de promoção de investimentos e oportunidades de negócios, haverá Salas de Negócios e Market Place. Nas Salas de Negócios serão discutidos projectos de diversos sectores avaliados em cerca de 1,2 bilião de USD e já estão confirmadas mais de 10 instituições financeiras e de desenvolvimento nacionais e internacionais, com destaque para o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) que irá promover a linha de financiamento do Programa Compacto Lusófono, a Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, GAPI e outras instituições financeiras que irão apresentar vários programas e facilidades de financiamento, que variam de 250 mil a 10 milhões de dólares norte-americanos.

 

No Market Place, um fórum de facilitação de encontros entre produtores e potenciais compradores, serão promovidas negociações directas com indústrias consumidoras de matérias-primas. Durante a CASP, haverá sessões bilaterais dedicadas ao diálogo e promoção de parcerias e negócios com países estratégicos de Moçambique, para atracção de investimentos.

 

Estão agendadas as seguintes sessões: Moçambique – Brasil; Moçambique – Portugal; Moçambique – União Europeia; e Moçambique - França. Na França, é esperada uma delegação de 14 empresas do sector de Energia. Uma das inovações desta edição da CASP é a feira dedicada ao mercado imobiliário com vista a estimular este sector, em linha com o PAE, sobre a incorporação dos materiais locais no sector da construção. (Carta)

Arranca na manhã de hoje, 15 de Maio de 2024, na vila autárquica de Alto-Molócuè, província da Zambézia, o VII Congresso da Renamo, o segundo a ser realizado após a morte de Afonso Dhlakama e o primeiro a ter lugar cinco anos após a realização do anterior.

 

A terminar amanhã, o principal órgão do maior partido da oposição tem como principal ponto da agenda a eleição do Presidente do Partido, dos novos membros do Conselho Nacional e dos novos membros da Comissão Política Nacional.

 

Ossufo Momade, actual Presidente da Renamo, e os deputados Ivone Soares, Elias Dhlakama, Alfredo Magumisse e André Magibire são, até ao momento, os candidatos à presidência da Renamo confirmados pelo Gabinete de Preparação do Congresso, enquanto o deputado Venâncio Mondlane ainda aguarda o “OK” para concorrer ao cargo.

 

Aliás, o cabeça-de-lista da Renamo nas eleições autárquicas de 2023 é o único delegado eleito ao Congresso que ainda não tem presença confirmada na magna reunião, depois de Ossufo Momade ter supostamente ordenado o seu afastamento do evento. Lembre-se que Momade e Mondlane estão de costas voltadas, desde que o Mondlane acusou a liderança máxima do partido de cumplicidade na fraude eleitoral que se verificou em 2023.

 

Um dos motivos invocados para o seu afastamento é o facto de alegadamente não ter pago as quotas, porém, em entrevista à DW, Venâncio Mondlane garante ter pago, em adiantado, todas as quotas. Diz ainda ter solicitado junto da sua Bancada Parlamentar e junto da Delegação Política da Cidade de Maputo as cartas de quitação para analisar a sua situação.

 

Refira-se que, para além da eleição do novo Presidente, que deverá ser candidato presidencial do partido às próximas eleições de 09 de Outubro, o VII Congresso da Renamo deverá analisar o desempenho do partido nas eleições autárquicas de 2023, onde a segunda maior formação política do país perdeu três municípios, dos sete ganhos em 2018.

 

O pagamento de pensões dos guerrilheiros da Renamo abrangidos pelo DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração) e os desentendimentos entre Ossufo Momade e parte das chefias militares do partido deverão também corporizar o encontro que, mais uma vez, será realizado longe dos holofotes. (Carta)

Pág. 77 de 1423