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Redacção

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sábado, 08 dezembro 2018 19:51

Música / Dia do CD

Dia do CD é uma plataforma que visa promover a música nacional e fazer com que o músico e a cultura no geral sejam sustentáveis. Todas as semanas teremos nos locais Beergarden CDs de vários músicos moçambicanos (de todo estilo musical) a venda. E cada evento, vamos trazer um artista para uma sessão de autógrafos isto é, vamos escolher um artista por semana para a promoção do seu disco e chamamos ao seu disco CD do DIA, a artista desta semana é a Yoka.

(09 de Dezemmbro, das 10 às 21 horas no Beergarden)

sexta-feira, 07 dezembro 2018 19:09

Teatro infantojuvenil / O Natal de José e Maria

A magia do Teatro para passar uma mensagem de família, fé, esperança e amizade com espírito festivo que acompanha o mês de Dezembro.

Sinopse: O Natal de José e Maria é um texto original de Gigliola Zacara que busca ajudar crianças, adolescentes e jovens a compreenderem o verdadeiro significado do Natal. O espírito festivo que acompanha o mês de Dezembro permite usar a magia do Teatro para passar uma mensagem de família, fé, esperança e amizade. O Natal de José e Maria é um diálogo de duas crianças sobre o significado do natal e o que ele representa. José acredita que esta é uma época de ganhar e dar presentes enquanto para a Maria, o dia 25 de dezembro marca o aniversário de um menino chamado Jesus. E a partir dessa diferença de opinião, os dois travam um grande diálogo com o objetivo de entender o que é realmente comemorado nesta época do ano e sua importância para as suas vidas.

(08 de Dezembro, às 11 horas na Fundação Fernando Leite Couto)

sexta-feira, 07 dezembro 2018 19:05

Teatro Infantil / A pequena Princesa

Uma emocionante história baseada no clássico “O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry”, mas com uma interpretação modernizada. Em vez de um aviador que cai no deserto e conhece um menininho curioso, trata-se de uma astronauta que cai em Marte e conhece uma menininha que vive se aventurando pelo espaço. A peça conta todo o percurso feito pela Pequena Princesa para descobrir uma amizade verdadeira. Diversos personagens e situações foram adaptados do clássico, que é a segunda obra literária mais traduzida no mundo (270 idiomas), só perde para a Bíblia! Com autoria do brasileiro Leandro Franz, orientação artística do ator brasileiro radicado em Maputo Expedito Araujo e figurinos da estilista moçambicana Chelly Emília, traz no elenco Chana Benje, Diana Franco Muianga, Jéssica Garbo, Jujuba, Káwany, Lacimane Láurence, Mercis, Mindo Quehá, Nenah Tembe, Rivaldo Mumguambe e Socalizzy. Trata-se de um exercício cênico resultado do projeto "Teatro como Ferramenta de Transformação Social, Cidadã e de Inclusão" idealizado e coordenado pelo ator Expedito Araujo durante nove meses em caráter totalmente voluntário com objetivo de formação de grupo. O projeto começou em março deste ano com mais de 100 jovens e adultos atores e não-atores frequentando as atividades no CCBM. Começou com dois grupos, e após este período em processo seletivo natural chegou-se ao grupo formado por onze integrantes a seguir para a última etapa do projeto, extremamente pedagógica, que consiste em uma apresentação como exercício cénico, para a finalização dos trabalhos deste ano. Será a primeira vez no palco para praticamente todos. Esta ação foi possível graças ao apoio da Embaixada do Brasil com a disponibilização integral do espaço do CCBM, totalmente sem custos, e da parceria com o escritor a brasileiro Leandro Franz, que cedeu os direitos autorais a partir do projeto Pequena Princesa, e tornou esta ação como integrante de seu projeto.

(08 de Dezembro, às 16 horas no Centro Cultural Brasil Moçambique)

sexta-feira, 07 dezembro 2018 03:10

Música / Lançamento do Álbum Xidossana

Um álbum repleto de muitos sucessos da Anita Macuácua, tais Como: Kanimambo, Tio João, Xidossana entre outros. Venham conferir, haverá muitas surpresas. Ela promete trazer vários amigos e convidados de luxo para se juntarem a festa! O Big Brother estará a cargo de toda produção do evento, trazendo uma qualidade de som, luz, palco e muitas promoções. Biografia da artista: Anita Macuácua é uma cantora moçambicana de marrabenta, que iniciou a carreira musical formando a dupla Gitolas e Anita. Conquistou reconhecimento nacional ao iniciar sua carreira à solo lançando grande sucessos como Wansati Uta lhupheka e Moçambique. O evento conta com a presença dos artistas seguintes artistas: Ubakka, Mr.Bow, Julia Duarte, Marlene, Lourena Nhate, Neyma, Dama do Bling, Mabermuda, António Marcos, Yolanda Kakana, Zav, Zander e Shely Baronet, Euridice Jeque, Kloro, Dylon, Jeckcy, Bander, Dygo, Tima , Mc Roger, Herminio, Denny Og, Ziqo, New Joint, Os do Momento, Afro Madja, Abuchamo Munhoto, Tsotsi, Nigga, Matilde Conjo, DJ. Dilson, Mimae, Gabriela, Humberto Luís e DJ. Dilson.

(07 de Dezembro, às 21 hora no Big Brother)

Vários operadores pesqueiros apelam a uma maior fiscalização para se evitar o saque total dos recursos marinhos com a vinda de 114 barcos de pesca da China. O apelo foi feito à margem do debate sobre Sustentabilidade Pesqueira, Direitos Socioeconómicos e Partilha Equitativa de Benefícios Pesqueiros, havido nesta quarta-feira em Maputo, organizado pelo Fórum das Organizações da Sociedade Civil da Área Marinha e Costeira (FOSCAMC), com apoio da WWF Moçambique.  

Sem boa gestão e fiscalização, o vice-presidente do sector de agronegócios e pescas na CTA, Muzila Nhantsave, diz que com a exploração dos chineses, "em 12 anos o país poderá ficar sem recursos marinhos. Embora o nosso mar seja extenso, em termos de quantidade de pescado não é assim tão rico". Para a secretária da FOSCAMC, Sheila Rafi, o número de barcos é elevado "e vem num momento em que acreditamos não haver espaço para licenciar mais exploradores neste sector", acrescentou Rafi.

Para além do saque, com a vinda dos exploradores chineses, os operadores receiam também a marginalização dos atores nacionais na área, numa altura em que 60 % da população moçambicana ganha o seu sustento a partir de recursos marinhos, bem como a insustentabilidade do sector, visto que o pescado capturado pelos chineses será exportado.   

Os operadores nacionais apelam o governo a reforçar medidas de fiscalização, o que para eles significa pôr em prática a legislação existente, bem como fazer uma boa gestão, que exige antes de mais, o levantamento do potencial em recursos marinhos existentes no país. (Evaristo Chilingue)

 

A Empresa Beleza de Moçambique Ltd foi multada esta semana pela Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE) em 383.000.00 Mts por ter cometido um infração em matéria de higiene e segurança no trabalho, que resultou em 133 desmaios de suas trabalhadoras, 21 das quais estavam grávidas. Os desmaios aconteceram no dia 23 de Novembro numa área onde trabalham 800 pessoas, nas instalações fabris de Beluluane. A legislação nacional é omissa nos casos de violações empresariais de natureza não alimentar (e que não se enquadrem na legislação laboral). A Darling deverá pagar a multa, prestar assistência aos trabalhadores e continuar com as atividades normalmente. A porta-voz do INAE, Virgínia Muianga, os desmaios aconteceram por conta da poeira que funcionários terão inalado um dia depois de a empresa ter realizado obras de reparação do pavimento do edifício da fábrica.

 De acordo com Muianga, quando a equipa da INAE se fez ao local, os trabalhadores encontravam-se sem máscaras, no meio de uma discussão com o patronato, justamente por falta de fornecimento deste elemento protetor. A fábrica “Darling” de Beluluane foi inaugurada recentemente, sendo a maior das quatros unidades de produção que o grupo possui. Produz extensões de cabelos artificiais para exportação. Neste momento, emprega 1.540 pessoas, 94% das quais são moçambicanas e produz mechas na base de material sintético que contêm substâncias químicas não identificadas, desenvolvidas em laboratórios na vizinha África do Sul. (Marta Afonso)

Populares de Nangade decapitaram ontem dois insurgentes e levaram o braço de um deles para aldeia-sede da localidade de Litingina, exibindo-o junto da casa da família do insurgente abatido. Em retaliação, também destruíram 17 casas de alegados familiares dos insurgentes e daqueles que suspeitam pertencerem aos grupos rebeldes. A situação está tensa. Hoje, quinta feira, a caça popular aos insurgentes vai continuar.

quinta-feira, 06 dezembro 2018 08:15

A queda de Francisco Mabjaia

A era de Francisco Mabjaia no Comité da Cidade de Maputo da Frelimo chegou ao fim. A principal razão da sua violenta queda foi a forma errática e dissimulada como ele geriu o processo de indicação do cabeça de lista da Frelimo para as recentes eleições autárquicas de Outubro. 

À frente do processo na cidade, Mabjaia não conseguiu garantir a transparência esperada. Todos os então aspirantes à nomeação ficaram de fora. Um dos mais sonantes era Samora Machel Júnior. Foi ostensivamente afastado da votação interna. O filho do antigo presidente nunca recebeu uma explicação cabal sobre as razões do seu afastamento. A Comissão Política, com o beneplácito de Mabjaia, acabou impondo o seu candidato, Eneas Comiche, que ganhou a votação interna.

Numa das plenárias mais longas e cansativas (oito horas consecutivas), a Assembleia da República aprovou ontem na generalidade a proposta de lei do Plano Económico e Social e o Orçamento para 2019. Dos 206 deputados presentes, 74 (todos da oposição, Renamo e MDM) votaram contra e132 foram a favor. Fernando Bismarque, do MDM, e António Tinga, da Renamo, nas suas declarações de voto contra, reafirmaram a crítica da oposição ao PES e ao Orçamento de 2019. Não obstante os esclarecimentos do executivo, a oposição continua fincando pé que as propostas são irrealistas. No átrio do plenário, “Carta “ ouviu alguns deputados.

Fernando Bismarque disse que “não faz sentido que 15% do orçamento vá para os encargos da dívida, incluindo as dívidas ocultas. Nós como oposição temos que mostrar ao governo que está no caminho errado. Por exemplo, aprovou-se a descentralização. No próximo ano teremos governadores eleitos mas o bolo que vai para as províncias e municípios, lá onde está o povo, não reflete isso”, afirmou Bismarque.

O deputado entende por isso que, no lugar de concentrar maior parte do bolo orçamental nas entidades centrais, o Governo devia dar mais atenção às províncias e municípios.“Há municípios com uma base tributária muito pequena que não permite a prestação de serviços básicos e estão dependentes de um reforço orçamental”, disse ele. 

Quem também se mostrou contra o PES e Orçamento de 2019 é António Muchanga, deputado da Renamo. Os argumentos de Muchanga são vários. Afirma que não se entende que, numa altura em que a população moçambicana está a crescer, o governo indique que, a cada 3 funcionários que deixam o aparelho do Estado o governo só admita 1. “As instituições moçambicanas estão a crescer. Saímos do Posto Administrativo e agora criamos as sedes de localidades. Essas precisam de funcionários administrativos, precisam de Polícia e de outras entidades. Entretanto o orçamento que estamos a discutir não reflete esse crescimento”, disse António Muchanga.

Ele estranha que no orçamento para 2019 não haja nenhuma referência à Casa Militar. “Isto significa que existe um saco azul, uma forma de dreno de fundos do Estado”, alegou. Muchanga também esperava que o governo propusesse para 2019 a criação de 2 centros para instrução de polícias, um na zona norte e outro no centro, o que garantiria mais tempo na formação dos polícias na  componente da lei. A nossa polícia não conhece a lei. São apenas homens que cumprem ordens dos comandantes ignorando os aspetos de lei”, realçou ele. “O orçamento é na verdade a expressão financeira do plano que foi apresentado”, afirmou.

O antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, agora deputado da Frelimo, destacou crescimento da receita e a racionalização da despesa pública como um facto importante que concorre para a redução do défice orçamental.

Manuel Chang diz que o governo, ao se comprometer em pagar as dívidas do Estado para com o sector privado, está a dar um bom sinal. “Isto é bom porque vai permitir que as empresas continuem com as suas atividades. O não pagamento da divida, asfixia as empresas”, afirmou.  Depois da aprovação na generalidade, o PES e o Orçamento para 2019 voltam a ser discutidos na especialidade na Assembleia da República. Nas considerações finais em torno do debate destes dois importantes instrumentos para a governação, ontem, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse que o “combate a corrupção” deve continuar para assegurar a melhoria e a transparência no ambiente de negócios em Moçambique.(Germano de Sousa)

Desde 2016, com a renovação do mandato de Orlando Quilambo e posterior votação e nomeação de novos Diretores de Faculdades, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) não vive sossegada. Em 2017, dezenas de funcionários manifestaram-se exigindo o pagamento de um bónus. 

Agora emergem novas alegações envolvendo o Corpo Docente, o Corpo Técnico de Administração (CTA) e a Reitoria da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O rol de acusações está vertido numa carta aberta, alegadamente enviada ao Presidente da República Filipe Nyusi.

Em entrevista à “Carta”, o Porta-Voz da UEM, Manuel Mangue, desmentiu todas as acusações, nomeadamente os 13 pontos que o documento apresenta, desde irregularidades financeiras, esquemas de desvios de fundos usando contas antigas dos funcionários ou supostos funcionários fantasmas, assim como a existência de funcionários com 11 meses de ordenados atrasados. 

Para Mangue, a direção da administração e finanças da UEM tem pago os ordenados dos funcionários sempre dentro do período estipulado por lei, ou seja, entre cada dia 20 e 05 de cada mês.”Não temos conhecimento de atrasos salariais, até porque o processo de pagamento é automático e não tem intervenção humana”, explicou Mangue.

O sistema de gestão financeira da UEM está numa fase de transição do atual para o E-Folha e, devido a este factor, existem aspectos técnicos ou tecnológicos que podem emperrar na migração dos dados.

Mangue reconhece que possa haver funcionários que, desde que o executivo atual assumiu o poder na UEM, têm se manifestado diferente, procurando "manchar a imagem" do reitor. Ele questiona a representatividade deste grupo, numa instituição com 5000 funcionários e com um orçamento anual de 104 milhões de USD. Na carta aberta a Nyusi há um pedido de auditoria “aos desmandos que se verificam na UEM”, lê-se no documento que chegou às nossas mãos (Omardine Omar)