O BCI marcou presença, nos dias 21, 22 e 23 de Junho, na cidade de Maputo, na XVIII Conferência Anual do Sector Privado (CASP), como parceiro estratégico da CTA na promoção da melhoria do ambiente de negócios em Moçambique.
Para esta edição, o maior fórum de diálogo público-privado e de discussão de negócios decorreu sob o lema “Transformação, Sustentabilidade e Inclusão para a Competitividade Industrial de Moçambique”, tendo sido debatidas temáticas como a promoção do Diálogo Público-Privado; a promoção de investimentos e oportunidades de negócios, assim como a promoção de parcerias.
No evento, o BCI integrou o painel que discutiu as opções de financiamento para projectos industriais e conexos, onde foram apresentadas linhas de crédito existentes para financiamento. Analisou e debateu ainda a adequação dos termos e condições dos financiamentos à realidade moçambicana, com foco especial para as Pequenas e Médias Empresas, cobrindo entre outros o Fundo de garantia mutuária, a aplicação dos créditos de carbono e o seguro climático.
O Presidente da Comissão Executiva do BCI, Francisco Costa, mostrou total abertura em parceiras e apoio as PMES, tendo enfatizado a necessidade da cooperação a todos níveis para melhor fluidez dos resultados expectáveis.
O clima, os conflitos armados, os altos preços dos alimentos e as crises económicas pós-COVID-19 causaram insegurança alimentar recorde no Corno da África, com cerca de 60 milhões de pessoas precisando urgentemente de ajuda, alertaram agências humanitárias da ONU.
"Estima-se que cerca de cinco milhões de crianças menores de cinco anos enfrentem desnutrição aguda em 2023 na região do Corno de África", diz um comunicado da ONU divulgado na última segunda-feira, citando Liesbeth Aelbrecht, gerente de incidentes ligados à emergência no Corno da África na Organização Mundial da Saúde (OMS).
As agências humanitárias da ONU, em comunicado conjunto, alertaram que as preocupações climáticas são fundamentais para a segurança alimentar nos próximos meses.
As previsões globais indicam que as condições do padrão climático El Nino já estão presentes e se fortalecerão durante o resto do ano, o que pode trazer chuvas acima da média durante a estação chuvosa de Outubro a Dezembro nas partes orientais da região, incluindo grande parte do Quénia, a região somali da Etiópia e a Somália.
"O El Niño pode reduzir um pouco o risco de inundações em áreas propensas a inundações, como o Sudão do Sul", disse Brenda Lazarus, economista de segurança alimentar e alerta do Escritório Sub-regional da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) para a África Oriental.
Segundo dados da ONU, as 60 milhões de pessoas com insegurança alimentar grave incluem mais de 15 milhões de mulheres em idade reprodutiva, 5,6 milhões de meninas adolescentes e cerca de 1,1 milhão de mulheres grávidas.
Segundo a ONU, cerca de 360.000 mulheres devem dar à luz nos próximos três meses. As mulheres forçadas a procurar comida para sobreviver "fazem isso às custas de sua própria saúde", afirmou Michael Ebele, consultor humanitário regional do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) para a África Oriental e Austral.
A ONU diz que a desnutrição entre mães grávidas coloca os seus filhos ainda não nascidos e lactantes em risco de desnutrição e propaga a desnutrição por todo o ciclo de vida nas comunidades.
Mães desnutridas também não são capazes de suportar complicações na gravidez, o que as coloca em risco de perder o filho. O Corno da África inclui a Somália, Etiópia, Eritreia e Djibouti. (ONU)
A xadrezista moçambicana Neusa Castro foi a vencedora, em femininos, da terceira edição do BCI Open de Xadrez, que juntou, de 23 a 25 de Junho, no distrito municipal da Katembe, na cidade de Maputo, atletas de Moçambique, África do Sul, eSwatini, Botswana, Malawi, Zimbabwe e Lesotho. Esta vitória vem confirmar o destaque que o xadrez moçambicano tem vindo a ganhar nos últimos anos. Em masculinos, a vitória coube ao sul africano Banele Mhango.
O Director Comercial Regional do BCI, Gerónimo Massolonga, que testemunhou a cerimónia de abertura do torneio, reiterou, por esta ocasião, o compromisso do banco no apoio à dinamização dos esforços para a crescente afirmação do desporto moçambicano, em particular o xadrez. “O BCI tem um histórico no apoio a esta modalidade, tendo já em 2018 sido patrocinador, em regime de exclusividade, com naming “Taça BCI”, facto que em si evidencia o nosso compromisso com o sucesso do xadrez moçambicano. No ano passado tivemos igualmente o grande privilégio de cá marcar presença, apoiando a realização da segunda edição deste Open” – disse.
Para além de autoridades nacionais, de dirigentes e membros da Federação Moçambicana de Xadrez, destacou-se, ainda, a presença, nesta edição, de um mestre cubano da modalidade.
A procura pelo melhor bartender de Moçambique chegou ao fim, com a coroação de Carlos Matecane como o vencedor da competição Diageo Bar Academy Mix-Off, pelo Vice-Ministro da Cultura e Turismo, Fredson Bacar, no Gloria Hotel, em Maputo.
A competição apresentada pelo rapper e personalidade moçambicana Dygo Boy Juru$, contou com um painel de jurados composto pelo músico-produtor Ellputo (ambos artistas são embaixadores da Johnnie Walker em Moçambique), Ryan Duvenage, chefe regional de formação da Diageo Bar Academy África, e Wilson Maquenze, Director da Diageo Bar Academy em Moçambique.
Os 20 concorrentes - seleccionados entre centenas de candidaturas - participaram numa série de desafios onde testaram não só as suas habilidades, mas também a sua criatividade e carisma. A etapa final teve os três melhores concorrentes a competirem no Desafio de Cocktail Nacional, para o qual tiveram de criar um cocktail com sabores típicos moçambicanos.
Os três finalistas foram Carlos Matecane, o vencedor, Licínio Mungwambe em segundo lugar e Fred Conge em terceiro lugar.
"Sendo a hotelaria & restauração uma parte tão importante do sector do turismo em Moçambique, competições como esta são muito importantes na formação, educação e criação de oportunidades de emprego para os jovens bartenders. Felicitamos a Diageo Bar Academy pela iniciativa e celebramos o papel que os bartenders desempenham no avanço da indústria de hotelaria e restauração do país", disse o Vice-Ministro da Cultura e Turismo, Fredson Bacar.
As competições de bartenders da Diageo são realizadas globalmente, e procuram identificar e reconhecer os melhores jovens bartenders de cada país, incluindo Moçambique, oferecendo-lhes a oportunidade de mostrar os seus talentos e alavancar as suas carreiras. A última competição de bartenders moçambicanos foi realizada antes da pandemia, em 2018.
"Estamos muito animados por trazer este evento de volta, depois de quatro anos. Os bartenders vencedores têm todas as habilidades, confiança e conhecimento necessároas para representar o futuro do bartending em Moçambique", disse Wilson Maquenze, da Diageo Bar Academy.
Como vencedor da competição Mix-Off Moçambique, Carlos Matecane recebeu um bar móvel personalizado com equipamentos de bartending, no valor de MZN 100.000,00; o segundo classificado, Licínio Mungwambe, recebeu prémios no valor de MZN 50.000,00, incluindo uma viagem de duas noites à Ponta do Ouro e um kit de bartender personalizado. O terceiro classificado, Fred Conge, ganhou um kit de bartender personalizado, no valor de MZN 25.000,00. Os três melhores bartenders também foram nomeados os bartenders de primeira escolha para os eventos da Diageo, e tiveram a oportunidade de estabelecer contactos com proprietários de negócios que participaram do evento.
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebeu felicitações do Presidente dos Estados Unidos da América, Joseph R. Biden Jr, pela passagem do Dia da Independência Nacional, assinalado a 25 de Junho corrente.
Na mensagem, o Presidente Joe Biden afirma que a parceria entre Moçambique e os Estados Unidos ajudou a forjar um futuro mais pacífico e próspero para os cidadãos das duas nações assim como em todo o mundo.
“Juntos enfrentamos desafios regionais e globais, incluindo o terrorismo, mudanças climáticas e insegurança na saúde. Também aumentamos nossos níveis de comércio e investimentos bilaterais para promover o crescimento econômico inclusivo para os nossos dois países”, diz o estadista americano na sua mensagem.
Para o Presidente Biden, como membros do Conselho de Segurança da ONU, Moçambique e os Estados Unidos da América estão trabalhando juntos para alcançar a paz global e proteger os valores comuns, incluindo a soberania, a liberdade e a democracia.
“No próximo ano tenho esperança que a nossa parceria será mais aprofundada, assim como a amizade entre nossos povos, à medida que avançamos na nossa visão comum de um mundo pacífico, seguro e próspero”, lê-se ainda na mensagem do Presidente dos Estados Unidos da América. (Carta)
O Tribunal Supremo do Reino Unido, última instância judicial, rejeitou um pedido de recurso para bloquear o financiamento britânico à extração de gás natural em Moçambique, revelou a organização ambientalista Friends of the Earth.
Moçambique. Rejeitado recurso contra financiamento britânico a gás.
"Isto é extremamente dececionante. Discordamos profundamente da decisão do tribunal, mas, infelizmente, não podemos recorrer", reagiu a líder de campanhas internacionais da Friends of the Earth sobre o clima, Rachel Kennerley, num comunicado.
Esta decisão, comunicada pelo tribunal à organização, representa o fim de uma longa batalha judicial iniciada em 2020.
Uma primeira ação judicial da Friends of the Earth no Tribunal Superior de Londres acabou em março de 2022 numa decisão dividida entre o coletivo de juízes, pelo que foi deferido o pedido de recurso.
Mas em janeiro, o Tribunal de Recurso rejeitou, pelo que a organização pediu que os argumentos fossem novamente escutados pelo Tribunal Supremo, equivalente ao Tribunal Constitucional em Portugal.
A Friends of the Earth prometeu continuar a apoiar a organização ambientalista moçambicana Justiça Ambiental! e exorta o governo do Reino Unido a reconsiderar o envolvimento no projeto na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
"O Reino Unido deveria mostrar liderança global, ajudando nações como Moçambique a construir alternativas de energia limpa, e não mais projetos de combustíveis fósseis que poluem o planeta e aceleram a crise climática", argumentou Kennerley.
A agência de crédito à exportação britânica UK Export Finance (UKEF) alocou 1.150 milhões de dólares (1.050 milhões de euros) em 2020 para desenvolver o projeto gás natural liquefeito (LNG na sigla inglesa) 'offshore' na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Mas a Friends of the Earth alega que não foi devidamente avaliado o impacto ambiental, o qual contraria o compromisso do Reino Unido para cumprir o Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas de 2015 para limitar o aquecimento global.
A organização calculou que, ao longo dos anos de atividade, o projeto vai resultar até 4.500 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa.
O projeto em causa, promovido por um consórcio liderado pela petrolífera francesa TotalEnergies, na bacia do Rovuma, foi suspenso em 2021 após os ataques de grupos armados na província de Cabo Delgado.
Avaliado entre 20.000 e 25.000 milhões de euros, o megaprojeto de extração de gás é um dos maiores investimentos privados planeados para África, sendo suportado por diversas instituições financeiras internacionais. (Carta)