Foi lançado, na segunda-feira (17), no auditório do BCI, em Maputo, ‘O marido das sombras’ da jornalista e escritora moçambicana Suzana Espada, um o livro que, segundo Custódio Duma, que o prefaciou, “nasceu de pesquisas e contactos directos nas comunidades de Chibabava, em Sofala, onde ela leu, captou e interpretou as nuances da dicotomia entre amor e ódio”.
Em representação do BCI, a Directora Central Adjunta do Private, Aida Furtela Muholove, sublinhou o carácter particular desta obra literária que “surge no entroncamento da narrativa literária, sob forma de romance e de conto, cruzando a reportagem, numa espécie de ficção de intervenção social”, disse. Enfatizou as qualidades da autora, “uma intérprete da realidade que a circunda”, e reiterou o compromisso do Banco no apoio à cultura como um dos seus pilares estratégicos.
Para o apresentador do livro, Mablinga Shikhani, “o livro narra um mito e descreve uma realidade. O mito de um ser que se apodera de mulheres durante a noite. E descreve as diferentes dimensões desse mito no quotidiano de uma família”. Explicou a trama, centrada no casamento da personagem do livro com o sobrenatural. Revelou, mais adiante, o denominador comum: a pobreza.
Suzana Espada explicou, por seu turno, a génese da sua actividade escrita. Ela parte de uma reportagem por si feita, a qual esteve na origem do seu primeiro romance. Confessou que os livros são a escolha que fez, como nova forma de fazer reportagens. “O marido das sombras é um pouco daquilo que eu fui ouvindo durante a minha infância, e que decido, de uma forma muito atrevida, escrever”, disse, apontando a problemática do “marido da noite”, “que chamei marido das sombras”.
Suzana Espada é Licenciada em Sociologia e Mestrada em Língua e Literatura Portuguesas. ‘O marido das sombras’ é a segunda obra. A primeira foi ‘Uma gota de amor num mar de violência’, publicada há cerca de três anos.
Esta iniciativa irá impactar, só em Nampula, mais de 600 alunos de 15 Escolas.
O Millennium bim lança a 12ª edição das Olimpíadas Bancárias, um projecto de literacia financeira do Banco que tem vindo a capacitar jovens desde 2010 em matérias referentes ao sistema financeiro, meio ambiente, poupança e empreendedorismo. Ao longo do projecto os alunos são desafiados a estruturar projectos sustentáveis para as suas comunidades à luz das temáticas emergentes e relevantes para o desenvolvimento da sociedade.
Durante esta fase, os alunos terão a oportunidade de participar em workshops e efectuar visitas de estudo às instalações do Millennium bim em Nampula, onde irão aprender sobre o normal funcionamento de um Balcão.
Por ocasião do lançamento do evento, o Presidente da Comissão Executiva do Millennium bim, João Martins, referiu que “É um orgulho para o Banco expandir este projecto para o norte do país, mais concretamente em Nampula, contribuindo desta forma para a inclusão e literacia financeira dos jovens desta província. Este é um projecto que acarinhamos muito desde o seu início em 2010, tendo impactado a vida de mais de 4.500 estudantes, 250 professores em mais de 120 escolas secundárias da cidade e província de Maputo e Gaza”.
A iniciativa insere-se no programa de responsabilidade social “Mais Moçambique pra mim” e tem como objetivo contribuir para a educação e formação dos jovens moçambicanos, através da introdução de conceitos bancários e de gestão de finanças pessoais, que promovam a sua inclusão financeira na sociedade.
Moçambique, país com uma enorme diversidade na sua matriz energética, pretende ser um um corredor verde em África, posição defendida esta segunda-feira pelo vice-ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia.
“Queremos ser um corredor verde em África e contamos com o apoio do governo e sector privado Britânico”, disse Antônio Saide durante um encontro que manteve com o ministro Britânico do Estado para o Comércio Internacional, Nigel Huddleston, com quem discutiu o desenvolvimento de projectos de mineração e energia em Moçambique.
Antônio Saide encontra-se em Londres, capital do Reino Unido, onde vai participar na reunião entre África e o Reino Unido sobre descarbonização.
No encontro Saide falou de accoes específicas em curso, no país, no âmbito da transição energética justa, tendo defendido a pertinência do financiamento para o estabelecimento de um quadro regulatório justo bem assim de infraestruturas que permitam a massificação do acesso à energia, tendo em conta as fontes limpas de que Moçambique dispõe.
“Não podemos falar do acesso universal à energia sem ter em conta a infraestrutura pois na nossa visão temos de ser um corredor de energia verde tendo em conta o potencial de recursos que temos”, apontou.
No encontro bilateral, o vice Ministro Mocambicano fez referência a cooperação com o Reino Unido que permitiu, entre outros, desenvolver legislacao para a promoção do uso de biocombustiveis em Moçambique e legislação para projectos de energia fora da rede, acrescentando no entanto a necessidade de regulamentos específicos.
“Por exemplo, a medida 10 do PAE refere a obrigatoriedade de mistura de combustíveis líquidos importados, com biocombustíveis, sendo necessário actualizar e melhorar o nosso quadro regulatório de promoção de biocombustiveis abrindo oportunidade de investimento nesta área e, para tal, queremos convidar as empresas britânicas”, disse.
O Ministro Britânico Huddleston manifestou satisfação com os progressos que Moçambique tem feito no ambiente de negócios e na cooperação entre os dois países tendo garantido apoio e discussões específicas para financiamento a mais projectos no sector de energia.
Encorajou a continua remoção de barreias fiscais para a promoção do investimento cada vez maior em energias renovaveis.
A reunião entre África e Reino Unido, denominado “roadshow ministerial Africa Reino Unido” a decorrer de 17 a 27 de Julho, inclui debates e visitas a projectos de energias verdes em curso neste país.
Hoje Antônio Saide ira partilhar informação sobre o potencial de Moçambique e projectos em curso nas áreas de minas, hidrocarbonetos e energia bem como a visão do país e sua estratégia de descarbonização, num painel sobre minas e energia com a presença dos ministros de minas e energia da Nigéria, Ghana, Etiópia.
O programa promovido pelo governo da Britânico visa debater com os países africanos as accoes em curso para a descarbonização juntando sectores de infraestruturas, mineração e energia.
O programa abrange elementos críticos do desenvolvimento de políticas governamentais, baseando-se nas melhores práticas de África e do Reino Unido a serem partilhadas entre os ministros africanos. (Carta)
Três semanas depois da confirmação, pelo Conselho de Administração da agência norte-americana Millennium Challenge Corporation (MCC), do financiamento de 500 milhões de dólares norte-americanos para o “Compacto II” em Moçambique, realiza-se, de hoje até sexta-feira, em Maputo, o segundo seminário de co-criação do projecto “Meios de Vida Costeiros e Resiliência Climática”, com o objectivo principal de refinar as propostas das iniciativas a serem executadas pela Biofund e pela ProAzul, dois parceiros do “Compacto II” no domínio de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro seleccionados em meados de 2022, em concurso público internacional.
Pretende-se ainda, com o acima referido evento de co-criação, abordar, detalhadamente, os elementos da avaliação técnica feita às propostas de projectos tanto da Biofund como da ProAzul, de forma a garantir que o Gabinete de Desenvolvimento do Compacto II (GDC-II), a MCC e as próprias entidades implementadoras estejam alinhados no planeamento programático e visão da parceria, resultados pretendidos, actividades, governação, orçamento e plano de trabalho, como forma de os projectos serem finalizados a contento.
Intervindo na sessão de abertura do sobredito seminário, o director nacional de planificação do Ministério da Terra e Ambiente, Francisco Sambo, disse esperar que, no fim do evento, o projecto esteja cada vez mais consolidado no que ao apoio às comunidades costeiras da Zambézia, a província prioritária do Compacto II em Moçambique, diz respeito.
“Não poderia deixar de destacar o facto de a cooperação norte-americana estar, depois de algum tempo, a apoiar novamente a área de Mudanças Climáticas. O Governo de Moçambique de tudo fará para honrar a confiança”, sublinhou Sambo.
Higino de Marrule, coordenador nacional do GDC-II, e Kenneth Miller, director residente da MCC em Moçambique, convergiram, nos seus discursos inaugurais, na importância da colaboração e do profissionalismo de todos os técnicos envolvidos no desenvolvimento do Compacto II para que se chegasse a esta fase, já quase final sob o ponto de vista de desenho de projectos.
“Não terminaria a minha intervenção sem dizer algo que faço sempre questão de destacar: a natureza não precisa de nós, mas nós precisamos dela para que possamos viver”, frisou Marrule.
O acima descrito esforço colaborativo reúne as principais partes interessadas, incluindo representantes da Biofund, ProAzul, MCC e GDC-II, além dos membros do Comité de Avaliação e de representantes das instituições públicas em que o projecto “Meios de Vida Costeiros e Resiliência Climática”, nomeadamente Ministério da Mar, Águas Interiores e Pescas; Ministério da Terra e Ambiente; e o Ministério dos Recuros Minerais e Energia.
Durante o seminário de co-criação hoje iniciado, que se realiza 10 meses depois do primeiro do género, os participantes tomarão parte de sessões temáticas para explorar áreas-chave das propostas do projecto, incluindo gestão comunitária da pesca, resiliência climática, restauração de mangais, transformação de meios de subsistência e comunicação, com a necessária consideração da integração de assuntos transversais, com destaque para as questões de género.
Conectividade e Transporte Rural e Promoção de Investimento na Agricultura Comercial são outras duas das três áreas que irão compor o “Compacto II” para Moçambique, que sucede ao “Compacto I”, que foi implementado de 2008 a 2013 em quatro províncias do país, nomeadamente Nampula, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado.
De referir que ainda que tenha um foco geográfico, designadamente a província da Zambézia, o “Compacto II” será uma iniciativa desenvolvimentista de dimensão nacional, por conta do pacote de reformas institucionais, de políticas públicas e normativas a serem empreendidas, que terão, todas elas, dimensão nacional.
A assinatura de acordo de financiamento entre o Governo de Moçambique e o Governo dos Estados Unidos da América (EUA), este último através da MCC, está prevista para finais de Setembro próximo, em Washington D.C.
A DALIMA foi galardoada com o Prémio Agência Lusófona do Ano-Moçambique, na categoria de Media, na edição de 2023 dos Prémios Lusófonos da Criatividade, realizada ontem, dia 13 de Julho, em Lisboa. Esta é a primeira vez que a DALIMA participa no evento, tendo concorrido com 8 trabalhos, que foram imediatamente para a “shortlist”.
Para além do Prêmio Agência do Ano – Média, a DALIMA obteve ainda mais 7 prêmios, nomeadamente 2 de Prata e 4 de Bronze na categoria de Outdoor.
Concorreram a esta edição dos Prémios da Lusofonia dezenas de agências de publicidade de Portugal, Brasil, Moçambique e Angola. Moçambique concorreu com 7 empresas do ramo, tendo arrecadado vários prémios nas diversas categorias, incluindo o prémio Agência Lusófona do Ano:
Agência Lusófona do Ano : Moçambique - Media – DALIMA
Agência Lusófona do Ano :Moçambique - Publicidade - Golo
Agência Lusófona do Ano : Moçambique - Activação e Eventos - Emotion Communication Group
Agência Lusófona do Ano : Moçambique - Digital - Wanga Media
As agências moçambicanas premiadas foram a Dalima, Golo, Create Moçambique, Brand Lovers, Dentsu Moçambique, Emotion Communication Group, Wanga Media e Feedback. (Carta)