Foi aberta na terça-feira (1), no Auditório do BCI, em Maputo, a exposição ‘Galeria Zerou’, do artista plástico e designer gráfico moçambicano Mário Tique. A mostra é composta por uma quinzena de obras, em que predomina o acrílico sobre tela.
Combinando cores, emoções, movimento e som, o artista pinta, de forma poética, o dia a dia e as dinâmicas sociais. E isso é visível em peças como ‘Pastor de ovelhas e seus discípulos’; ‘Braços do mar’, ‘Salmo do xitende’, ‘Flores do perdão’, ‘Magumba ka xinguerenguere’, ‘Jam session’, ‘Cheias de Boane 2023’, entre outras. E como refere Ulisses Ngomane, na brochura de apresentação, Tique vem para restaurar o seu percurso de artista, com as suas características únicas.
É sempre um privilégio para o BCI contribuir para a descoberta e reconhecimento de talentos, mas de forma mais ampla promover a divulgação da cultura moçambicana e prestigiar artistas como Mário Tique que muito têm feito para a preservação da boa arte, e acima de tudo para mostrarem aqui e no estrangeiro o que de melhor se faz, no país, em matéria artística, referiu o Director de Relações Públicas do BCI, Heisler Castelo David.
Mário Tique deu os seus primeiros passos na arte ainda pequeno, tendo nos anos 80 iniciado a sua formação, a qual lhe permitiu fazer as primeiras aparições e arrecadar algumas distinções, como é o caso do prémio de pintura do Banco Fomento Exterior, de Portugal, que abriu portas para estágios e intercâmbio com outros artistas. Mais tarde recebeu uma bolsa para estudar design gráfico em França, para depois integrar diversas mostras colectivas de pintura, no país e no estrangeiro.
A exposição está aberta ao público até ao dia 19 de Agosto.
Nos dias 13 e 14 de Setembro de 2023, o Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Moçambique, será palco da Conferência do Sector Bancário, Serviços Financeiros e Seguros - BFSI (Mozambique Banking Financial Services and Insurance). O evento, com o lema "Transformação Digital para um Sistema Financeiro Inclusivo, Sustentável e Desenvolvimento da Indústria de BFSI", reunirá líderes e especialistas do sector para debater os desafios e oportunidades trazidos pela revolução digital no país.
A transformação digital tem sido um factor determinante na redefinição do progresso das sociedades ao redor do mundo, e a pandemia da COVID-19 acelerou ainda mais essa transformação, impulsionando a utilização de serviços bancários e financeiros digitais. A conferência busca não apenas discutir os avanços tecnológicos no sector, mas também reflectir sobre a integração das economias africanas, diversificação econômica e crescimento do continente, aproveitando as oportunidades criadas com a transformação digital.
Os objectivos do evento incluem fornecer uma discussão informativa sobre a transformação digital no sector BFSI, destacar a importância de parcerias entre governos, sector privado e sociedade civil para promover a inclusão financeira e a conectividade digital, bem como explorar o potencial de tecnologias emergentes, como Aprendizado de Máquina, Inteligência Artificial, Big Data e Análise de Dados, Regulação e Compliance, Internet das Coisas, Mobile Banking, Cibersegurança, Open Banking, Criptomoeda, Moeda Digital, Fintech, Insurtech e Cloud-based Banking e blockchain, para impulsionar o sector bancário e financeiro em Moçambique.
Especialistas também enfatizarão a importância de investir em infraestrutura digital para fornecer serviços financeiros acessíveis às comunidades menos atendidas, além de discutir a importância de quadros regulatórios sólidos e parcerias público-privadas para garantir o desenvolvimento sustentável do sector.
A conferência reunirá representantes-chave do sector financeiro, do governo, reguladores, empresas de tecnologia, organizações sem fins lucrativos e outros actores relevantes que partilhem experiências, insights e desenhem soluções conjuntas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades trazidas pela transformação digital. É uma oportunidade para Moçambique estabelecer as bases para o desenvolvimento de capacidades que impulsionem o mercado consumidor e potencializem o crescimento econômico de forma inclusiva e sustentável.
O evento permitirá que se gerem dinâmicas para que acções concretas, conduzam a investimentos no sector, planos de implementação de tecnologia e compromissos com a inclusão financeira, rumo a um sistema financeiro mais eficiente, abrangente e desenvolvido.
Com a transformação digital como pano de fundo, a conferência abre espaço para que a colaboração e cooperação se tornem o marco importante na trajectória do sector BFSI para o desenvolvimento de Moçambique.
Falando nesta quarta-feira, em Maputo, o Provedor de Justiça de Moçambique, Isaque Chande, disse que as linhas do diálogo devem manter-se entre o Governo e a Associação Médica de Moçambique (AMM), no âmbito do interesse nacional.
“Nós queremos ter nossos médicos a trabalhar, as populações que tenham o acesso à saúde. Acredito que o diálogo não está fechado. É verdade que as posições estão a extremar-se, mas nada que não possa ser resolvido com a negociação. É de alguma forma necessário que se aprimore a resolução sobre este assunto, para que tudo seja muito claro”.
Chande observou que, nas peças a que teve acesso, as pessoas ouvidas diziam, por exemplo, que era preciso clarificar o próprio conceito de serviços mínimos. Então, tem de se trabalhar nesse sentido para a materialização desse direito.
Lembre-se que a Associação Médica teve o último diálogo com o Governo no dia 06 de Julho, poucos dias antes do início da segunda fase da greve e até agora nunca mais manteve nenhum encontro com a classe e argumenta que vários associados continuam a queixar-se dos cortes no salário. (Carta)
Esta parceria surge no âmbito do apoio ao conteúdo local pelo Millennium bim, através do programa LinKar, da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos
O Millennium bim, uma instituição de crédito líder em Moçambique, e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), braço comercial do Estado na indústria de petróleo e gás, têm o prazer de anunciar a assinatura, hoje, 1 de Agosto de 2023, em Maputo, de um Memorando de Entendimento (MdE) estratégico, marcando um importante compromisso com o desenvolvimento económico do país e a promoção do conteúdo local na indústria de petróleo e gás, permitindo igualmente alavancar as capacidades organizativas, técnicas e financeiras das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) moçambicanas. O MdE foi assinado pelo Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Millennium bim, João Martins, e pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH, Estêvão Pale.
Esta parceria tem como objetivo fortalecer a colaboração entre o Millennium bim e a ENH, com foco na implementação bem-sucedida do Programa LinKar, uma iniciativa pioneira da ENH, com a visão central de transformar economicamente o país, ao estimular e facilitar conexões produtivas entre as PMEs e empresas de petróleo e gás em evolução, multiplicando assim os benefícios nacionais e os investimentos no sector.
Principais disposições do Memorando de Entendimento:
Por ocasião da assinatura do memorando, o PCE do Millennium bim, João Martins, referiu que "Estamos entusiasmados em firmar esta parceria estratégica com a ENH, por meio deste Memorando de Entendimento. Esta colaboração é um marco significativo para o Millennium bim, pois permite-nos contribuir activamente para o desenvolvimento económico de Moçambique e apoiar a iniciativa inovadora do Programa LinKar. Estamos comprometidos em fornecer condições especiais de acesso aos nossos produtos e serviços financeiros para as Pequenas e Médias Empresas identificadas pela ENH, visando fomentar o crescimento do conteúdo local na indústria de petróleo e gás. Juntos, esperamos impulsionar o progresso sustentável e criar novas oportunidades para o tecido empresarial moçambicano”.
Por sua vez, o PCA da ENH, Estevão Pale, assinalou que "este Memorando de Entendimento assume um papel fundamental pois, através do mesmo, as PMEs moçambicanas terão acesso aos serviços financeiros do Millennium BIM em condições preferenciais.
Vamos juntos, a ENH e o Millennium BIM, trabalhar na criação de oportunidades e condições favoráveis para que as PMEs possam oferecer serviços de qualidade e desenvolver a indústria petrolífera nacional; e de igual forma, para que as PMEs possam prosperar e contribuir activamente para o crescimento sustentável do nosso país. Ao Millennium BIM, por compartilhar desta visão e pela sua pré-disposição em apoiar as PMEs moçambicanas, o nosso muito obrigado. Temos a certeza de que esta parceria será frutífera e trará benefícios significativos para todas as partes envolvidas.”.
O MdE entre o Banco e a ENH entra em vigor a 1 de Agosto, data da sua assinatura, e manter-se-á em vigor pelo período de 1 ano.
O Membro da Comissão Executiva (MCE) do Moza Banco, Jaime Joaquim, defendeu recentemente, em Maputo, durante a 1ª edição da Expo índia – Moçambique 2023 que os desafios relacionados com o financiamento à agricultura, no país, podem ter solução à vista se o risco associado à actividade for compartilhado.
Jaime Joaquim explica que dada a escassez de seguradoras interessadas em cobrir o ramo agrícola, muito por causa das eventuais ocorrências de desastres e calamidades naturais, a banca fica, na maioria das vezes, com dificuldades de assumir, isoladamente, o risco de financiar a agricultura, o que condiciona sobremaneira o desenvolvimento do sector.
Entretanto, a fonte chama atenção à replicação de alguns modelos de financiamento praticáveis, com destaque para o que tem sido potenciado pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) no qual a entidade propõe-se a cobrir, em garantias, pelo menos 50 por cento do financiamento, cabendo ao Banco assumir o resto.
“Com o modelo de financiamento potenciado pela USAID, nos casos em que o Banco concede financiamento a um determinado player do sector agrícola e, por ocorrência de alguma calamidade natural, esse player perde a capacidade de reembolsar o dinheiro ao Banco, podemos nos tranquilizar ao saber que temos a possibilidade de recuperar, no mínimo, 50 por cento do valor total financiado. Esse compartilhamento de risco permite que o Moza continue sendo um banco que aposta na agricultura e no agronegócio em Moçambique, fortalecendo seu compromisso com esses sectores fundamentais”, asseverou Jaime Joaquim.
De acordo com a fonte, isto coloca o Moza como um “Bancos da Agricultura” no país potenciando directamente várias culturas de consumo interno e de exportação, com destaque para a produção da Banana e da Banana Manga. E para abranger ainda mais o ramo agrário, o Moza estende a sua cobertura à pecuária, financiando a produção e criação dos gados bovino e ovino e apostando na avicultura.
Jaime Joaquim refere, ademais, que o Moza também potencia a cadeia de valor do agronegócio, enfatizando o financiamento concedido indirectamente à produção de culturas como o gergelim, castanha de caju, soja e etc. “Financiamos empresas que potenciam estas culturas. Falo concretamente de entidades que produzem e distribuem insumos, garantindo que os agricultores tenham a matéria-prima necessária para o desenvolvimento das suas actividades”, acrescentou.
A concluir, a fonte apelou à reflexão conjunta para a necessidade da criação de um fundo Estatal que possa ajudar os diferentes intervenientes da cadeia de financiamento agrário, minimizando riscos e reforçando significativamente o interesse do sector bancário na agricultura e no agro-negócio.
Entretanto, O Moza reafirma o seu interesse estratégico em apostar na agricultura como um dos sectores-chave para o desenvolvimento. Enquanto parceiro confiável, o Moza Banco busca incessantemente contribuir para um futuro promissor, onde a agricultura floresça como um alicerce sólido para o progresso e o bem-estar de Moçambique e dos moçambicanos.
Sob o lema Unindo Culturas Através do Comercio a 1ª edição da Expo índia – Moçambique 2023, decorreu entre os dias 25 e 26 de Julho, com a participação de centenas de individualidades que, durante os dois dias, fomentaram entre si boas relações de negócio que seguramente irão reflectir-se no crescimento da economia nacional.
A Biblioteca Pública Provincial de Tete passou a ser digital, em virtude de ter beneficiado de 30 computadores conectados à internet e a plataformas de acesso a acervos bibliográficos, financiados pela Autoridade Reguladora das Comunicações – INCM, no âmbito da iniciativa “Bibliotecas Digitais”.
A implementação das “Bibliotecas Digitais” constitui parte da visão do Governo de digitalizar o país, no âmbito do pilar de conectividade, visando colmatar lacunas no acesso aos conteúdos educacionais, num ambiente digital, assim como conferir literacia digital aos cidadãos moçambicanos com poucos recursos.
O Projecto das Bibliotecas Digitais, para além de aumentarem o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação, concorrendo para o desenvolvimento da educação e inclusão digital, contribuirão para a criação de hábitos de leitura, bem como para que os utentes se familiarizem com os recursos digitais.
A Biblioteca Pública Provincial de Tete beneficia diversos cidadãos, sobretudo estudantes de vários níveis e tipos de ensino na cidade e na província. Com o uso de equipamento informático, o acesso a internet e a acervos digitais, a qualidade de consulta vai melhorar e tornar-se-á mais flexível, descongestionando o acesso aos cerca de 2 mil livros físicos existentes no local.
O Director do Gabinete do Governador da Província de Tete, Romeu Sandoca, que falava em representação do Governo Provincial, disse que a biblioteca hoje entregue é um espaço que levará aos jovens para outro nível de consulta bibliográfica e desenvolvimento de competências, reduzindo as lacunas no acesso a conteúdos, assim como conferir literacia digital aos cidadãos moçambicanos que residem em zonas com poucos recursos, através da fácil adesão às Tecnologias de Informação e Comunicação.
“Estas bibliotecas que o Governo, por via do INCM, está a implementar nesta era digital, por todas as capitais provinciais, são uma contribuição no processo de desenvolvimento do país, pois concorrem para melhoria do acesso à educação e aos conteúdos em todo o País e na Província de Tete, em particular, disse Romeu Sandoca.
Segundo referiu o Presidente do Conselho de Administração do INCM, Tuaha Mote, um dos grandes desafios do país para a digitalização da economia tem haver com a fraca literacia digital dos cidadãos e dos estudantes, daí ser fundamental disponibilizar este tipo de plataformas para elevar o nível de competências digitais.
“A digitalização constitui prioridade na Agenda do Governo de Moçambique. Enquanto Regulador das Comunicações, o INCM assumiu o compromisso de responder a este desafio com algumas iniciativas que ajudam na materialização da economia digital. As “Bibliotecas Digitais” são parte dessas iniciativas. Estas acrescentarão competências digitais aos cidadãos, de modo a acompanharem os desafios do momento”, disse Tuaha Mote.
A Directora da Biblioteca, Cordária Mário Colar, prometeu o uso racional e maior protecção do equipamento para beneficiar mais pessoas, por muito tempo. Segundo explicou, existem diversos projectos a serem implementados, dentre eles a promoção de concurso literário, expansão de bibliotecas distritais, tornar a biblioteca independente, assim como introduzir cursos de informática para garantir a rentabilização e manutenção dos equipamentos. Com dispositivos de acesso a internet por wi-fi será possível a implementação do projecto “Biblioteca ao ar Livre”.
A Biblioteca Pública Provincial de Tete é a quarta a ser transformada pelo INCM, depois de três na província da Zambézia. Depois de Tete a iniciativa vai se estender para outras capitais provinciais.