O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique anunciou ontem que, devido ao facto da inflação estar sob controlo, decidiu reduzir as taxas de juro em 75 pontos base. Assim, a Taxa do Mercado Monetário Interbancário (MIMO), usada pelo banco central para suas intervenções no mercado monetário interbancário para regular a liquidez, cai de 15 para 14,25%. A facilidade permanente de empréstimo (a taxa de juros paga pelos bancos comerciais ao banco central por dinheiro emprestado no mercado monetário interbancário) cai de 18 para 17,25 %, enquanto que a facilidade de depósito permanente (a taxa paga pelo banco central ao banco comercial) cai de 12 para 11,25%.
O prazo do contrato de concessão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) foi prorrogado por mais 15 anos, ao abrigo de um decreto terça-feira aprovado pelo governo, anunciou a porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique.Ana Comoana disse ainda que a prorrogação do prazo da concessão visa viabilizar a oferta pública de venda de acções da HCB, além de permitir a continuidade do projecto de renovação do aproveitamento hidroeléctrico nos próximos 10 anos, estimado em cerca de 500 milhões de dólares. O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou em Novembro de 2017 que o Estado iria dispersar, através da Bolsa de Valores de Moçambique, 7,5% das acções da HCB numa oferta reservada a cidadãos e empresas moçambicanas. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, gerida pela empresa com mesmo nome, é detida pelo Estado moçambicano em 92,5%, depois do acordo celebrado com Portugal em 2007, estando os restantes 7,5% nas mãos do grupo português Redes Energéticas Nacionais. (Carta)
A Sasol está a fazer uma inflexão na sua habitual atitude de “arrogância” em Moçambique. Nas últimas semanas, lançou uma forte campanha de marketing mostrando seus “feitos” na área da responsabilidade social corporativa. E há dias, a Sasol se juntou à Confederação das Associações Económicas (CTA), numa sessão onde apresentou 125 grandes oportunidades de negócio ao sector privado nacional, para o ano de 2019.
O Moza Banco vai receber dentro de dias uma injeção de cerca de 50 milhões de USD, soube “Carta” de uma fonte segura. Esta injeção, que decorre da entrada do Fundo de Investimento Arise, acontecerá numa altura em que o banco começa a dar mostras de recuperação depois do trambolhão de 2016. Os sinais dessa recuperação valeram ao Moza Banco uma distinção como a instituição que registou a maior variação do volume de negócios no sector de atividades financeiras e seguros em 2018.
A distinção ocorreu à margem da cerimónia de apresentação do estudo anual das 100 maiores Empresas que decorreu há dias em Maputo. Reagindo ao prémio, O PCA do Moza Banco, João Figueiredo, destacou a qualidade do trabalho desenvolvido pelos colaboradores do Banco com o consequente reflexo no esforço da confiança dos clientes e do mercado em geral.
"Este prémio, que muito nos orgulha, é um sinal inequívoco do novo posicionamento do Moza, enquanto Banco que se inspira e desenvolve a sua atividade tendo o cliente como o foco na sua estratégia de Banco nacional". O PCA do Moza enfatizou ainda o papel contributivo dos acionistas na definição da referida estratégia.
"Este prémio reflecte a entrega de uma equipa que liderei num ambiente muito difícil e que soube unir esforços e trabalhar afincadamente em prol da reestruturação do Banco e da sua recuperação. É assim que vejo este prémio, como um reconhecimento à dedicação de todos os nossos colaboradores", disse.
A consultora KPMG divulga anualmente o estudo das 100 maiores empresas do país. Esta é a 20ª edição do estudo, que analisa os diversos sectores com base nos indicadores financeiros, incluindo volume de negócios, resultados líquidos e a sua variação, rentabilidade de capitais próprios, número de trabalhadores e volume de negócios por trabalhador. O aumento de capital do Moza com a entrada do Fundo de Investimento vai traduzir-se no reforço estrutura patrimonial e financeira. (Carta)
Talvez sim, talvez não. Mas anteontem, quando o Banco de Moçambique fechou o contrato com a Euronet, nenhum dos principais PCAs da banca comercial estava presente. Todos gazetaram. Para minimizar a ausência, o Dr Teotônio Comiche, Presidente da Associação Moçambicana de Bancos (AMB), fez-se presente no edifício do banco central, testemunhando a assinatura de um contrato que, afinal, não vincula nenhum banco, porque também não vincula a SIMO Rede.
A Tunamar, um consórcio entre a Ematum, participada pelo SISE (a secreta nacional) e o Frontier Service Groups, do mercenário americano, ainda não tem licença para pescar. O facto foi revelado pelo Ministro Agostinho Mondlane (Mar, Aguas Interiores e Pescas), numa coletiva com a imprensa na passada sexta-feira. Mondlane disse que a Tunamar ainda não tinha submetido formalmente um pedido de licença. “A informação que nós temos é que estão para fazer”. Mondlane repetiu aquilo que todo o mundo sabe: que as 24 atuneiras da Tunamar, herdadas da Ematum, estão estacionadas nas docas do Porto de Pesca em Maputo.
“Estão a fazer manutenção, substituindo isto e aquilo. Os barcos devem estar em condições. Não podem estar a cheirar a mofo, por exemplo”. A informação de que os barcos da Tunamar estão em manutenção desmentem um dado recente fornecido pelo PCA da EMATUM, António Carlos do Rosário, nomeadamente a de que os barcos da falida empresa estavam em boas condições operacionais. (Carta)