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Sociedade

segunda-feira, 28 janeiro 2019 06:02

Serão abolidas as dispensas no ensino geral

Todos os alunos do Ensino Secundário Geral passarão a realizar os exames das disciplinas essenciais, nomeadamente História, Geografia, Português, Química, Matemática, Física, Desenho e Biologia, segundo está previsto no novo regulamento de avaliação que será introduzido ainda este ano. 

 

A informação foi avançada pela porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Samira Tovela, que falou à “Carta” no âmbito do arranque do ano lectivo 2019, previsto para o próximo dia 1 de Fevereiro a nível nacional.

 

Samira revelou que “os alunos passarão a fazer os exames de acordo com a sua área de estudos”, e que, no concernente às metas previstas de matriculados para o presente ano, estas foram atingidas em 97%, sendo que o objectivo era alcançar o número de 1.534.541, designadamente 218.658 do ensino secundário do primeiro ciclo e 102.389 no ensino secundário do segundo ciclo. Recordou ainda, na ocasião, que em algumas províncias ainda há pais e encarregados de educação que pretendem matricular os seus educandos. 

 

No que diz respeito ao livro escolar, a nossa fonte garantiu que o mesmo já se encontra disponível em quase todos os distritos, tendo acrescentado que estão a ser envidados esforços para que boa parte dos alunos tenha acesso ao livro no primeiro dia de aulas.(M.A.)

O comerciante da Maxixe, Balesh Moanlal, raptado na passada sexta feira à noite no restaurante “Nacional”, localizado na Estrada Nacional N1, a poucos km do centro da cidade, no sentido norte, continua ainda no cativeiro. Fonte da comunidade hindu da Maxixe disse à “Carta” que a família de Balesh ainda não foi contactada pelos raptores. O caso deu-se por volta das 23 horas, quando três homens mascarados irromperam no “Nacional” e terminaram abruptamente um jantar que reunia amigos maioritariamente comerciantes da comunidade. Quando os mascarados desceram do carro que os transportava, empunhando as armas, os convivas entraram em pânico e puseram-se em fuga. 

 

O dono do restaurante, Subhash Arquissandas, próspero comerciante da Maxixe, um dos herdeiros do Grupo Chizingo, foi baleado na coxa e permaneceu estatelado. De acordo com uma fonte, todos os outros conseguiram fugir, mas Balesh teve um ataque de pânico e deixou-se cair. 

 

Os raptores tentaram levar Subhash, que estava ferido. Não conseguiram carregá-lo. Acabaram por levar consigo Balesh. “O alvo era Subhash”, disseram fontes de “Carta”. Os eventos duraram uns quatro minutos. Os raptores zarparam com Balesh em direcção à zona de expansão da cidade da Maxixe. “Carta” sabe que Subhash, depois de receber tratamento médico no Hospital Rural de Chicuque foi evacuado para Nelspruit. Balesh continua no cativeiro. Os dois empresários estão na casa dos 50 anos.(Carta)

domingo, 27 janeiro 2019 11:54

Mulher de Lacá também morre

A esposa do empresário de Lichinga, Fazal Lacá, dona Lina, acaba de perder também a vida na sequência dos ferimentos graves que sofrera no acidente de ontem que tirara a vida ao marido. A senhora havia sido ferida gravemente num braço, mas terá sofrido demasiadas contusões causando-a hemorragias internas. O enterro de Fazal Lacá tinha sido adiado para amanhã justamente porque os lideres religiosos locais esperavam que a mulher recuperasse, para ser informada. Lacá era natural de Inharrime, em Inhambane, e tinha 78 anos de idade. (Carta)

domingo, 27 janeiro 2019 09:58

Morreu o "soba" de Lichinga, Fazal Lacá

O respeitado empresário de Lichinga, Fazal Lacá, perdeu a vida ontem por volta das 23 horas, após ter sofrido um grave acidente de viação quando saía de uma festa de casamento na companhia da mulher. O acidente aconteceu bem próximo do Hospital Provincial do Niassa. Uma viatura Toyota (pick up de duas cabines) saiu da sua faixa de rodagem e foi embater violentamente no carro conduzido por Lacá, que perdeu a vida poucos minutos após ter dado entrada no hospital com ferimentos graves.

 

A mulher de Lacá teve um braço fracturado e será operada ainda hoje em Lichinga, de acordo com uma fonte familiar em declarações à “Carta”. Segundo a fonte, a senhora está a passar por mais exames para se apurar doutras eventuais mazelas. Fazal Lacá, já a caminho dos 80 anos, era um carismático empresário local. Sua principal actividade foi o comércio a retalho, mas também "meteu a mão" em sectores como a agricultura, turismo e avicultura.

 

 Foi um actor ferveroso do associativismo empresarial, tendo desempenhado papéis de relevo junto da CTA, um dos quais o de Vogal na anterior direcção do organismo. Foi o fundador da Associação de Hotelaria do Niassa.

 

A notícia da sua morte espalhou-se rapidamente em Lichinga ontem à noite. Esta manhã, a cidade acordou enlutada, consternada. Lacá era uma referência incontornável na vida empresarial, política e cultura da cidade, uma daquelas figuras eminentes cuja história vai estar eternamente ligada ao nome do Niassa. Ele vestia a rigor, andava sempre de fato e gravata e um chapéu de abas. Vai a enterrar amanhã. (Carta)

 ANDREE HANKON

O Governo sul-africano reagiu na última quarta-feira à morte de Andrew Hannekom, cidadão daquele país acusado de ser um dos financiadores dos insurgentes que aterrorizam Cabo Delgado há dois anos. Num comunicado citado pela Lusa, porta-voz do Alto-Comissariado da África do Sul em Moçambique, Ndivhuwo Mabaya, disse que a Ministra das Relações Internacionais e Cooperação, Lindiwe Sisulu, recomendou que se deve investigar urgentemente os contornos da morte de Andrew Hannekom, que perdeu a vida no hospital provincial de Pemba, onde se encontrava em tratamento desde sábado. Segundo a nota da Lusa, citando Ndivhuwo Mabaya, “a ministra Lindiwe Sisulu orientou o Alto-Comissário a trabalhar urgentemente com as autoridades moçambicanas para se apurar as circunstâncias da morte de Hannekom ”. (O.O.)

amadii

Na manhã de ontem, o pai de Amade Abubakar deslocou-se ao posto policial de Macomia para visitar o jornalista, como tem feito desde a sua prisão; todavia, foi informado que o filho tinha sido transferido para a Cadeia de Máxima Segurança, na cidade de Pemba, também conhecida como “BO de Pemba”. A notícia criou indignação no seio familiar.

 

O progenitor do jornalista, preso há mais de 19 dias, entrou em contacto com um dos filhos que, de imediato, abordou o advogado de Abubakar. "O advogado confirmou a transferência de Abubakar com todo o processo para a 'BO de Pemba'", relatou o irmão.

 

Ainda em contacto com a “Carta”, o irmão disse não conhecer as causas que ditaram a transferência de Abubakar. “Neste momento estamos a contactar o advogado para saber se podemos visitá-lo lá ou não. Não sabemos porque se procedeu deste modo”. 

 

Recorde-se que Andre Hanekon, acusado de ligação à insurgência em Cabo Delgado e que morreu há dias, aguardava julgamento na BO de Pemba, para onde foi transferido o jornalista. Amade é indiciado de violação de segredo do Estado por meios informáticos e instigação pública a um crime com uso de meios informáticos, previstos e punidos nos termos dos artigos 322 e 323, todos do Código Penal. (S.R.)