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Redacção

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Convencionou-se na gíria da bola que, quando um jogo corre bem, há quem tenha a tentação de entrar em rendilhados, o mesmo que brilhantismos.

 

Há-de ser o caso da construção do título deste texto. Um encontro entre a EUFORIA com que se vive esta empolgante série de resultados dos “mambas” e a SOBERANIA materializada pela inédita garantia de transmissões em directo dos jogos dos “mambas” na televisão dos moçambicanos.

 

O jogo de Bamako a 6 de Setembro, véspera da celebração dos 50 anos dos Acordos de Lusaka, representou a primeira vez na história de Moçambique que uma fase de qualificação ao CAN arrancou com a garantia de que todos os jogos do apuramento terão transmissão em directo e em sinal aberto (depois discutiremos este conceito).

 

Bamako marcou o fim das incertezas, dos pedidos de links, da submissão aos interesses editoriais e comerciais de canais estrangeiros. Tudo isto porque o Conselho de Administração da Petromoc entendeu dar expressão à grande exaltação dos símbolos nacionais que acontece em torno da selecção nacional de futebol.

 

Com a HCB, CMH e outras empresas públicas neste caminho, teremos em breve esta conquista cristalizada.

 

É no dia de jogo dos “mambas” que vemos as maiores movimentações da nossa bandeira pela via pública.

 

É no dia de jogo dos “mambas” que se registam as maiores concentrações de moçambicanos entoando, no mesmo local, o hino nacional.

 

Para estes cidadãos, é tão importante ver os nossos atletas em acção, como ter o exército a garantir a segurança das nossas fronteiras.

 

Assim vivemos em EUFONIA

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Observadores filiados ao Consórcio Eleitoral Mais Integridade denunciam haver uma cobertura jornalística tendenciosa e favorável ao partido Frelimo por parte dos principais jornais (diários e semanários) e estações de televisão do país.

 

De acordo com o Relatório de observação eleitoral referente aos primeiros 15 dias da campanha eleitoral, publicado esta quarta-feira, à excepção da Rádio Moçambique, “que tem procurado dar uma abordagem equilibrada sob ponto de vista de espaço, número de peças, peças de abertura e rotatividade dos protagonistas”, todas as televisões fizeram uma cobertura favorável à Frelimo.

 

“Por exemplo, a STV, ao longo da primeira e segunda semana da campanha, fez a abertura diária dos telejornais com as actividades de campanha do candidato da Frelimo, seguido da Renamo e MDM. Nos meios de radiodifusão, no geral, a Frelimo acumulou 29% de toda a cobertura realizada contra 17% para a Renamo, 16% para o MDM e 6% para o PODEMOS”, revela a plataforma.

 

O “Mais Integridade” afirma ter chegado a estes resultados após analisar 1.470 peças publicadas em órgãos de comunicação social nacionais, sendo 27% em quatro jornais diários (Notícias, Diário de Moçambique, O País e Carta de Moçambique), 5% em sete jornais semanários (Savana, Zambeze, Domingo, Magazine Independente, Evidências, Dossiers e Factos e Público) e 68% em cinco meios de radiofusão (Rádio Moçambique, STV, TV Miramar, TV Sucesso e TVM).

 

O Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” acrescenta que a tendência de favorecimento ao partido no poder se verificou também em jornais diários e semanários. “Esta tendência de distribuição de cobertura verificou-se, também, nos jornais diários e semanários, com a Frelimo com quase o dobro da cobertura em relação ao partido a seguir. Por exemplo, nos semanários, a Frelimo teve 38% da cobertura total a seu favor, contra 21% para Renamo, 19% para o MDM e 18% para o PODEMOS”.

 

Já nos jornais diários, os observadores eleitorais daquela plataforma referem que a Frelimo teve 42% do total das peças publicadas, seguida da Renamo com 24%, MDM com 18% e PODEMOS com 11%. “O candidato da Frelimo foi, ainda, beneficiado positivamente pelas TVs, através do uso de semi-directos, peças longas que oferecem construções e descrições narrativas da sua campanha com tonalidade positiva, o que ocorre poucas vezes na campanha dos partidos da oposição”, sublinha o Relatório.

 

Relativamente aos Tempos de Antena, na Rádio Moçambique, o “Mais Integridade” diz ainda haver desrespeito pelo alinhamento dos concorrentes ao Parlamento, com cerca de 79% das unidades de tempos a serem transmitidas fora da ordem estabelecida pelos órgãos eleitorais.

 

Refira-se que o país entra hoje para o seu 20º dia consecutivo, com os candidatos presidenciais ainda a esgrimirem os seus argumentos para convencer o eleitorado a votar em si. Daniel Chapo continua a trabalhar na província de Gaza, enquanto Ossufo Momade “namora” o eleitorado de Nampula, o maior círculo eleitoral do país. Venâncio Mondlane trabalha na província do Niassa e Lutero Simango, na província de Cabo Delgado. (Carta)

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Transcorridos 15 dias da campanha eleitoral para as sétimas Eleições Gerais e as quartas Eleições Provinciais em Moçambique, a Sala da Paz apresentou há dias o seu informe de avaliação da campanha eleitoral. Apesar do ambiente relativamente ordeiro, a Plataforma de observação eleitoral tem registado com alguma preocupação situações isoladas de agitação entre membros e simpatizantes de partidos que, nalguns casos, evoluem para agressões físicas.

 

Segundo a Representante da Sala da Paz, Whitney Sabino, as situações mais comuns de violência foram registadas nas províncias de Nampula, Inhambane, Tete e Maputo e envolveram membros e simpatizantes dos diferentes partidos durante o cruzamento entre caravanas. Preocupam igualmente a plataforma relatos de tentativas de assassinato do chefe de mobilização do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Tete, Joaquim Manica.

 

“Para além disso, preocupa ainda a Sala da Paz o esfaqueamento de dois membros do partido Frelimo e um da Renamo durante um confronto directo entre caravanas dos dois partidos, ocorrido no posto administrativo de Muite, distrito de Mecubúri, província de Nampula. Do mesmo modo, a Sala da Paz registou com preocupação situações de incêndio na residência do membro da RENAMO, que é antigo vice-presidente da assembleia provincial de Inhambane e de um membro de MDM em Changara-sede, província de Tete”, disse Sabino.

 

A Sala da Paz, com mais 400 observadores em todo o país, entende que, independentemente de estes incidentes estarem ou não associados com a campanha eleitoral, são actos criminais que merecem o devido encaminhamento aos órgãos de justiça, mas também podem concorrer para a limitação dos cidadãos de participar do processo eleitoral de forma livre. A plataforma constatou de uma forma geral situações de intolerância política protagonizadas por cidadãos cujas vítimas são membros e simpatizantes dos partidos Frelimo e Renamo. Para a Sala da Paz, esta situação viola o princípio de liberdade de participação e adesão aos partidos políticos.

 

“De acordo com os dados partilhados pela Polícia da República de Moçambique, em 15 dias de campanha eleitoral, 19 pessoas foram detidas, por envolvimento em ilícitos eleitorais, tendo sido registados 26 casos e um óbito. A Sala da Paz tem igualmente informações dando conta de que no total 12 pessoas deram entrada em hospitais públicos, das quais quatro no hospital provincial de Chimoio, três em Nampula, dois em Tete e três em Maputo”, afirmou a representante da Plataforma.

 

Durante as primeiras duas semanas de campanha, a Sala da Paz constatou igualmente a cobrança a funcionários públicos para financiar a campanha eleitoral e a ausência destes nos seus postos de trabalho. 

 

Uso de bens públicos para fins de campanha eleitoral

 

No decurso da campanha, os observadores da Sala da Paz têm constatado fortes indícios de uso de bens públicos para fins de propaganda eleitoral, especialmente, viaturas dos sectores de educação, actividades económicas e de administradores distritais.

 

O acto configura uma clara violação do n.º 1 do artigo 42 da Lei n.º 15/2024, de 23 de Agosto, atinente à eleição do Presidente da República e dos Deputados da Assembleia da República.

 

“Estas situações foram reportadas em Vilanculo, Maganja da Costa e Murrupula. Além de violar a legislação eleitoral, esta prática concorre para criar um ambiente de concorrência desleal e desequilibrada, onde os bens públicos que deveriam servir a todos de forma igual são usados em benefício de grupos específicos e contra os outros”, apontou Sabino.

 

Ausência e cobranças financeiras a funcionários públicos

 

Preocupa a Sala da Paz o facto de, ao longo dos 15 dias, terem sido registadas ausências regulares de funcionários públicos dos seus sectores de trabalho, um pouco por todo o país, alegadamente para integrar actividades de campanha do partido Frelimo. A Representante da Sala da Paz disse que algumas dessas práticas foram constatadas nos Serviços Distritais de Actividades Económicas e Infra-estruturas, no distrito do Ibo, em Cabo Delgado.

 

Já em Sofala, os observadores da Plataforma apresentaram relatos de escolas sem alunos e professores, uma vez que estes e os directores das escolas estão em campanha eleitoral. Trata-se de escolas do distrito de Macate; do Posto Administrativo de Zembe, em Manica e em Mecula, na província do Niassa. Embora não taxativamente prevista na legislação eleitoral, a Sala da Paz diz que essa prática põe em causa a qualidade dos serviços públicos prestados pelo Estado aos cidadãos em contextos de campanha eleitoral.

 

“Ainda, nesta sequência, a Sala da Paz registou com preocupação relatos de cobranças ilícitas e forçadas a funcionários públicos que ocupam cargos de chefia para apoiar a campanha eleitoral do partido Frelimo em taxas que variam de 500 meticais a 30 mil meticais. Exemplos destes relatos foram registados no distrito de Maganja da Costa na Zambézia, e Tambara em Manica”, relatou a representante da Sala da Paz.

 

Preocupa ainda a Sala da Paz o registo de acidentes de viação que resultam em morte e ferimento de membros e simpatizantes de partidos políticos. O caso mais notório registou-se no distrito de Milange, província da Zambézia, onde o acidente provocou 93 feridos e a morte de uma pessoa. Neste contexto, a Sala da Paz apela ao reforço da observância de medidas de segurança em contextos de campanha eleitoral, incluindo a adequação das viaturas para o transporte de passageiros, a lotação máxima, o estado mecânico bem como mental dos condutores. (Evaristo Chilingue)

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Chama-se Flora José Muiambo, membro da Renamo, residente no bairro "C", em Chicualacuala, norte da província de Gaza. Foi expulsa, esta semana, da casa que estava a arrendar pelo secretário do bairro, Manuel Armando Bendzane.

 

Flora Muiambo foi expulsa por ter sido vista, na vila-sede do distrito de Chicualacuala, a fazer campanha eleitoral a favor do seu partido, Renamo. Manuel Bendzane, secretário do bairro, é também responsável pela casa que Flora Muiambo arrendava.

 

Em Marrupa, província do Niassa, um agente económico, conhecido por Riate, recebeu, na última segunda-feira, ameaça de morte supostamente por ter cedido quartos da sua pensão a membros de partido PODEMOS, que suporta Venâncio Mondlane.

 

Durante aquela noite, desconhecidos tentaram sequestrar o empresário, mas não conseguiram, porque fugiu para a vizinhança, para onde foi pedir socorro. Os sequestradores puseram-se em fuga. Desconhecem-se os mandantes e a Polícia diz estar a trabalhar no sentido de neutralizar a quadrilha.

 

Em Funhalouro, na província de Inhambane, a campanha da oposição continua a ser dificultada pela onda de intimidação, ameaças, chantagens, bloqueio de estradas e protagonizada pelos membros da Frelimo. Enquanto isso, em Tambara, na província de Manica, a Frelimo queixa-se de estar a sofrer perseguição dos seus oponentes.

 

Já os funcionários públicos da Ilha de Idugo, a 72 Km da vila sede Mocubela, na Zambézia, têm receios de fazer campanha da Frelimo, alegadamente porque os membros da Renamo os podem agredir. (CIP Eleições)

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O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Rivas Joaquim Mangrasse, afirmou que a província de Cabo Delgado vive um momento tranquilo, mercê do combate abnegado contra o terrorismo. Mangrasse falava à imprensa, esta quarta-feira (11), pouco depois do encerramento da missão de treino da União Europeia.

 

Ele garantiu que o treino foi bastante importante na medida em que ajudou com diferentes estratégias de combate ao terrorismo. “Penso que a situação de Cabo Delgado está neste momento controlada e as actividades estão a decorrer com naturalidade e estamos prontos a continuar a dar este sossego necessário para os moçambicanos”, frisou Mangrasse.

 

Questionado sobre o facto de vários funcionários públicos continuarem fora do distrito de Muidumbe, por conta de relatos de instabilidade, Mangrasse explicou que a sua missão é de conduzir as operações das Forças Armadas. “Por isso digo que os ganhos nacionais permitem que o desenvolvimento de Cabo Delgado prossiga e está a acontecer, por isso que neste momento se vive um momento tranquilo nesta província”, garantiu.

 

Refira-se que a missão da União Europeia foi lançada em 2021, com objectivo de apoiar os militares moçambicanos com estratégias de combate ao terrorismo. (Carta)

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Passados 10 dias do decurso da campanha eleitoral para as sétimas Eleições Gerais e as quartas Eleições Provinciais em Moçambique, a Sala da Paz, uma plataforma de observação constatou que 31 partidos e o candidato Venâncio Mondlane haviam recebido a primeira tranche (50%) dos fundos destinados à campanha eleitoral. No entanto, um total de seis partidos políticos concorrentes ainda não havia recebido.

 

A Plataforma diz tratar-se do Partido de Reconciliação Democrática (PAREDE), Partido de Unidade Nacional (PUN), Congresso dos Democratas Unidos (CDU), Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), Partido Democrático para a Libertação de Moçambique (PADELIMO) e Partido Renovador Democrático (PRDS).   

 

Num informe dos primeiros 15 dias da campanha eleitoral, a Sala da Paz aponta que os atrasos nesses partidos, de forma particular, devem-se às dificuldades enfrentadas nos detalhes financeiros tais como: libertação da Quota Financeira pelo Tesouro e regularização do Número de Identificação Tributária.

 

“Entretanto, dados mais recentes indicam que, até ao dia 7 de Setembro, ainda havia dois concorrentes que não haviam recebido a primeira tranche dos fundos do Estado para o financiamento de campanha, nomeadamente, ADEMO que submeteu recentemente a sua documentação e PRDS que ainda não submeteu nenhuma documentação”, sublinha o informe da Sala da Paz.

 

Do relatório da avaliação do decurso da campanha eleitoral, da plataforma com mais de 400 observadores por todo o país, consta que a província de Cabo Delgado apresenta um contexto atípico devido ao terrorismo, apesar do desempenho da polícia e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e do Ruanda, para garantir segurança.

 

A Sala da Paz constatou, contudo, a ocorrência de um ataque a uma viatura policial ao nível do distrito de Mocímboa da Praia, ocorrido no dia 31 de Agosto. Este ataque resultou na morte de uma jovem e um número não especificado de feridos. “Este acto, embora não directamente relacionado com a campanha eleitoral, retraiu de alguma forma membros e simpatizantes de partidos políticos interessados em sair às ruas para fazer o seu trabalho e constitui uma violação aos direitos fundamentais de reunião e manifestação”, relata o documento.

 

Ao nível daquela província, a Plataforma reitera o apelo para a tomada de medidas cautelares por parte de todos os intervenientes, para evitar a ocorrência de incidentes violentos. Para o efeito, a Sala da Paz entende ser importante o reforço da colaboração entre os candidatos e os agentes da Polícia da República de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

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Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM-Centro) realizaram, esta quarta-feira (11), o primeiro comboio de combustíveis para o Malawi, através do Ramal Dona Ana - Vila Nova da Fronteira, distrito de Mutarara, na província central de Tete.

 

Segundo o Director de Comunicação e Imagem dos CFM, Adélio Dias, o comboio partiu do Porto da Beira com 48 tanktainers (24 plataformas) tendo como destino final a estação de Marka, localizada no distrito malawiano de Nsanje, que faz fronteira com a Vila Nova da Fronteira, do lado moçambicano.

 

Para a empresa, a realização deste primeiro comboio de combustíveis para o Malawi, a partir do Porto da Beira, é uma indicação clara de que o Ramal Dona Ana - Vila Nova da Fronteira já está a ser utilizado para fins comerciais. No mês de Julho último, a Linha recebeu o primeiro comboio comercial transportando melaço, numa importação do Malawi, a partir do Porto da Beira.

 

Reconstruída recentemente, com fundos próprios da Empresa, na ordem de 30 milhões de USD, a Linha do Ramal Dona Ana - Vila Nova da Fronteira vinha sendo utilizada apenas para comboios de transporte de materiais de construção que estão a ser aplicados na reconstrução do prolongamento da via do lado malawiano, cuja operação consistia no apoio dos CFM à solicitação daquele país vizinho.

 

Anteriormente, as importações malawianas de combustíveis, a partir do Porto da Beira, eram feitas por estrada, uma alternativa que se configurava ineficaz e bastante onerosa.

 

O investimento realizado pelos CFM para a reconstrução do Ramal Dona Ana - Vila Nova da Fronteira enquadra-se na resposta aos desafios da cadeia logística da Região Austral de África no contexto da região austral, e surge em cumprimento da orientação emanada da reunião entre os Presidentes de Moçambique e do Malawi, havida em Songo, no fim de 2020, cujo lançamento da primeira pedra para os trabalhos do lado de Moçambique foi presidido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em Maio de 2021.

 

Comboio dos CFM recebido com onda de alegria e euforia à chegada no Malawi

 

O presidente Lazarus Chakwera inaugurou ontem a chegada do comboio e descreveu o acto de um “grande marco” para o país, afirmando que ele contribuiria significativamente para o desenvolvimento sócio-económico do Malawi. Pela primeira vez em 42 anos, Malawi recebeu o primeiro comboio de combustível a partir do Porto da Beira, após a conclusão da reabilitação do Ramal Dona Ana - Vila Nova da Fronteira, na província de Tete.

 

Chakwera reafirmou o compromisso do seu governo em melhorar e modernizar os sistemas essenciais para melhorar o padrão geral de vida dos malawianos.

 

O comboio levou para Malawi 1.2 milhões de litros de combustível, que será transportado para Blantyre por via rodoviária, uma vez que as autoridades malawianas ainda não concluíram a reabilitação da linha férrea entre Marka e Bangula.

 

O ministro dos transportes Jacob Hara disse que o prazo para a conclusão do troço Marka-Bangula, de 72 km, orçado em 69 biliões kwachas, cerca 39 milhões e 760 mil de dólares, ainda não foi estabelecido, devido a questões financeiras.

 

A linha ferroviária Beira-Limbe vai reduzir os custos de transporte de carga em 50 por cento e a Companhia Nacional de Petróleo do Malawi (NOCMA) relata que o país vai receber 10 milhões de litros de combustível por mês quando o Corredor de Sena estiver totalmente operacional.

 

O director-executivo da NOCMA, Clemente Kanyama, confirmou que o comboio trouxe da Beira 1,2 milhões de litros de combustível, correspondentes a 35 camiões. O renomado economista Milward Tobias elogiou a chegada do comboio de combustível como um “passo na direcção certa” para a economia do Malawi. Ele destacou a mudança crucial para o transporte ferroviário, que deve resultar em economias substanciais de custos no transporte de combustível, beneficiando, em última análise, a economia do país.

 

Vale ressaltar que, desde 1993, os governos anteriores do Malawi favoreceram o transporte rodoviário para importar combustível de Moçambique e Tanzânia, negligenciando a rede ferroviária. Esse desenvolvimento há muito esperado simboliza uma mudança positiva e significativa no transporte e no cenário económico do Malawi, um país sem acesso directo ao mar.

 

O transporte do combustível por via rodoviária é considerado uma das principais fontes de “acumulação primitiva de capital” para alguns transportadores do Malawi e da Beira, daí que o lobby dos principais operadores, alguns dos quais ligados ao poder, tenha levado os sucessivos governos daquele país a ignorar a opção ferroviária.

 

A imprensa daquele país destaca esta manhã o facto do Malawi ter comemorado um momento histórico ao receber o seu primeiro comboio de combustível em 42 anos a partir da Beira, em Moçambique. (Carta)

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O antigo edil de Nacala-Porto, Raúl Novinte, está em campanha eleitoral a favor da Nova Democracia para estar representado na Assembleia da República. A atitude de Novinte surpreendeu meio mundo, quando se esperava que a declaração de voto fosse ao partido PODEMOS, que suporta Venâncio Mondlane, com o qual se aliou quando abandonou a RENAMO.

 

Pelo contrário, o ex-edil declarou o seu voto para o partido de Salomão Muchanga, na manhã de segunda-feira (09) na cidade de Nacala, para onde o líder da Nova Democracia se deslocou para mais uma jornada de campanha eleitoral para o escrutínio de 9 de Outubro próximo.

 

"Declaro o meu apoio à Nova Democracia e convido a todos os moçambicanos do Rovuma ao Maputo para confiar e votar neste partido para as legislativas deste ano. Nós queremos que a Nova Democracia tenha deputados na Assembleia da República. Tenho a certeza de que os deputados da Nova Democracia vão fazer diferença", afirmou.

 

Segundo Raul Novinte, a declaração de apoio ao partido Nova Democracia não significa que se esteja a desvincular da Coligação Aliança Democrática (CAD). Aliás, há dias, o mandatário de Venâncio Mondlane, Elvino Dias, defendeu que Novinte continuava sendo membro da CAD e que apoia incondicionalmente a candidatura de Venâncio Mondlane para a Presidência da República.

 

Elvino Dias disse ainda que o PODEMOS não concorre em todas as províncias, daí a necessidade de outras formações políticas, que apoiam Venâncio Mondlane, preencherem esse vazio. (Carta)

 

Está em finalização o acordo comercial para fornecimento de energia eléctrica adicional à República da África do Sul, com vista a ajudar o país a reduzir a crise energética com que se debate. Segundo o jornal “Notícias”, uma equipa liderada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Carlos Zacarias, manteve recentemente um encontro com a contraparte sul-africana visando criar condições para a operacionalização do acordo o mais rápido possível.

 

De acordo com o periódico, o documento que formaliza o incremento de electricidade foi assinado entre os governos dos dois países, estando actualmente a serem acautelados os últimos detalhes do negócio.

 

Zacarias defendeu a importância da flexibilização da implementação dos projectos em curso no país para o aproveitamento da oportunidade que o mercado oferece. Assegurou ter alertado à contraparte sul-africana para incentivar as companhias ligadas ao sector energético a se interessarem nos investimentos em curso em Moçambique.

 

Por seu turno, o ministro sul-africano da Energia e Electricidade, Kgosientso Ramokgopa, disse que o seu país precisa da parceria de Moçambique para usar o gás natural como combustível em substituição das fontes fósseis, como carvão mineral e petróleo. Ciente de que Moçambique representa um dos mercados de gás mais lucrativos de África, Ramokgopa acredita que o acordo entre os dois países pode ajudar a África do Sul na transição energética.

 

“Vamos assinar o documento, mas o mais importante é mudar a vida dos nossos povos. Moçambique pode ajudar a garantir o aumento do acesso universal à energia e termos mais pessoas a obterem electricidade e suportar a indústria”, disse citado pelo periódico.

 

O governante acrescentou que o acordo vai aliviar a crise de carga, um problema quase perto de ser resolvido, até porque a África do Sul não tem cortes há 150 dias. Ainda assim, disse que há necessidade de converter o gás natural em electricidade e Moçambique é fundamental nessa transição. (Carta)

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A empresa de fundição de alumínio Mozal faz um balanço positivo da linha de crédito de 77 milhões de Meticais disponibilizada há um ano, para dinamizar as micro, pequenas e médias empresas localizadas principalmente na província de Maputo. A informação foi avançada há dias na Feira Internacional de Maputo pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Mozal, Samuel Samo Gudo.

 

“A avaliação preliminar revela que 82 empreendedores foram treinados em gestão, 17 empresas registadas, das quais 11 financiadas. Tendo em conta que se trata de um fundo rotativo, para permitir que os empreendedores cumpram com as suas obrigações, encorajamos que, ao pagar atempadamente, o agente tenha uma subvenção de 15% do valor inicial do seu financiamento. É uma iniciativa que tem tido muita adesão por parte dos empreendedores”, afirmou Samo Gudo, num seminário sobre industrialização.

 

O projecto prevê abranger cerca de 240 beneficiários dos distritos de Matola e Boane. Dos 240 beneficiários, o PCA da Mozal detalhou que serão abrangidos 168, o correspondente a cerca de 70%. Se for a título individual, o financiamento vai até 250 mil Meticais, mas se for uma empresa, o financiamento vai até 1.5 milhão de Meticais. A taxa de juro é de 1% por mês.

 

O surgimento do projecto denominado Nhluvuko (que significa desenvolvimento), em parceria com a GAPI (instituição financeira) resultou de um estudo às micro-empresas nos distritos de Boane e Matola que constatou problemas como o fraco conhecimento dos procedimentos de gestão empresarial, a falta do plano de continuidade de negócios em caso de desastres, bem como a falta de acesso a linhas de financiamento alternativas.

 

O projecto tem a duração de cinco anos, divididos em duas fases, das quais dois anos são de assistência técnica e três de execução efectiva, que vai abranger jovens e mulheres abaixo dos 50 anos.

 

A GAPI tem a responsabilidade de implementar o projecto e garantir a sua operacionalização e sustentabilidade, o que significa que, na sua qualidade de instituição financeira de desenvolvimento, garantirá a sua implementação integral, bem como a continuidade ao acesso a todos os serviços financeiros e de assistência que serão introduzidos através deste projecto, mesmo depois do término estipulado no acordo. (Carta)

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