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terça-feira, 10 março 2020 07:19

FRELIMO: o menino de cabeça grande

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Seria hilariante, se não fosse alarmante. E mais do que alarmante é também embaraçoso.

 

Não sei se vocês já se deram conta da quantidade de gatunos, vamu-lá-dizer-assim, que disseram, em tribunal, que alguma parte do dinheiro que roubaram contribuíram para a campanha da FRELIMO! Não sei se vocês já pararam para pensar. Há contribuintes de todo peso e feitio, desde ministros, Pê-Cê-As até profetas. Entre arguidos e ex-arguidos. Estranho, não?!

 

Mais do que contar os gatunos vocês já tentaram somar os montantes que o partido alegadamente recebeu? Já fizeram a adição dos valores? Cambaza, Cetina, Helena, Boustani, Zimba. Todos os gatunos até aqui ouvidos dizem que ajudaram na campanha da FRELIMO. Sem contar que ainda tem a Tabela de Nhangumele que conta com gatunos de raça - uns dentro e outros fora - que ainda não abriram a boca. É só imaginarem o que um gajo como o "Chopstick" vai falar. Eu acho que isso é azar. É inveja. É má fé dos gatunos (como se houvesse algum gatuno de boa fé)!

 

Essa FRELIMO, do jeito que se fala, até parece bolsa de valores. Parece uma empresa que está a vender as suas acções. Parece igreja. Ou são acções ou são dízimos, mas quotas de membros do partido não podem ser. A FRELIMO que se fala parece um banco num paraíso fiscal. Agora, basta ouvir que houve rombo financeiro em algum lugar, deve saber que houve alguma contribuição para o partido. Há que ver isso! Assim não dá! O pior é que o partido nunca vem se distanciar em tempo útil. É assim que os outros fazem. 

 

É muito estranho! Mas, como dizia, às vezes é azar mesmo. Na minha zona dizem que são pessoas que nasceram com "cabeça grande". Não é "grande" de grande, de volume. É "grande" de espírito. Pessoas azarentas. Pessoas infortunadas. Dizem que são pessoas que no dia que nasceram o diabo olhou ou soprou para elas. São pessoas com destino assombrado. Quando é assim leva-se a pessoa ao "akulukana", "namugu", "na'ana" para tirar o diabo.

 

Dizia, então, às vezes a pessoa nem tem culpa... às vezes é azar mesmo. De tanto apanhar sem culpa, a pessoa já habitua. Já nem chora, nem responde, nem pede justiça. Só vai seguindo a vida como se nada estivesse acontecendo. Assim tipo Eme-Ci-Rodja: falem bem ou mal de mim, mas falem de mim. 

 

É isso, minhas irmãs e meus irmãos. Lá na zona diz-se que "quem tem cabeça grande nenhuma pedra lhe falha". Não sei se é o caso. Mas que é constrangedor, lá isso é!

 

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