Para mim, um líder deve ostentar duas coisas: a técnica e a ética. Ou seja, um indivíduo competente para ocupar um cargo de liderança deve ser uma pessoa com conhecimentos de gestão, mas acima de tudo - repito, acima de tudo - deve ser uma pessoa que saiba viver e convier em sociedade. Deve saber o que quer, saber o que pode e saber o que deve.
Um líder não basta apenas estudar e carregar diplomas, é importante que tenha humildade e solidariedade. É importante que tenha humanidade.
Um líder dever ser uma pessoa que entende que ele é "chefe" porque existem subordinados. Aliás, deve saber que o que lhe faz "chefe" não é a sua nomeação, mas - sim - a legitimidade dos seus súbditos. Há "chefes" que não são chefes porque os seus subalternos simplesmente não o vêem como tal. Não o consideram "chefe". Não tem legitimidade dos que ele devia chefiar.
Um "chefe" deve saber que a chefia passa e a sociedade continua. Deve saber que diploma não é título de propriedade do saber. Deve reconhecer a sua falência como ser humano. Deve reconhecer que os seus diplomas e a sua posição não fazem dele um extraterrestre.
Mas, a primeira exigência de competência é sobre quem o povo confiou para nomear os outros. Isto é, o "chefão" que nomeia os "chefezinhos" deve ter maior competência técnica e ética na escolha dos seus escolhidos para não cair no ridículo.
Gerir uma instituição é gerir pessoas e bens patrimoniais. Pelo que, qualquer decisão deve ser tomada com muito humanismo. Muita solidariedade.
Eu não teria coragem de nomear para um cargo público de relevo um indivíduo que disse que "quem morreu com o ciclone Idai quis". Quem assim pensa não se deve ter por perto. A falta de solidariedade é a pior forma de carácter. Aliás, não há sociedade sem solidariedade.
De resto, o Jota-Jota podia ser apenas e unicamente Pê-Cê-A de uma agremiação de feiticeiros. Haja paciência! Quem o nomeou é insensível. Só um Vampiro pode preferir um Drácula.
- Co'licença!