Sabem duma... Já não tenho o mesmo entusiasmo que tinha para essas audições de Manuel Chang. Já não tenho o mesmo "filing" para essas audições. Sei lá!!! De repente fiquei sem aquela excitação de início. Estou farto. "Ai-ami-taiede" desse julgamento. Perdeu o sal.
No dia que for decidido que Chang vai para as Américas, talvez nesse dia comemore com alguma euforia. Mas hoje por hoje só vejo uma espécie de jogo com resultado sem interesse, como aquelas partidas de futebol cujo resultado não muda nada. Provavelmente, este cenário seja até pior que isso. Talvez seja um jogo de futebol que o resultado depende da boa vontade do presidente da FIFA. Você já imaginou assistindo à uma final da "Txampions" baita renhida e, no meio da partida, você ouve que, na verdade, não interessa quem vai ganhar ali... o campeão será anunciado pelo presidente da UEFA na próxima semana? É isso mesmo.
Pois é! Quando ouvi que a decisão da extradição de Chang, se será para os É-U-Â ou se será para Moçambique, é de um ministro, perdi tesão para o assunto. Na verdade, comecei a ver esse vuku-vuku do Kempton Park como uma grande perda de tempo. Estou a achar que aqueles magistrados deviam mandar logo esse Chang para o tal ministro de uma vez. Ou seja, aqueles argumentos todos de malta Elivera, Sagra, Krause, e agora esses novos malta Skate, Du Toit e Willie não vão decidir nada. Quem vai decidir essa porra é um tal de ministro, que está numa wella não-sei-onde, a bater uma boa gandja do gajo, a coçar os tomates (se os tem), enquanto assiste aquilo como uma novela do meio-dia. No fim do dia é esse "quete" que vai decidir para onde vai o Chang, pensando nas boas relações que a pessoa que o nomeou tem com os exaltadores da pátria de cá. Isso me tirou tesão. Tirou a piada da coisa. Toda aquela lábia jurídica não vai servir para nada.
Podem dizer que não é bem assim, mas é assim que se parece. Já não vejo diferença entre aquele "julgamento" e esse dos dezoito-apóstolos da Buchili. É que, no fim de tudo, a decisão que prevalece será política. Até porque, com um pouco de azar, vamos descobrir que o pior teatro é aquele de Chang e não este de pudim fosfórico.
Isso tudo perdeu a graça. Já não fico a roer unhas. Quero, contudo, desde já, e do fundo do meu coração, endereçar os meus parabéns e obrigados à Justiça sul-africana pelo seu empenho e profissionalismo. Se dependesse daqueles profissionais, particularmente da procuradora Elivera Dreyer e da juíza Sagra Subroyen, esse gatuno já estaria em Nova Iorque faz tempo. Tentaram de tudo, mas, infelizmente, extraditar um gatuno daquele quilate nem sempre é fácil. Por isso, para mim, esse julgamento perdeu graça.
- Co'licença!