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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

Forte tiroteio das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) causou pânico aos munícipes da vila do Ibo, tendo maior parte passado a noite em “branco”. Em causa, segundo relatos, estava em curso uma operação militar para desactivar o ataque dos terroristas à ilha do Ibo na noite de domingo e madrugada desta segunda-feira (04), conforme tinham alertado a partir da ilha Quirimba.                                         

 

"Aqui houve muito susto por causa dos terroristas. Pelos relatos, eles querem entrar aqui na vila do Ibo. Toda a noite, só se ouvia som de armas, incluindo pesadas. Assim, esta manhã (segunda-feira), a conversa é a mesma, mas na verdade há medo generalizado", disse um funcionário da secretaria distrital local, que pretendia sair para a cidade de Pemba, se houver uma oportunidade para tal.

 

Devido à situação, alguns membros do governo e das organizações não governamentais na Ilha do Ibo foram evacuados de emergência no domingo, através de um helicóptero e de uma embarcação a motor para a cidade de Pemba.

 

"No cumprimento de um procedimento das Nações Unidas, faço parte do grupo das organizações e funcionários evacuados para a cidade de Pemba, tudo porque tínhamos um alerta de que os terroristas pretendiam atacar a ilha do Ibo, porque Quirimba fica perto de Ibo", disse à "Carta" um funcionário de uma ONG baseada na ilha do Ibo.

 

Entretanto, o presidente do Conselho Municipal da vila do Ibo, Issa Tarmomade, não aceitou ser evacuado, alegadamente, porque não pode abandonar a população. Alguns residentes do Ibo garantiram à "Carta" que, apesar do medo, a população começou a circular a partir do meio-dia desta segunda-feira, mas ninguém foi à pesca.

 

Até às 17h00 desta segunda-feira, relatos davam conta que os "mababus" ainda estavam na ilha Quirimba, onde além de dialogar com a população, compram diversos produtos alimentares. (Carta)

O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, assegura haver condições para todas as crianças deslocadas da província de Cabo Delgado continuarem a estudar nos centros de acolhimento criados no distrito de Eráti. Para o efeito, segundo Manuel Rodrigues, estão a ser alocadas tendas para que os alunos deslocados continuem a estudar.

 

Enquanto isso, as autoridades em Cabo Delgado revelam que a nova vaga de violência armada ditou o encerramento de 40 escolas no distrito de Chiúre, o mais populoso da província. O Director Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Cabo Delgado, Ivaldo Quincardete, tornou público esta segunda-feira (04) que em toda a província 157 escolas estão fechadas, destacando-se os distritos de Chiúre, Macomia, Mocímboa da Praia e Nangade.

 

Quincardete diz que o sector da educação está atento à situação dos alunos do distrito de Chiúre acolhidos em centros de deslocados de Eráti, anotando que, ao todo, no presente ano estão em funcionamento 921 escolas em toda a província de Cabo Delgado.

 

Refira-se que, nos centros de acolhimento de deslocados no distrito de Eráti, encontram-se 72 crianças desacompanhadas, não se sabendo o paradeiro dos familiares. Outras 29, inicialmente identificadas, foram conduzidas às respectivas famílias. (Carta)

Os casos de conjuntivite hemorrágica tendem a aumentar em Nampula, sendo que neste momento situam-se em 2.612. Entretanto, as autoridades apontam que os números podem ser maiores, tendo em conta que muitos afectados não se dirigem às unidades sanitárias.

 

“Neste momento, temos o registo de 2.612 casos a nível de toda a província de Nampula e os números tendem a aumentar, visto que nos primeiros dias os casos foram notificados em apenas em três distritos. Agora, falamos de cinco distritos: Nampula, Nacala-Porto, Monapo, Ilha de Moçambique e Moma”, explicou a médica Marta Abudo, garantindo que há muito mais casos.

 

Entretanto, os casos mais comuns neste ponto do país registam-se em pessoas de todas as idades, desde crianças até aos mais velhos, sendo que a situação chegou a um extremo tal que, numa família, todos podem estar contaminados. 

 

Em Moçambique, a conjuntivite hemorrágica afecta as províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Nampula, Maputo província e a cidade de Maputo. Os dados do Ministério da Saúde apontam para perto de 3,5 mil casos notificados em quase um mês.

 

As autoridades sanitárias alertam que há outros casos esporádicos a serem detectados noutras províncias, razão pela qual apela-se ao reforço das medidas de higiene, tendo em consideração que os casos mais graves podem levar à cegueira.

 

A conjuntivite hemorrágica eclodiu também em Angola, onde, entre 1 a 27 de Fevereiro, foram notificados perto de 750 casos, o que preocupa as autoridades daquele país. 

 

Por outro lado, as autoridades sanitárias reportaram, na última quinta-feira, a eclosão do novo surto de cólera, no distrito de Moamba, província de Maputo. Trata-se de casos registados em dois menores de nove meses e seis anos de idade. As duas crianças encontram-se a receber tratamento nas suas residências. 

 

Refira-se que a província de Maputo já tinha sido declarada livre da cólera em Junho de 2023 e o ressurgimento de novos casos preocupa as autoridades, principalmente quando se trata de casos de crianças que não têm histórico de contacto com alguns casos. (M.A)

Um grupo de mais de dez terroristas escalou, às 08h00 deste sábado (02), a sede do distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, aparentemente, para adquirir produtos básicos na vila, facto que, devido à ausência das Forças de Defesa e Segurança no local, chamou a atenção da população que se pôs em fuga.

 

Os comerciantes que já tinham aberto as suas bancas e barracas abandonaram o negócio, deixando as portas abertas, o que permitiu que os terroristas saqueassem muitos produtos alimentares. A presença dos terroristas durou mais de 5 horas.

 

"Sim, os terroristas estão em Quissanga-sede. Estão a carregar arroz em direcção à Mussomero. As pessoas estão a assistir e outras esconderam-se", disse um residente, acrescentando que a incursão terrorista acontece numa altura em que muitos funcionários públicos já estavam no distrito, incluindo o Administrador."É isso mesmo, estou a sair do mato e soube que os terroristas já se foram embora, mas levaram produtos alimentares e uma motorizada. Ao que tudo indica, estão acampados em Mussomero, disse um funcionário público, acrescentando: "os terroristas não fizeram mal a ninguém e nem dispararam".

 

Aliás, ontem, o Administrador de Quissanga, Sidónio Lino, foi visto entre a multidão que fugia para o Ibo. “Carta” perguntou-lhe, ontem durante a manhã, qual era a situação da vila. Ele disse que não lhe competia a ele responder, que essa informação era da alçada do Ministério da Defesa ou do Comando Geral da Polícia.

 

Uma das lojas afectadas localiza-se na zona da “aldeia”, nome pela qual é conhecida a baixa de Quissanga, nomeadamente onde se concentram os operadores pesqueiros. É a loja do “Muinde”, um comerciante local de origem indiana. 

 

Entretanto, uma fonte disse à "Carta" que, devido à situação, um grupo de funcionários conseguiu sair de barco e, provavelmente, estaria a caminho da cidade de Pemba. A fonte assegurou também que os terroristas não dispararam e nem manifestaram intenção de perseguir civis, reforçando a ideia de que o seu objectivo era adquirir produtos alimentares.

 

"Em Quissanga não há força militar, só em Bilibiza. Na verdade, aqueles que chegaram à sede não eram muitos, mas o outro grupo fica em Mussomero. Os funcionários públicos, incluindo professores, já estão aqui para começar com as aulas e outras actividades. Assim, não sei como será", disse outra fonte.

 

Devido a questões de segurança, há quase três semanas que as aulas não são leccionadas pelos menos nas escolas de Quissanga-sede, incluindo na escola secundária, em parte, devido à fuga dos professores. Outros serviços públicos também não funcionam devidamente, também por causa da ausência dos funcionários. Refira-se que esta é a terceira vez que os terroristas escalam Quissanga em menos de dois meses. (Carta)

O Projecto OncoInvest, financiado pelo Instituto Camões e pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), irá contribuir, ao longo dos próximos três anos, para “melhorar o acompanhamento clínico e a adequação da terapia dos doentes oncológicos em Moçambique, através do reforço dos meios de diagnóstico e das competências dos profissionais de saúde”, referem os serviços de comunicação da FCG.

 

A iniciativa prevê também a criação de um bio-banco de tumores operacional e a divulgação do conhecimento científico por médicos e investigadores moçambicanos na área oncológica, nomeadamente, através da criação de um mestrado em oncologia.

 

O OncoInvest irá ainda promover parcerias com outros centros de investigação e instituições académicas internacionais e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), adianta a Gulbenkian.

 

A execução do projecto – com um financiamento superior a 800 mil euros, sendo 70 por cento de participação do Instituto Camões e 30 por cento da Fundação Calouste Gulbenkian – irá decorrer sob a responsabilidade da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (FAMED-UEM), e contará com a coordenação de Carla Carrilho, médica e investigadora, em articulação com o Hospital Central de Maputo.

 

Os parceiros técnicos deste projecto em Portugal são o Centro Hospitalar de São João, o Instituto Português de Oncologia do Porto e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP). (7MARGENS)

acidentes viacao min 1

Dezasseis (16) pessoas perderam a vida, numa semana, nas estradas nacionais, vítimas de 15 acidentes de viação, com incidência para seis atropelamentos e quatro despistes. Os sinistros resultaram ainda em 11 feridos graves e 38 ligeiros.

 

Os acidentes ocorreram entre 17 e 23 de Fevereiro findo. Velocidade excessiva e ultrapassagem irregular são apontadas como as principais causas da sinistralidade no país. No mesmo período, a Polícia da República de Moçambique (PRM) aponta o registo de 107 delitos, em particular, os crimes contra património e pessoas, com 46 e 35 casos, respectivamente.

 

A PRM apreendeu ainda 133 livretes e 461 cartas de condução e aplicou 4.702 multas, por cometimento de diversas infracções. Neste âmbito, 20 cidadãos foram presos por condução ilegal e 33 por corrupção.

 

Foram detidos igualmente 1300 indivíduos, sendo 665 por violação de fronteira e 267 por imigração ilegal, para além da apreensão de 106,212 quilogramas de cannabis sativa, vulgo suruma, 240 gramas de rock e 15 pichos de heroína. As autoridades apreenderam também seis armas de fogo e 111 munições, nas províncias de Maputo e Inhambane.

 

Entretanto, as estatísticas policiais do primeiro semestre de 2023 dão conta de que 387 pessoas morreram em acidentes de viação, sendo que grande parte são de transporte de passageiros. (M.A)

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