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segunda-feira, 04 março 2024 10:32

Continuam a disparar casos de conjuntivite em Nampula

Os casos de conjuntivite hemorrágica tendem a aumentar em Nampula, sendo que neste momento situam-se em 2.612. Entretanto, as autoridades apontam que os números podem ser maiores, tendo em conta que muitos afectados não se dirigem às unidades sanitárias.

 

“Neste momento, temos o registo de 2.612 casos a nível de toda a província de Nampula e os números tendem a aumentar, visto que nos primeiros dias os casos foram notificados em apenas em três distritos. Agora, falamos de cinco distritos: Nampula, Nacala-Porto, Monapo, Ilha de Moçambique e Moma”, explicou a médica Marta Abudo, garantindo que há muito mais casos.

 

Entretanto, os casos mais comuns neste ponto do país registam-se em pessoas de todas as idades, desde crianças até aos mais velhos, sendo que a situação chegou a um extremo tal que, numa família, todos podem estar contaminados. 

 

Em Moçambique, a conjuntivite hemorrágica afecta as províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Nampula, Maputo província e a cidade de Maputo. Os dados do Ministério da Saúde apontam para perto de 3,5 mil casos notificados em quase um mês.

 

As autoridades sanitárias alertam que há outros casos esporádicos a serem detectados noutras províncias, razão pela qual apela-se ao reforço das medidas de higiene, tendo em consideração que os casos mais graves podem levar à cegueira.

 

A conjuntivite hemorrágica eclodiu também em Angola, onde, entre 1 a 27 de Fevereiro, foram notificados perto de 750 casos, o que preocupa as autoridades daquele país. 

 

Por outro lado, as autoridades sanitárias reportaram, na última quinta-feira, a eclosão do novo surto de cólera, no distrito de Moamba, província de Maputo. Trata-se de casos registados em dois menores de nove meses e seis anos de idade. As duas crianças encontram-se a receber tratamento nas suas residências. 

 

Refira-se que a província de Maputo já tinha sido declarada livre da cólera em Junho de 2023 e o ressurgimento de novos casos preocupa as autoridades, principalmente quando se trata de casos de crianças que não têm histórico de contacto com alguns casos. (M.A)

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