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Sociedade

Passam-se sensivelmente 44 anos, desde que Moçambique proclamou a sua independência nacional, entretanto, os cidadãos residentes na zona rural continuam a ser os que menos se beneficiam da energia eléctrica produzida no país, embora constituam a maior parte da população moçambicana.

 

Jennifer Garvey, representante da Speed+project, um programa da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), disse, esta terça-feira, durante um Workshop público, organizado pela Kaleidoscopio, que em Moçambique apenas 15 por cento da população rural tem acesso à energia eléctrica contra 30 por cento da população residente na zona urbana.

 

O nosso país é um dos piores do mundo, na adesão aos métodos contraceptivos, com uma taxa de prevalência contraceptiva de 25.3 por cento, segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde. Este facto é apontado como a principal causa da elevada fecundidade, de acordo com o Manual sobre Planeamento Familiar e Políticas de Saúde Sexual e Reprodutiva em Moçambique, lançado esta terça-feira, em Maputo. O documento tem como objectivo redefinir as políticas e estratégias mais apropriadas para o desenvolvimento do sector do planeamento familiar no país.

 

Numa iniciativa do Centro de Pesquisa em População e Saúde (CEPSA), em parceria com o Centro Internacional para Saúde Reprodutiva Moçambique (ICRM-M), o livro aborda questões sobre a dinâmica da saúde sexual reprodutiva em Moçambique, com especial enfoque para o baixo uso de contraceptivos e acesso aos serviços de planeamento familiar.

 

Segundo Boaventura Cau, pesquisador do CEPSA, o livro procura trazer evidências à volta da implementação das políticas de saúde sexual e reprodutiva, constrangimentos que lideram o acesso aos serviços de planeamento familiar e avança algumas possíveis saídas, de modo a melhorar o acesso universal a estes serviços. Um dos principais desafios apontados no livro é o envolvimento dos homens nas políticas do planeamento familiar.

 

“São feitos muitos estudos, no país, e que não são revelados, entretanto, este livro mostra as falhas e o impacto das políticas do planeamento familiar, de modo a aumentar a cobertura da contracepção, em Moçambique”, explicou Sally Griffin, Directora do ICRM-M.

 

Com um total de 11 capítulos e mais de 200 páginas, a obra é também caracterizada por uma perspectiva multidisciplinar, reunindo contribuições de investigadores ligados a áreas, tais como: Saúde Pública, Linguística, Medicina, Demografia, Geografia, Sociologia e Antropologia. (Marta Afonso)

Oito por cento das mortes maternas, em todo o mundo, resultam de aborto inseguro. A cada ano, o mundo regista 25 milhões de abortos inseguros e sua maioria ocorre no continente africano.

 

E embora haja uma insuficiência de evidências relativamente às taxas de incidência do aborto em Moçambique, dados do Ministério da Saúde (MISAU) indicam que 13 por cento das mulheres entre os 14 e 19 anos de idade morrem vítimas de um aborto inseguro. Contudo, devido à natureza dos serviços clandestinos do fenómeno, esta percentagem representa só a “ponta do iceberg”, escondendo-se de certo modo a magnitude do problema.

 

A percentagem de casos de violência doméstica que deram entrada nas unidades de saúde de Moçambique aumentou em 71% em 2018, atingindo 33 mil vítimas, disse hoje a ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula.

 

Nazira Abdula considerou preocupante o número de casos de violência doméstica em Moçambique, quando falava no lançamento do Plano de Ação e Resposta contra a Violência Baseada no Gênero 2019-2022.

 

terça-feira, 23 julho 2019 06:18

Maputo liderou compra de acções da HCB

De um total de 1.510 milhões de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) subscritas na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), de 17 de Junho a 12 de Julho corrente, 1.314 milhões de acções (correspondentes a 8.03 mil ordens) foram subscritas a partir da Cidade de Maputo. Depois da capital do país, seguiu-se a província de Maputo que inseriu, na BVM, 3.02 mil ordens que do total correspondem a 40.04 milhões de acções.

 

Está previsto para o próximo mês de Novembro o arranque da recolha de dados sobre as receitas e despesas dos agregados familiares e outras características sócio-económicas do país, no quadro do Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF 2019/2020), uma operação estatística conduzida pela autoridade desta área, o Instituto Nacional de Estatística (INE).