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Quando faltam seis meses para o termo do presente mandato, a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane, garante já ter cumprido, em 100 por cento, as metas previstas pelo sector da educação para o quinquénio 2015-2019. A garantia foi dada, esta quarta-feira, pela governante, durante a abertura do último Conselho Coordenador daquele pelouro, que decorre em Maputo até ao próximo dia 26 de Julho.

 

Segundo a ministra, em 2015, quando o mandato iniciou, o Sistema Nacional de Educação tinha quase sete milhões de alunos e, neste momento, conta com cerca de oito milhões de alunos, representando um crescimento de pouco mais de 1 milhão, uma média de cerca de 200 mil alunos por ano. Por sua vez, o número de escolas subiu de 12.511 para 13.464, garantindo ainda cumprir na totalidade a metade de distribuição para a construção de salas de aulas, que é 4.500.

 

A população residente no distrito da Gorongosa acusa três líderes comunitários de serem cúmplices do corte ilegal de madeira na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa (PNG). A informação foi confirmada pelo Administrador daquele distrito da província de Sofala, Manuel Jamaca, em entrevista à Radio Moçambique, nesta quinta-feira (25 de Julho).

 

O Tribunal de Cabo Delgado decidiu devolver ontem ao Ministério Público a acusação contra dois jornalistas detidos em Cabo Delgado. Os jornalistas Amade Abubacar e Germano Adriano foram ouvidos em tribunal, ontem, numa sessão marcada pela ausência do Ministério Público e de um dos declarantes no processo. A sessão de instrução contraditória foi adiada por três vezes, decisões justificadas pela ausência de declarantes e erros nos registos de documentos do processo.

 

Depois das novas exigências manifestadas, esta terça-feira, pelo grupo militar dissidente do maior partido da oposição, auto-denominado “Junta Militar da Renamo”, que apela à suspensão do diálogo político entre o Chefe de Estado e o Presidente daquela formação política, com vista ao alcance da paz efectiva, o porta-voz da “Perdiz”, José Manteigas, veio a público dizer que os supostos desertores “estão a mando de forças ocultas” que visam manchar a imagem do seu partido.

 

Falando esta quarta-feira, em Maputo, em reacção a mais uma manifestação de repúdio à liderança de Ossufo Momade, a quem o grupo dissidente chama de “arrogante”, Manteigas defendeu que o assunto deve merecer o devido tratamento pelo Estado, tendo em conta que estes ameaçam a segurança dos cidadãos.

 

Na sua comunicação a partir da Serra da Gorongosa, província de Sofala, o grupo, liderado pelo Major-General Mariano Nyonga e o Tenente-General João Machava, ameaçou “descontar” na população moçambicana, caso Filipe Nyusi continue as negociações com Ossufo Momade, que diz não ser mais Líder da “Perdiz”.

 

“Queremos apelar ao Governo, na pessoa do Presidente da República, para interromper o diálogo com Ossufo Momade. Caso insistam, as consequências podem cair para o povo moçambicano, povo pobre e que não tem nada a ver com política. Apelamos a estas pessoas para nos respeitarem porque a Renamo somos nós”, disse João Machava, porta-voz do grupo, que era composto por oito militares devidamente fardados e armados.

 

Para Manteigas, “há uma conspiração que está a acontecer” e sublinha o facto de os homens aparecerem fardados (uniforme novo, diga-se), algo que, para si, revela a existência de um financiador. Caracteriza as acções do grupo de uma encenação e garante que o partido está preocupado em descobrir o financiador, pois, acredita haver forças ocultas a conspirar contra a Renamo.

 

“Quando há um desejo de querer fazer uma subversão dentro de uma instituição, as forças são muitas vezes ocultas, porque estes companheiros militaram na Renamo durante vários anos e não se compreende que agora, num momento crucial das eleições, de repente tenham mudado de convicções, tenham mudado do seu ideal de luta, que sempre defenderam e acreditamos que há conspiração em vista”, disse Manteigas a jornalistas.

 

O porta-voz da Renamo garantiu, na ocasião, que Ossufo Momade está tranquilo e que está a trabalhar para a manutenção da paz, assim como para a integração humanizada dos seus homens nas Forças de Defesa e Segurança, no âmbito do processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) em curso.

 

Para o também deputado da Renamo, a crise que se assiste na sua formação política deve ser resolvida pelo Estado moçambicano, porque os homens que ameaçam a liderança da “Perdiz” não pertencem às fileiras da Renamo.

 

Aliás, em relação ao DDR, Manteigas garantiu aos jornalistas que, brevemente, os homens que ainda pertencem às fileiras da Renamo serão acantonados, até porque o Presidente da República já recebeu a lista dos homens a serem integrados.

 

Questionado sobre o número dos homens que compõem o grupo, Manteigas disse não saber porque não faz parte da equipa de negociação. Porém, revelou que, no próximo dia 25 de Julho (quinta-feira), Ossufo Momade irá receber, na dita parte segura na Serra da Gorongosa, o presidente do Grupo de Contacto, o Embaixador suíço Mirko Manzoni. (Omardine Omar)

 

O governo moçambicano, apesar do seu alegado compromisso de aumentar o turismo, mais do que triplicou o custo dos vistos de entrada no país. De acordo com um decreto governamental de 5 de Julho, assinado pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e pelo Ministro do Interior, Basílio Monteiro, o custo de um visto de entrada válido por 30 dias subiu de 1.350 para 6.252 Meticais, um aumento de 363%. Este tipo básico de visto agora custa o equivalente a 100 USD.

 

Um visto de entre 31 e 60 dias, que custava 2.700 Meticais, custa agora 12.500 Meticais, enquanto o preço de um visto de entre 61 e 90 dias passa de 4.050 para 18.756 Meticais.

 

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reconduziu Beatriz Buchili no cargo de procuradora-geral da República e nomeou Alberto Paulo vice-procurador-geral da República.

 

O anúncio foi feito pela Presidência da República em comunicado.