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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Faltam apenas 18 dias para o encerramento da campanha eleitoral rumo às VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV Provinciais de 09 de Outubro próximo e os candidatos a Chefe de Estado continuam a palmilhar o país em busca do voto que lhes conduza à Ponta Vermelha.

 

Com 25 dias já percorridos (hoje cumpre-se 26º dia consecutivo) de “caça” ao voto, Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, continua em vantagem na conquista do eleitorado em relação aos seus adversários, tendo já escalado mais da metade das províncias do país, numa viagem cuja rota se tornou imprevisível.

 

Desde 24 de Agosto, Chapo já escalou, sucessivamente, as províncias de Sofala, Tete, Manica, Zambézia, Inhambane, Gaza, Maputo e Nampula, esta última onde se encontra desde segunda-feira. Aliás, Chapo interrompeu seu périplo ontem, em Nampula, para visitar Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, em Pretória.

 

Até ao dia 06 de Outubro, o Secretário-Geral da Frelimo deverá visitar as províncias de Cabo Delgado, Niassa e Cidade de Maputo, pelo que há possibilidade de ainda revisitar algumas das províncias já escaladas, com destaque para as dominadas pela oposição.

 

Cenário diferente verifica-se com os candidatos provenientes dos partidos da oposição. Venâncio Mondlane, descrito como principal adversário de Daniel Chapo, percorreu, até agora, quatro províncias, nomeadamente, Maputo (distritos da Moamba e Matola), Zambézia, Niassa e Tete. Pelo meio (um dia após abertura da campanha eleitoral) também escalou a vizinha África do Sul em busca de apoio logístico e político.

 

Com 18 dias ainda pela frente, o candidato suportado pelo PODEMOS deve escalar as províncias de Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo Cidade, Cabo Delgado e Nampula, uma maratona que se adivinha difícil de cumprir, a analisar pelos recursos disponíveis.

 

Quem também tem mais de meio país por andar é o candidato Lutero Simango, Presidente do MDM. Desde 24 de Agosto, Simango já percorreu as províncias de Sofala, Zambézia, Niassa, Cabo Delgado e Nampula, faltando ainda visitar as províncias de Manica, Inhambane, Gaza, Maputo Província e Cidade. Aliás, ontem Simango regressou à Zambézia, no seu percurso rumo ao sul do país.

 

Na companhia de Venâncio Mondlane e Lutero Simango está também o actual líder da oposição, Ossufo Momade, que desde 01 de Setembro (data em que iniciou a caça ao voto) escalou apenas as províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula, faltando visitar as províncias da Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo.

 

Percorrendo o país de carro, os candidatos do MDM, PODEMOS e Renamo chegam a permanecer, em média, cinco dias numa província, escalando menos da metade dos distritos e orientando comícios a partir das suas viaturas. Em sentido contrário, o candidato da Frelimo permanece, em média, três dias e escalando pelo menos nove distritos. Nas suas deslocações, Chapo conta com transporte aéreo, que lhe permite colocar-se à frente dos seus concorrentes.

 

Refira-se que as eleições presidenciais, legislativas e provinciais se realizam a 9 de Outubro, em todo o território nacional. Concorrem ao cargo de Presidente da República Lutero Simango, Daniel Chapo, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade. Os quatro lutam para substituir Filipe Nyusi, que ocupa o cargo desde 2015. (Carta)

 

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O Ministério Público moçambicano intimou o candidato presidencial Venâncio Mondlane por "proferir impropérios" contra o Presidente da República e Comissão Nacional de Eleições na sua campanha para o escrutínio de 09 de outubro em Moçambique.

 

“O Ministério Público tomou conhecimento e teve acesso a dois vídeos que circulam nas redes sociais nos quais (…) Venâncio António Bila Mondlane, candidato ao cargo de Presidente da República (…), durante a campanha eleitoral, profere impropérios dirigidos ao Presidente da República e à Comissão de Eleições (CNE)”, lê-se na intimação do Ministério Público (MP) a que Lusa teve acesso ontem.

 

No documento, emitido em 10 de setembro, o Ministério Público refere que o comportamento do candidato e seus apoiantes “viola grosseiramente” o princípio da urbanidade e é uma “grave violação” dos direitos fundamentais das pessoas para quem os insultos são dirigidos, alertando que a situação pode levar a que seus autores incorram em responsabilidade de natureza criminal.

 

“O caso em concreto é agravado pelo facto de os impropérios terem sido proferidos por vossa excelência enquanto candidato ao cargo de Presidente da República, condição na qual, além da urbanidade que se lhe é exigível, por si só deve inspirar nos cidadãos a ideia de contenção e respeito pelos órgãos e instituições do Estado”, acrescenta-se no documento.

 

Segundo o Ministério Público moçambicano, as declarações de Venâncio Mondlane ofendem a dignidade do chefe de Estado, da CNE e seus membros, assim como violam o disposto no artigo 41 da Constituição da República, que versa sobre o direito à honra, bom nome, à reputação e defesa da imagem pública.

 

O Ministério Público pediu que o candidato presidencial, apoiado pelos extraparlamentares o Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD), adote uma “conduta compatível” com os princípios de cidadania, urbanidade e legalidade durante a campanha eleitoral, que arrancou em 26 de agosto.

 

“É importante observar que comportamentos de tamanha descortesia não se compadecem com uma candidatura a tão nobres cargos”, lê-se ainda na intimação.

 

A Lusa tentou, sem sucesso, obter um posicionamento de Mondlane. Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições presidenciais, que vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais. Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados oficiais.

 

Além de Venâncio Mondlane, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar. (Lusa)

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Após grandes expectativas sobre o projecto “Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul – Edição Moçambique” aterraram na manhã de hoje (17.09.24) no Aeroporto Internacional de Maputo um grupo de 64 integrantes, entre estudantes, docentes, pesquisadores e funcionários do Ministério da Igualdade Racial do Governo Federal do Brasil. Os 50 estudantes de diferentes universidades brasileiras foram selecionados por meio de um edital no universo de 900 estudantes inscritos. Com o financiamento da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), foram assim contemplados com um intercâmbio de duas semanas na Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo). 

O grupo foi recebido pelo Reitor da UPMaputo, Prof. Doutor Jorge Ferrão, que, falando na ocasião disse que tem as melhores expectativas como anfitrião, iniciando com este grupo em particular, por ser diversificado, augura que corra bem pois, é o início de um programa longo, prevendo-se também a ida de estudantes moçambicanos ao Brasil. A UPMaputo é o quilómetro zero deste projecto, é onde tudo vai começar e toda a aprendizagem vai acontecer, referiu Ferrão.

 

Era visível a satisfação dos viajantes no seu primeiro contacto com a “Mãe Africa”, um dos requisitos de participação era de serem alunos de licenciatura cursando a partir do 5º semestre e vinculados a um Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, tal  é o caso do estudante Artur Santos, com expectativas muito grandes sobre o intercâmbio que não tem como dimensionar, ele afirmou esperar que Moçambique e as pessoas lhe surpreendam e, assim, desconstruir toda a ideia que tem do continente Africanos e de países africanos, acrescentou ainda que vem buscar caminho de pesquisa e de relações entre Salvador, que é a sua cidade de origem, e Maputo. Por outro lado, a estudanteTaine, espera igualmente trocas, conexões culturais e trazer também o contexto de diáspora brasileira para Moçambique e experiencia-las, uma vez que, pretende aprofundar mais sobre a capulana e compreender a relação desses tecidos com a composição da sociedade moçambicana. Por sua vez, Taina, mostrou-se bastante expectante sobre a conexão entre o Brasil e a África, acredita que irá aprender bastante com este intercâmbio.

 

“Caminhos Amefricanos” consiste num projecto de intercâmbio entre estudantes Brasileiros com universidades em outros países, nesta primeira fase privilegia-se estudantes de países de língua portuguesa.

Na mesma senda,  A Secretária Nacional de Políticas de Acções Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do MIR, Márcia Lima, afirmou que o ministério criado recentemente, tem como objectivo enfrentar com politicas públicas o combate ao racismo, inclusão racial e acções afirmativas e uma das  pautas consiste em voltar a ter relação com o continente Africano, por essa razão, trazem estudantes  que irão se tornar professores, para conhecer Moçambique e a história. Pretende-se igualmente transformar a visão que o povo brasileiro tem da África e também fortalecer os laços intelectuais e académicos com os países do sul.

Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (Fotos)

GCI - UPMAPUTO

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- ANC garante apoio à Frelimo e ao seu candidato presidencial  

 

O secretário-geral da Frelimo, Daniel Chapo, que é também candidato presidencial da mesma formação política às eleições de 9 de Outubro próximo, manteve hoje, 17 de Setembro, em Pretória, a capital política da África do Sul, um encontro de cortesia com o presidente do ANC e Chefe do Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, no qual este manifestou o apoio do partido no poder naquele país vizinho à Frelimo e ao seu candidato presidencial.

 

Daniel Chapo viajou à África do Sul na companhia de Verónica Macamo, membro da Comissão Política da Frelimo, que tem estado activa em diversas frentes de ‘caça ao voto’. “A Frelimo e o ANC possuem fortes relações históricas, já de há bastante tempo, à semelhança do que sucede entre a Frelimo e a SWAPO, da Namíbia, bem assim com o Chama Cha Mapinduzi, da Tanzânia, com o MPLA, de Angola, e com a ZANU-FP, do Zimbabwe”, frisou Chapo, à sua saída da audiência que lhe foi concedida por Ramaphosa.

 

“O camarada Presidente Cyril Ramaphosa reafirmou o compromisso do ANC de dar apoio incondicional à Frelimo no processo eleitoral, da mesma forma como a Frelimo apoiou o ANC nas últimas eleições. Aliás, a parceria e fraternidade entre estes dois partidos não é de hoje, como se sabe”, sublinhou Chapo.

 

O candidato presidencial apoiado pela Frelimo, que trabalha desde ontem em Nampula, o maior círculo eleitoral do país, disse ainda que o encontro que manteve com Ramaphosa serviu ainda para o partido de que é secretário-geral felicitar o ANC e o Presidente Cyril Ramaphosa pela sua vitória nas eleições de Maio último.

 

A África do Sul, país que acolhe centenas de moçambicanos em diversas esferas, sobretudo na mineira, é a mais forte economia do continente africano, ombreando com países como Nigéria e Egipto.

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A Mediateca do BCI na cidade da Beira promoveu, na 5ª feira (12), uma palestra subordinada ao tema "Desafios e oportunidades para a promoção e protecção dos direitos da criança", orientada pelo jurista, activista social e escritor António Gouca.

 

O encontro juntou dezenas de alunos, das Escolas Primárias e Completas Agostinho Neto e Heróis Moçambicanos, acompanhados pelas professoras Amélia e Joana.

 

Para o palestrante, “investir nas crianças é, a longo prazo, investir numa sociedade com consciência acrescida em termos dos seus direitos fundamentais”. Por essa razão, classificou o evento de oportuno e muito e positivo, quer pelas temáticas abordadas, quer pelo interesse, o envolvimento e a interacção dos participantes.

 

Como desafios, António Gouca apontou, primeiro, a ocorrência de “algumas práticas tradicionais que ainda prevalecem. Faço muito trabalho nas localidades, com estruturas locais. Infelizmente o que é impensável ocorre. Crianças com 14 anos estão no lar, por causa da predominância de algumas práticas contrárias à lei”, disse. Indicou, em segundo lugar, conhecimento da convenção sobre o direito da criança (CDC), que permite, à criança cujo direito foi violado, accionar mecanismos para que se ultrapassem barreira na tramitação dos casos junto dos órgãos de administração da justiça. “Outro desafio”, prosseguiu, “seria a falta de elementos concretizadores destes direitos. Estamos a dizer que a criança tem o direito de brincar, mas quem concretiza este direito? Não é apenas o pai e a mãe. O Estado deve criar condições que permitam que este direito se cumpra efectivamente”, concluiu.

 

Para a professora Joana, da Escola Heróis Moçambicanos, “é uma satifação, porque as crianças foram para casa, transmitiram o que aprenderam na palestra. Tivemos um feedback positivo dos pais que gostaram e agradecem a oportunidade. E que aconteça mais vezes”, frisou.

 

Esta é mais uma acção integrada num conjunto de actividades que as mediatecas do BCI em têm levado a cabo, em esferas como a educação, a cultura, o desporto, a cidadania, entre outras.

terça-feira, 17 setembro 2024 09:06

Literatura/Poder mortal

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O Livro é uma colectânea de nove contos que desvendam os mistérios da vida, da morte e do poder oculto nas escolhas humanas. Cada narrativa mergulha em profundezas emocionais e sobrenaturais, explorando temas como a busca desesperada de um espírito pela sua amada reencarnada, ou a paixão avassaladora que consome almas.

 

(19 de Setembro, às 17h30min no Centro Cultural Guimarães Rosa)

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Estão lançados os dados pluviométricos da época chuvosa que se avizinha (2024/25) e que, à semelhança dos últimos dois anos, deverá registar chuvas normais, com tendência para acima do normal nas regiões sul e centro do país, podendo causar cheias nas principais bacias hidrográficas destas duas regiões.

 

Um levantamento feito pela Administração Nacional de Estradas (ANE) indica que um total de 147 rodovias, entre nacionais e rurais, de todo o país, podem ficar intransitáveis entre os meses de Outubro próximo e Março de 2025, numa extensão total de 26.251,5 Km. Trata-se, na verdade, de estradas que ciclicamente têm sido afectadas pelos efeitos das chuvas em cada época chuvosa e que, até hoje, não mereceram qualquer solução, como é o caso da estrada R413 (Maragra-Calanga), no distrito da Manhiça, que a cada época chuvosa fica intransitável por longo período.

 

De acordo com os dados divulgados há dias pela ANE, das 147 estradas, 56 estão em situação crítica e 91 estão em situação de risco, sendo que a maior parte está nas províncias de Sofala (22), Nampula (22) e Zambézia (18). Em Sofala, diz a ANE, há seis estradas em situação crítica e 16 em situação de risco, enquanto em Nampula existem sete estradas críticas e 15 em risco. Já na Zambézia, existem sete estradas em situação crítica e 11 em situação de risco.

 

Os dados da ANE indicam que, na província de Inhambane, existem 14 estradas que podem ficar intransitáveis, sendo quatro em situação crítica e 10 em risco. Situação idêntica se verifica nas províncias de Manica e do Niassa, onde também há 14 rodovias em via de ficarem intransitáveis (oito em estado crítico e seis em risco, no Niassa; e três em situação crítica e 11 em risco).

 

A província de Maputo conta com 13 estradas em risco de ficarem intransitáveis, sendo seis em estado crítico e sete em risco. Em Gaza contabilizam-se 11 estradas, das quais sete em situação crítica e quatro em risco, enquanto a martirizada província de Cabo Delgado deverá ser privada de pelo menos 10 estradas (quatro em estado crítico e seis em risco) e a província de Tete conta com nove estradas (quatro em situação crítica e cinco em risco). (Carta)

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O Fórum das Associações Moçambicanas de Pessoas com Deficiência (FAMOD) defende que a ponte pedonal, erguida pela Rede Viária de Moçambique (REVIMO), ao longo da Estrada Nacional N.º 1, no bairro Cumbeza, distrito de Marracuene, província de Maputo, viola os padrões de acessibilidade institucionalmente estabelecidos para a construção de infra-estruturas públicas no país.

 

A agremiação repudia a construção da ponte por se ter negligenciado as condições de acessibilidade física para pessoas com deficiência, como é o caso de uma rampa, negando-lhes desta forma o uso da infra-estrutura e a travessia da estrada naquele troço.

 

O FAMOD manifesta ainda o seu repúdio à discriminação e exclusão que esta obra representa por não atender aos critérios mínimos de acessibilidade para pessoas com deficiência físico-motora ou outras pessoas com mobilidade condicionada.

 

A Associação diz ter submetido uma carta de repudio à Korea International Cooperation Agency (KOICA), responsável pela projecção e supervisão da obra, exigindo que adoptasse medidas imediatas para corrigir essa transgressão considerada grave e pede que seja assegurada a adaptação da ponte para atender às normas nacionais e internacionais de acessibilidade.

 

Para o FAMOD, a falta de condições de acessibilidade de pessoas com deficiência na ponte de Cumbeza viola a Lei n° 10/2024 de 7 de junho relativa à protecção e o respeito dos direitos e liberdades fundamentais da pessoa com deficiência. (Carta)

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O Vice-Ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, está em Doha, capital do Qatar, com mais de 20 empresários moçambicanos a expor oportunidades de investimento em Moçambique, aos agentes económicos daquele país. Falando no domingo último (15), no primeiro fórum de negócios entre Moçambique e Qatar (que decorre de 14 a 17 de Setembro corrente), Tivane assinalou que o país é um terreno fértil para investir, pois o Governo tem aprovado uma vasta gama de iniciativas políticas para criar um ambiente propício à atracção de investimento do sector privado.

 

Destacou o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), lançado em 2022, destinado a apoiar a recuperação económica e aliviar as restrições vinculativas ao investimento do sector privado. “No âmbito da implementação do Pacote de Estímulo, o Governo de Moçambique aprovou várias medidas políticas para melhorar o ambiente de negócios, incluindo: (i) aprovação de novos diplomas legislativos, tais como uma Lei do Trabalho, uma Lei de Investimento, uma Lei Cambial; (ii) aprovação de legislação actualizada sobre branqueamento de capitais e combate ao terrorismo; e (iii) a implementação de reformas fiscais, estruturais e de governação para melhorar os fundamentos macroeconómicos”, apontou Tivane.

 

Na ocasião, coube à Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) detalhar os diferentes sectores em que empresários catarianos podem investir. O Presidente da CTA, Agostinho Vuma, destacou o sector da agricultura, indústria, transporte, logística, recrutamento de mão-de-obra, comunicação, comércio e serviços.

 

Sobre o sector da indústria, Vuma destacou a presença no fórum da MozParks, que lidera os parques industriais em Moçambique, que já atraíram e absorveram mais de dois biliões de USD em investimentos. No sector de recrutamento de mão-de-obra, destacou a participação da CBE Southern Africa, que levou oportunidades no fornecimento de força laboral para vários projectos baseados no Qatar.

 

Destacou igualmente oportunidades de investimentos e exportação de produtos agrícolas. Vuma afirmou que Moçambique tem condições (terra e água) baratas e competitivas para produzir e fornecer produtos orgânicos num curto espaço de tempo e as oportunidades estão identificadas.

 

No âmbito deste fórum, a CTA e a Câmara de Comércio e Indústria do Qatar irão trabalhar em conjunto na promoção de interesse das empresas locais e na assinatura de acordos para a concretização de projectos conjuntos entre empresas moçambicanas e catarianas. De acordo com a Comtrade, as importações de produtos agrícolas do Qatar são estimadas em mais de 2,9 biliões de USD, 8,5% do total.

 

“Para Moçambique, estes dados mostram que existe, aqui no Qatar, um grande mercado para o fornecimento de vários produtos agrícolas. Actualmente, Moçambique já exporta bananas, nozes de macadâmia, feijão, citrinos, leguminosas, oleaginosas, tudo biológico. A capacidade de produção pode ser aumentada por meio de investimentos conjuntos”, referiu o Presidente da CTA.

 

Igualmente, destacou a disponibilidade de 700 hectares nos distritos de Boane e Namaacha, Província de Maputo, onde em 135 hectares de bananas plantadas produz-se mais de 5.500 toneladas por ano e em cerca de 80 hectares de citrinos produz-se cerca de 100 toneladas de toranja star ruby, 100 toneladas de toranja marsh e 200 toneladas de laranjas valência e delta.

 

A CTA partilhou também oportunidades de investimento nos sectores de turismo e imobiliário de luxo, estimadas em 100 milhões de dólares. “Gostaríamos de discutir com os empreendedores, durante o Business to Business, sobre como é que podemos materializar essas oportunidades de investimento que existem no nosso país”, salientou Agostinho Vuma.

 

A Missão é organizada pela CTA, em parceria com a Embaixada de Moçambique no Qatar, Agência de Promoção de Investimentos e Exportações de Moçambique, Câmara de Comércio e Indústria do Qatar, bem como o Qatar Financial Centre. (Carta)

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O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, admitiu que o Governo ainda deve 3,3 milhões de meticais aos professores, apesar das declarações anteriores da Ministra da Educação, Carmelita Namashulua, proferidas em Julho, dando conta de que o pagamento das horas extras de 2022 estava quase concluído e que já haviam iniciado os pagamentos de 2023.

 

Ao ser questionado pela imprensa durante a Quarta Conferência Nacional dos Advogados em Maputo, Maleiane explicou que o processo de pagamento das horas extras envolve inspecções prévias e, uma vez concluídas, os pagamentos são realizados.

 

Quanto ao atraso no pagamento dos salários dos professores recém-contratados, ele mencionou que pode ser um problema de burocracia, já que, de acordo com o governante, os salários têm sido pagos normalmente.

 

Refira-se que o Governo tem falhado no pagamento das horas extras aos professores desde 2022, uma situação que tem forçado a classe a recorrer a greves, chegando inclusive a paralisar as aulas em algumas escolas do país. (Carta)

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