Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

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Moçambique, devido à sua localização, pode torna-se num corredor de navios que transportam quantidades de produtos diversos como hidrocarbonetos e, consequentemente, susceptível à poluição acidental marítima, tendo em conta que cerca de 1600 toneladas de substâncias químicas transitam, anualmente, por este meio, nos oceanos que se estendem ao longo do planeta.  

 

A informação foi tornada pública, há dias em Maputo, por Arnaud Guena, especialista internacional neste domínio, em conferência subordinada ao tema "Como lutar contra a poluição marítima?", organizada pelo Centro de Documentação, Pesquisa e Experimentação, uma organização internacional vocacionada para a mitigação de casos de ocorrência de poluição acidental nas águas (CEDRE, sigla em francês), em coordenação com o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) e o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP).

 

Para se evitar que tais situações tenham lugar, Arnaud Guena, que é também Director-adjunto do CEDRE, recomendou ao governo maior vigilância da costa, e que esteja a par das substâncias transportadas, que eventualmente possam ser drenadas para o mar, analisando as suas características e o impacto que possam causar em caso de acidente. Ademais, "é preciso preparar-se para o pior, o que exige reunir competências para se saber agir caso aconteça um acidente nas águas marítimas moçambicanas, " acrescentou o orador.

 

O especialista lembrou que o derrame de substâncias químicas, e não só, no mar pode causar um impacto bastante nocivo ao ecossistema marítimo, bem como aos seres humanos. Para além de causas acidentais, debruçou-se sobre matérias relativas a resíduos sólidos que, segundo estimativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), constituem 80% da poluição do mar no mundo. Face a estas circunstâncias, o especialista apelou à mudança de comportamento no tratamento e deposição do lixo. (Evaristo Chilingue)

segunda-feira, 17 dezembro 2018 07:03

Lançamento do Livro / The War Within

THEWARWITHINMOZAMBIQUEO livro faz uma análise da guerra pós-colonial em Moçambique e visa contribuir para debates sobre conflitos, construção da paz, desenvolvimento e nacionalismo, assim como o insight sobre a natureza da política contemporânea e o conflito atual.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 05:32

Mais um ataque em Cabo Delgado

Os insurgentes levaram a cabo na sexta-feira, 14 de Dezembro, mais um ataque a um centro de pesca denominado Nfindi, muito próximo das aldeias Lalane e Nsangue-Ponta, na fronteira entre os distritos de Mocímboa da Praia e Palma, em Cabo Delgado. Nfindi é um rio, que separa a aldeia Lalane em Palma e a de Nsangue-Ponta, em Mocímboa da Praia e é frequentado pelos pescadores dos dois distritos. De acordo com fontes em Mocímboa da Praia, o ataque deu-se pela manhã, por volta das 7 horas, quando os malfeitores surpreenderam três pescadores e decapitaram-nos.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 05:31

Conselho Constitucional Chumba dois recursos da Renamo

Os pedidos de impugnação das eleições da Vila de Marromeu, de 22 de Novembro passado, submetido pela Renamo foram chumbados pelo Conselho Constitucional (CC), em 2 acórdãos datados de 7 e 10 de Dezembro e publicados no dia 14. O CC negou os dois recursos da Renamo, um submetido a nível do Distrito de Marromeu, sobre o qual o conselho alegou que foi um ato inútil encaminhar o processo para aquela instituição porque o Tribunal Judicial local já tinha decidido.

Parte das mais de 3 toneladas de marfim apreendidas na quinta-feira no Camboja, dissimuladas num contentor, foi roubada num armazém em Lichinga, no Niassa, disse à “Carta” uma fonte do sector da conservação em Maputo. A descoberta de 1.026 dentes de marfim no porto de Phnom Penh seguiu uma dica da embaixada dos EUA. O carregamento chegou ao Cambodja no ano passado mas o seu destinatário nunca chegou ao porto para reclamá-lo. "As presas de elefante estavam escondidas entre pedras de mármore num contentor que foi abandonado", disse Sun Chay, diretor do Departamento de Alfândega e Impostos do Porto, à agência de notícias AFP.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:07

Samir Patel: o raptor da Beira

Na quarta-feira passada, a Beira dormiu aliviada. Samir Patel tinha sido preso, depois de apontado como mentor do rapto da filha do maulana Zayn, da Ponta Gea. A menina foi devolvida ao convívio familiar no passado domingo, 9 de Dezembro. Tinha estado no cativeiro 8 dias inteiros, num lugar não revelado pela Polícia. Eventualmente, os raptores terão desistido de cobrar um resgate quando se aperceberam que Zayn não possuía o dinheiro que eles imaginavam. Não se conhecem detalhes sobre como a menina escapou do cativeiro.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 17:00

O fim do PAHUMO em Nampula

O Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), cujo secretariado nacional funciona na cidade de Nampula, pode estar a caminho do seu fim, em virtude do término do mandato do seu único membro na Assembleia Municipal local, por sinal a sua secretária-geral. Em Nampula, o PAHUMO tinha como rosto Filomena Mutoropa, a única mulher que desde 2013 vem disputando a presidência do Conselho Municipal do terceiro maior centro urbano de Moçambique, mas sem nunca ter chegado ao poder, tendo-se contentado com um assento na Assembleia da autarquia.

 

Actualmente, o partido anda à deriva, na sequência de sucessivos abandonos de membros para outras formações políticas, nomeadamente AMUSI (Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral), RENAMO, FRELIMO, MDM e a recém-criada pela ala de Mahamudo Amurane, o Partido Liberal de Desenvolvimento Sustentável (PLDS). Umas das causas do abandono são as alegadas má gestão e falta de coordenação entre a direcção máxima (da presidência ao secretariado nacional) daquela formação política liderada por Cornélio Quivela, antigo deputado pela bancada da RENAMO.

 

Os fundadores do partido foram os primeiros a abandoná-lo, sendo um dos primeiros Henriques Lopes, actualmente porta-voz da RENAMO na Assembleia da República. Ussene Mário, que ocupava as funções de delegado provincial do PAHUMO, afastou-se em princípios do ano passado acompanhado de outros companheiros, para se juntar ao partido AMUSI, onde desempenha as mesmas funções que assumiu na força política anterior. À "Carta", Ussene disse não duvidar que " este pode ser o fim do PAHUMO em Nampula, tudo por falta de coordenação. Não há bom ambiente de trabalho", disse justificando a sua saída.

 

A fonte chegou a afirmar que muitos faziam parte do partido graças à secretária-geral, Filomena Mutoropa, que lhes incentivava, uma vez que o presidente era muito pouco interventivo no fortalecimento daquela organização partidária. Entretanto, o secretariado do partido reconhece as desistências, apesar de não avançar os motivos, mas garante que o partido poderá continuar a trabalhar, não obstante ter perdido o assento na Assembleia Municipal. (Sitoi Lutxeque)

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:18

BTM entra no Moza Banco pela mão da Arise

O Moza Banco e o Banco Terra de Moçambique (BTM) aprovaram operações de aumento de capital do Moza Banco e aquisição do Banco Terra, tal como oportunamente anunciadas ao mercado. Através desta transação em que a tomada da totalidade do aumento de capital do Moza Banco foi assumida pela Arise, este novo parceiro passará a deter uma participação cerca de 29,5% na sua estrutura acionista. A Arise é uma empresa gestora de fundo de Investimento líder na África com parcerias sustentáveis com entidades financeiras na África Subsaariana. A empresa foi fundada por três investidores fundamentais, nomeadamente, o Rabobank (Banco de Referência Holandês), Norfund (um dos maiores fundos de investimento do Mundo e de origem Norueguesa) e FMO (Fundo de Investimento Holandês). Gera atualmente mais de 660 Milhões de USD em ativos e opera em mais de 10 países.

 

A transação inclui ainda a aquisição pelo Moza Banco de 100% do capital do BTM. De acordo com João Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, esta transação não só irá consolidar a estrutura financeira e patrimonial da instituição como irá ainda dota-la de uma forte capacidade competitiva para melhor servir os seus clientes e o mercado em geral. 

 

Para o PCA do BTM, Manuel Aranda da Silva, a transação representa uma oportunidade de melhor atingir os objetivos do banco no sentido de contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Propicia a possibilidade de estar mais perto dos clientes e oferecer uma gama mais vasta de serviços bancários. Segundo Deepak Malik, CEO da Arise, esta transação permitirá a Arise expandir os seus investimentos em Moçambique e assegurar a missão da Arise em promover a inclusão financeira e estimular o desenvolvimento económico. (Carta)

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:46

Um “burlão” irlandês em Maputo

De forma arrogante e ameaçando até, John Justin McKenna, de nacionalidade Irlandesa, recusou-se a falar sobre a acusação contra si de maus-tratos e irregularidades na relação de trabalho com os seus colaboradores moçambicanos no ramo da construção civil. Recentemente, deu entrada no Serviço Nacional de Migração uma denúncia feita por ex-trabalhadores que começam por questionar a legalidade da sua presença como empregador em Moçambique. John McKenna é portador  de passaporte irlandês nº PV8572033 e do DIRE (Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros) nº 10IE00066366Q, tendo constituído em 2014 a empresa  KEN CONSTRUÇÕES com o nº de registo fiscal 128869972 e inscrita no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) sob o nº9002475-00.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:53

Alberto Simango Júnior apadrinha falsidades no futebol

A FIFA veda o recurso aos tribunais comuns por parte de clubes das federações filiadas ao organismo, salvo em algumas excepções como disputas laborais ou crimes públicos. Portanto, compete às federações impor sanções aos clubes que violem as regras do jogo. Ademais, também compete às federações assegurar que qualquer recurso deve também ser encaminhado a um tribunal de arbitragem e não aos tribunais de direito comum. A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) tem um conselho de justiça para julgar assuntos desta natureza. O regulamento disciplinar da FMF, no seu artigo número 2, específica o que considera de infracções e qualifica-as “em muito graves, graves e leves.”