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Redacção

Redacção

terça-feira, 18 dezembro 2018 14:25

Há “dois comandos” nas FDS, acusa Ossufo Momade

As recentes nomeações interinas de três oficiais da Renamo, pelo Ministro da Defesa Atanásio M’tumuke, estão a deixar as lideranças do maior partido da oposição com os nervos à flor da pele.  Tal preocupação foi apresentada, hoje, numa teleconferência realizada na Sede Nacional da Renamo, em Maputo, onde Ossufo Momade, Coordenador da Comissão Política, divulgou os detalhes do encontro realizado a 13 de Dezembro passado, na Serra de Gorongosa, com os representantes do Grupo de Contacto (composto por uma mediação que integra os embaixadores da Suíça, dos EUA, o representante da União Europeia e o Alto Comissário do Botswana).

terça-feira, 18 dezembro 2018 12:24

Homero Lobo

Homero Lobo é jornalista há 32 anos, tendo iniciado a sua carreira na Sociedade “Notícias”. Naquela casa permaneceu por uma década, e esteve ligado ao nascimento do primeiro jornal desportivo nacional, o “Desafio”. Mais tarde voltou a estar igualmente ligado ao surgimento de um outro jornal desportivo/cultural, o “Campeão”, onde desempenhou as funções de editor do suplemento cultural.

 

Ao longo destas três décadas de percurso jornalístico pertenceu aos quadros do jornal “Savana”, das revistas “Sol do Índico”, “MozIn” e “Mozbusiness”, para além de ter colaborado com uma série de publicações nacionais e estrangeiras. Foi igualmente Assessor de Comunicação em diversos organismos nacionais (estatais e privados), com especial destaque para o Ministério da Administração Estatal e Função Pública e o Conselho Municipal de Maputo.

 

Pertence à primeira “fornalha” de licenciados em Administração Pública, pela UFICS (UEM), e possui ainda uma pós-graduação em E-Government pelo SIBIT (Shriram Institute of Business and Information Technology) de New Delhi, Índia. Tem formação média em jornalismo pela Escola de Jornalismo.

terça-feira, 18 dezembro 2018 09:32

A Ethiopian Mozambique Airlines se explica

Redi Yesuf Muktar, o CEO da EMA, aceitou conversar com a “Carta”, por escrito, sobre os planos da companhia em Moçambique. Duas avarias recentes em seus dois aparelhos, levantou na opinião pública uma questão: estava a EMA preparada para iniciar suas operações em Moçambique? Redi Yesuf diz que “sim” e explica o que é que a EMA está a fazer para contornar o recente golpe das avarias. A resposta foi imediata. Ontem chegaram a Maputo duas aeronaves. A entrevista foi feita por escrito. Ei-la:

A imprensa moçambicana anunciou na semana passada que, dos dois últimos réus do caso “Ataques em Cabo Delgado” ouvidos no Tribunal em Pemba no passado 12 de Dezembro, um já foi membro da Polícia da República de Moçambique (PRM). O perfil de alegados integrantes capturados e a quem se atribui posições de liderança dentro dos grupos de atacantes tem uma característica que se repete: ou foi militar das FADM ou foi agente da PRM.

Em cerca de um mês e meio de fiscalização referente ao período da quadra festiva, a Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE) retirou das bancas dos mercados produtos correspondentes a 2.100 Milhões de Mts, dos quais os enlatados representam a maioria. A campanha de fiscalização do período festivo iniciou em Novembro, sendo que até ao presente já foram inspeccionados 3.634 estabelecimentos comerciais, com maior destaque para a área de comércio a retalho, bancas e barracas nos mercados, por esta ser considerada um local onde são comercializados os produtos deteriorados e mal conservados.

A grande maioria de empresas de construção civil de Moçambique vai apresentar prejuízos no exercício económico de 2018, disse o presidente da Federação Moçambicana de Empreitiros (FME). Manuel Pereira, em declarações em exclusivo ao jornal O País, mencionou a existência de 700 empresas em situação de falência, que poderão encerrar já em 2019, devido à crise económico-financeira que se regista em Moçambique.

Passageiros das Linhas Aéreas de Moçambique ficaram retidos no aeródromo de Vilankulo na tarde de domingo passado. Um voo que normalmente parte de Vilankulo às 14h:45 com chegada a Maputo às 16h:35 só descolou daquele ponto do país às 16 hrs, tendo aterrado na capital às 18h:15. A LAM, em comunicado divulgado ontem, reconhece que tem vindo a enfrentar problemas na rota Maputo/Inhambane/Vilankulo.

Geraldo Carvalho, deputado da Assembleia da República pela bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), foi substituído, na semana passada, na Comissão de Defesa e Segurança, do Parlamento, e no seu lugar foi colocado o suplente Raimundo Pitágoras. A medida vem pôr termo ao braço-de-ferro que coloca o então chefe nacional de mobilização e a direcção do MDM, por este ter, de forma unilateral, abandonado a formação política liderada por Daviz Simango.

 

O conflito entre Carvalho e o MDM já se arrasta há bastante tempo, muito antes da realização das eleições autárquicas, tendo o deputado rompido o silêncio e apoiado publicamente a campanha eleitoral de Manuel Bissopo, derrotado pelo ”eterno autarca da Beira”. Geraldo Carvalho foi um dos que defenderam a substituição de Daviz Simango na lista dos candidatos do MDM ao Conselho Autárquico da Beira, situação que criou o isolamento do então chefe nacional de mobilização no seio do clã Simango, que nunca quis ceder a presidência da edilidade a outros membros.

 

A saída forçada de Geraldo Carvalho da Comissão da Defesa e Segurança foi-nos confirmada pelo porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e também deputado do parlamento, Sande Carmona. ”Não tenho muitos detalhes sobre isso, mas tive informações de que ele foi substituído na semana passada pelo colega e deputado, Raimundo Pitágoras, que era suplente na mesma comissão parlamentar”, disse a nossa fonte.

 

Refira-se que ainda se aguarda a decisão do Parlamento relativa à perda de mandato de Geraldo Carvalho e Ricardo Tomás, que já foram ouvidos pela comissão parlamentar de ética, sob proposta do Movimento Democrático de Moçambique. A destituição destes dois deputados deve-se pelo facto de os visados se terem filiado ao partido Renamo. “Carta” falou ontem com Carvalho. Ele disse que prefere não fazer comentários. “O certo é que continuarei na Assembleia da República em cumprimento das leis existentes, não pela vontade de pessoas”, disse. Geraldo Carvalho diz não ter dúvidas que está a sofrer uma perseguição política interna, movida pela liderança do Movimento Democrático de Moçambique. (Sitoi Lutxeque)

 

Moçambique já tem 72% dos livros disponíveis para distribuição gratuita no dia um (1) de Fevereiro, data do arranque do ano lectivo de 2019. O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH),projecta inscrever aproximadamente 6 milhões de alunos para o ensino primário e distribuir cerca de 14.778.363 livros. Neste momento 3.268.486 livros já se encontram no Porto de Maputo, 3.624.544 no Porto da Beira, 3.395.103 em Quelimane e 4.488.625 no Porto de Nacala, prontos para seguirem para os distritos do interior. A equipa da DINAME iniciou a 1 de Novembro a alocação deste material. Para a terceira classe os livros serão distribuídos já curriculum em vigor desde 2017.

 

Segundo o porta-voz do ministério, Manuel Simbine, há um reforço nas carteiras em consequência da “Operação Tronco”, que visa fabricar mobiliário escolar a partir de madeira apreendida pelas autoridades no país. Ao abrigo dessa operação, até ao mês passado tinham sido distribuídas mais de 61 mil novas carteiras aos vários estabelecimentos de ensino no país. 

 

Aquando do lançamento da operação em 2017, havia um défice de 800 mil carteiras e neste momento foram alocadas mais de 136 mil, com o apoio de fontes privadas. No que se refere a novos ingressos, 48% de crianças, cuja inscrição se referia à primeira classe, já têm o acesso garantido. As matrículas que vêm decorrendo desde Outubro têm o seu término no dia 31 Dezembro corrente. O MINEHD projecta inscrever um total de 1.534.540 crianças visando o seu primeiro contacto com o processo de ensino e aprendizagem. 

 

Segundo Manuel Simbine, há um trabalho em curso com os líderes comunitários e direcções das escolas, com vista a exortar os pais e encarregados de educação a matricularem os seus filhos antes de expirar o período estipulado. O atraso deve-se, em parte, à falta de informação dos pais e encarregados de educação sobre o processo. As províncias de Nampula e Gaza são as que apresentam menor número de crianças inscritas.

 

A primeira tem como meta atingir 319.573 alunos, até aqui estão matriculadas apenas 116.357, enquanto a segunda prevê um número de 63.696, mas só matriculou 14.288. A Cidade de Maputo destaca-se entre as que se encontram próximas da meta (23.600) tendo já inscritas 16.518 crianças. Em relação à prorrogação do prazo da realização das matrículas, o porta-voz da instituição disse ser prematuro falar-se do assunto, tendo em conta que o trabalho ainda está a decorrer.

 

O processo iniciou no dia 1 de Outubro e é gratuito, bastando a apresentação de cédula pessoal ou certidão de nascimento para a realização da matrícula. Estas abrangem todas as crianças que completam seis anos de idade até Dezembro de 2019. Estes dados foram-nos fornecidos no decurso de uma conferência de imprensa concedida pelo porta-voz do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano sobre os preparativos para o arranque do ano lectivo de 2019(Marta Afonso)

A Vale Moçambique acabou por ceder à vontade dos moradores da Comunidade 25 de Setembro que exigiam o pagamento em dinheiro para a reabilitação das suas casas no âmbito do reassentamento ligado à implantação do projecto de exploração mineira em Moatize, na província de Tete. 229 famílias da referida comunidade vão, finalmente, reconstruir as suas casas depois que receberem 34 mil Mts cada uma delas, para sua acomodação no período de duração das obras, soube a “Carta”. A Vale e as famílias, depois de um braço-de-ferro que levou à auscultação o mês passado das partes por um grupo de parlamentares da 8ª Comissão da AR que se deslocou a Tete a propósito, chegaram a entendimento sobre os valores a pagar.

 

Segundo apurámos, a mineradora vai desembolsar 200.000,00 Mts para casas de tipo 1, 300.000,00 Mts (tipo 2) e mais de 400.000,00 Mts (tipo 3). Algumas famílias já receberam os valores mas grande parte ainda não iniciou as obras aguardando pelos 34.000,00 Mts prometidos para se alojarem provisoriamente enquanto as obras decorrem. O litígio teve o seu início quando o modelo das primeiras 10 casas (experiência) reabilitadas pela Vale para acomodar os reassentados não mereceu a aprovação nem dos moradores, nem dos técnicos da Direcção das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e do município de Moatize.

 

Para entenderem se inteirarem do problema, os deputados ouviram Horácio Gervásio e Alves Sandramo, da Vale, o Presidente do Conselho Municipal da Vila, Carlos Portimão, e representes da comunidade visada. Os moradores, depois de reprovarem as 10 casas modelo, propuseram que lhes fosse pago um valor em dinheiro para que eles próprios reabilitassem as suas casas. Os representantes da Vale disseram que não era sua política fazer desembolsos a favor das famílias, e que tal pretensão não vinha no memorando rubricado pelas partes, daí que “A Vale não estava confortável quanto a indemnização às famílias em valores monetários”.

 

 O Conselho Municipal da Vila de Moatize não acolhia também a ideia de compensação em valor monetário, sendo favorável à construção de novas baseando-se em tecnologia similar à que está a ser empregada no processo de reassentamento relativo ao projecto de Gás Natural levado a cabo pela Anadarko no distrito de Palma, em Cabo Delgado. A “Carta” tem conhecimento de que as casas em Palma são feitas com material de elevada qualidade. O assunto, que já vem sendo abordado na AR desde a anterior legislatura, mereceu a recomendação do plenário do Parlamento com vista a que se proceda a um acompanhamento pormenorizado até ao seu total desfecho, que se prevê para breve, já que as nossas fontes afirmam que está em falta apenas o pagamento de 34.000.00 Mts referentes à acomodação das famílias, e que todas as outras questões foram ultrapassadas. (Germano de Sousa)