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Actualizado de Segunda a Sexta

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Política

quinta-feira, 22 novembro 2018 03:08

Raul Domingos de regresso ao “berço”

raul domingos pddO regresso de Raúl Domingos à Renamo parece estar cada vez mais próximo. Depois das autárquicas de Outubro passado, novos desenvolvimentos se esperam na marcha de volta ao seu berço político do negociador chefe da “perdiz” do Acordo Geral de Paz, assinado em 1992 em Roma. Raúl Domingos, o antigo número dois da Renamo, afastado desta formação politica no ano 2000 acredita que pode ajudar a colocar a “perdiz” no poder em Moçambique.

A enérgica Ministra Vitória Diogo (Trabalho e Segurança Social) acaba de perder uma das suas batalhas de bandeira contra...Helena Taípo, a sua antecessora. No passado dia 7 de Novembro, o Tribunal Administrativo lavrou uma decisão judicial dando razão a Nadhari Opway num diferendo à volta de um edifício construído pela empreiteira para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). O caso remonta a 2014. O INSS contratou nesse ano a Nadhari para a construção de um imóvel de 16 andares (chave na mão), localizado junto das instalações do Grupo Desportivo de Maputo, na baixa da cidade de Maputo. Custo: 1.544.400.000,00 (mil e quinhentos e quarenta e quatro milhões e quatrocentos mil meticais). 

quinta-feira, 11 outubro 2018 15:05

Os excluídos de Chinonankila

Nos arrabaldes cada vez mais urbanizados (ou cheios de betão) entre a Matola e Boane, há uma ilha de excluídos. Cidadãos que vivem na confluência dos serviços municipalizados dos dois lados mas que não podem votar porque ninguém se recordou de lhes abrir as fronteiras da autarcização. Em Chinonankila, e também em Juba, seus habitantes não votam. Não estão autarcizados, na linguagem oficial. Essa ilha desmunicipalizada começa na Matola-Rio, ali na ponteca, e termina onde inicia o elitista bairro do Belo Horizonte, que foi anexado pela edilidade da vila distrital de Boane.
sexta-feira, 21 setembro 2018 17:37

O lobby muçulmano e Comiche

Depois do seu violento repúdio contra as declarações de Roque Silva, o solícito e interventivo SG da Frelimo que elevara o PR Filipe Nyusi ao estatuto divino de Allah, o lobby muçulmano de Maputo não ficou de braços cruzados. Esperavam uma reacção pública de Silva? Talvez não! Mas houve quem tivesse considerado o repúdio uma acção exagerada. Roque Silva já se tinha retratado usando os canais discretos na sua relação com a comunidade. Longe dos holofotes. Alguém na comunidade forçou aquela reacção, aquele registo de grupo de pressão.

quarta-feira, 12 setembro 2018 16:49

As novas estrelas do financiamento à Frelimo

Na segunda-feira a noite, no jantar de angariação de fundos da Frelimo no Hotel Glória em Maputo (entre leilōes e venda de lugares, o partido arrecadou 26,4 milhões de Meticais), novos actores entraram em cena. Na mesa central, ao lado do Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, não estavam os filhos de Mohamed Bachir Suleman (MBS), nomeadamente Kayum e Vali, que no início da presente legislatura se destacaram nos jantares de angariação de fundos do partido. Desde a transição democrática nos anos 90, o clã Bachir foi useiro e vezeiro desse palco desregulado de financiamento partidário. Joaquim Chissano e Armando Guebuza, os anteriores presidentes da Frelimo, atrairam uma camada empresarial ligada ao comércio internacional aos jantares onde eram promovidos leilōes que terminavam com arremataçōes milionárias.

Há pouco mais de duas semanas, os dois destacados juristas moçambicanos, sumidades da interpretação doutrinal do direito, impuseram-se contra a deliberação inicial da Comissão Nacional de Eleições (CNE), nomeadamente quando esta votou pela inelegibilidade do Eng. Venâncio Mondlane (proposta da Renamo para sua cabeça de lista em Maputo) em função da sua renúncia a um cargo anterior de membro da Assembleia Municipal de Maputo. A deliberação da CNE penalizava Mondlane por essa renúncia. Teodato Hunguana e Teodoro Waty esgrimiram argumento destinto. A renúncia era para evitar uma incompatibilidade. Hunguana foi também cáustico quando demonstrou que o procedimento da CNE na tramitação do processo da AJUDEM e de Samora Machel Júnior era como alguém metendo os pés pelas mãos, que tentava rejeitar liminarmente aquele grupo quando a lei indicava outro caminho. A CNE estava a mostrar incompetência gravosa ou qualquer coisa insondável.