Os insurgentes levaram a cabo na sexta-feira, 14 de Dezembro, mais um ataque a um centro de pesca denominado Nfindi, muito próximo das aldeias Lalane e Nsangue-Ponta, na fronteira entre os distritos de Mocímboa da Praia e Palma, em Cabo Delgado. Nfindi é um rio, que separa a aldeia Lalane em Palma e a de Nsangue-Ponta, em Mocímboa da Praia e é frequentado pelos pescadores dos dois distritos. De acordo com fontes em Mocímboa da Praia, o ataque deu-se pela manhã, por volta das 7 horas, quando os malfeitores surpreenderam três pescadores e decapitaram-nos.
Os pedidos de impugnação das eleições da Vila de Marromeu, de 22 de Novembro passado, submetido pela Renamo foram chumbados pelo Conselho Constitucional (CC), em 2 acórdãos datados de 7 e 10 de Dezembro e publicados no dia 14. O CC negou os dois recursos da Renamo, um submetido a nível do Distrito de Marromeu, sobre o qual o conselho alegou que foi um ato inútil encaminhar o processo para aquela instituição porque o Tribunal Judicial local já tinha decidido.
Parte das mais de 3 toneladas de marfim apreendidas na quinta-feira no Camboja, dissimuladas num contentor, foi roubada num armazém em Lichinga, no Niassa, disse à “Carta” uma fonte do sector da conservação em Maputo. A descoberta de 1.026 dentes de marfim no porto de Phnom Penh seguiu uma dica da embaixada dos EUA. O carregamento chegou ao Cambodja no ano passado mas o seu destinatário nunca chegou ao porto para reclamá-lo. "As presas de elefante estavam escondidas entre pedras de mármore num contentor que foi abandonado", disse Sun Chay, diretor do Departamento de Alfândega e Impostos do Porto, à agência de notícias AFP.
Na quarta-feira passada, a Beira dormiu aliviada. Samir Patel tinha sido preso, depois de apontado como mentor do rapto da filha do maulana Zayn, da Ponta Gea. A menina foi devolvida ao convívio familiar no passado domingo, 9 de Dezembro. Tinha estado no cativeiro 8 dias inteiros, num lugar não revelado pela Polícia. Eventualmente, os raptores terão desistido de cobrar um resgate quando se aperceberam que Zayn não possuía o dinheiro que eles imaginavam. Não se conhecem detalhes sobre como a menina escapou do cativeiro.
O Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), cujo secretariado nacional funciona na cidade de Nampula, pode estar a caminho do seu fim, em virtude do término do mandato do seu único membro na Assembleia Municipal local, por sinal a sua secretária-geral. Em Nampula, o PAHUMO tinha como rosto Filomena Mutoropa, a única mulher que desde 2013 vem disputando a presidência do Conselho Municipal do terceiro maior centro urbano de Moçambique, mas sem nunca ter chegado ao poder, tendo-se contentado com um assento na Assembleia da autarquia.
Actualmente, o partido anda à deriva, na sequência de sucessivos abandonos de membros para outras formações políticas, nomeadamente AMUSI (Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral), RENAMO, FRELIMO, MDM e a recém-criada pela ala de Mahamudo Amurane, o Partido Liberal de Desenvolvimento Sustentável (PLDS). Umas das causas do abandono são as alegadas má gestão e falta de coordenação entre a direcção máxima (da presidência ao secretariado nacional) daquela formação política liderada por Cornélio Quivela, antigo deputado pela bancada da RENAMO.
Os fundadores do partido foram os primeiros a abandoná-lo, sendo um dos primeiros Henriques Lopes, actualmente porta-voz da RENAMO na Assembleia da República. Ussene Mário, que ocupava as funções de delegado provincial do PAHUMO, afastou-se em princípios do ano passado acompanhado de outros companheiros, para se juntar ao partido AMUSI, onde desempenha as mesmas funções que assumiu na força política anterior. À "Carta", Ussene disse não duvidar que " este pode ser o fim do PAHUMO em Nampula, tudo por falta de coordenação. Não há bom ambiente de trabalho", disse justificando a sua saída.
A fonte chegou a afirmar que muitos faziam parte do partido graças à secretária-geral, Filomena Mutoropa, que lhes incentivava, uma vez que o presidente era muito pouco interventivo no fortalecimento daquela organização partidária. Entretanto, o secretariado do partido reconhece as desistências, apesar de não avançar os motivos, mas garante que o partido poderá continuar a trabalhar, não obstante ter perdido o assento na Assembleia Municipal. (Sitoi Lutxeque)
O Moza Banco e o Banco Terra de Moçambique (BTM) aprovaram operações de aumento de capital do Moza Banco e aquisição do Banco Terra, tal como oportunamente anunciadas ao mercado. Através desta transação em que a tomada da totalidade do aumento de capital do Moza Banco foi assumida pela Arise, este novo parceiro passará a deter uma participação cerca de 29,5% na sua estrutura acionista. A Arise é uma empresa gestora de fundo de Investimento líder na África com parcerias sustentáveis com entidades financeiras na África Subsaariana. A empresa foi fundada por três investidores fundamentais, nomeadamente, o Rabobank (Banco de Referência Holandês), Norfund (um dos maiores fundos de investimento do Mundo e de origem Norueguesa) e FMO (Fundo de Investimento Holandês). Gera atualmente mais de 660 Milhões de USD em ativos e opera em mais de 10 países.
A transação inclui ainda a aquisição pelo Moza Banco de 100% do capital do BTM. De acordo com João Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, esta transação não só irá consolidar a estrutura financeira e patrimonial da instituição como irá ainda dota-la de uma forte capacidade competitiva para melhor servir os seus clientes e o mercado em geral.
Para o PCA do BTM, Manuel Aranda da Silva, a transação representa uma oportunidade de melhor atingir os objetivos do banco no sentido de contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Propicia a possibilidade de estar mais perto dos clientes e oferecer uma gama mais vasta de serviços bancários. Segundo Deepak Malik, CEO da Arise, esta transação permitirá a Arise expandir os seus investimentos em Moçambique e assegurar a missão da Arise em promover a inclusão financeira e estimular o desenvolvimento económico. (Carta)
De forma arrogante e ameaçando até, John Justin McKenna, de nacionalidade Irlandesa, recusou-se a falar sobre a acusação contra si de maus-tratos e irregularidades na relação de trabalho com os seus colaboradores moçambicanos no ramo da construção civil. Recentemente, deu entrada no Serviço Nacional de Migração uma denúncia feita por ex-trabalhadores que começam por questionar a legalidade da sua presença como empregador em Moçambique. John McKenna é portador de passaporte irlandês nº PV8572033 e do DIRE (Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros) nº 10IE00066366Q, tendo constituído em 2014 a empresa KEN CONSTRUÇÕES com o nº de registo fiscal 128869972 e inscrita no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) sob o nº9002475-00.
A FIFA veda o recurso aos tribunais comuns por parte de clubes das federações filiadas ao organismo, salvo em algumas excepções como disputas laborais ou crimes públicos. Portanto, compete às federações impor sanções aos clubes que violem as regras do jogo. Ademais, também compete às federações assegurar que qualquer recurso deve também ser encaminhado a um tribunal de arbitragem e não aos tribunais de direito comum. A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) tem um conselho de justiça para julgar assuntos desta natureza. O regulamento disciplinar da FMF, no seu artigo número 2, específica o que considera de infracções e qualifica-as “em muito graves, graves e leves.”
O concerto de fim de ano, com canto coral e guitarra clássica, consistirá numa actuação pública levada a cabo pelos estudantes da Escola de Música Mungu da Igreja Metodista Unida-Malhangalene, onde os mesmos, sob orientação dos professores Queirós Júlia, Marília da Glória e Almeida Madime, apresentarão individualmente e em conjunto obras musicais de repertório para canto coral, Guitarra clássica, entre outros.
(18 de Dezembro, às 18hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Shakira Júnior Lectícia, que durante 13 meses manteve uma conta no Facebook exaltando a insurgência em Cabo Delgado, publicava fotografias de jovens que aparentemente haviam aderido aos grupos que espalham o terror em aldeias remotas do norte de Moçambique. A foto do seu perfil era falsa. “Carta de Moçambique” investigou e localizou parte desses jovens, fotografados a exibir maços de dinheiro como se tivessem sido pagos por sua participação nas matanças.