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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Com uma doação de 100 mil USD, a Montepuez Ruby Mining, empresa do Grupo Gemfields, aderiu esta quarta-feira ao vasto movimento de solidariedade mundial para com Moçambique para com as vítimas do Ciclone IDAI e das inundações no centro de Moçambique. O dinheiro, entregue ao Instituto Nacional de Gestão de Comunidades (INGC), destina-se a apoiar as operações de salvamento e resgate das pessoas que ainda estão sitiadas em algumas zonas mais atingidas pelas inundações. Na mesma ‘onda’ de solidariedade, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), anunciou que vai entregar hoje ao INGC uma doação constituída por 40 toneladas de diversos produtos alimentares. (Carta)

O primeiro sistema residencial solar que fornecerá energia eléctrica a 300 mil lares (aproximadamente 1.8 milhões de pessoas) será inaugurado esta sexta-feira (29) pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em Moiane, distrito do Gilé, na província da Zambézia.

 

O projecto, que consiste na instalação de sistemas individuais de energia solar, insere-se na Estratégia Nacional de Eletrificação implementada pelo Governo de Moçambique, através do programa “Energia Para Todos”, lançado em Dezembro último pelo Chefe de Estado. O programa, a ser implementado em todo o país pela Ignite Moçambique, resulta da parceria entre o Executivo moçambicano, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), e o Fundo Nacional de Energia (FUNAE). A finalidade da iniciativa é permitir o acesso universal à energia eléctrica até 2030. O primeiro sistema residencial solar que hoje será inaugurado conta com apoio e investimento da Source Capital, uma ‘boutique’ Independente de serviços vocacionada para a gestão de patrimónios privados. (Marta Afonso)

A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, instou, na quinta-feira, 28 de Março, aos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) a não se alhearem aos desafios impostos pela gestão dos sistemas de segurança social, principalmente no que diz respeito à sua sustentabilidade.  

 

O apelo da ministra deriva da necessidade de garantir que os sistemas possam responder, de forma permanente, aos desafios comuns dos países da região, bem como aos anseios dos beneficiários.

 

Um dos desafios apontados por Vitória Diogo, e que não deve ser ignorado, tem a ver com a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na gestão dos sistemas.

 

No caso de Moçambique, disse a ministra, “o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) introduziu reformas que permitiram que as empresas e os trabalhadores ficassem mais próximos dos serviços”.

 

Trata-se de reformas que “exigiram visão, coragem, clareza, firmeza e, acima de tudo, entendimento por parte de todos os actores de que o utente é a razão da nossa existência”, explicou a governante, que falava na cerimónia de abertura do seminário sobre o Sistema de Tecnologia de Informação e Comunicação da Associação Internacional da Segurança Social (AISS) ao nível da SADC.

 

O acesso à certidão de quitação electrónica por parte dos empregadores, a introdução da plataforma móvel de pagamento de contribuições dos trabalhadores por conta própria, a disponibilização do Sistema de Informação da Segurança Social de Moçambique (SISSMO) e das plataformas M-Contribuição (Minha Contribuição, Meu Benefício), entre outras inovações, são alguns dos exemplos do processo de modernização do INSS, através das tecnologias de informação e comunicação.

 

A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social foi secundada pelo presidente da AISS ao nível da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, Lonkhokhela Dlamini, que considerou, na ocasião, que “a importância (do uso) das TIC não pode ser menosprezada, muito menos negligenciada”.

 

“As tecnologias de informação e comunicação desempenham um papel transversal, por isso devemos encontrar mecanismos que nos permitam tirar benefícios do seu uso. Para além de melhorar as nossas vidas, elas contribuem para a eficiência dos nossos serviços, assim como permitem que os gestores tomem decisões correctas e de forma atempada”, afirmou Lonkhokhela Dlamini.

 

Por seu turno, Marcelo Caetano, secretário-geral da AISS, referiu que o encontro vai possibilitar a troca de experiências entre os países para que, posteriormente, possam “desenvolver um sistema de segurança social mais eficiente, eficaz, com maior cobertura e que forneça mais e melhores serviços à população”, disse.Fundada em 1927 e presente em 158 países, a AISS é uma organização sem fins lucrativos constituída por instituições, departamentos,*agências e outras entidades que lidam com aspectos relativos à Segurança Social no Mundo. (FDS)

O que se receava já está a acontecer. Desde as 8 horas de ontem até às 8 horas de hoje, quinta-feira, foram registados cumulativamente 139 casos de cólera. O Director Nacional de Saúde, Ussein Isse, disse a jornalistas esta tarde no Aeroporto Internacional da Beira, que já há 39 doentes com cólera internados. Segundo ele, ainda não hã registo de mortes por cólera, apesar de ontem terem entrado no hospital central local dois corpos sem vida. "A medicina legal está a fazer o seu trabalho para apurar as causas dessas mortes”, disse ele. Ontem, o Ussein Isse fez referência a diarreias, contando 2800 casos, 1900 foram diagnosticados na cidade da Beira. O quadro dramático de saneamento do meio na cidade da Beira representa um grande desafio tanto para as autoridades de saúde bem assim para as de Saúde.(Carta)

O Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou esta quinta-feira (28), no Hospital Central de Maputo, o primeiro serviço de radioterapia do país. A construção e apetrechamento da nova infra-estrutura custou 17 Milhões de USD, parte dos quais financiados pelo Orçamento do Estado. Numa primeira fase, serão alocados ao serviço 19 médicos moçambicanos, que beneficiarão de um treinamento ministrado por uma equipa portuguesa durante um período de dois anos, como forma de garantir uma prestação de serviços de qualidade.

 

De acordo com Ridwan Esmail, Chefe do Departamento de Radioterapia no HCM, o serviço hoje inaugurado “vem complementar o que faltava em termos de quimioterapia”. O tratamento por radioterapia será usado apenas em casos de doenças oncológicas. A Organização Mundial da Saúde estima em 70 a percentagem de doentes oncológicos em Moçambique que precisam de tratamento por radioterapia. O acesso a estes serviços será feito de forma gratuita. Prevê-se que serão poupados cerca de 6 Milhões de USD, com o tratamento anual de 300 pacientes dentro do país.

 

De 2016 a 2018, Moçambique gastou 4.870.149,25 USD no tratamento de 251. Geralmente, os pacientes que eram forçados a deslocar-se ao estrangeiro, usando as facilidades da Junta Médica. Nessas circunstâncias, o dinheiro gasto no tratamento de cada doente era equivalente a 19.402,29 USD por ano.

 

Filipe Nyusi desafiou os médicos afectos ao departamento de radioterapia a atenderem mais de 500 doentes por ano, contra os 300 propostos, como forma de garantir uma certa celeridade no combate ao cancro, que é a segunda causa de morte no país. Por sua vez, Ridwan Esmail garantiu que, nos primeiros dois anos, a manutenção do equipamento de radioterapia, assim como o treinamento da equipa do HCM, será da responsabilidade dos parceiros. (Marta Afonso)

Para que os cerca de 49, 4 mil milhões de USD correspondentes às receitas do Estado durante a vida útil dos vários projectos de exploração do gás natural na Bacia do Rovuma beneficiem os moçambicanos, o Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, apresentou três mecanismos de gestão. Ele falava ontem na abertura de um seminário subordinado ao tema “Preparando Moçambique para a Era do Gás Natural”.

 

O Chefe de Estado lembrou que o gás natural não é renovável, e que as receitas da sua exploração dependerão da volatilidade dos preços praticados no mercado internacional, que estão fora do controlo de Moçambique. Acrescentou que, apesar de o nosso país registar um enorme défice de infra-estruturas, a sua capacidade de receber muito dinheiro de uma só vez é limitada.

Se era quase unânime na opinião pública que o agente “A” do Sumário Executivo do Relatório da Kroll, António Carlos do Rosário, e seus companheiros do Serviço de Informação e Segurança de Estado (SISE), foram os “cabecilhas” e maiores beneficiários do dinheiro das “dívidas ocultas”, a acusação do Ministério Público remetida na última sexta-feira ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo mostra outra realidade.

 

Dos milhões de dólares que circularam intramuros, provenientes deste escândalo, boa parte deles pararam nas mãos de um “trio” sem ligações oficiais com o SISE. Trata-se de um “trio” que à luz da acusação trabalhou arduamente no sentido de convencer o então Presidente da República, Armando Guebuza, a dar aval à proposta trazida pela representante da empresa Abu Dhabi Mar LC, do grupo Privinvest, na África do Sul, Batsetsane Thlokoane.

quinta-feira, 28 março 2019 09:52

Buzi volta a ter água potável

Já tem água no Buzi. Sim, água potável. Os especialistas em materiais perigosos da portuguesa GNR (Guarda Nacional Republicana) foram exímios no trabalho. Na terça-feira esbarravam com uma torrente de dificuldades para voltar a fazer funcionar a estação local de tratamento de água. Ontem, finalmente conseguiram e aqui está a prova. Água potável é um meio caminho andado contra as doenças que andam à espreita. O pessoal médico agradece. As crianças exultam. A senhoras celebram. Buzi está recuperando sua vida, sua narrativa onde a água das cheias, que parece trágica, é marca antropológica do quotidiano.(Carta)

quinta-feira, 28 março 2019 09:44

EUA apoiam resposta humanitária pós-Ciclone IDAI

A pedido da Missão dos Estados Unidos da América (EUA) para Moçambique e em resposta a um apelo internacional de auxílio do Presidente da República, Filipe Nyusi, o governo norte-americano, através do seu Departamento de Defesa, começou a fornecer apoio para ajudar as pessoas afectadas pelo Ciclone IDAI. Trata-se de um apoio que faz parte do esforço global de resposta humanitária nas áreas mais atingidas pela tempestade e que está estreitamente em coordenação com a resposta em curso por parte do governo moçambicano.

 

Num comunicado enviado à nossa Redacção, a Embaixada norte-americana refere que nos próximos dias, aeronaves militares e comerciais dos EUA irão continuar a chegar e a viajar por todo o país para entregar produtos de ajuda humanitária. Explica, o documento, que para ajudar a atender às necessidades humanitárias mais prementes, estes transportes aéreos irão incluir alimentos essenciais, abrigo, água, saneamento e produtos de higiene para ajudar as pessoas nas áreas mais atingidas pelo ciclone.

 

De acordo com a nota, o Embaixador dos EUA, Dennis W. Hearne, expressou o seu agradecimento pelo apoio dos militares destacados para a operação, sublinhando ainda que o Ciclone IDAI deixou mais de 1.85 milhões de pessoas a necessitar de ajuda.

 

O comunicado termina, reiterando que os EUA estão ao lado do nosso país à medida que a nação se recupera dos impactos devastadores do Ciclone IDAI. Refere ainda que, como o maior doador mundial de ajuda humanitária, aquele país continua comprometido em ajudar o povo moçambicano. (Carta)

O conteúdo da acusação remetida sexta-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, destapa a teia existente entre os arguidos, bem como os métodos usados para o calote e as opções de investimento de cada um daqueles. Uma das novidades que consta da acusação é a conexão sul-africana: três cidadãos da terra do Rand participaram na intermediação de um negócio que levou o nosso país à “falência”.

 

Isso aconteceu ainda na fase da concepção do Projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique, que culminaria com a constituição das empresas caloteiras EMATUM, ProIndicus e Mozambique Assets Management (MAM). Trata-se de Joe Mokgokong (são escassas as informações sobre o seu perfil), Solly Shoke (militar e antigo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas daquele país), ambos amigos de Cipriano Mutota (na altura dos factos Director do Gabinete de Estudos e Projectos do SISE) e Batsetsane Thlokoane, representante na África do Sul da empresa Abu Dhabi Mar LC, do grupo Privinvest, e conhecida de Shoke.