O Moza Banco procedeu esta terça-feira, dia 24 de Maio. com a entrega de sementes agrícolas a associações de pequenos agricultores que operam em vários distritos na província de Gaza. O banco doou igualmente jogos de lençóis e mantas a crianças desfavorecidas e com dificuldades motoras.
Este acto enquadra-se na Política de Responsabilidade Social do Banco, que tem um dos seus principais focos no desenvolvimento de actividades que contribuam para o progresso económico e social das comunidades onde o Banco actua.
Das sementes doadas, o destaque vai para milho, alface, cebola, couve, soja e feijão bóer. Os produtores mostraram -se satisfeitos com a iniciativa, “muito obrigado ao Moza Banco por esta oferta, não esperávamos, as sementes que recebemos vão nos ajudar na nossa produção, não só para alimentação familiar, mas também para o comércio” disse Maria Joana em representação dos agricultores.
Por sua vez, o Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Manuel Soares, disse que, “O Moza Banco assume-se como um Banco de moçambicanos para moçambicanos, e apostado em contribuir activamente para o desenvolvimento socioeconómico inclusivo do país. É dentro desta visão e posicionamento, e reconhecendo a aposta do Governo no sector da agricultura dado o enorme potencial existente a nível da província, que nos prontificamos em apoiar este sector por via da oferta de sementes variadas aos agricultores locais, nomeadamente, feijão, milho, cebola, alface e cenoura, para dinamizar a produção agrícola. Esperamos com este apoio, contribuir para promover a auto-suficiência alimentar e melhorar a capacidade de geração de renda destes agricultores. Ainda no contexto da Responsabilidade Social, e com vista a conferir maior conforto e protecção às nossas crianças que se encontram numa situação de vulnerabilidade, vamos apoia-las com mantas e jogos de lençóis. Estamos cientes que estas singelas contribuições não irão resolver em definitivo os problemas da população e da Província, mas acreditamos que é um passo importante para atingirmos o nosso objectivo comum: melhorar a qualidade de vida dos moçambicanos em geral”.
O Secretario de Estado de Gaza, Amosse Macamo saudou a iniciativa do Moza Banco tendo dito que, “esta oferta é bem-vinda, acreditamos que vai minorar o sofrimento daqueles que precisam. Neste momento está a chover e com estas sementes relança-se a esperança da produção, não só para a segurança alimentar, mas também a garantia de renda. Agradecemos igualmente pelo material de cama oferecido ao infantário. Este é um local que sempre demos uma atenção especial porque temos lá crianças órfãs que precisam de tudo, e com esta ajuda elas não se sentiram sozinhas”
Lembre-se que recentemente, o Moza Banco doou em Nampula diversos produtos alimentares às vítimas dos ciclones Gombe e ANA; em Sofala o banco apoiou a PRM com material de construção para o melhoramento das infra-estruturas da 8ª esquadra da Manga na cidade da Beira; em Manica o Moza ofereceu medicamentos ao hospital provincial de Lichinga.
Faço estas linhas para tecer algum comentário em torno de uma notícia que passou na TVM cujo rodapé, intitulava – se … “Os alunos devem conhecer a história dos Comboios” … E, mesmo para iniciar, não resisti trazer trecho do texto publicado ontem (24) no Jornal - A Carta de Moçambique, da autoria de ME Mabunda que, passo a citar …
Não nos alegra, nem nos conforta que em 47 anos de Independência a empresa CFM não tenha expandido absolutamente nada de linha férrea do país; pelo contrário, só regrediu …extinguiu a linha Quelimane – Mocuba, extinguiu a linha Xai – Xai - Mawayela, não sei mais qual … transporte de passageiros esta a minguar … a Ressano Garcia, Manhiça, Chokwe e Chicualacuala ia - se de comboio … hoje …
O assunto Transporte Ferroviário, de extrema importância para o desenvolvimento económico e social do país, mexe muito com os moçambicanos. Mas, nesta reflexão quero é, debruçar – me em torno do extinto Ramal Ferroviário Inhambane – Inharrime.
Durante o meu percurso académico e, para responder a uma exigência da cadeira de Geografia Económica IV (se a memoria não me atraiçoa), o tema: Transporte Ferroviário em Moçambique, desafiei - me a escrever algo sobre a Historia do Ramal Ferroviário Inhambane – Inharrime, o contexto da sua construção, alicerçado também no potencial económico identificado ao longo do troço pelo governo colonial.
Foi, na verdade, muito interessante a busca de informação nas bibliotecas espalhadas pela Cidade de Maputo e sobretudo a “viajem” pela biblioteca dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) que, já devem imaginar, com escassa informação sobre a matéria.
Antes mesmo de pegar na caneta, visitei a pouco, a CASA DOS CFM, na internet, para ver se me surpreendia com alguma informação ligada ao encerramento e não só, de ramais ferroviários em Moçambique, um pouco por este belo país mas, … nadica de nada.
Devo dizer que, o fim do ramal Inhambane – Inharrime, deve ter sido, em minha pacata opinião, um dos grandes pecados cometidos por gestores dos CFM. Sem dó nem piedade, quando é anunciada a “morte” do ramal, num piscar de olhos uma empresa foi mobilizada para a remoção da linha férrea. A bolada já estava garantida. Meus caros, não restou um troço sequer para contar a história, historia esta que é agora reclamada na peça de reportagem que passou na TVM, razão desta iniciativa. Mesmo assim, ainda se pode visualizar alguma linha - férrea no traçado que parte do estacão dos Caminhos de Ferro de Inhambane (CFI) para Porto de Inhambane.
Vamos la falar. Que tal … se tivéssemos deixado um lisonjeiro troço, por exemplo, que parte de Inhambane a Nhapossa ou mesmo até Guiua. Teríamos, sem sombras de dúvidas, hoje, maquinas a circularem nesta linha. Estou a pensar num transporte personalizado para turistas, nacionais e estrangeiros, curiosos em ver e ouvir o roncar do Comboio a vapor. Seria, portanto, um comboio com carruagens bem equipadas, mobiliário atraente, algum serviço de bar e lojas para a venda de produtos típicos da nossa província, como por exemplo, … o piri – piri da Dona Rachida, tapioca, mel, licores, aguardentes entre outros produtos que me escapam aqui.
Recordo – me como se fosse ontem, ver e ouvir o comboio passar pela estacão ferroviária que também foi, residência da família “Namborete”. O combustível lenhoso movia o comboio a vapor, lenha, extraída nas matas da província de Inhambane. … O “combói” que, … com toda mestria o jovem Roberto Isaías refere na sua badalada cancão … Sumbi.
Ahati … para aumentar a minha ira, pelo fim do Ramal ferroviário Inhambane – Inharrime, tive também a triste notícia de que as maquinas, 5 ou 6, que os CFI tinha sumiram la vão longos anos … Amassa Abeli … Ungu Kuwe guinani?
Nacilifa Ngoka
Cerca de 130 adolescentes da província de Tete, zona centro de Moçambique, estão a ser formados pelo Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique (IFTM) nas áreas de Mecânica e Electricidade Industrial.
Trata-se de uma iniciativa cuja implementação é da responsabilidade da ICRO Moçambique, uma das empresas da ICRO Group, e que visa fundamentalmente assegurar uma formação de qualidade aos formandos, o que poderá culminar com a inserção destes no mercado laboral.
Por meio do Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique (IFTM), a ICRO Group, que actua há 67 anos na gestão de activos físicos industriais e implantação de programas de manutenção, pretende elevar o índice educacional dos jovens moçambicanos e fortalecer a geração de emprego e renda.
“Quando chegamos aqui em Moçambique, há sensivelmente 10 anos, isto é, em 2012, notamos um deficit muito grande em termos de capacitação técnica dos profissionais, dado que o nosso portfólio exige uma aptidão mais elevada que o normal, pois são técnicas avançadas na parte de Engenharia de Manutenção. Diante dessa percepção, resolvemos criar a escola e, hoje, temos a oportunidade de sermos formadores de pessoas qualificadas para o sector industrial”, revelou Carlos Fávaro, presidente da Icro Group.
O executivo também afirma que o IFTM prima pela qualidade do ensino para que os formados pela instituição propiciem resultados efectivos nas empresas em que trabalham, baseados nas competências técnicas e comportamentais adquiridas durante o programa de formação.
“O que nos motiva é evoluir como uma escola com estrutura esmerada, de sala, de ambiente, de atendimento e acolhimento. Mais do que um curso técnico, uma escola em que pudéssemos formar cidadãos com auto-estima elevada, com o entendimento de que podem realizar grandes conquistas”, sublinhou Carlos Fávaro.
Entretanto, o que faz diferença neste projecto da Icro Group é a introdução da componente Plano de Carreira, através do programa “Avança Moçambique”, o qual visa fundamentalmente evitar a rotatividade profissional nas empresas, ou seja, contribuir para a manutenção e engrandecimento do quadro de profissionais, implantando uma gestão de competências com base no desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais, além de consciencializar os profissionais sobre a importância de se investir num plano de carreira.
Por sua vez, o Coordenador do Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique, Aleixo Portimão Júnior, deu a conhecer que a instituição conta com um padrão de ensino diferenciado, virado para responder às exigências do sector industrial. “Tem-se verificado, nos últimos dias, uma evolução considerável no sector industrial e essa evolução precisa constantemente de técnicos qualificados e o IFTM veio contribuir nesse esse sentido”, frisou Aleixo Júnior.
Para Oliveira Augusto Madeira, estudante do curso de Mecânica Industrial, o instituto aparece como solução ideal para formação profissional.
“Pretendo continuar com a minha formação e com ajuda do Instituto irei consolidar a minha carreira profissional. Quero crescer profissionalmente e para isso é preciso ter um plano de carreira que só o IFTM oferece orientação para isso”, revelou Oliveira Madeira.
Já Rosalina Kimeza, também estudante do curso de Electricidade Industrial, olha o IFTM como referência para a sua formação.
“Estou a fazer um curso menos concorrido pelas mulheres, mas isso não me assusta. Com a formação que estou a ter aqui, me sinto preparada para entrar neste mercado cada vez mais agressivo. Meu maior sonho é crescer profissionalmente e continuar a desenvolver as minhas habilidades profissionais. Creio que estou no caminho certo”, disse Rosalina.
Refira-se que o Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique é certificado pela Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), órgão regulador que garante a qualidade de Ensino Profissional em Moçambique. Actualmente conta com quatro salas de aula, que comportam até 30 alunos. O IFTM também possui biblioteca e sala de informática para uso dos alunos. As aulas são presenciais e ministradas por especialistas contratados. (Marta Afonso)
Tem lugar, nesta quarta-feira, dia 25 de Maio, às 10h30, no Auditório do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), em Maputo, a conferência de imprensa de lançamento do concerto musical do renomado músico angolano Paulo Flores que conta com os seguintes convidados especiais: Yuri da Cunha, Manecas Costa, Stewart Sukuma e os DJ´s João Reis, Serito e Bobo.
O evento tem a peculiaridade de promover uma causa Social, o Autismo, acção formalizada pela assinatura de um acordo entre a AMA – Associação Moçambicana de Autismo e o conhecido DJ Faya, Patrono do Nostalgia e Director Geral da F&F Eventos, empresa responsável pelo evento.
O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, realiza amanhã, quarta-feira, dia 25 de Maio corrente, às 08:30mim, no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), na Sala Zambeze, sita na Avenida das FPLM, na cidade de Maputo, à CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DAS CELEBRAÇÕES DA SEMANA AFRICANA.
O evento alusivo ao DIA DE ÁFRICA, será dirigido, por Sua Excelência, Celso Ismael Correia, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, sob o lema “Reforçar a Resiliência na Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano: Reforço dos Sistemas Agro-Alimentares, Saúde e Protecção Social para a Aceleração do Desenvolvimento Humano, Social e Económico”.
Participarão do evento, membros do Conselho Consultivo do MADER; Embaixadores e representantes do corpo diplomático, MINEC, MISAU, Presidente do Município da Cidade de Maputo, sociedade civil, entre outras entidades do Governo.
A cerimónia oficial comemorativa do Dia de África, irá contemplar uma feira gastronómica, arte em demonstração da cultura dos vários países africanos presentes.
Neste sentido, convidamos o vosso prestigiado órgão de comunicação social a participar deste evento e a fazer a respectiva cobertura para a divulgação.
O júri do Prémio de Literatura José Craveirinha atribuiu este ano a distinção ao escritor moçambicano Mia Couto, anunciou a organização na segunda-feira, em Maputo.
O presidente do júri, o escritor Luís Cezerilo, justificou a escolha, que "já devia ter acontecido há muito tempo", com a grandeza e humanismo da obra.
Mia Couto enalteceu, por sua vez, a obra do poeta José Craveirinha ao receber o prémio no Salão Nobre do Conselho Municipal de Maputo.
A ministra da Cultura, Eldevina Materula, sublinhou o simbolismo de Mia Couto ser galardoado no ano em que se celebra o centenário de Craveirinha.
O prémio de literatura foi criado pela Associação dos Escritores Moçambicanos em parceria com a Hidroelétrica de Cahora Bassa, com uma valor monetário de 25.000 dólares (23.430 euros).
Mia Couto nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955, tendo sido jornalista e professor - atualmente é biólogo e escritor.
Prémio Camões em 2013, Mia Couto é autor, entre outros, de "Jesusalém", "O Último Voo do Flamingo", "Vozes Anoitecidas", "Estórias Abensonhadas", "Terra Sonâmbula", "A Varanda do Frangipani" e "A Confissão da Leoa".
Traduzido em mais de 30 línguas, o escritor foi igualmente distinguido com o Prémio Vergílio Ferreira, em 1999, com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas, em 2007, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2011, pelo conjunto da obra, entras outras distinções.
"Terra Sonâmbula" foi eleito um dos 12 melhores livros africanos do século XX, e "Jesusalém" esteve entre os 20 melhores livros de ficção mais publicados em França, na escolha da rádio France Culture e da revista Télérama.(Lusa)